Descrição da imagem: Sobre fundo roxo com formas geométricas em lilás está escrito em em letras brancas e estilizadas: "mam São Paulo: encontros entre o moderno e o contemporâneo". Fim da descrição.
Descrição da imagem: Sobre fundo roxo, barra de logos em branco. Mantenedores: Itaú, Nubank, IBM, Pro Matre. Platina: "BV, Suzano, 3M, Ultra". Realização: "mam, FIESP SESI".Fim da descrição.

Sumário

Apresentação.

Encontros entre o moderno e o contemporâneo é uma mostra que aborda parte fundamental
da identidade do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM São Paulo). As discussões sobre
os vínculos entre arte moderna e contemporânea, tanto nas exposições quanto nos cursos e nas
ações educativas, além de estar na gênese do acervo do MAM desde o final dos anos de 1960, são centrais para o museu. O catálogo da mostra inclui texto do curador-chefe do MAM, Cauê Alves,
sobre a relação entre arte moderna e contemporânea do ponto de vista da teoria da arte e texto da curadora Gabriela Gotoda, que problematiza as definições de moderno e contemporâneo pela perspectiva da história do próprio MAM. Esta publicação conta ainda com a colaboração do MAM Educativo, com um texto sobre visitas mediadas e relatos do público. A exposição, parceria entre o
Centro Cultural Fiesp e o MAM São Paulo, materializa os esforços do museu de atuar em sinergia com outras instituições culturais. Tratase de uma oportunidade valiosa de levar a coleção do MAM para a Avenida Paulista e ampliar a sua visibilidade. Assim, coerente com sua história e identidade, o MAM realiza sua missão de difundir a arte moderna e contemporânea, ao mesmo tempo que fortalece sua marca como museu dinâmico, aberto a parcerias e que valoriza a democratização da arte e o diálogo com outras instituições.

Elizabeth Machado Presidente da Diretoria do Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Arte moderna e contemporânea em foco

A Galeria de Arte do Centro Cultural Fiesp tem a satisfação de abrigar a exposição MAM São Paulo:
encontros entre o moderno e o contemporâneo. A mostra reúne ícones da história da arte para
debater e refletir sobre os possíveis marcos de transição entre a arte moderna e a arte contemporânea, por meio do acervo do Museu de
Arte Moderna de São Paulo (MAM São Paulo). A exposição proporciona ao visitante aprender e refletir sobre o contexto cultural e os fatos históricos que permearam a concepção e criação das obras, bem como as reverberações que essas obras exercem no tempo presente. O SESI-SP é uma instituição que trabalha pela educação de forma ampla e a cultura tem papel de destaque. Assim, todas as ações e projetos desenvolvidos pela instituição visam à formação de novos públicos em artes, a difusão e o acesso à cultura de forma gratuita, além da promoção da economia criativa nacional.
SESI-SP.

MAM São Paulo:
encontros entre o moderno e o contemporâneo

A coleção do Museu de Arte Moderna de São Paulo, com mais de 77 anos de história, é marcada
por transformações e reformulações que refletem sua importância para a arte moderna e contemporânea no Brasil. Desde a segunda metade da década de 1960, o acervo do MAM vem sendo renovado e ampliado. Contando com doações significativas de colecionadores, críticos e outros incentivadores da arte, assim como dos próprios artistas, o MAM reúne hoje mais de 5 mil obras. Grande parte delas, porém, corresponde à chamada “arte contemporânea”, que se
refere, de modo geral, à produção dos artistas nos últimos 60 anos. Esse contingente supera em
quantidade e volume as obras de “arte moderna”, aquelas usualmente vinculadas às vanguardas
modernistas da primeira metade do século XX. Diante do encontro entre arte moderna e contemporânea no acervo do MAM, podemos refletir sobre o debate recorrente em torno das definições de “modernidade” e “contemporaneidade” e os modos como estas se relacionam
com as produções artísticas. Afinal, as narrativas históricas que pontuam a arte moderna e a
arte contemporânea numa linha do tempo nem sempre dão conta de determinar a sua separação, à
medida que partidos estéticos e assuntos convergem e se misturam, inclusive em inúmeras obras
pertencentes à coleção do MAM. Se o início da arte moderna se deu com as vanguardas europeias
na virada entre os séculos XIX e XX, a produção dos modernistas brasileiros se estendeu pela
maior parte desse último século, colocando-a, assim, em um ritmo próprio de elaboração e superação. De fato, o início da produção contemporânea no Brasil pode ser compreendido a partir
do desdobramento de uma das últimas vanguardas modernistas, o construtivismo, nas vertentes
concretista e neoconcretista e seu diálogo com vanguardas distópicas como a pop art.
A arte moderna nasce como uma ruptura com o passado e com a arte acadêmica. Já a arte
contemporânea representa, para muitos, uma quebra em relação aos preceitos modernos, como
o formalismo e a especificidade técnica dos suportes, introduzindo novas linguagens e mídias. A
noção de vanguarda, típica da arte moderna, que sonhou em revolucionar o mundo e
representou uma promessa de liberdade, tende a se perder no momento contemporâneo. Na arte
mais recente, a ideia romântica de um mundo melhor perde espaço, assim como a crença na razão e no cientificismo, dando lugar para reflexões sobre a insustentabilidade dos nossos modos de vida e para microutopias almejadas individualmente.
Obras de diferentes períodos da história da arte brasileira recente estão reunidas em seis núcleos na exposição: “Natureza: fim da representação”, “Ambiente urbano: habitat da modernidade”, “Corpos: políticas da relação”, “Formas de construir e romper”, “Fragmentos, gestos e abstrações”, e “Mídias: tradições atualizadas”. Esses núcleos temáticos aproximam produções de tempos e contextos distintos para demonstrar que a recorrência de questões da modernidade na contemporaneidade é um dado próprio do tempo vivido e muitas vezes em períodos sobrepostos. No interior dos núcleos, trabalhos produzidos por artistas em atividade dialogam com obras vinculadas às vanguardas modernistas. Seja através de qualidades visuais, ou de procedimentos técnicos e conceituais, essas obras prolongam até os dias atuais questões inicialmente desveladas pela modernidade industrial, que continuam sendo agravadas pelos esforços desenvolvimentistas e pelo avanço tecnológico. A percepção de continuidade nessas formas de pensar e revelar a realidade é justamente a ferramenta crítica que a sociedade necessita para lidar com os desafios distópicos que se apresentam a todo o mundo. O acervo atual do MAM nos coloca, assim, questões que esbarram em problemáticas culturais, sociais e históricas: Qual é a relação entre as ideias de “moderno” e “contemporâneo”? Em que diferem e o que as aproxima? E como isso implica as nossas formas de produzir cultura e narrar a história? Trata-se apenas de uma distinção de períodos ou estilos? Certamente há diferenças históricas e teóricas que merecem ampla discussão, mas, afinal, é possível traçar com precisão a fronteira visual e temporal entre a arte moderna e a arte contemporânea? De que modos so se relaciona com a percepção do tempo histórico e do tempo vivido? A exposição aponta para essas questões, não para respondêlas definitivamente, mas sim para contribuir com outras formas de
abordagem, oferecendo ao público autonomia para se surpreender com as reflexões despertadas pela arte, seja de qual tempo ela for.
curadores Cauê Alves e Gabriela Gotoda.

Entre o moderno e o contemporâneo, o fim da história da arte e a indeterminação.

Definir o que seja a arte moderna e suas diferenças em relação à arte contemporânea, que para alguns autores teria posto fim à história da arte, não é tarefa simples. O moderno não é apenas um conceito referenciado no tempo e numa época histórica, assim como arte contemporânea não é apenas a arte moderna feita hoje pelos artistas da atualidade. A noção de arte moderna também diz respeito a um (ou vários) estilo(s), uma vez que nem tudo o que foi produzido entre o último terço do século XIX até mais ou menos a década de 60 do século XX é moderno. Os modernos, mesmo que sob certa perspectiva possam ser vistos em continuidade com a arte que os antecedeu, colocaram se em franco embate com a arte acadêmica e oficial dos salões, que nem por isso deixou de ser produzida ao longo dos séculos XIX e XX. Segundo o crítico de arte estadunidense Arthur Danto, “a história da arte evoluiu internamente, a contemporânea passou a significar uma arte produzida dentro de certa estrutura de produção jamais vista antes”.¹ Essa estrutura envolve um enorme circuito de arte com apoio institucional e de mercado de proporções sem precedentes antes da arte pop. “Da mesma forma que o ‘moderno’ veio a denotar um estilo e mesmo um período, e não apenas arte recente, ‘contemporâneo’ passou a designar algo mais do que simplesmente a arte do momento presente”.² Segundo o crítico, a arte contemporânea “designa menos um período do que o que
acontece depois que não há mais períodos em alguma narrativa mestra da arte, e menos um estilo
de fazer arte do que um estilo de usar estilos”.³ No circuito da arte atual, é recorrente o discurso que reafirma uma dicotomia entre “moderno” e “contemporâneo”, já que este se caracterizaria por uma espécie de “desordem informativa”,
de “entropia estética” e de total liberdade, onde tudo está permitido uma vez que não há mais limites
históricos e tampouco uma clara oposição entre arte e não-arte. Trata-se do sentimento de que não
há uma direção ou traço único que defina o período. Um ponto central na argumentação de Danto é a discussão do trabalho de Andy Warhol, Brillo Box, de 1964, uma caixa de sabão em pó que, embora feita de madeira e impressa em silk screen, visualmente não se distingue de qualquer outra que esteja na prateleira de um supermercado. A partir desse trabalho, já não há mais nada que permita a distinção entre um objeto mundano qualquer e uma obra de arte. Não haveria limites entre arte e não-arte, ou melhor, essa definição deixa de estar no campo da percepção sensível e se desloca para o pensamento e para a narrativa da história da arte. Para Andy Warhol, ainda segundo Danto, sequer haveria a necessidade de um artista encontrar um estilo próprio, uma espécie de sistema de equivalências, um modo pelo qual o artista é reconhecível pelos outros. Um artista pode produzir num momento obras pop, em outro expressionistas e, na semana seguinte, geométricas. Isso seria indício da liberdade total da arte contemporânea.
O crítico ítalo-brasileiro Lorenzo Mammì, ao contrário, compreende que a crise da noção de estilo
individual, ao invés de levar a uma ampliação da liberdade, indica uma maior rigidez.

Mesmo dentro da mesma
personalidade, não podemos
deixar de notar que o maior dos
artistas modernos, Picasso,
experimentou uma variedade
enorme de estilos conflitantes,
às vezes dentro de uma mesma
obra. E que, em geral, quase
todos os artistas do modernismo
mostraram ao longo de sua obra
uma variedade de recursos muito
maior do que Andy Warhol, que,
no entanto, segundo Danto, seria
o iniciador do trânsito livre entre
os estilos.

O que parece substituir a noção de estilo na arte contemporânea, considerando que o processo é cada vez mais valorizado, é a reiteração de certos gestos e procedimentos técnicos (o silk- screen de Warhol) que acabam ocupando esse lugar. É como se o estilo se tornasse um procedimento, algo de que o artista tem todo o conhecimento e que, portanto,não será mais “o emblema de uma maneira de habitar o mundo”.No caso de Warhol, tudo se passa como se a pintura já existisse antes mesmo de ser pintada. A isso se acrescenta o ritmo acelerado com que surgem novos trabalhos sem que eles tenham a possibilidade ou intenção de instituir um estilo novo. Esses mesmos trabalhos são rapidamente descartados para dar lugar a novos. Seria justamente isso que impossibilitaria, segundo o historiador da arte alemão Hans Belting, um modelo de história da arte que tenha como fundamento o estilo de uma época e a lógica interna da arte. É isso que proporcionaria a dissolução
da unidade interna da história da arte ou de sua narrativa, ao menos de uma história da arte vista
como universal. O principal alvo das críticas de Danto é a narrativa modernista do mais influente crítico de arte moderna estadunidense, Clement Greenberg, que buscou definir a essência do modernismo a partir de uma ideia de pureza e de autoconsciência da pintura moderna em direção à sua planaridade, ou seja, daquilo que é próprio e exclusivo da pintura. Segundo Danto, com a ausência de uma linha narrativa única, nossa época abre-se a grandes possibilidades experimentais. O fim de qualquer narrativa é o que marca o fim da história da arte e, segundo o autor, baseado em Belting, do mesmo modo que existe arte antes da era da arte (que se inicia no Renascimento), continuará havendo arte após o fim da arte. Trata-se do fim de uma história da arte linear ou, como elabora Belting: “do fim de determinado artefato, chamado história da arte, no sentido do fim de regras do jogo”, mesmo que de outra maneira a história prossiga. Deixa de existir uma história da
arte contada a partir de estilos ou uma história da arte distinta da história da cultura. Assim, ao mesmo tempo em que se extinguem as vanguardas, desaparecem as limitações sobre o modo como
o trabalho de arte poderia se formar. Passou a ser cada vez mais recorrente a noção de apropriação
de outras imagens, em que, obviamente, a noção de estilo uniforme não é mais relevante. Belting e, principalmente, Danto se valem da noção hegeliana de fim da arte “como tomada de consciência da verdadeira natureza filosófica da arte”.Para esses autores, se o Espírito em Hegel se desenvolve em três etapas, da religião em direção à arte e desta em direção à filosofia, a nossa época marca justamente a perda da importância da arte para a pura reflexão, o puro pensamento.
A arte deixa de ser, em Hegel, a manifestação do Espírito Absoluto, tal como fora na Grécia antiga.A arte – tendo se tornado autorrefletiva desde a arte moderna, com a “Era dos Manifestos” – passou a trazer para dentro de si o pensamento filosófico. A predição de Hegel seria confirmada assim, segundo Danto, pela própria história da arte que a sucedeu. A narrativa da arte termina quando a natureza filosófica da arte passa ao primeiro plano.
Agora, disse Hegel, e ele estava
certo, a arte “nos convidava a
uma contemplação intelectual”
especificamente sobre sua
própria natureza, esteja sua
contemplação sob a forma de
arte em um papel autorreferencial
e exemplar ou na forma de
filosofia real.¹⁰

O contemporâneo, para Danto, seria um período de maturidade da arte, momento em que esta teria abandonado o seu viés excessivamente materialista, sua preocupação com pigmento, superfície, forma etc., ou seja, aquilo que a definia em sua pureza interna, no sentido proposto por Greenberg, para se aproximar da filosofia. Com isso, a visibilidade desloca-se do centro da discussão estética. A essência da arte deixou de ser o campo do visível para pertencer, prioritariamente, ao campo do pensamento, ou seja, cruza-se o limiar para uma arte conceitual. Assim, ainda que não se tenha transformado em filosofia, a arte ao menos passoua compreender a sua natureza filosófica.
Para Danto, mesmo que continue existindo arte após o “fim da arte”, ela não está inserida numa narrativa unificadora, que se encerrou por volta dos anos de 1970 e 1980. Tudo o que se fez em arte desde então seria compreendido em um período pós-histórico. Os artistas desse período passaram a ignorar os “critérios modernistas”, reconhecendo que a narrativa do modernismo havia chegado ao fim. Ainda segundo Danto, que vem da tradição da filosofia analítica, o único pensador na história da estética que compreendeu o conceito de arte em toda a sua complexidade foi Hegel. Segundo o crítico estadunidense, “nenhum filósofo levou tão a sério a dimensão histórica da arte”.¹¹ Exceções são feitas a Nietzsche e a Heidegger. É preciso pontuar que o pensamento de Nietzsche¹² sobre a história é oposto à filosofia da história de Hegel e sua teleologia idealista, já que Nietzsche traz a ideia do “eterno retorno” e uma concepção circular do tempo — como se a história fosse um grande relógio de ponteiros que tende sempre a recomeçar. Nesse sentido, haveria para Nietzsche certas engrenagens ocultas da história que são fixas. Trata-se de uma recusa do tempo
histórico e linear, uma vez que as repetições pressupõem a temporalidade como eternidade. Por outro lado, talvez Danto salve Heidegger porque, em A origem da obra de arte, publicada em 1950, ele escreveu que era cedo para afirmar se o pensamento de Hegel era verdadeiro ou falso.

A decisão final acerca do
veredicto de Hegel ainda não foi
proferida […]. A decisão acerca
do veredicto de Hegel será
proferida, se o chegar a ser, a
partir da própria verdade do ente
e a propósito dela. Mas até lá, o
veredicto de Hegel permanece
válido. Só por isso é que é
necessária a pergunta sobre
se a verdade, que o veredicto
anuncia, será definitiva, e o que
se passa, se assim for.¹³

Enquanto Heidegger questiona qual é a essência da obra de arte, Danto se confessa um essencialista,¹⁴ ou seja, sua noção de arte tem algo de atemporal e é elaborada abstratamente pela reflexão, mesmo que ele cite inúmeros artistas ao longo de sua obra e se baseie em exemplos concretos. A história faria parte da extensão do conceito de arte. Ou então, seu conceito de arte, na verdade, é a culminância da história da arte: no caso, a autoconsciência de sua natureza filosófica. O problema é justamente a conciliação entre essa absoluta liberdade da arte contemporânea citada pelo autor e a sua noção essencialista de arte. Danto irá tentar conciliar seu essencialismo ao historicismo hegeliano, daí a enorme presença da narrativa em seu pensamento. Para ele, a arte
sempre está ligada a uma narrativa, por isso nem tudo pode ser arte em todas as épocas.
Citando uma passagem de Wölfflin,¹⁵ Danto irá justificar pela narrativa o fato de Brillo Box de
Warhol não ser vista como arte em todos os tempos, assim como o readymade de Marcel Duchamp.
Portanto, nada impede que no futuro existam modos de arte hoje inimagináveis. O conceito filosófico
de arte de Danto precisará ser universal e abarcar não apenas um estilo ou narrativa particular, mas tudo o que se conhece por arte ao longo da história. Se o que é ou não arte deixa de depender
apenas do campo sensível ou da história da arte, para estar vinculada ao pensamento e a filosofia da
arte, de fato o que chega ao fim é certa tradição crítica calcada na visibilidade, representada por Greenberg. Danto aponta justamente o fato de as narrativas definirem a natureza da arte a partir
de uma noção muito particular — e excludente — de arte. Entretanto, há uma multiplicidade e
pluralidade na arte contemporânea que nenhum estilo ou definição lateral poderia abarcar.
Para Danto, não seria correto dizer que a história da arte parou, como se o tempo deixasse de
transcorrer, e sim que a história da arte está acabada “no sentido de que passou a ter uma espécie de autoconsciência, convertendo-se, de certo modo, em sua própria filosofia: um estado de
coisas que Hegel previu em sua filosofia da história”.¹⁶ De fato, mesmo que condene a visão da
história da arte moderna como um percurso teleológico, Danto acaba, indiretamente, aceitando-a. Para ele, haveria uma lógica interna à história, certo encadeamento necessário, pelo menos até a arte
moderna. A arte pós-histórica estaria livre disso, seria o momento da supressão dessa linha progressiva. Mesmo que o pensamento de Danto nos ajude a compreender as diferenças entre a arte moderna e a contemporânea e a transformação da relação entre arte e utopia, alguns filósofos do século XX, como o francês Maurice Merleau-Ponty, nos permitem dizer que não há um fim da arte nem propriamente uma elevação da arte para uma condição de autoconsciência ou autorreflexão
filosófica. Não seria preciso decretar o fim da arte ou o fim da filosofia, uma vez que, sendo diferentes, ambas podem se reencontrar sem que uma precise sucumbir à outra.
Para Merleau-Ponty, há diferença entre arte e filosofia e se a arte se tornasse filosofia ela deixaria de
ser arte. Entre as diferenças entre um acontecimento artístico e um acontecimento não-artístico está a sua fecundidade. Para que uma ação artística não seja superficial e insignificante terá que abrir
caminho e, do seu próprio interior, gerar um porvir. Está contido no presente — em uma ação atual ou em uma obra de arte — aquilo que ainda virá. Não é possível determinar como, quando e tampouco o que virá, apenas que algo virá. O futuro é, portanto, o que é prometido pelo próprio presente.
Mas o presente, assim como qualquer obra de arte, não contém previamente o que irá acontecer ou
os desdobramentos que um artista ainda irá inventar, apenas contém uma abertura, uma possibilidade para que outras coisas aconteçam a partir dele.
Segundo o filósofo italiano Giorgio Agamben, a contemporaneidade seria “uma singular relação com
o próprio tempo, que adere a este e, ao mesmo tempo, dele toma distâncias”.¹⁷ Aqueles que se identificam plenamente com o próprio tempo não são contemporâneos porque não conseguem vê-lo. Diferente da etimologia da palavra em que contemporâneo está ligado ao que ocorre no mesmo tempo, haveria algo de inatual em sua definição, quer dizer, uma dissociação entre tempos, um anacronismo. Há, portanto, algo de inapreensível no contemporâneo. Na impossibilidade de determinar com precisão o que seria atual ou inatual, conclui-se que existe sempre algo de arcaico no contemporâneo, ou seja, uma relação com o originário. As relações entre o moderno e o contemporâneo passam, assim, por uma ambiguidade e indeterminação. A história não pode estar destinada a ter uma conclusão, culminando no fim da história da arte ou no momento pós-histórico. É preciso manter as significações abertas sem delimitar seu início e fim precisos, ainda mais quando lidamos com obras de arte, que possuem múltiplos e contraditórios sentidos de acordo com o contexto curatorial em que são mostradas.

Cauê Alves.

1. Danto, A. Após o fim da arte: A arte contemporânea e os limites da história. São Paulo: Odysseus Editora, 2006 [1997], p. 12.

2. Idem, ibidem, p. 12-3.

3. Idem, ibidem, p. 13

4. Mammì, Lorenzo. Mortes recentes da arte. Novos Estudos CEBRAP, n. 60, p. 81, jul. 2001.

5. Merleau-Ponty, M. A linguagem indireta e as vozes do silêncio. Textos Escolhidos. São Paulo: Abril Cultural, 1975, p. 342.

6. Greenberg, Clement. Pintura modernista. In: Ferreira, Glória; Cotrin, Cecília (org.). Clement Greenberg e o debate crítico. Rio de Janeiro:
Funarte; Jorge Zahar, 1997.

7. Belting, Hans. O fim da história da arte: uma revisão dez anos depois. São Paulo: Cosac Naify, 2006 [1995].

8. Idem, ibidem, p. 9.

9. Danto, op. cit., p. 34.

10. Danto, op. cit, p. 164.

11. dem, ibidem, p. 217.

12. Nietzsche, F. Escritos sobre história. Rio de Janeiro: Ed. PUC – Rio; São Paulo: Loyola, 2005.

13. Heidegger, Martin. A origem da Obra de Arte. Trad. Maria da Conceição Costa. Lisboa: Edições 70, 2008.

14. Conforme define Danto em Após o fim da arte: “Por ‘essencialista’ refiro-me à condição de ser uma definição mediante condições necessárias e suficientes, à maneira filosófica canônica” (op. cit. p. 215)

15. Wölfflin, Heinrich. “Prefácio da sexta edição” Conceitos fundamentais da história da arte: o problema da evolução dos estilos na arte mais recente. São Paulo: Martins Fontes, 2000. p. IX-X.

16. Danto, A. A transfiguração do lugar-comum. São Paulo: Cosac Naify, 2005, p. 26.

17. Agamben, Giorgio. O que é o contemporâneo? e outras ensaios. Chapecó, SC: Argos, 2009, p.59.

Coleção MAM São Paulo:
onde arte moderna
e contemporânea se
encontram.

Uma série de circunstâncias históricas faz da coleção de artes visuais do Museu de Arte Moderna de São Paulo o contexto de um encontro constituinte entre a arte moderna e a arte contemporânea.
Fundado em 1948, nos moldes do Museu de Arte Moderna de Nova York, patrocinado pela autoridade cultural e política de Nelson Rockefeller, que ocupava a presidência daquele museu, o MAM São Paulo participou diretamente no processo de institucionalização da arte moderna no Brasil. Com a atuação ativa de artistas, críticos e escritores que buscavam instaurar no contexto local o suposto espírito revolucionário das vanguardas transatlânticas, rompendo com a arte acadêmica do período colonial, o MAM também promoveu as primeiras edições da Bienal de São Paulo, apresentando ao público e aos artistas brasileiros a produção mais recente de diferentes partes do mundo (com o destaque usual às vanguardas europeias e estadunidenses). Através dessa relação com o meio artístico local e da promoção recorrente de um evento internacional, o primeiro acervo
do museu foi se constituindo com obras dos grandes artistas do período, muitos representantes
conhecidos dos movimentos nacionais e internacionais das vanguardas modernistas do século
XX. Reunindo obras de Henri Matisse, Pablo Picasso, Paul Klee, Jacob Lawrence, Tarsila do Amaral,
Anita Malfatti, Lasar Segall, Maria Martins e Alfredo Volpi, entre outros, esse acervo foi transferido do MAM para a Universidade de São Paulo em 1963. Concomitante a isso, houve a emancipação da Bienal, que passou a ser realizada por uma fundação criada exclusivamente para este fim. Ambos os fatos resultaram de decisões de Ciccillo Matarazzo, fundador e então presidente do MAM, e impactaram profundamente a história, a estrutura e a missão do museu dali em diante.
Não é a intenção desse texto refletir extensivamente sobre esses fatos históricos. No entanto, é importante destacar o que sucedeu à transferência do acervo inicial do MAM à USP — notadamente,
a criação do seu Museu de Arte Contemporânea — e a premissa colocada em prática com o surgimento desse novo museu: a musealização da arte moderna foi e continuaria sendo o paradigma
institucional da arte contemporânea. Entre a história do momento que se convencionou chamar “moderno” e do momento que chamamos de “contemporâneo” aconteceu a assimilação daquilo que se chama “modernidade” na forma de novas instituições culturais, incumbidas de incorporá-la no
processo de homogeneização cultural do cânone. As vanguardas e suas invenções foram primeiro
posicionadas em oposição radical, até mesmo rebelde, ao regime estético que dominava o campo
das artes desde o Renascimento; e, em seguida, na véspera do prazo de validade do seu estatuto
de novidade, passaram a ser promovidas pelas instituições que, para sobreviverem à sua contemporaneidade, precisaram se renovar. Essa constatação é ainda mais clara quando consideramos que, paralelo à fundação do MAC USP, esforços eram feitos para manter vivo o MAM, mesmo desprovido de sede e coleção. A coincidência entre a quase dissolução e a consequente reformulação de um museu dedicado à arte moderna e a fundação pari passu de um museu dedicado à arte contemporânea é a marca sincrônica do ciclo de gênese, consolidação e falência do espírito vanguardista sobre a modernidade no interior do seu processo de institucionalização.
Após meia década de vida nômade, o MAM São Paulo conquistou uma nova sede com a concessão
municipal do edifício sob a marquise do Parque Ibirapuera, decretada em 1967, mesmo ano em que
recebeu como legado uma grande parte da coleção de Carlo Tamagni, importante colecionador da arte moderna brasileira, reintroduzindo à nova coleção do MAM alguns dos modernistas brasileiros
citados anteriormente. O museu foi reinaugurado em 1969 com a primeira edição do Panorama da
Arte Brasileira, então chamado de “Panorama de Arte Atual Brasileira”, uma mostra recorrente dedicada a promover a produção artística mais recente no país, incluindo as obras mais atuais de artistas já consolidados, assim como trabalhos mais experimentais de jovens artistas.
Através das 38 edições do Panorama realizadas até hoje, o MAM construiu um dos mais importantes acervos institucionais da chamada “arte contemporânea brasileira”, sendo pioneiro, inclusive,
no processo de musealização de diversas novas mídias e linguagens, como a videoarte, a instalação, a vídeo-instalação e a performance. Premiações, aquisições patrocinadas, e doações voluntárias dos artistas participantes possibilitaram a incorporação de obras de artistas relevantes e em atividade nas últimas décadas, como Tunga, Carlos Fajardo, Ernesto Neto, Laura Lima e Rosana Paulino, entre outros. Ao mesmo tempo, os Panoramas também viabilizaram a entrada de obras de artistas já consagrados no acervo do MAM, como Arcangelo Ianelli, Emanoel Araújo, Alfredo Volpi, Lothar Charoux, Rubem Valentim e Franz Weissmann, nomes representativos da arte moderna brasileira que preservaram a marca de seus estilos até as suas produções mais tardias. Assim, a perda do acervo original e a recomposição iniciada nos anos de 1960 convergiram na característica da coleção do
MAM que buscamos destacar na exposição: o convívio imprevisto entre obras de artistas considerados modernos e obras produzidas nas últimas sete ou seis décadas, da chamada “arte contemporânea”. É como se, na coleção do MAM, a suposta promessa de superação da tradição naturalista e acadêmica, proferida pela arte moderna em sua postura utópica e vanguardista, e a aparente prova da sua falha, evidenciada pela arte contemporânea e seu fatalismo distópico, fossem forçadas a conviver em mútua realização. Mas, para vislumbrar e dar sentido a essa coexistência,
seria necessário distinguir definitivamente uma de outra? Talvez seja natural imaginar que, para reconhecer o encontro entre diferenças, devemos focar nos contrastes entre elas, contornando
as formas e nuances das suas divergências, que justificariam a importância de tentar aproximá-
las. Muitas teorias e perspectivas filosóficas foram elaboradas nas últimas décadas no esforço
de elucidar as especificidades da arte moderna e da arte contemporânea por meio da ideia
de “modernidade”, conceito com caráter de processo efêmero- histórico, que teria propiciado o surgimento das vanguardas e, consequentemente, a ruptura e o contraste realizados pelas
produções mais recentes. O filósofo Jacques Rancière, porém, pontua que:

A ideia de modernidade é
uma noção equívoca que
gostaria de produzir um corte
na configuração complexa
do regime estético das artes,
reter as formas de ruptura,
os gestos iconoclastas etc,
separando-os do contexto
que os autoriza: a reprodução
generalizada, a interpretação, a
história, o museu, o patrimônio…
Ela gostaria que houvesse
um sentido único, quando a
temporalidade própria ao regime
estético das artes é a de uma
co-presença de temporalidades
heterogêneas.
A noção de modernidade
parece, assim, como inventada
de propósito para confundir a
inteligência das transformações
da arte e de suas relações
com as outras esferas da
experiência coletiva.
¹⁸

A arte moderna e a arte contemporânea coexistem para além de uma relação de detrimento e oposição, pois ambas se informam e se relacionam através de referências e contextos paralelos, sobrepostos cultural e politicamente na experiência coletiva, seguindo o pensamento de Rancière. O que isso aponta é que a definição ideal, seja ela positiva ou negativa, pode causar inconsistências. Alfred Barr, primeiro diretor do MoMA, publicou um texto em 1934 apontando justamente para a variabilidade consecutiva nas atribuições de “moderno” na linha do tempo histórico e na narrativa
então vigente sobre a arte das vanguardas.¹⁹A “história moderna” seria uma expressão ambígua e flexível, com datas variáveis a depender da oposição eleita. Por exemplo, se vista em oposição à
história clássica ou antiga, a história moderna teria se iniciado com a queda do Império Romano. Mas, se o período medieval for encarado com alguma autonomia, a era moderna teria se iniciado com a queda de Constantinopla ou com a descoberta das Américas, ou, ainda, se o foco for a história da
Europa moderna, esse período teria a Revolução Francesa ou a Guerra Franco-Prussiana como ponto de partida. Da mesma forma, atribuir o termo “moderno” à arte com algum grau de precisão cronológica (ocidental) significaria ignorar que o seu uso ocorre ao menos desde o Renascimento, quando esse adjetivo era usado como marca de aprovação das novas emulações da arte greco-romana, e que, em seguida, com a guinada barroca, adquiriu tons de reprovação. Segundo Barr,

Em termos cronológicos, o
termo “arte moderna”
é tão elástico que só pode
ser definido escassamente.
E, em termos coloquiais, a
expressão “arte moderna”
é usada de forma alheia à
cronologia acadêmica. “Arte
moderna” é recorrentemente
um assunto para debate, para
ser atacado ou desfigurado,
para servir de bandeira aos
progressistas, ou de alerta
para os conservadores. Nesse
sentido, a palavra “moderna”
se torna um problema que tem
menos a ver com tempo do que
com preconceito. […] A verdade
é que a arte moderna não pode
ser definida em qualquer grau
de finalidade no tempo ou no
caráter, e qualquer tentativa de
fazê-lo pressupõe uma fé cega,
conhecimento insuficiente,
ou uma falta acadêmica
de realismo.
²⁰

A convergência entre arte moderna e contemporânea ocorre naturalmente na coleção do MAM São Paulo por circunstâncias históricas, mas, na experiência compartilhada do tempo-espaço presente, ela se dá pela diversidade de temporalidades vividas ou rememoradas, que mantêm as produções que se dirigem à modernidade em estado de relatividade e significação permanente. Afinal, as vanguardas modernistas são chamadas assim precisamente pela percepção de que aquilo que propunham estava à frente do seu tempo, projetando-se de forma progressiva ao futuro, direcionando-se, assim, a uma modernização idealizada, e relativa ao passado. Já a arte que
é contemporânea aos dias atuais e às últimas décadas não deixa de se dirigir à modernidade, mas à nossa modernidade atual — essa que já apresenta uma série de falências e decepções com a herança dos modernistas. Diante disso, a postura utópica de transformação da realidade através da arte seria uma ingenuidade abstrata?
Ao propor diálogos ponderados entre obras de períodos diferentes, de perspectivas conceituais
ou formais diversas e de procedimentos técnicos distintos, a exposição e o recorte que ela
faz da coleção do MAM São Paulo sugere que, no encontro físico e público entre arte moderna e
contemporânea, as diferenças e especificidades não são definitivas, tampouco são essenciais para
que seja possível uma experiência estética e cultural. E, mesmo quando buscamos lastros para
estabilizar definições, o encontro espacial entre as obras ainda é capaz de introduzir novos sentidos
e percepções, suspendendo o peso de uma existência inaudita no espaço-tempo presente.
Além de contemplar peças emblemáticas presentes na coleção, a curadoria da exposição se debruçou sobre as obras que foram inseridas no acervo do MAM pela doação Tamagni de 1967, a
primeira incorporação que estreou a sua reconstrução, e por doações recentes, como a de Rose e Alfredo Setubal, de 2024, que transferiu ao museu obras contemporâneas, realizadas nos últimos 20 anos, e trabalhos das décadas de 1950 e 60 de artistas considerados modernos, reiterando a natureza dupla da coleção — sempre e ao mesmo tempo moderna e contemporânea. Além disso, a mostra foi organizada em núcleos que elencam questões caras às narrativas que acabam por distanciar as produções artísticas segundo critérios cronológicos ou teóricos. Os temas abordados
em cada núcleo podem ser colocados, em grande parte, em relação aos paradigmas históricos
da representação da natureza, ou da representação naturalista da realidade; da suposta dicotomia
entre figuração e abstração; do caráter construtivo da abstração; e da apropriação conceitual de
suportes não convencionais à arte. As obras tridimensionais de Ione Saldanha [p. 46-7], presentes
no centro do primeiro núcleo da exposição, “Natureza: fim da representação”, exemplificam e sintetizam algumas dessas relações. Artista liminar, que não pode ser facilmente classificada
como moderna ou contemporânea, Ione Saldanha se apropriou de troncos de bambus, medindo
quase 4 metros de altura, e os tornou suporte de uma pintura colorida e linear. A textura lisa e a
segmentação anelar comuns ao tronco do bambu foram recobertos por faixas de tinta acrílica, que
variam de cor e tamanho, mas que uniformemente se impõem sobre a ordem natural dessa espécie.
Subtraindo a natureza dela mesma, sem negá-la completamente, esse trabalho produz, assim, uma nova e ainda reconhecível materialidade. A procedência dessas obras no acervo do MAM não pode ser ignorada frente à sua virtude sintética: foram doadas pela artista na ocasião do primeiro Panorama, em 1969. Naquele momento, Ione Saldanha já era uma artista de carreira consolidada,
premiada dois anos antes na Bienal de São Paulo. Assim como muitas das obras apresentadas
na mostra de reinauguração do MAM, esse conjunto introduziu novas possibilidades técnicas
e conceituais para a produção artística daquele período. Sua condição tridimensional não comporta facilmente a classificação de “escultura”, pois não houve o ato de esculpir, propriamente, em sua realização. Tampouco poderia ser chamada de “pintura”, considerando que aquilo que convencionou-
se chamar assim pressupõe um suporte bidimensional. A disposição espacial dessas obras, especificamente orientada pela artista em um descritivo de montagem guardado no arquivo do acervo do MAM junto com os documentos da doação, talvez as coloque, hoje, próximas à ideia
de “instalação”, à medida que conduzem e conformam uma ambientação própria no local que ocupam e ressignificam. É justamente a imprecisão ou instabilidade de qualquer tentativa de submetê-las a uma definição, seja ela relacionada à arte moderna ou à arte contemporânea, que
fazem dessas obras um símbolo do encontro entre o moderno e o contemporâneo, que acontece
entre e no interior de um grande contingente de obras na coleção do MAM São Paulo.
Gabriela Gotoda.

18. Rancière, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: EXO experimental org.; Editora 34, 2009, p. 37.

19. Barr Jr., Alfred H. “Modern and ‘Modern’”. Bulletin. Nova York: Museum of Modern Art, 1934. Disponível em https://www.moma.org/momaorg/shared/pdfs/docs/press_archives/185/releases/MOMA_1933-34_0052.pdf. Acesso em 20 de março de 2025.

20. Ibid., tradução da autora.

Encontros com os públicos
MAM Educativo.

No início de uma visita mediada, costumamos nos apresentar. Sendo assim, façamos isso aqui também: somos a equipe do MAM Educativo composta por educadores e educadoras multidisciplinares, com seus saberes específicos e coletivos. Buscando elaborar uma reflexão sobre os termos “moderno” e “contemporâneo”, compartilharemos percepções vivenciadas em visitas, a
partir das nossas experiências com diversos públicos. Em nossa prática educativa no MAM São Paulo, partimos de perguntas disparadoras como “o que é um museu?”. Algumas respostas
emergem do público: “um lugar de coisas antigas”, “um lugar que tem dinossauros”, “um lugar que
guarda histórias”, entre outras. Diante dessas falas, observamos os encontros e desencontros das
expectativas dos públicos. Já quando perguntamos sobre o que tem em um museu de arte, muitas
vezes, a resposta é simplesmente “arte”. Mas, o que é arte? “Pintura”, “estátua”, “escultura”, “quadro”, “desenho”. Também chegam indagações como: “Vamos ver a Monalisa? Vamos ver o Van Gogh?”, “Picasso?”, “Leonardo da Vinci?”. Quando questionamos sobre o contexto da arte brasileira, às vezes surge o nome de “Tarsila do Amaral” ou “aquela pintura do pézão”. Especificando ainda mais: o que é o Museu de Arte Moderna e o que tem nele? Recebemos respostas do tipo: “artes modernas, novas”,“coisas tecnológicas e atuais”. O que em si apresenta uma contradição: o museu
enquanto um lugar antigo, porém com coisas modernas. Ocorre que, em muitos ciclos expositivos, o MAM São Paulo apresenta exposições de arte contemporânea. E daí surge uma nova pergunta: o que é contemporâneo? Geralmente um silêncio se instaura. Algumas pessoas dizem ser algo parecido com moderno, já outras dizem ser o oposto. Percebemos que o termo “contemporâneo” não parece tão familiar quanto “moderno”. O segundo é mais presente no cotidiano, frequentemente associado à ideia de mudança e ruptura com o passado. A palavra é usada para descrever a temporalidade e os avanços urbanos: “esse prédio é muito moderno”, “este tênis é moderno”, “você é super moderno”. Já contemporâneo remete à coexistência no mesmo tempo, como, por exemplo, ser contemporâneo de alguém. No entanto, para muitos, o termo soa distante e acadêmico. Colocando-nos em relação com as diversas percepções do que pode ser moderno e contemporâneo, buscamos privilegiar a experiência e fruição estética do público com a obra de arte, considerando sempre os seus
repertórios e contextos socioculturais. Isto, tendo em vista que, independente do período da obra, as discussões e leituras construídas têm o potencial de nos levar a questões éticas, estéticas e políticas
da sociedade em que vivemos. E nós vivemos no agora, junto aos públicos. Estes, tão importantes
para o campo da arte, têm em sua força e influência a possibilidade de experimentar, participar e tensionar as concepções a respeito de termos como contemporâneo e moderno, uma vez que são eles que entram no museu com sua bagagem. Entre o moderno e o contemporâneo, sempre houve e haverá… o público.
Amanda Alves Vilas Boas Oliveira,
Amanda Harumi Falcão, Amanda Silva dos Santos, Barbara Góes, Caroline Machado, Leonardo Sassaki, Luna Aurora Souto Ferreira, Maria Ferreira, Maria Iracy Costa, Mirela Estelles, Pedro Queiroz,
Sansorai Oliveira
.

Descrição da imagem: Mapa Mental em fundo branco. Há quatro núcleos principais: ‘museu’, ‘arte’, ‘moderna’ e ‘contemporânea’ escritos em letras grandes roxas. Cada núcleo se ramifica em linhas curvas roxas e rosa, que se conectam a frases e palavras escritas nas mesmas cores.
No canto inferior direito, uma legenda indica:
MAM Educativo em roxo.
Visitantes do MAM em rosa.
Núcleo Museu:
Em roxo:
Existe o museu templo, mais fechado, e o museu em expansão, mais aberto e permeável.
Quem e o que faz parte?
Quem determina o que é ou não arte?
Encontrar e desencontrar expectativas.
Participa do poder da narrativa.
O que o museu considera como arte? Uma ramificação conecta-se à frase: A percepção pode ser contemporânea.
Qual arte esperamos encontrar dentro do museu? “Desta frase se ramificam outras duas em rosa: “Clássico, renascimento” “Iremos ver a Monalisa?” “Iremos ver Van Gogh?”. “Artistas brasileiros?” “Iremos ver a Tarsila do Amaral?”.
Em rosa:
Coisa antiga. Dinossauros.
Guardar histórias.
Núcleo Arte:
Apenas em roxo:
Encontrar e desencontrar expectativas.
As leituras irão variar de acordo com os públicos, e é importante para a gente que eles se relacionem com a arte independentemente do período.
O que o museu considera como arte? Uma ramificação conecta-se à frase: A percepção pode ser contemporânea.
Núcleo Contemporânea.
Apenas em roxo:
Estamos no agora.
Todo encontro entre o público e a arte é contemporâneo.
Como iremos chamar no futuro?
Decolonialidade.
Como revisitar outros tempos partindo do presente?
O que coexiste em vida e em morte.
Participação do público na obra.
Participação do público na obra.
É possível em qualquer exposição abordar o contemporâneo?
Tudo no mesmo lugar ao mesmo tempo.
Questionar o mercado, os acessos, e os discursos.
O que o museu considera como arte? Uma ramificação conecta-se à frase: A percepção pode ser contemporânea.
A palavra “contemporânea” não é tão usada no cotidiano quanto a palavra “moderna”
Em relação a o quê?
Artistas produzindo no mesmo período
Na história da arte, artistas de um mesmo período eram contemporâneos, mas estavam todos à frente do seu tempo?
Núcleo Moderna:
Em roxo:
Busca pela mudança.
Período da história da arte.
Utopia como projeto de civilização.
Continuidade ou ruptura?
O que o museu considera como arte? Uma ramificação conecta-se à frase: A percepção pode ser contemporânea.
A palavra “contemporânea” não é tão usada no cotidiano quanto a palavra “moderna”.
Em relação a o quê?
Modernidade.
Semana de Arte Moderna de 1922. Uma ramificação conecta-se à frase: Artistas produzindo no mesmo período.
Quando ficamos presos nas denominações, a experiência com a obra é prejudicada.
Em rosa:
Atual.
Tecnologia.
Urbanização.
Nossa, que prédio moderno!
Fim da descrição.

Natureza: fim da representação.

Por um longo período da história, a representação fidedigna da natureza foi considerada a finalidade absoluta da arte. As vanguardas modernistas e os artistas contemporâneos recusam essa prescrição e propõem novas formas de imaginar e refletir sobre as relações que estabelecemos com o mundo natural e seus elementos. As obras de Victor Brecheret e John Graz apresentam figuras por meio de volumes e desenhos sucintos, que correspondem às formas naturais sem a pretensão de imitá-las, realçando, em vez disso, seus traços mais significativos. A escultura de Siron Franco reproduz todos os aspectos físicos de um casulo, mas a semelhança é contestada pelo tamanho muito maior que o dos casulos encontrados na natureza. A pintura de Raoul Dufy e as gravuras de Oswaldo Goeldi e Carlos Vergara se aproximam pela expressividade das imagens: na primeira, as pinceladas coloridas
dão forma e movimento a um vaso de flores estático; na segunda, as linhas e manchas produzidas pela impressão xilográfica criam uma cena de mistério e melancolia; e, na terceira, o uso do óxido de ferro para imprimir a imagem de um peixe é indissociável da condição ambiental em que atualmente vivem muitos animais. As obras de Haruka Kojin e Ione Saldanha criam abstrações a partir da potência estética de elementos naturais combinados a cores sintéticas, e a pintura de Leonilson se apropria dos aspectos físicos do rio para criar metáforas de estados emocionais, fazendo da objetividade da natureza uma via de subjetivação.

Descrição da imagem: Pintura de um contorno masculino deitado de bruços sob chuva em uma floresta. Água em tons azulados cobre o solo, entre vegetação rasteira esparsa. A figura está voltada para a esquerda e um líquido escorre pela boca. Usa gorro vermelho, camiseta branca, calça azul-escura e botas pretas. 
Perto da figura, está a silhueta de um animal preto com olhos amarelados de perfil direita, semelhante a um lobo. Ao fundo, entre troncos pretos, uma silhueta humana preta com olhos esbranquiçados, segurando uma maleta. A moldura é fina e preta. Fim da descrição.
Eduardo Berliner (Rio de Janeiro, RJ, Brasil [Brazil], 1978) Poça (Puddle), 2009 óleo sobre tela [oil on canvas], 100 x 120 cm Doação [Donated by] Rose e [and] Alfredo Setubal, 2024.
Descrição da imagem:Pintura de uma figura humana de contorno masculino em pé, de frente, sobre a areia de uma praia. O rosto é formado por traços borrados e manchas de tinta em preto, amarelo e branco. Ele usa uma camiseta de mangas longas com listras horizontais em azul e cinza, um colete de tricô preto, calça larga e clara, e está descalço. As mãos estão levemente erguidas para a direita, onde há uma fogueira e fragmentos de madeira. Ao fundo, o mar esverdeado sob um céu azul com manchas de azul-claro e amarelo-claro. A moldura é marrom-clara. Fim da descrição.
Ernesto de Fiori (Roma, Itália [Rome, Italy], 1884 – São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1945) A fogueira [The Bonfire], data não identificada [unidentified date] óleo sobre tela [oil on canvas], 48,5 x 65,5 cm Espólio [Estate of] Maria da Glória Lameirão de Camargo Pacheco e [and] Arthur Octávio de Camargo Pacheco, 1996.
Descrição da imagem: Escultura de uma onça esculpida em granito, apoiada nas quatro patas. O corpo do animal é alongado, com formas simplificadas e geométricas, marcadas por linhas suaves e contornos arredondados. A cabeça é arredondada, com o focinho achatado. As patas são robustas e de formato retangular. A superfície apresenta textura granulada nas cores bege, branca e preta. Fim da descrição.
Victor Brecheret (Farnese, Itália [Italy], 1894 – São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1955)
Onça [Jaguar], 1930 granito [granite], 56 x 119 x 28 cm Doação [Donated by] Francisco Matarazzo Sobrinho, 1969.
Descrição da imagem:Pintura sobre um lenço de pano branco quadrado. Ao centro do tecido, uma mancha marrom em formato de um peixe com o olho um pouco acinzentado. Ao redor, uma mancha oval horizontal, de bordas esfumadas, salpicadas por manchas irregulares mais escuras. A moldura é branca. Fim da descrição.
Carlos Vergara (Santa Maria, RS, Brasil [Brazil], 1941) Sem título [Untitled], 1995 monotipia (óxido de ferro sobre lenço de bolso) [monotype (iron oxide on handkerchief)], 47,9 x 46,1 x 4 cm Doação artista [Donated by the artist], 1997.
Descrição da imagem: Pintura de cinco peixes sobre um saco de papel. À esquerda, visto de cima, há um peixe marrom comprido, curvado na diagonal. No centro, visto de perfil, um peixe verde-água arredondado voltado para a esquerda. À direita, um peixe menor cinza. Os outros dois peixes estão na parte superior direita, um deitado sobre a cabeça do outro. No canto inferior direito, há uma pequena assinatura em preto: Iberê Camargo. Rio Mil novecentos e quarenta e três. A moldura é grossa e marrom. Fim da descrição.
Iberê Camargo (Restinga Seca, RS, Brasil [Brazil], 1914 – Porto Alegre, RS, Brasil, 1994) Sem título [Untitled], 1943 óleo sobre tela [oil on canvas], 46,4 x 50 cm Aquisição [Acquired by] MAM São Paulo, 1998.
Descrição da imagem: Pintura de um peixe em uma praia. Na parte inferior, o peixe, em tons de cinza e marrom, está sobre um tecido branco estendido na areia. O peixe está com os olhos e a boca abertos. Ao fundo, as águas do mar em azul-escuro, azul-claro e azul-esverdeado. No canto superior direito, há uma grande rocha no mar, e, mais distante, montanhas arredondadas e verdes no horizonte. Fim da descrição.
Emiliano Di Cavalcanti (Rio de Janeiro, RJ, Brasil [Brazil], 1897 – 1976) Peixe na praia [Fish on the Beach Shore], 1933 óleo sobre madeira [oil on wood], 39 x 46 cm Doação [Donated by] Carlo Tamagni, 1967 © Di Cavalcanti / AUTVIS, Brasil, 2025.
Descrição da imagem: Xilogravura em tons de cinza, com a silhueta de um homem em águas rasas e um grande peixe vermelho. As águas são representadas por traços sinuosos que percorrem toda a composição. À esquerda, de costas e em posição diagonal para a direita, está a silhueta do homem em pé, nas águas rasas. Usa chapéu de aba larga, camiseta e calça, e está descalço. Segura um arpão.
À direita, sobre uma estrutura retangular elevada, está o grande peixe vermelho, visto de perfil e posicionado na diagonal para a direita. No canto superior direito, um poste de luz e, ao lado, alguns recipientes. Ao fundo, levemente à direita um semicírculo claro. Fim da descrição.
Oswaldo Goeldi (Rio de Janeiro, RJ, Brasil [Brazil], 1895 – 1961) Peixe vermelho [Red Fish], 1950
xilogravura sobre papel arroz [woodcut on rice paper], 30 x 41 cm Doação [Donated by] Milú Villela, 2006 © Goeldi, Oswaldo – Projeto Goeldi / AUTVIS, Brasil, 2025.
Descrição da imagem: Xilogravura em tons de cinza formada por traços horizontais. No centro, um tubarão está deitado na horizontal sobre uma estrutura retangular, com a cabeça voltada para a direita. No canto superior esquerdo, há uma pequena estante com três prateleiras; a prateleira superior contém pequenos peixes. No canto superior direito, um círculo apresenta metade clara à esquerda e metade escura à direita. Um pássaro voa no céu. No canto inferior esquerdo, há parte de um objeto que se assemelha a um grande cesto vazio. No canto inferior direito, há um objeto semelhante a uma moringa. Fim da descrição.
Oswaldo Goeldi (Rio de Janeiro, RJ, Brasil [Brazil], 1895 – 1961) Tubarão [Shark], 1945 xilogravura sobre papel [woodcut on paper], 26,5 x 39,5 cm Doação [Donated by] Milú Villela, 2006 © Goeldi, Oswaldo – Projeto Goeldi / AUTVIS, Brasil, 2025.
Descrição da imagem: Pintura de um arranjo de flores. Ao centro, há um vaso transparente de contorno azulado, apoiado sobre uma superfície marrom. No vaso, flores de várias cores e formatos estão agrupadas em diferentes direções. Caules verdes sustentam pétalas rosa, vermelhas, roxas, lilases e brancas. Na parte inferior do arranjo, três flores estão curvadas para baixo. O fundo apresenta pinceladas horizontais em tons de azul. No canto inferior direito, há uma pequena assinatura em preto: Raoul Dufy. A moldura é branca. Fim da descrição.
Raoul Dufy (Le Havre, França [France], 1877 – Forcalquier, França, 1953) Le vase d’anémones [O vaso de anêmonas] [The Vase of Anemones], 1937 guache sobre papel [gouache on paper], 64 x 49 cm (com moldura [framed]) Legado [Bequeathed by] Anita Mangels, 2024.
Descrição da imagem: 
Pintura em preto, branco e tons de cinza. Ao centro, a silhueta estilizada de uma mulher, de corpo inteiro, de perfil direito. Os braços estão erguidos, a perna esquerda à frente, e a direita flexionada para trás. 
Nos cabelos, mãos e pés, há alguns pequenos galhos com folhas. Ao redor da figura central, há diversas formas irregulares em preto, branco e cinza. No canto inferior direito, há uma pequena assinatura em preto: John Graz. A moldura é fina e marrom. Fim da descrição.
John Graz (Genebra, Suíça [Geneva, Switzerland], 1891 – São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1980) Daphne, 1963 óleo sobre tela [oil on canvas], 69 x 70,5 cm Doação [Donated by] Annie Graz, 1981.
Descrição da imagem: Gravura. À frente, há duas palmeiras amareladas de troncos longos e finos, sobre um gramado verde. A palmeira da direita apresenta um cacho curvado para baixo, com pequenos frutos arredondados e esbranquiçados. Entre essas palmeiras, uma muda de palmeira, de tronco fino e amarelo, com folhas pontiagudas. Ao fundo, três troncos longos e amarelos e uma árvore de tronco amarelo e copa verde arredondada, estão sobre uma grande montanha verde. O céu é azul. Abaixo da gravura, a inscrição: vinte e sete de setenta, Rebolo. A moldura é branca. Fim da descrição.
Rebolo (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1902 – 1980) Sem título [Untitled], data não identificada [unidentified date] água-tinta e água-forte em cores [full color aquatint and etching], 53,2 x 39,2 cm
Doação [Donated by] Instituto Rebolo, 2003.
Descrição da imagem: Desenho monocromático em verde. É composto por diversos tipos de árvores, distribuídas por toda a área. Algumas árvores têm troncos finos e ramificações com folhas pequenas, outras tem ramos grossos sem folhagens. As copas variam com folhagens espaçadas e outras, agrupadas. No canto inferior esquerdo, o contorno do telhado de uma casa. No canto inferior direito, o contorno de uma casa abriga uma mulher ajoelhada, com uma das mãos sobre o peito e a outra erguida. Do lado de fora, uma criança está de cabeça baixa. A moldura é branca.Fim da descrição.
Farnese de Andrade (Araguari, MG, Brasil [Brazil], 1926 – Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 1996) Paisagem [Landscape], 1947 lápis de cor sobre papel [colored pencil on paper], 29,6 x 36,1 cm Aquisição [Acquired by] MAM São Paulo, 1998.
Descrição da imagem: Escultura de cinco bambus na vertical com leves curvaturas irregulares, suspensos por um fio transparente. Cada bambu é pintado por faixas coloridas, que se alternam em diferentes larguras. O primeiro é em verde escuro, azul-claro, marrom e vermelho. O segundo em branco, laranja, verde, roxo e lilás. O terceiro em roxo, branco, azul, cinza e rosa. O quarto um pouco mais largo, tem listras brancas e azuis-escuros, com algumas inserções em marrom, amarelos e azul claro. O quinto possui padrão semelhante ao anterior, também com fundo claro em azul, branco, marrom, preto e amarelo. Fim da descrição.
Ione Saldanha (Alegrete, RS, Brasil [Brazil], 1919 – Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2001) Sem título [Untitled], 1968 acrílica sobre bambu [acrylic on bamboo], 370 x 387 cm Doação artista [Donated by the artist], 1969.
Descrição da imagem: Pintura de uma paisagem com céu, montanhas e águas. A obra é dividida em duas áreas principais. Na metade superior, o céu azul claro com branco acima de montanhas brancas contornadas de azul. No canto superior direito, há dois pequenos riscos pretos, um acima do outro, afastados, e abaixo deles, dois pontos pretos lado a lado. Fim da descrição.
Mira Schendel (Zurique, Suíça [Zurich, Switzerland], 1919 – São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1988)
Sem título [Untitled], 1978 papel colado, pastel e aquarela sobre papel [pasted paper, pastel, and watercolor on paper], 47,2 x 25 x 2,5 cm (com moldura [framed]) Doação [Donated by] Paulo Figueiredo, 2000.
Descrição da imagem: Pintura de uma paisagem com céu, montanhas e águas. Na parte superior, há uma faixa de fundo marrom-claro e montanhas brancas com pinceladas azul-escuras na lateral esquerdas. Abaixo, há uma linha fina. Sob a linha, há mais montanhas brancas. Uma, à frente, é azul.
Logo abaixo, linhas horizontais em azul claro e azul turquesa. No canto inferior direito dessa faixa, há uma seta preta apontando para a direita. A parte inferior da pintura apresenta uma área retangular em azul acinzentado, com pinceladas verticais sobrepostas, curtas, largas e regulares, que ocupam toda a largura da pintura. A moldura é fina e branca. Fim da descrição.
Mira Schendel (Zurique, Suíça [Zurich, Switzerland], 1919 – São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1988)
Sem título [Untitled], 1978 aquarela, pastel e grafite sobre papel [watercolor, pastel, and graphite on paper], 47,5 x 24,5 x 2,5 cm (com moldura [framed]) Doação [Donated by] Paulo Figueiredo, 2000.
Descrição da imagem: Pintura em lona retangular e vertical. O fundo é dividido em blocos irregulares, em verde-turquesa-claro e laranja. No centro, uma forma oval vermelha da qual partem várias ramificações brancas em diferentes direções. Sobre elas, palavras escritas em preto e vermelho. Em sentido horário: “Piracicaba”, “Pardo”, “Paraná”, “Turvo”, “Fala Mansa”, “Olhar Fundo”, “Paranapiacaba”, “Jaú”, “Itú”, “Diana”, “Tietê”, “Confusão” e “Rio Grande”. Numa ramificação que desce do centro até a borda inferior, está a frase em vermelho: “Todos os rios levam a sua boca”.
No canto superior direito, uma forma oval irregular azul preenchido por linhas sinuosas em azul, com a inscrição: “O desejo. O lago.”. No canto inferior direito, sobre a área alaranjada, um desenho em preto com traços grossos e esfumaçados. Fim da descrição.
Leonilson (Fortaleza, CE, Brasil [Brazil], 1957 – São Paulo, SP, Brasil, 1993) Todos os rios [All the Rivers], 1998 acrílica sobre lona [acrylic on tarp], 214 x 101 cm Doação [Donated by] Carmem Bezerra Dias e [and] Theodorino Torquato Dias, 1997.
Descrição da imagem: Pintura marinha composta por uma gradação de tons de azul. Na parte superior, os azuis são mais claros e, à medida que descem, tornam-se progressivamente mais escuros. As transições entre as cores são suaves, horizontais e se assemelham a um corpo d’água. Fim da descrição.
Thiago Rocha Pitta (Tiradentes, MG, Brasil [Brazil], 1980) Paisagem marinha com cianobactérias
[Seascape With Cyanobacteria], 2017 afresco [fresco], 63 x 63 cm Doação [Donated by] Rose e [and] Alfredo Setubal, 2024.
Descrição da imagem: Pintura de uma paisagem tropical repleta de vegetação em tons vibrantes de verde, vermelho, roxo, laranja e amarelo. Ao centro, há um rio de águas azul-claras, que serpenteia entre pequenas ilhas cobertas de plantas. Nas margens, faixas de areia são tomadas por uma profusão de folhas e flores de diversos tamanhos. À frente, há folhagens arredondadas em tons de verde-claro e verde-escuro, ramos de folhas avermelhadas e agrupamentos de flores brancas e amareladas. À direita, destacam-se flores em vermelho intenso. Fim da descrição.
Iracema Arditi (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1924 – 2006) Brasil, continente [Brazil, Continent], 1968
óleo sobre tela [oil on canvas], 52,8 x 102,5 x 5,5 cm Doação artista [Donated by the artist], 1969.
Descrição da imagem: Pintura com colagens. Na parte superior, diversas formas irregulares sobrepostas as colagens retangulares em azul, laranja, bege e marrom. À esquerda, um retângulo branco com sete flores desenhadas com lápis de cor laranja e rosa. Acima delas, há algumas formas azuis alongadas, verticais e pontiagudas. 

Do lado direito, mais flores desenhadas em um retângulo de fundo azul. O caule das flores se sobrepõe às colagens e se alonga para baixo. Abaixo, desenhos infantis de um humano e um animal quadrúpede.
Na parte inferior, uma faixa verde, larga e curva para cima ocupa toda a área inferior da composição. No topo da faixa, ao centro, há uma linha preta grossa irregular. Na base, à esquerda, há duas pequenas árvores pintadas. À direita, sobreposta à faixa verde, uma pequena colagem com ilustração de alguns animais, como cachorro, baleia e pássaros. A moldura é preta. Fim da descrição.
Leda Catunda (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1961) Flores na estrada [Flowers on the Road], 1997
papel e adesivo colados, colagem de tecido e couro e lápis de cor sobre papel [pasted paper and adhesive, fabric and leather collage, and colored pencil on paper], 71 x 99,5 cm Doação artista [Donated by the artist], 2000.
Descrição da imagem: Escultura em forma de casulo, posicionada na vertical e suspensa por um fio. A peça apresenta contornos assimétricos e alongados, com a parte superior mais larga e pontiaguda e a base afilada. A superfície é áspera e irregular, na cor marrom. No centro do corpo, uma pena de faisão, com pequenos losangos alaranjados e pretos dispostos ao longo do comprimento. Acima dela, um volume arredondado se projeta levemente para fora. Fim da descrição.
Siron Franco (Goiás Velho, GO, Brasil [Brazil], 1947) Casulo [Cocoon], 2000 escultura em terra, encáustica, pigmento de terra, cera de abelha, estrutura em arame de alumínio, trançado indígena e pena de faisão [sculpture made of soil, encaustic, earth pigment, beeswax, aluminum wire structure, indigenous weaving, and pheasant feather], 140 x 31 x 30 cm Doação [Donated by] José Luiz Sá de Castro Lima, 2022.
Descrição da imagem: Pintura abstrata. Ao centro, três pinceladas verticais grossas em marrom-acinzentado são sobrepostas por uma faixa vertical larga, marcada por manchas irregulares em marrom escuro e uma forma oval horizontal no topo em amarelado-claro. Essa faixa central é ladeada por duas faixas curvas translúcidas em marrom claro, com traços escuros, irregulares, horizontais, ligeiramente inclinados e paralelos. Abaixo da pintura, à esquerda, a inscrição: setenta e três de cem. À direita, uma assinatura ilegível e o ano noventa e sete. Fim da descrição.
Carlos Vergara (Santa Maria, RS, Brasil [Brazil], 1941) Uma conversa com Rugendas [A Conversation With Rugendas], 1997 serigrafia em cores [full color silkscreen], 37,1 x 47,1 cm Doação [Donated by] Os Amigos da Gravura – Museus Castro Maya – Rio de Janeiro, 1999.
Descrição da imagem: Instalação composta por pétalas de flores artificiais coladas sobre acrílico e suspensas por fios transparentes. As flores variam em tamanho, formato e cor. Os recortes estão organizados em fileiras paralelas, intercaladas e separadas por espaços. Alguns blocos de flores se sobrepõem. Elas apresentam tons de amarelo, branco, vermelho, laranja, roxo, verde e rosa. Os formatos variam entre pétalas arredondadas, finas e pontudas. De frente, a instalação se mostra como um corpo único; de lado, revela os espaços entre os blocos que a estruturam. Fim da descrição.
Haruka Kojin (Hiroshima, Japão [Japan], 1983) Reflectwo, 2008 flores artificiais coladas sobre acrílico
[artificial flowers glued on acrylic], 140 x 465 cm Doação artista [Donated by the artist], 2008.
Descrição da imagem: Pintura surrealista em um terreno arenoso. No topo, uma tarja branca estreita exibe, em vermelho, a inscrição: Deus Sive Natura. A tarja e toda a tela do quadro são contornadas por uma fina linha vermelha.
Em um chão arenoso, diversos corpos humanoides brancos, com manchas vermelhas, estão deitados e espalhados entre árvores secas e pequenas pedras amareladas.
A partir da ponta de alguns galhos, sete rastros pontilhados se estendem para cima, com a base em degradês de vermelho, laranja, amarelo e branco, assemelhando-se a chamas. Fim da descrição.
Alex Cerveny (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1963) Deus Sive Natura (massacre), 2008 óleo sobre tela [oil on canvas], 18 x 24 cm Doação [Donated by] Rose e [and] Alfredo Setubal, 2024.

Ambiente Urbano: habitat da modernidade.

A noção de modernidade está profundamente ligada, do ponto de vista histórico e cultural, ao ambiente urbano e ao processo de industrialização. Entretanto, diversas pinturas modernas dos anos de 1930 e 1940, como as de Di Cavalcanti, Rebolo, Tarsila do Amaral e José Antonio da Silva, representam subúrbios e arredores de cidades quando a urbanização ainda era muito incipiente. Em vez da vida urbana, com prédios e pontes, Tarsila do Amaral elege vistas de uma fazenda, com pequenas casas, árvores e cactos. José Antonio da Silva retrata vilas ainda pouco urbanizadas, em que se reconhecem o empório, o transporte a cavalo e uma vida social distante da velocidade da cidade contemporânea. Nessa época, a pintura de muitos modernistas se aproxima de formas
mais tradicionais e valoriza cenas populares e evocativas da cultura nacional. Já obras de artistas contemporâneos, como Leda Catunda — que representa o prédio envidraçado do MAM no Parque Ibirapuera —, Shirley Paes Leme — que, a partir de um filtro de ar-condicionado, condensa a poluição do ar de São Paulo — e André Komatsu — com vidros ou vitrines quebrados e remendados com compensado —, revelam uma cidade que, mesmo com áreas verdes para o lazer e os museus, é insalubre e convive com atos de violência.

Descrição da imagem: Pintura de uma paisagem rural em tons suaves de verde, azul e marrom. O terreno é coberto por grama verde. À frente, na parte inferior de cada lateral, há um conjunto de cactos verticais e finos em tons de verde-escuro. Uma estrada sinuosa de terra batida corta o terreno do canto inferior direito até o centro da pintura, onde está uma árvore de copa arredondada. Atrás da árvore, sobre pequenas elevações irregulares, há quatro casas: uma branca, uma marrom-clara, uma azul e outra branca, todas com telhados marrons. Ao fundo, há montanhas em formato arredondado, sob um céu azul esfumado. No canto inferior esquerdo, há uma pequena assinatura em azul-turquesa: Tarsila mil novecentos e quarenta e oito. A moldura é marrom. Fim da descrição.
Tarsila do Amaral (Capivari, SP, Brasil [Brazil], 1886 – São Paulo, SP, Brasil, 1973) Paisagem [Landscape], 1948 óleo sobre papel colado sobre papelão [oil on paper glued on cardboard], 29,5 x 38,5 cm Doação [Donated by] Carlo Tamagni, 1967.
Descrição da imagem: Pintura de uma paisagem rural vista de cima. Uma estrada larga de terra batida se estende da parte central inferior até o fundo da composição. À esquerda, uma cerca de madeira margeia parte da estrada e delimita o terreno de uma casa branca com telhado marrom em formato triangular.
À direita superior, uma casa com telhado vermelho exibe o letreiro "EMPORIO PAULISTA" na fachada superior. A construção possui duas janelas e duas entradas. Em uma das janelas, uma pessoa com roupas laranja está com os braços apoiados no peitoril. 
Em uma das entradas, que tem uma mureta ao lado, há outra pessoa com roupas amarelas. Diante da outra entrada, uma pessoa com roupas brancas e chapéu amarelo, está ao lado de um cavalo equipado com arreio.
À direita inferior, em um campo com gramado verde, há uma placa amarela com texto preto: “Jardim Paulista loteamento Irmãos Demonte”. Ao fundo, uma densa vegetação ladeia a estrada, com árvores de copas verdes e um coqueiro. No canto inferior direito, há uma pequena assinatura em amarelo: “J. A. Silva”. A moldura é marrom-clara. Fim da descrição.
José Antonio da Silva (Sales de Oliveira, SP, Brasil [Brazil], 1909 – São Paulo, SP, Brasil, 1996)
Jardim Paulista [Jardim Paulista Neighbourhood], 1948 óleo sobre tela [oil on canvas], 34,4 x 45 cm
Doação [Donated by] Carlo Tamagni, 1967.
Descrição da imagem: Pintura de uma paisagem rural em tons suaves de verde, marrom e branco. O terreno é coberto por vegetação rasteira em diversos tons de verde. À frente, na parte inferior um pouco à esquerda, um homem negro com o olhar voltado para o chão. Usa chapéu de feltro preto com aba reta, regata branca, calça cinza e está descalço. Segura uma enxada sobre a vegetação. À direita, perto do homem, há um monte de capim seco em formato de pirâmide.
Ao fundo, há elevações irregulares e colinas, sobre as quais há casas brancas com telhados em diversos tons de marrom, sob um céu azul coberto por nuvens brancas. A moldura é bege. Fim da descrição.
Rebolo (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1902 – 1980) Arredores de São Paulo [São Paulo Surroundings], 1938 óleo sobre madeira [oil on wood], 32,5 x 42,3 cm Doação [Donated by] Carlo Tamagni, 1967.
Descrição da imagem: Pintura de uma esquina com casas nas cores amarela, branca e azul, todas com telhados marrons. Algumas portas são retangulares, outras em arco. Três postes de energia estão distribuídos pelas calçadas.
À direita, sobre a calçada de uma das casas, pintada de azul, três pessoas de pele bege representadas apenas pelo contorno do corpo: duas frente a frente e uma mais afastada. A primeira usa camiseta amarela e saia verde; a segunda, chapéu, camisa e calça pretos; a terceira, camiseta laranja e saia azul. A rua é de terra batida avermelhada. Ao fundo, uma colina esverdeada sob céu claro com nuvens brancas. No canto inferior direito, há uma pequena assinatura em preto: F Rebolo Gonsales. Mil novecentos e trinta e oito. A moldura é marrom. Fim da descrição.
Rebolo (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1902 – 1980) Subúrbio de São Paulo (Socorro) [São Paulo Suburbs (Socorro Neighbourhood)], 1938 óleo sobre madeira [oil on wood], 34,5 x 43,5 cm
Doação [Donated by] Carlo Tamagni, 1967.
Descrição da imagem: Pintura de uma paisagem rural. No centro, uma casa de telhado escuro e parede branca, com porta verde à direita e duas janelas verdes à esquerda. À frente dela, uma mulher e um homem negros, representados pelo contorno do corpo. Vista de perfil direito, a mulher está sentada no chão, com lenço de cabeça amarelo listrado de vermelho e vestido branco com vermelho, segurando um bebê no colo. O homem em pé, visto de costas, diante dela, usa chapéu marrom de abas largas e roupa branca. À direita, próxima a eles, uma carroça verde. Em volta, árvores grandes e secas, e uma árvore de folhagem verde, mais alta que a casa. Ao fundo, um morro com vegetação marrom e verde, com uma pequena casa rosada no alto, com porta e janelas verdes. O céu é azul. A moldura é grossa e marrom. Fim da descrição.
Emiliano Di Cavalcanti (Rio de Janeiro, RJ, Brasil [Brazil], 1897 – 1976) Casa de Caboclo [Caboclo House], 1930 óleo sobre tela colada sobre papelão [oil on canvas glued on cardboard], 43,5 x 51,5 x 3,5 cm Doação [Donated by] Carlo Tamagni, 1968 © Di Cavalcanti / AUTVIS, Brasil, 2025.
Descrição da imagem: Gravura em preto e branco. À esquerda, parte de uma construção. A fachada exibe seis janelas pequenas em arco e, abaixo, três portas altas também arqueadas. O telhado é estreito, com uma estrutura cônica baixa marcada por linhas verticais e, ao lado, uma torre de ponta fina.
À direita, há uma pessoa sobre um pedestal cilíndrico, de perfil esquerdo com os braços erguidos. Na mão esquerda, segura um ramo de folhas. Tem cabelos um pouco longos e usa vestido comprido, escuro da cintura para cima e com saia clara. Os Cabelos e a saia estão projetados para a direita.
Ao fundo, pássaros de diversos tamanhos em várias direções. Ao centro, rabiscos circulares mais claros. Abaixo da gravura, a inscrição: noventa e três de cem. Evandro Carlos Jardim.Fim da descrição.
Evandro Carlos Jardim (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1935) São Paulo, cidade: vista do Tamanduateí [São Paulo, City: View of the Tamanduateí], 1983 água-forte e água-tinta [etching and aquatint], 26,6 x 39,1 cm Doação [Donated by] Os Amigos da Gravura – Museus Castro Maya – Rio de Janeiro, 1994.
Descrição da imagem: Pintura da vista do MAM São Paulo, no Parque Ibirapuera. No centro da composição, o prédio do museu exibe uma estrutura branca, larga e horizontal. O teto, parte integrante da marquise do parque, atravessa horizontalmente a pintura, formando uma linha preta e espessa. A fachada envidraçada é composta por colunas verticais com finas linhas pretas.
À esquerda, há dois pilares de sustentação da marquise, em formato de X, e parte do prédio da Bienal de São Paulo, vizinho do museu.
Na parte inferior, extensas áreas de gramado verde cobrem a área aberta do parque. Um caminho sinuoso, em tons escuros, atravessa o gramado à esquerda, e leva até o museu. Na parte superior, o céu apresenta um azul intenso.
À esquerda, uma grande gota vermelha com interior vazado está sobreposta à pintura, contornando uma pequena parte do céu, dos dois pilares, do caminho sinuoso e do gramado. A moldura é preta e fina. Fim da descrição.
Leda Catunda (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1961) MAM, 1998 acrílica sobre tecido e papel [acrylic on fabric and paper], 48 x 65,7 cm Doação [Donated by] Folha de São Paulo, 1998.
Descrição da imagem: Assemblage com cacos de vidro. Em um quadro vertical de moldura cinza, uma placa de madeira rosa horizontal está posicionada na parte superior. Vários cacos de vidro transparente de diversos tamanhos estão acumulados na base, sobre os quais duas linhas finas brancas se cruzam em X. Fim da descrição.
André Komatsu (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1978) Encalço [Tracking], 2014 madeira, madeirite e vidro [wood, plywood, and glass], 59,6 x 45,7 x 4,7 cm Doação artista por intermédio do [Donated by the artist through the] Clube de Colecionadores de Gravura MAM São Paulo, 2015.
Descrição da imagem: Escultura de uma caixa acrílica retangular transparente. Dentro da caixa, há um filtro de ar automotivo cinza-escuro. Ele é formado por pregas verticais, com ondulações irregulares centralizadas. Fim da descrição.
Shirley Paes Leme (Cachoeira Dourada, GO, Brasil [Brazil], 1955) Ar de São Paulo [Air of São Paulo], 2012 ar sobre feltro e acrílico [air on felt and acrylic], 18,7 x 21,6 x 4,6 cm Doação artista por intermédio do [Donated by the artist through the] Clube de Colecionadores de Gravura MAM São Paulo, 2013.
Descrição da imagem: Escultura em cerâmica, ferro e tecido. No centro, no chão, um pequeno cone de cerâmica com a ponta para cima sustenta um tecido branco translúcido, que o cobre parcialmente e se estende pelo chão para ambas as laterais. Nas extremidades, o tecido está enrolado em tubos metálicos. Fim da descrição.
Carlos Fajardo (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1941) Sem título [Untitled], 1992 cerâmica, ferro e tecido [ceramic, iron, and fabric], 70 x 370 x 100 cm Prêmio [Prize] Price Waterhouse – Panorama 1995, 1995.
Descrição da imagem: Imagem digital de uma tela com vários grids em looping. Os padrões são formados por minúsculos quadrados justapostos em azul, rosa, verde, branco, preto e cinza, cujas cores se alternam a cada ciclo. Fim da descrição.
Tadeu Jungle (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1960) São Paulo Hip Hop, 2005/2006 DVD, colorido, mudo, 1’00’’ (looping) [DVD, full color, no sound, 1min (looping)] Doação artista [Donated by the artist], 2006.
Descrição da imagem: Imagem digital de uma tela com vários grids em looping. Os padrões são formados por minúsculos quadrados justapostos em verde-turquesa, azul-escuro, rosa, preto e cinza, cujas cores se alternam a cada ciclo. Fim da descrição.
Tadeu Jungle (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1960) São Paulo Rock’n Roll, 2005/2006 DVD, colorido, mudo, 1’00’’ (looping) [DVD, full color, no sound, 1min (looping)] Doação artista [Donated by the artist], 2006.
Descrição da imagem: Fotografia de um ambiente subterrâneo iluminado por luzes artificiais com reflexo esverdeado. À esquerda, um grande tubo percorre o teto. No chão, detritos estão misturados com água. À direita, há uma luz muito forte e uma escada encostada na parede. Ao fundo, há máquinas, equipamentos industriais e estruturas metálicas. A moldura é fina e preta. Fim da descrição.
Rogério Canella (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1973) Linha 4, (#14) [Line 4, (#14)], 2006 fotografia [photograph], 120 x 195 cm Doação [Donated by] Rose e [and] Alfredo Setubal, 2024.

Corpos: políticas da relação.

As formas de representação do corpo humano na arte moderna e contemporânea sugerem
que as relações que estabelecemos a partir e através dele são repletas de jogos de poder.
Algumas dessas relações ocorrem naturalmente, como as afetivas e familiares, enquanto outras
resultam de condições e contextos específicos de aproximação e afastamento de corpos em
situações dinâmicas. Nas gravuras de Candido Portinari, que ilustraram uma edição especial
de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, vemos uma série de cenas com personagens do romance; seus gestos, vestimentas e interações parecem sugerir, mesmo sem a presença do texto, as relações que se estabelecem entre eles. Na pintura de Heitor dos Prazeres e nas aquarelas de Lívio Abramo, as diferentes posturas corporais, além dos vestidos e saias esvoaçantes, impregnam de dinamicidade as imagens de dança. Os trabalhos de Ismael Nery, Anna Maria Maiolino, Antonio Henrique Amaral e Marco Paulo Rolla apresentam corpos que sugerem relações de intimidade a partir de perspectivas diferentes, ora mais simbólicas, ora mais literais. As pinturas de Rubens Gerchman e Claudio Tozzi introduzem relações de ordem social e política,
acentuadas pelo contexto nacional de ditadura militar no período em que foram realizadas. Os
retratos de Flávio de Carvalho e Samson Flexor dialogam com questões da representação de
uma identidade, utilizando-se da fragmentação cubista como estratégia visual da subjetividade.
As obras de Letícia Parente, Ana Maria Tavares e Tunga não apresentam corpos, mas aludem
à sua presença quando refletimos sobre a funcionalidade dos objetos retratados.

Descrição da imagem: Pintura de um boxeador. O boxeador é um homem branco, alto e musculoso de cabelos pretos lisos e curtos. Usa luvas pretas, calção preto com listra branca na lateral, meias brancas e tênis pretos. O corpo está suspenso na diagonal, com o peito voltado para baixo e as costas para cima. Os braços estão erguidos à frente e as luvas, juntas. As pernas estão abertas, com o joelho direito flexionado.
Sobre as costas dele, uma pilha de pratos e pires brancos, com uma xícara branca no topo. Há também um círculo de luz rosado em volta da cabeça do homem.
Na canela esquerda do homem, uma rede vermelha, semelhante a rede de pesca, está amarrada junto a um amarrador de cortina vermelho com borlas nas pontas, que são fios de tecido pendentes e agrupados de forma arredondada, semelhante a uma saia. Na extremidade da rede, há flores azuis e amarelas.
Abaixo da rede, no canto inferior direito, há uma mulher preta retinta, vista de frente e do abdômen para cima. O cabelo dela é preto, liso e curto, amarrado no estilo maria-chiquinha. Usa um top preto curto de alcinha e decotado. Os seios dela são grandes e arredondados. Ela sorri com a boca fechada. Há também um círculo de luz rosado em volta da cabeça da mulher. Fim da descrição.
Marco Paulo Rolla (São Domingos do Prata, MG, Brasil [Brazil], 1967 A louça branca [The White Tableware], 1994 acrílica sobre tela [acrylic on canvas], 159 x 211,4 x 4 cm Doação [Donated by] Geraldo Lemos Neto, 1996.
Descrição da imagem: Ilustração a lápis preto em papel bege, com traços finos, de homens em um cemitério sob chuva. Todos os homens, em total de 11, têm cabelos curtos, escuros e costeletas. Usam fraque, calça e sapatos. Um segura um guarda-chuva, outro um par de luvas e um terceiro um chapéu. Um deles está à frente dos outros, com a mão esquerda erguida. Os outros estão juntos olhando para o que está diante deles. Entre o homem sozinho e o grupo, há um caixão no chão. Ao redor, várias lápides e, sobre uma delas, há um anjinho com asas de cabeça baixa e as mãos juntas em posição de oração. Fim da descrição.
Candido Portinari (Brodowski, SP, Brasil [Brazil], 1903 – Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 1962) Memórias Póstumas de Brás Cubas (álbum) [The Posthumous Memoirs of Brás Cubas (album)], 1943–44
água-forte sobre papel [etching on paper], aprox. 40 x 30 cm cada [each] Aquisição [Acquired by] MAM São Paulo, 1996 Direito de reprodução gentilmente cedido por João Candido Portinari.
[Reproduction rights kindly granted by João Candido Portinari.].
Descrição da imagem: Ilustração a lápis preto em papel bege, com traços finos, de um hipopótamo na água. O animal é visto de frente com a boca aberta e os enormes dentes à mostra. Um homem de cartola e fraque está sentado em cima dele com as pernas e os braços abertos. À esquerda perto do hipopótamo, está um cachorro e, à direita um gato com as patas dianteiras sobre uma pedra. No canto inferior direito, dois corais. Fim da descrição.
Descrição da imagem: Ilustração a lápis preto em papel bege, com traços finos, de um homem montado em um burro. O homem usa cartola e fraque e está sobre um burro, que está de frente em uma estrada cercado por vegetação rasteira com pequenos tufos de mato. A cabeça do homem está ligeiramente virada para trás, na direção de outro homem ao fundo, em pé e seminu, usando apenas cueca, que está com a mão esquerda levantada. Fim da descrição.
Descrição da imagem: Ilustração a lápis preto em papel bege, com traços finos, de uma mulher robusta, agachada no chão, com o corpo virado para a direita e o olhar para cima. O cabelo dela é curto, cacheado e está solto. Um risco vai da testa até o queixo, dividindo o rosto ao meio, e a metade esquerda apresenta várias pintas. Ela usa um vestido decotado que deixa os ombros e o seio esquerdo à mostra. Está descalça. Fim da descrição.
Descrição da imagem: Ilustração a lápis preto em papel bege, com traços finos de um homem visto de frente, agachado em um navio. Ele está com as mãos erguidas em gesto de rendição, com olhos arregalados e boquiaberto. O cabelo curto e desgrenhado acompanha a barba rala no rosto. Usa camisa larga de mangas compridas e calça. À esquerda, no chão, há uma corda enrolada. Ao fundo, há peixes com a cabeça fora da água. Fim da descrição.
Descrição da imagem: Ilustração a lápis preto em papel bege, com traços finos, de um homem e de uma mulher vistos de perfil, se beijando na boca. De pé, ambos se abraçam de olhos fechados. Ela é magra de cabelos cacheados na altura dos ombros. Usa um longo vestido com saia rodada e babados. Ele é magro de cabelos cacheados curtos. Usa fraque, calça e sapatos sociais. Ao fundo, no canto superior esquerdo, há uma flor. Fim da descrição.
Descrição da imagem: Ilustração a lápis preto em papel bege, com traços finos, de um homem que chicoteia outro. Ambos estão de peito nu e descalços, usando uma calça curta. À esquerda, o homem que chicoteia está em pé; à direita, o que é chicoteado está de joelhos, com lágrimas no rosto, e as mãos unidas em posição de oração. Ao fundo, visto de frente, um homem em pé de cartola e fraque observa os dois. À direita dele, outro homem também observa da janela de uma casa. Fim da descrição.
Descrição da imagem: Ilustração a lápis preto em papel branco apenas do contorno da cabeça e do corpo de pessoas. À esquerda há uma pessoa sentada com os seios à mostra. Ao centro, há duas pessoas: uma em pé e outra sentada usando chapéu. À direita há uma pessoa sentada usando vestido preto. Pássaros voam ao redor das pessoas. Ao fundo, há casas. A moldura é marrom. Fim da descrição.
Emiliano Di Cavalcanti (Rio de Janeiro, RJ, Brasil [Brazil], 1897 – 1976) Sem título [Untitled], 1976*
óleo sobre tela [oil on canvas], 119 x 168 x 8 cm Obra inacabada: esta foi a última pintura em que o artista trabalhou antes de seu falecimento. [Unfinished work: this was the last painting the artist
worked on before his death.] Doação [Donated by] Elisabeth Di Cavalcanti, 1977 © Di Cavalcanti / AUTVIS, Brasil, 2025.
Descrição da imagem: Pintura de uma mulher em uma banheira. Ela está em pé, de perfil esquerda, com a cabeça baixa e lava o longo cabelo preto e liso. O corpo dela está pintado de branco e o seio esquerdo está à mostra. Acima dela, um grande chuveiro laranja e amarelo, de onde cai água sobre a mulher e dentro da banheira, também laranja. 
Pendurada na torneira da banheira, há uma toalha branca. Ao fundo, à esquerda, uma toalha amarela está pendurada. Logo abaixo, sobre o chão vermelho, um par de chinelos amarelos. Ao centro da parede azul, há uma porta laranja; à direita, uma janela laranja, ambas fechadas. Na parte inferior esquerda da banheira, há uma pequena assinatura em preto: José Antonio da Silva. A moldura é branca. Fim da descrição.
José Antonio da Silva (Sales de Oliveira, SP, Brasil [Brazil], 1909 – São Paulo, SP, Brasil, 1996)
Nu no chuveiro [Nude in the Shower], 1955 óleo sobre tela [oil on canvas], 61 x 46 cm Espólio [Estate of] Maria da Glória Lameirão de Camargo Pacheco e [and] Arthur Octávio de Camargo Pacheco, 1996.
Descrição da imagem: Pintura de quatro jovens negros que dançam em casais. vistos de perfil, são duas moças e dois rapazes um de frente para o outro. Os rapazes têm cabelos pretos raspados e as moças cabelos petos na altura dos ombros presos para trás.
No casal da esquerda, a moça usa um vestido rodado azul que vai até a altura dos joelhos e sapatos de salto pretos. O rapaz usa uma camiseta branca listrada de vermelho, calça verde escuro, meias brancas e sapatos pretos. Ele toca um xequerê. No casal da direita, o rapaz está agachado. Ele usa uma camiseta branca listrada de preto, calça verde escura, meias brancas e sapatos pretos. Toca uma Cuíca. A moça usa um vestido rodado vermelho que vai até a altura dos joelhos e sapatos de salto vermelhos. A parede ao fundo é verde clara e o chão é marrom. 
No canto inferior direito, há uma pequena assinatura em preto: “Rio 13-10-88, Heitor dos Prazeres”. A moldura é marrom. Fim da descrição.
Heitor dos Prazeres (Rio de Janeiro, RJ, Brasil [Brazil], 1898 – 1966) Dança [Dance], 1965
óleo sobre tela [oil on canvas], 50,2 x 61,3 cm Doação [Donated by] Iracema Arditi, 1972.
Descrição da imagem: Pintura de uma mulher grávida sentada a uma mesa. Ela é negra e tem cabelos pretos lisos, amarrados em um coque. Os olhos, o nariz e a boca são apenas um leve contorno. Ela usa um vestido longo verde-claro, meias verde-acinzentadas e sapatos marrons. Está sentada de lado em uma cadeira, com a mão esquerda apoiada na testa e a direita diante de um caderno aberto sobre a mesa, que é circular e de madeira. Ao fundo, uma parede amarelada e uma janela fechada. O chão é bege. A moldura é dourada. Fim da descrição.
José Pancetti (Campinas, SP, Brasil [Brazil], 1902 – Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 1958) Leitura [Reading], 1944 óleo sobre tela [oil on canvas], 41,7 x 31,4 cm Doação [Donated by] Carlo Tamagni, 1967.
Descrição da imagem: Pintura cubista de um homem visto de frente, do peito para cima. É branco, de cabelo curto e liso branco. As sobrancelhas são grossas e pretas, os olhos também pretos. As mãos estão abertas à frente do peito. A figura e o fundo estão pintados de maneira fragmentada em rosa, verde, amarelo, azul e laranja. A moldura é marrom. Fim da descrição.
Flávio de Carvalho (Barra Mansa, RJ, Brasil [Brazil], 1899 – Valinhos, SP, Brasil, 1973) Autorretrato [Self-Portrait], 1965 óleo sobre tela [oil on canvas], 90 x 67 cm Doação artista [Donated by the artist], 1970.
Descrição da imagem: 
Pintura cubista de um homem visto do pescoço para cima. Está de frente, com o rosto levemente virado para a direita. É branco e tem cabelos lisos castanhos escuros. As sobrancelhas, o nariz e os lábios são finos. Tanto a pessoa quanto o fundo estão pintados de maneira fragmentada em marrom, verde, amarelo e bordô. A moldura é grossa e bege. Fim da descrição.
Samson Flexor (Soroca, Moldávia [Moldova], 1907 – São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1971) Retrato de Tamagni [Portrait of Tamagni], 1951 óleo e lápis de cor sobre tela [oil and colored pencil on canvas], 54,9 x 46 cm Doação [Donated by] Carlo Tamagni, 1967.
Descrição da imagem: Gravura pintada a lápis preto de um homem sobre um cavalo e de uma criatura parcialmente humana. O homem sobre o cavalo segura uma lança na mão direita e usa armadura. Está de frente para a criatura, que tem cabeça humana e corpo de um animal quadrúpede. Há dois caranguejos diante da criatura. Ao fundo, há uma vegetação. Fim da descrição.
Marcello Grassmann (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1925 – 2013) Sem título [Untitled], data não identificada [unidentified date] água-tinta e água-forte [aquatint and etching], 52,5 x 78,7 cm
Doação artista [Donated by the artist], 1969.
Descrição da imagem: Ilustração a lápis preto sobre papel branco de duas mulheres lado a lado. À esquerda, uma das mulheres é vista do abdômen para cima, com cabelos cheios, sobrancelhas finas, nariz arredondado e lábios finos; os seios estão à mostra. Segura com a mão direita, próxima ao rosto, uma máscara com traços felinos. À direita, a outra mulher é vista do pescoço para cima, com cabelos cheios presos para cima, sobrancelhas grossas, nariz afilado e lábios finos. Fim da descrição.
Marcello Grassmann (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1925 – 2013) Desenho nº 18 [Drawing No. 18], 1966 nanquim sobre papel [China ink on paper], 50,2 x 65,8 cm Doação [Donated by] Nogueira Baptista Etlin, 2010.
Descrição da imagem: Ilustração a lápis preto em papel branco de um homem em pé atrás de uma estátua feminina. Ele é branco, tem cabelos curtos, barba e bigode, e usa óculos pince-nez, cuja estrutura é desprovida de hastes e se fixa apenas sobre o nariz. Usa fraque, calça e sapatos sociais. Segura uma cartola na mão esquerda e está com as pontas dos dedos da mão direita nos cabelos da estátua.
O homem está com o olhar voltado para a escultura, que é branca e retrata uma mulher nua de joelhos, de costas para ele, com apenas o braço esquerdo. À frente da estátua, o pé esquerdo da escultura está separado do corpo. No canto inferior esquerdo, a inscrição: O bom Caminho. E no direito: Rio. Fim da descrição.
Ismael Nery (Belém, PA, Brasil [Brazil], 1900 – Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 1934) O bom caminho [The Good Path], década de 1920 [1920s] grafite sobre papel [graphite on paper], 15,5 x 22 cm
Aquisição [Acquired by] MAM São Paulo, 1968.
Descrição da imagem: Ilustração a lápis pintada com aquarela dos corpos nus de um homem e de uma mulher grudados. Eles são brancos e estão abraçados. Os corpos deles estão grudados e quase formam um corpo só. O rosto da mulher de cabelo preto sobrepõe-se ao do homem de cabelo castanho. O contorno de um seio dela está embaixo da axila esquerda dele e o contorno do pênis do homem é visto através do corpo da mulher. Fim da descrição.
Ismael Nery (Belém, PA, Brasil [Brazil], 1900 – Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 1934) Sem título [Untitled], data não identificada [unidentified date] nanquim e aquarela sobre papel [China ink and watercolor on paper], 36,5 x 25,7 cm Espólio [Estate of] Maria da Glória Lameirão de Camargo Pacheco
e [and] Arthur Octávio de Camargo Pacheco, 1996.
Descrição da imagem: Ilustração a lápis preto com aquarela do contorno de três mulheres em pé. Elas estão lado a lado, cada uma com o rosto voltado para uma direção. A mulher à esquerda e a que está ao centro usam vestido azul e estão de frente, a da direita usa vestido branco e está de costas. Os corpos das mulheres são pintados de cor cinza, a mesma cor do fundo. 
No canto inferior esquerdo, há uma pequena assinatura em preto: Lívio Abramo, mil novecentos e oitenta e um. Fim da descrição.
Lívio Abramo (Araraquara, SP, Brasil [Brazil], 1903 – Assunção, Paraguai [Asunción, Paraguay], 1992) Macumba, 1981 nanquim e aguada sobre papel [China ink and watercolor wash on paper], 32,5 x 23,4 cm. Doação [Donated by] Erik Svedelius, 2002.
Descrição da imagem: Pintura em aquarela com tons de azul-claro, verde-claro, rosa, marrom, preto e branco. O contorno de quatro mulheres negras é representado. À esquerda, três delas estão de perfil direito, com o tronco inclinado para frente e os braços flexionados próximos ao corpo. À direita, a quarta mulher está de perfil esquerdo, também inclinada para frente. O braço esquerdo está erguido acima da cabeça e o direito ligeiramente levantado atrás do corpo. Todas usam vestidos longos e brancos, preenchidos pelas manchas em tons de azul-claro e verde-claro.
No canto inferior esquerdo, a inscrição: para Lilí e Erik, com a amizade. To Lívio Abramo. Mil novecentos e cinquenta e um. Dezembro de mil novecentos e três. Fim da descrição.
Lívio Abramo (Araraquara, SP, Brasil [Brazil], 1903 – Assunção, Paraguai [Asunción, Paraguay], 1992) Sem título [Untitled], 1951 aquarela sobre papel [watercolor on paper], 57 x 41,1 cm
Doação [Donated by] Erik Svedelius, 1995.
Descrição da imagem: Xilogravura de um homem e de uma mulher, ambos nus. Eles estão sentados na ponta de um banquinho, de perfil, de costas um para o outro e olhando para frente. O homem segura uma lança apontada para cima e a mulher segura uma flor. Diante dos dois, há dois pinos de boliche: um em pé e outro deitado. O homem e a mulher estão dentro de um círculo com contornos de triângulo em preto e branco. Ao fundo, um carrinho de pipoca à esquerda e um elefante preto de perfil direito. Fim da descrição.
Antonio Henrique Amaral (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1935 – 2015) Nós nos amamos [We Love Each Other], 1966 xilogravura [woodcut], 55 x 41,3 cm Doação [Donated by] BEA Systems Ltda., 2004.
Descrição da imagem: Xilogravura de um homem diante de microfones. Visto do peito para cima, branco, com a boca aberta, exibindo todos os dentes. Ele usa gravata e paletó. Sobre os ombros, quatro brasões de armas do Brasil: dois sobre o ombro esquerdo e dois sobre o ombro direito. Uma medalha está no lado direito do peito. Diante do homem estão quatro microfones. Os fios dos microfones descem até quatro homens indígenas, vistos apenas pelos rostos, com cabelos pretos e lisos.
Abaixo da gravura, a inscrição: quatro de dez. A grande mensagem. Antonio Henrique A. Fim da descrição.
Antonio Henrique Amaral (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1935 – 2015) A grande mensagem [The Great Message], 1966 xilogravura [woodcut], 81,6 x 56,7 cm Doação [Donated by] BEA Systems Ltda., 2005.
Descrição da imagem: Xilogravura de um homem e uma mulher em um quarto. A mulher, pintada de preto e com cabelo liso e branco, está em pé, vista de frente e nua. Atrás dela, há uma porta branca fechada. À direita, um homem de cabeça grande e preta está deitado em uma cama com o corpo todo coberto por um lençol. O rosto está direcionado para a mulher. Na parede amarela, atrás da cama, há um quadro de um casal pintado de preto, abraçados. O chão é listrado em preto e branco.
Abaixo da gravura, a inscrição: dezessete de XX. Os amantes. Anna Maria Maiolino. mil novecentos e sessenta e seis. Fim da descrição.
Anna Maria Maiolino (Scalea, Itália [Italy], 1942) Os amantes [The Lovers], 1966 xilogravura em cores [full color woodcut], 66,3 x 48,1 cm Doação artista [Donated by the artist], 2000.
Descrição da imagem: Xilogravura em preto e branco. Ao centro, uma pessoa vista de frente, do peito para cima, toda em branco, com a boca aberta de onde sai um balão de diálogo preto com a palavra 'schhhiiii....' em letras brancas. O fundo é uma parede quadriculada em preto e branco.
Abaixo da gravura, a inscrição: Anna Maria Maiolino. mil novecentos e sessenta e sete. Fim da descrição.
Anna Maria Maiolino (Scalea, Itália [Italy], 1942) Schhhiiii…,1967 xilogravura em cores [full color woodcut], 66,5 x 47,6 cm Aquisição [Acquisition]: Fundo para aquisição de obras para o acervo MAM São Paulo [Fund for acquisition of works for the MAM São Paulo collection] – Pirelli, 2000.
Descrição da imagem: Ilustração em tinta de uma montagem com homens e punhos cerrados. No centro, em preto e branco, um grupo de homens aglomerados. Acima e abaixo deles, seis punhos cerrados se repetem: três na parte superior, virados para a direita, e três na parte inferior, virados para a esquerda. Cada punho ocupa um quadrado amarelo. Uma moldura vermelha contorna as bordas dos quadrados e do quadro. Fim da descrição.
Claudio Tozzi (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1944) Multidão [Crowd], 1968 acrílica sobre aglomerado [acrylic on chipboard], 200 x 120 x 4,5 cm Aquisição [Acquisition]: Fundo para aquisição de obras para o acervo MAM São Paulo [Fund for acquisition of works for the MAM São Paulo collection] – Pirelli, 2000.
Descrição da imagem: Ilustração em tinta de quatro homens com as sobrancelhas contraídas e boca aberta. No topo, em um retângulo branco, o título “LUTA”, em letras vermelhas maiúsculas. Abaixo, em preto e branco, os homens são vistos de frente, do peito para cima e com o corpo levemente virado para a esquerda. Um está à frente, dois logo atrás dele e o quarto ao fundo. O homem da frente está com os punhos erguidos e cerrados diante do peito, e o do fundo mostra o dedo do meio da mão esquerda. O fundo é branco com bolinhas verdes. Uma moldura amarela contorna as bordas da pintura e do retângulo do título. Fim da descrição.
Claudio Tozzi (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1944) Luta [Struggle], 1968 acrílica sobre aglomerado [acrylic on chipboard], 110,3 x 110 x 6,5 cm Doação [Donated by] Milú Villela, 2003.
Descrição da imagem: Pintura de 12 homens. Os homens estão todos no canto inferior direito e são vistos de frente do peito para cima. Eles formam 3 fileiras: dois homens na primeira fileira, cinco homens na segunda e cinco na terceira.
Onze homens têm rostos alaranjados e usam gravata com camisa verde. O último homem, na terceira fileira à esquerda, tem o rosto em preto-e-branco.
O fundo acima deles é amarelo e, à esquerda, há faixas diagonais nas cores cinza-claro, rosa, amarelo, amarelo-claro e preto. Na parte superior à direita, está o texto em letras pretas: “CARTEIRA DE IDENTIDADE” estados unidos do Brasil, nº 1 566 166”. À direita, uma foto 3 por 4 do rosto de um homem de cabelos curtos, sobrancelhas finas e lábio inferior grosso. Ao lado, uma digital. Abaixo da digital, a inscrição: “AUTO POLEGAR DIREITO”. A moldura é fina e marrom. Fim da descrição.
Rubens Gerchman (Rio de Janeiro, RJ, Brasil [Brazil], 1942 – São Paulo, SP, Brasil, 2008) Carteira de identidade (auto polegar direito) [ID Card (right thumb)], 1965 acrílica sobre tela [acrylic on canvas], 110 x 135 cm Aquisição [Acquisition]: Fundo para aquisição de obras para o acervo MAM São Paulo [Fund for acquisition of works for the MAM São Paulo collection] – Pirelli, 2000.
Descrição da imagem: Foto de uma mulher sobre degraus de pedra em ruínas. A mulher é parda, tem cabelos pretos, curtos e lisos, com franja que cobre parcialmente os olhos. Ela usa um vestido verde, curto, de alça larga, acima dos joelhos e sandálias brancas. Está com o rosto virado para a esquerda e o corpo para frente. Um pé está sobre um degrau e o outro, sobre o degrau acima. Há um risco preto sobre os degraus de pedra à frente dela, formando o desenho de outros degraus. A moldura é bege. Fim da descrição.
Carmela Gross (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1946) Escada [Steps], 1968 impressão com pigmento mineral sobre papel [mineral pigment print on paper], 62,1 x 42 x 3 cm (com moldura [framed])
Doação [Donated by] Rose e [and] Alfredo Setubal, 2019.
Descrição da imagem: Alça em aço fixada na parede. O suporte é uma estrutura retangular vertical, presa à parede, com um quadrado de borracha preta na base. Na parte superior, uma peça metálica vazada sustenta duas hastes finas em formato triangular, que se encontram na altura da borracha, formando a alça. Toda a superfície é brilhante. Fim da descrição.
Ana Maria Tavares (Belo Horizonte, MG, Brasil [Brazil], 1958) Alça [Handle], 1999 aço inoxidável e borracha [stainless steel and rubber], 55 x 20 x 20 cm Doação artista [Donated by the artist], 2000.
Descrição da imagem: Obra composta por grandes mechas de cabelo. As mechas são loiras, longas e lisas e estão presas no meio por um pente de cobre. Fim da descrição.
Tunga (Palmares, PE, Brasil [Brazil], 1952 – Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2016)
Troféu [Trophy], 1984 cobre [copper], 8 x 119 x 262 cm
Aquisição [Acquisition]: Fundo para aquisição de obras para o acervo MAM São Paulo
[Fund for acquisition of works for the MAM São Paulo collection] – Banco Itaú S.A., 1999
© Instituto Tunga, Rio de Janeiro.
Descrição da imagem: roupas claras penduradas em cabides dentro de um guarda-roupa. Dentro dele, no canto inferior esquerdo, há duas caixas, uma em cima da outra, com objetos dentro. Fim da descrição.
Letícia Parente (Salvador, BA, Brasil [Brazil], 1930 – Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 1991) Eu armário de mim [I Closet of Myself],1975 vídeo sonoro, 03’43” Doação [Donated by] Cleusa Garfinkel por intermédio do [through the] Núcleo Contemporâneo MAM São Paulo, 2019.
Descrição da imagem: cadeiras empilhadas. No canto inferior direito há três caixas, uma em cima da outra. Dentro da caixa de cima há um quadrado com um coração estampado de ponta-cabeça, na caixa do meio há um banquinho deitado e na caixa de baixo há outro banquinho, em pé. Fim da descrição.

Formas de construir e romper.

As formas de representação do corpo humano na arte moderna e contemporânea sugerem
que as relações que estabelecemos a partir e através dele são repletas de jogos de poder.
Algumas dessas relações ocorrem naturalmente, como as afetivas e familiares, enquanto outras
resultam de condições e contextos específicos de aproximação e afastamento de corpos em
situações dinâmicas. Nas gravuras de Candido Portinari, que ilustraram uma edição especial
de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, vemos uma série de cenas com personagens do romance; seus gestos, vestimentas e interações parecem sugerir, mesmo sem a presença do texto, as relações que se estabelecem entre eles. Na pintura de Heitor dos Prazeres e nas aquarelas de Lívio Abramo, as diferentes posturas corporais, além dos vestidos e saias esvoaçantes, impregnam de dinamicidade as imagens de dança. Os trabalhos de Ismael Nery, Anna Maria Maiolino, Antonio Henrique Amaral e Marco Paulo Rolla apresentam corpos que sugerem relações de intimidade a partir de perspectivas diferentes, ora mais simbólicas, ora mais literais. As
pinturas de Rubens Gerchman e Claudio Tozzi introduzem relações de ordem social e política,
acentuadas pelo contexto nacional de ditadura militar no período em que foram realizadas. Os retratos de Flávio de Carvalho e Samson Flexor dialogam com questões da representação de uma identidade, utilizando-se da fragmentação cubista como estratégia visual da subjetividade. As obras de Letícia Parente, Ana Maria Tavares e Tunga não apresentam corpos, mas aludem à sua presença quando refletimos sobre a funcionalidade dos objetos retratados.

Descrição da imagem: Pintura abstrata formada por uma sequência de quadrados e retângulos coloridos. Eles criam um padrão geométrico distorcido, composto por faixas diagonais de larguras variadas, que sugerem movimento. As cores preta, roxa, azul, vermelha e branca predominam, dispostas em alternância ao longo da pintura. Fim da descrição.
Alfredo Volpi (Lucca, Itália [Italy], 1896 – São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1988) Composição [Mastros] [Composition [Flagpoles]], 1970 têmpera sobre tela [tempera on canvas], 72 x 139,6 cm Prêmio [Prize] Museu de Arte Moderna de São Paulo – Panorama 1970, 1970.
Descrição da imagem: Pintura abstrata com formas geométricas, composta por retângulos e quadrados de diferentes tamanhos, criando uma espécie de mosaico com formas que se encaixam, delimitadas por linhas pretas espessas.
Os tons vibrantes variam entre vermelho, amarelo e verde, e há também matizes mais sutis, como azul e rosa, criando um jogo de contraste entre eles. Algumas áreas apresentam formas curvas internas. 
No canto inferior esquerdo, há uma pequena assinatura em preto: Sacilotto, novecentos e quarenta e oito. A moldura é preta. Fim da descrição.
Luiz Sacilotto (Santo André, SP, Brasil [Brazil], 1924 – São Bernardo do Campo, SP, Brasil, 2003)
Composição [Composition], 1948 óleo sobre amianto [oil on asbestos], 43,4 x 58 cm Aquisição [Acquisition]: Fundo para aquisição de obras para o acervo MAM São Paulo [Fund for acquisition of works for the MAM São Paulo collection] – Banco Bradesco S.A., 1999.
Descrição da imagem: Pintura abstrata formada por uma trama de linhas curvas e finas que se cruzam e se sobrepõem, formando polígonos irregulares, como triângulos alongados e formas assimétricas.
Os campos delimitados por essas linhas são preenchidos com diversos tons terrosos como bege, marrom, vermelho-queimado, verde-musgo, terracota e preto. A maioria das linhas é preta; há apenas uma linha laranja, uma verde e uma vermelha.
No canto inferior direito, há uma pequena assinatura em preto: Flexor, mil novecentos e cinquenta e sete. A moldura é preta. Fim da descrição.
Samson Flexor (Soroca, Moldávia [Moldova], 1907 – São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1971) Vitral [Stained Glass Design], 1957 óleo sobre juta [oil on jute], 51 x 86 cm Doação [Donated by] Rose e [and] Alfredo Setubal, 2024.
Descrição da imagem: Pintura geométrica em preto e branco, formada por pequenos quadrados que criam um padrão quadriculado. Os quadrados diminuem de tamanho à medida que se aproximam das bordas, criando um efeito de profundidade e ilusão de movimento. Duas linhas diagonais cruzam o centro da tela e unem os vértices opostos, formando um X. A moldura é branca e fina. Fim da descrição.
Luiz Sacilotto (Santo André, SP, Brasil [Brazil], 1924 – São Bernardo do Campo, SP, Brasil, 2003)
Concreção 7959 [Concretion 7959], 1979 óleo sobre tela [oil on canvas], 100 x 100 cm
Doação artista [Donated by the artist], 1979.
Descrição da imagem: A tela, em formato de losango posicionada na horizontal, apresenta uma pintura geométrica com formas planas e simétricas. Nas extremidades superiores esquerda e direita, há dois triângulos retângulos roxos. Ao centro, um losango menor que o da tela, está dividido horizontalmente: a metade superior é verde, e a inferior azul. Fim da descrição.
Hércules Barsotti (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1914 – 2010) Nº 10 [No. 10], 1995 acrílica sobre tela colada sobre aglomerado [acrylic on canvas glued on chipboard], 150 x 50 x 2,5 cm Doação [Donated by] Tuneu, 1995.
Descrição da imagem: Pintura de quatro faixas verticais de larguras variadas, justapostas, formando um retângulo nas cores vermelho-escuro e vinho.
Nas duas faixas centrais, há faixas finas horizontais: uma azul-escura, posicionada mais próxima da parte inferior, na faixa à esquerda; e outra em tom vermelho-claro, situada mais perto da parte superior, na faixa à direita. A moldura é branca e fina. Uma faixa bege, que faz parte da moldura, contorna as bordas da pintura. Fim da descrição.
Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, RJ, Brasil [Brazil], 1937 – 1980) Sem título [Untitled], 1956
guache sobre papel cartão [gouache on cardpaper], 38,7 x 40,7 x 2 cm
Doação [Donated by] Milú Villela, 1998.
Descrição da imagem: Pintura com quatro faixas vermelhas horizontais, retangulares e irregulares. Têm as bordas levemente onduladas e assimétricas. Estão alinhadas verticalmente, uma abaixo da outra, sobre um fundo branco retangular. A moldura é branca e fina. Uma faixa bege, que faz parte da moldura, contorna as bordas da pintura. Fim da descrição.
Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, RJ, Brasil [Brazil], 1937 – 1980) Metaesquema [Metascheme], 1958
guache sobre papel cartão [gouache on cardpaper], 55,6 x 35,3 x 2 cm
Doação [Donated by] Milú Villela, 1998.
Descrição da imagem: A obra é uma estrutura de madeira preta e espessa, com formato de hexágono regular, posicionada com as arestas voltadas para os lados, um vértice apontado para cima e outro para baixo. O centro vazado forma um losango. Fim da descrição.
Geraldo de Barros (Chavantes, SP, Brasil [Brazil], 1923 – São Paulo, SP, Brasil, 1998) H – 5, 1985
madeira revestida de laminado de fórmica [formica laminate-covered wood], 141,5 x 122,5 x 5 cm
Doação [Donated by] Cesar Luis Pires de Mello, 1992.
Descrição da imagem: Colagem geométrica em fórmica, que é um revestimento laminado, sobre madeira.
No centro, um retângulo vermelho na horizontal. No canto superior esquerdo, uma forma preta de topo reto e base recortada em quatro triângulos voltados para baixo. Na parte inferior, ao centro, uma forma amarela semicircular, angulada e pontiaguda. O retângulo vermelho é delimitado, em cima, por uma faixa cinza-claro e, embaixo, por uma faixa cinza-escuro. Nas laterais, uma faixa verde à esquerda e uma faixa azul à direita. Fim da descrição.
Carlos Fajardo (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1941) Sem título [Untitled], 2009 fórmica sobre madeira [formica laminate on wood], 20 x 30 cm (cada [each]) Doação [Donated by] Rose e [and] Alfredo Setubal, 2024.
Descrição da imagem: com as mesmas características e formas da obra anterior, nas cores cinza-escuro, azul, vermelho, cinza-claro, preto, verde e amarelo. Fim da descrição.
Descrição da imagem: com as mesmas características e formas da obra anterior, nas cores azul, preto, verde, amarelo, cinza-escuro, vermelho e cinza-claro. Fim da descrição.
Descrição da imagem: com as mesmas características e formas da obra anterior, nas cores verde, preto, vermelho, amarelo, azul, cinza-claro e cinza-escuro. Fim da descrição.
Descrição da imagem: com as mesmas características e formas da obra anterior, nas cores verde, preto, vermelho, amarelo, azul, cinza-claro e cinza-escuro. Fim da descrição.
 Descrição da imagem: com as mesmas características e formas da obra anterior, nas cores amarelo, vermelho, azul, verde, cinza-claro, cinza-escuro e preto. Fim da descrição.
Descrição da imagem:  com as mesmas características e formas da obra anterior, nas cores cinza-claro, azul, cinza-escuro, verde, preto, vermelho e amarelo. Fim da descrição.
Descrição da imagem: No centro de um fundo bege, há uma forma quadrada irregular preenchida pela cor verde-turquesa. Um traço preto e texturizado contorna toda a forma.
A partir do vértice inferior esquerdo, um traço preto segue rente à base até o centro da figura e, dali, cruza a forma em diagonal ascendente para a esquerda, quase tocando a parte superior. Do ponto final dessa diagonal, parte um traço fino esverdeado que se conecta ao topo. A moldura é branca e fina. Fim da descrição.
Mira Schendel (Zurique, Suíça [Zurich, Switzerland], 1919 – São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1988)
Sem título [Untitled], 1984 aquarela e bastão de óleo sobre papel [watercolor and oil stick on paper], 36,7 x 26,7 x 3 cm Doação [Donated by] Paulo Figueiredo, 2000.
Descrição da imagem: No centro de um fundo bege, há uma forma quadrada irregular preenchida pela cor salmão. Um traço preto e texturizado contorna toda a forma.
A partir do vértice superior esquerdo, um traço preto se projeta para fora e desce levemente inclinado para a direita até o vértice inferior esquerdo. Dali, cruza a forma, subindo em diagonal até perto da borda direita. A moldura é branca e fina. Fim da descrição.
Mira Schendel (Zurique, Suíça [Zurich, Switzerland], 1919 – São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1988)
Sem título [Untitled], 1984 aquarela e bastão de óleo sobre papel
[watercolor and oil stick on paper], 37 x 27 x 2,5 cm
Doação [Donated by] Paulo Figueiredo, 2000.
Descrição da imagem: No centro de um fundo branco, há um retângulo na vertical, preenchido pela cor bege- claro. Sobre ele, um traçado preto texturizado forma outro retângulo, menor e irregular. Do vértice superior esquerdo desse traçado, parte uma linha que se projeta para fora, desce rente à lateral esquerda até aproximadamente a metade e cruza a forma em diagonal até perto da borda direita. A moldura é branca e fina. Fim da descrição.
Mira Schendel (Zurique, Suíça [Zurich, Switzerland], 1919 – São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1988)
Sem título [Untitled], 1984 aquarela e bastão de óleo sobre papel
[watercolor and oil stick on paper], 36,8 x 26,9 x 2,5 cm
Doação [Donated by] Paulo Figueiredo, 2000.
Descrição da imagem: Gravura. À direita, um grande quadrado preto levemente inclinado na diagonal. Pequenos triângulos pretos pontilhados se projetam a partir das bordas do quadrado. À esquerda, uma faixa retangular inclinada na diagonal, em pontilhado cinza. Sobre toda a gravura, pequenas formas triangulares cinza estão espalhadas, e dentro de cada triângulo, há minúsculas letras “T” esbranquiçadas. O fundo é marrom-acinzentado. Fim da descrição.
Arthur Luiz Piza (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1928 – Paris, França [France], 2017) Carré stellaire [Quadrado estrelar] [Starry Square], 1989 gravura (goiva) em cores [full color engraving (gouge)], 63 x 90,2 cm Doação [Donated by] Degussa S.A., 1993.
Descrição da imagem: 
Gravura. Ao centro, sobre um fundo marrom com linhas finas verticais, há um losango alongado, formado por pequenos losangos e trapézios intercalados em vermelho e bege, que se estreitam em direção às bordas. Ao redor, um sombreamento pontilhado preto. Abaixo da gravura, a inscrição: E A 4, Piza. Fim da descrição.
Arthur Luiz Piza (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1928 – Paris, França [France], 2017) Tensions [Tensões], 1982 gravura (goiva) em cores
[full color engraving (gouge)], 56,5 x 38 cm
Doação [Donated by] Frederico Melcher, 1984.
Descrição da imagem: Escultura estreita e vertical, formada por três barras de madeira longas encaixadas de forma escalonada: a primeira marrom, a segunda laranja e a terceira amarela. Fim da descrição.
Willys de Castro (Uberlândia, MG, Brasil [Brazil], 1926 – São Paulo, SP, Brasil, 1988)
Pluri-objeto [Multi-Object], 1967/1971 acrílica-vinílica sobre madeira [acrylic-vinyl on wood], 97 x 8 x 6,4 cm Doação [Donated by] José Paulo Domingues, 1973.
Descrição da imagem: Escultura de mármore de Carrara, branca e em formato retangular alongado, apoiada sobre uma base plana e retangular, ligeiramente mais larga. Ao longo da escultura, repete-se um padrão intercalado de trapézios em alto e baixo relevo: de um lado, os trapézios se projetam para fora, e, na mesma linha, o lado oposto está recuado. Fim da descrição.
Sérgio Camargo (Rio de Janeiro, RJ, Brasil [Brazil], 1930-1990) Sem título [Untitled], 1978
mármore de Carrara [Carrara marble], 103 x 60,2 x 30,2 cm
Aquisição [Acquisition]: Fundo para aquisição de obras para o acervo MAM São Paulo
[Fund for acquisition of works for the MAM São Paulo collection]
– Banco de Crédito de SP S.A./G. Zogb.
Descrição da imagem: A escultura é composta por uma placa quadrada de alumínio anodizado — um tratamento que forma uma camada protetora na superfície do metal — posicionada em diagonal, com um dos vértices voltado para cima. 
Na superfície do metal, traços curvos gravados se conectam entre si. A peça metálica está inserida no encaixe em “V” de um bloco retangular de madeira clara. Fim da descrição.
Mary Vieira (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1927 – Basileia, Suíça [Basel, Switzerland], 2001)
Luz-espaço: tempo de um movimento [Light-Space: Time of a Movement], 1953–55
alumínio anodizado e madeira [anodized aluminum and wood], 53,5 x 49,5 x 7,7 cm
Prêmio [Prize] Museu de Arte Moderna de São Paulo – Panorama 1978, 1978
Cortesia [Courtesy] ISISUF – Archivio Belloli-Vieira. Milani. Todos os direitos reservados
[All rigths reserved].
Descrição da imagem: Três pranchas com desenhos técnicos e anotações manuscritas. Na primeira prancha, no topo, o título: Poema Enterrado, Ferreira Gullar, mil novecentos e sessenta. Ao centro, um cubo tridimensional grande em perspectiva, desenhado com linhas pretas.
À esquerda, o desenho de uma escada descendente com dez degraus. Na face lateral esquerda, uma abertura vertical indica a entrada para o espaço interno, nomeado ante-sala.
Uma outra abertura leva a um espaço à direita, onde, no centro, estão cubos concêntricos pequenos. O local está identificado como: recinto do poema. No topo do cubo tridimensional grande, uma pequena estrutura redonda é marcada por uma seta com a legenda “projetor de luz”. À direita da estrutura, uma indicação de altura marca dois metros e cinquenta centímetros. No canto superior direito, o número “um” está circulado. A prancha é assinada no canto inferior direito.

Na segunda prancha, há a planta baixa do mesmo cubo tridimensional grande. À esquerda, ao lado do desenho da escada, há setas indicando: quatro metros. Abaixo dela, uma seta maior aponta para a escada. Com a legenda: A largura, o comprimento e inclinação da escada ficam a critério do arquiteto. 
O interior do cubo é marcado por pequenas setas que indicam as medidas. No meio da planta, estão os cubos concêntricos, representados por quadrados, também marcados com medidas. Do quadrado menor sai uma seta, com a inscrição: Espelho.
Do quadrado maior sai outra seta, com a inscrição: Sulcos para encaixe dos cubos; o quadrado central é rebaixado em meio centímetro; nele será encaixado um espelho. No canto superior direito, há o número dois circulado. A prancha é assinada no canto inferior direito.

Na terceira prancha, três cubos são representados em perspectiva frontal, com as faces externas coloridas. Em cada cubo, são visíveis a face frontal, uma das laterais e a base aberta, de interior branco.
 O primeiro, à esquerda, é vermelho e mede quarenta centímetros em cada aresta. Acima dele, a inscrição: Cubo vermelho, vasado. Abaixo dele: interior branco. O segundo, ao centro, é verde e mede vinte e cinco centímetros em cada aresta. Acima dele, a inscrição: Cubo verde, vasado. Abaixo dele: interior branco. O terceiro, à direita, é branco e mede doze centímetros em cada aresta. Acima dele, a inscrição: Cubo branco, compacto.
Dele, sai uma seta com um quadrado plano. Dentro do quadrado, a inscrição: Rejuvenesça. Ao lado: face de baixo do cubo branco. Na base da prancha, o texto: Os cubos devem ser feitos em material leve e resistente que não empene. As cores devem ser foscas, nunca brilhantes. No canto superior direito, há o número três circulado. A prancha é assinada no canto inferior direito. Fim da descrição.
Ferreira Gullar (São Luís, MA, Brasil [Brazil], 1930 – Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2016)
Poema enterrado [Buried Poem], 1960 grafite, lápis de cor e caneta esferográfica sobre papel (projeto) [graphite, colored pencil, and ballpoint on paper (project)], 21,4 x 33 cm (cada [each])
Doação [Donated by] Milú Villela, 1997.
Descrição da imagem: 
Escultura composta por mesas e cadeiras de madeira escura. Sobre uma base baixa e branca, uma grande mesa quadrada é sustentada por quatro pequenas mesas quadradas, cada uma apoiando um pé da mesa maior. À frente dela, há uma cadeira da altura do tampo da grande mesa. Diante dessa, há uma cadeira menor, da altura do assento da primeira. À frente desta, há uma terceira cadeira ainda menor, da altura do assento da segunda. Fim da descrição.
Cildo Meireles (Rio de Janeiro, RJ, Brasil [Brazil], 1948) Inmensa, 1982
madeira [wood], 100 x 117 cm
Aquisição [Acquired by] MAM São Paulo, 1999.

Fragmentos: gestos e abstrações.

A arte moderna está intimamente ligada à abstração, que também é corrente entre artistas contemporâneos. Entre as origens da abstração na arte encontra-se, justamente, o recorte e a
fragmentação da natureza, ou seja, a ampliação de um fragmento até o ponto da perda da referência inicial. Nas pinturas de Aldo Bonadei não ocorre a representação ponto por ponto da realidade; nelas, elementos figurativos ligados ao gênero da natureza-morta convivem com abstrações geométricas. Já Antônio Henrique Amaral parte de um cacho de banana — uma espécie de ícone da identidade brasileira devido principalmente a ligações econômicas e culturais que vão de Carmen Miranda ao
tropicalismo — para selecionar um fragmento que pode ser apreendido como faixas verdes e amarelas. Os gestos delicados presentes nos desenhos de Sandra Cinto, feitos com caneta, ficam nessa zona nebulosa entre o figurativo e o abstrato, discussão que o MAM realiza desde a sua fundação na década de 1940. Beatriz Milhazes, recorrendo a cores vivas, se relaciona com o campo da colagem, fundindo padrões geométricos, formas circulares, mandalas e motivos florais. Obras como as de Flávio Shiró, Samson Flexor e Yves Klein transformam gestos em pinturas a partir do emprego do pincel, de tintas e dos corpos dos artistas e modelos.

Descrição da imagem: Pintura cubista com sobreposição de figuras geométricas. Retângulos e outras formas de ângulos retos são contornados por traços pretos espessos e irregulares. Ao centro, uma figura vertical, alongada, com base larga e topo afunilado. Tons de amarelo, vermelho, marrom, branco, cinza e azul preenchem as formas. O fundo apresenta áreas em vermelho escuro, marrom e bege.
No canto inferior direito, há uma pequena assinatura em preto: Bonadei. Sessenta. A moldura é preta e fina. Fim da descrição.
Aldo Bonadei (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1906 – 1974) Natureza-morta [Still Life], 1960
óleo sobre tela sobre madeira [oil on canvas on wood], 73,5 x 95 cm
Doação [Donated by] Rose e [and] Alfredo Setubal, 2024.
Descrição da imagem: Pintura geométrica abstrata, estruturada por linhas grossas, retas e pretas que delimitam polígonos irregulares. Essas formas, preenchidas em tons de azul, laranja, amarelo, branco, cinza e rosa, se distribuem pela tela em planos justapostos. No centro, algumas linhas sinuosas formam uma composição que se assemelha a um corpo humano.
No canto inferior direito, há uma pequena assinatura em preto: Bonadei. Sessenta e oito. A moldura é preta. Fim da descrição.
Aldo Bonadei (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1906 – 1974) Abstrato [Abstract], 1968
óleo sobre tela [oil on canvas], 136,6 x 106,7 cm
Doação [Donated by] Ministério da Fazenda – Secretaria da Receita Federal, 2006.
Descrição da imagem: Pintura cubista com linhas grossas e coloridas. Ao centro, a silhueta de uma garrafa com contorno verde. O interior da garrafa, do topo à base, exibe áreas em rosa, marrom e branco. À direita, uma sombra projetada pela garrafa está em verde. Ao redor da garrafa, as linhas grossas formam triângulos e retângulos em tons de marrom, vermelho, amarelo, rosa, azul e cinza.
No canto inferior direito, há uma pequena assinatura em preto: "L8 Bonadei". A moldura é marrom e fina. Fim da descrição.
Aldo Bonadei (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1906 – 1974) Garrafa [Bottle], 1968
óleo sobre tela [oil on canvas], 70,1 x 120,9 cm
Doação artista [Donated by the artist], 1970.
Descrição da imagem: Pintura abstrata. Ao centro, contorno de uma forma circular parcialmente aberta na parte inferior em traço branco e fino. Atrás dessa forma, há uma mancha arredondada em tons de cinza, escurecido na lateral esquerda, assemelhando-se ao contorno de uma cabeça, e abaixo, um tronco com camiseta. A obra tem linhas finas e retas e pretas, verticais e horizontais que se cruzam e se justapõem principalmente na faixa horizontal central da obra. 
Na metade inferior, essas linhas formam contornos irregulares e angulosos. Próximo às bordas, manchas escuras e avermelhadas à esquerda e manchas amarelas à direita. O fundo é fragmentado e texturizado, mesclando tons de cinza. No canto inferior direito, há uma assinatura ilegível. A moldura é fina e marrom. Fim da descrição.
Flávio Shiró (Sapporo, Japão [Japan], 1928) Memória [Memory], 1987 óleo, pastel oleoso e pó de pigmento sobre tela [oil, oil pastel, and pigment powder on canvas], 150,5 x 140 x 5 cm
Prêmio [Prize] Motores MWM Brasil – Panorama 1989, 1989.
Descrição da imagem: Pintura abstrata em azul e branco. No centro, há uma grande mancha azul, formada por pinceladas irregulares de diferentes intensidades. Ao redor da mancha, espalham-se traços e impressões menores em azul, sobre um fundo branco. As pinceladas variam em tamanho, formato e intensidade. A moldura é branca e fina. Fim da descrição.
Yves Klein (Nice, França [France], 1928 – Paris, França, 1962) Antropometrie [Antropometria] [Anthropometry], 1973 litografia [lithograph], 55 x 79 cm
Doação [Donated by] Rose e [and] Alfredo Setubal, 2024
© The Estate of Yves Klein / AUTVIS, Brasil, 2025.
Descrição da imagem: Pintura abstrata em azul, preto e cinza. No centro, há várias pinceladas diagonais inclinadas para a direita, em preto e cinza escuro. Ao fundo, grandes manchas sobrepostas em azul-claro e cinza-claro. A moldura é branca e fina. Fim da descrição.
Samson Flexor (Soroca, Moldávia [Moldova], 1907 – São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1971)
Hamlet, 1959 óleo sobre tela [oil on canvas], 127,5 x 94,6 cm
Doação [Donated by] Margot Flexor, 1969.
Descrição da imagem: Pintura de três linhas largas e alongadas, dispostas na diagonal da parte inferior esquerda para a superior direita, ligeiramente curvadas para baixo. Cada linha exibe um degradê que vai do verde escuro na parte superior ao amarelo na inferior. O fundo é azul claro. A moldura é marrom e fina.Fim da descrição.
Antonio Henrique Amaral (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1935 – 2015) Grande detalhe [Great Detail], 1968 óleo sobre aglomerado [oil on chipboard] 172,6 x 124,7 x 5,5 cm (com moldura [framed])
Doação [Donated by] Maria de Lourdes Fontoura, 1999.
Descrição da imagem: Pintura geométrica colorida. Círculos de diferentes tamanhos e cores, sobrepostos e distribuídos por toda a superfície. Ao centro, levemente à esquerda, há uma figura circular composta por anéis concêntricos coloridos em azul, vermelho, roxo, laranja, preto, rosa, amarelo, cinza e branco. Ao redor, diversas formas circulares em amarelo, rosa, verde, roxo, laranja, lilás e marrom, algumas preenchidas por padrões de bolinhas e linhas. Fim da descrição.
Beatriz Milhazes (Rio de Janeiro, RJ, Brasil [Brazil], 1960) Love [Amor], 2007 acrílica sobre linho [acrylic on linen], 197 x 248 x 4 cm
Doação [Donated by] Credit Suisse, 2009.
Descrição da imagem: Pintura sobre fundo branco. Uma grande forma irregular e alongada ocupa o centro. A parte superior é fina, alargando-se gradativamente em direção à inferior. As bordas cinzas são irregulares, com ângulos pontiagudos. Próximas à extremidade superior, formas pequenas e irregulares em cinza se agrupam ao redor. Na parte interna, linhas verticais em tons de azul variam de intensidade, como se escorressem. Fim da descrição.
Sandra Cinto (Santo André, SP, Brasil [Brazil], 1968) Sem título [Untitled], 2017 acrílica e caneta permanente sobre tela [acrylic and permanent marker on canvas], 200 x 80 cm
Doação [Donated by] Rose e [and] Alfredo Setubal, 2024.

Mídias: tradições atualizadas.

A arte contemporânea é comumente caracterizada pelo uso de novas mídias e diferentes linguagens que não eram, até então, associadas ao trabalho artístico. Porém, tecnologias como a fotografia e o vídeo, por mais atuais que sejam, já eram exploradas por artistas inseridos nas vanguardas modernistas, enquanto as produções contemporâneas não deixam de se apropriar de linguagens e mídias tradicionais, como o jornal, o texto impresso e o desenho, para reformular as suas realizações
plásticas e conceituais. As fotomontagens de Alberto da Veiga Guignard representam um dos primeiros experimentos plásticos realizados no Brasil com a imagem fotográfica e podem ser associadas à vanguarda surrealista pelo cenário onírico e pela simbologia dos elementos nas composições. Os vídeos da série The Illustration of Art de Antonio Dias são alguns dos primeiros trabalhos de videoarte realizados na arte brasileira e discorrem justamente sobre as maneiras de ilustrar ou imaginar o que seria a arte a partir da tecnologia do vídeo caseiro. As obras de León Ferrari, Franklin Cassaro e Antonio Manuel se utilizam da materialidade do jornal para produzir provocações conceituais, que se dirigem ao espectador tanto pela sua eventual expectativa sobre a função desse meio comunicacional, quanto pelas possibilidades de participação que as diferentes formas e volumes visuais sugerem. Os trabalhos de Artur Barrio e Rodrigo Matheus se realizam a partir de uma variedade de elementos descontextualizados, configurados em composições de “desenhos” matéricos, que atualizam as possibilidades formais e conceituais de uma das linguagens
mais antigas da arte.

Descrição de imagem: Fotomontagem. O fundo é sépia, em tom envelhecido que mistura marrom e amarelo, mais escuro nas bordas e amarelado no centro, com pequenos pontos amarelados espalhados. À esquerda, na parte superior, há um vestido branco, longo com mangas curtas. Na parte inferior, em preto e branco, parte dos mastros e das velas de um grande navio. Ao centro, há um olho esquerdo humano arregalado. À direita, centralizada, uma grande nuvem de fumaça branca, alongada, com o topo arredondado. Fim da descrição.
Alberto da Veiga Guignard (Nova Friburgo, RJ, Brasil [Brazil], 1896 – Belo Horizonte, MG, Brasil, 1962) Sem título [Untitled], 1949 fotografia colorida sobre papel [full color photograph on paper], 32,5 x 24,5 cm
Doação [Donated by] Paulo Kuczynski, 2006.
Descrição da imagem: Fotomontagem. Na parte inferior, um homem ajoelhado de costas, com a cabeça abaixada e levemente inclinada para a direita, está à frente de uma escadaria cinza que se estende até o centro. Ele usa uma dalmática, túnica larga de mangas compridas. No topo da escada, uma pessoa de perfil para a direita usa um vestido de noiva branco, com saia longa e volumosa. Um véu comprido cobre toda a cabeça e o rosto. Atrás da noiva, à esquerda, há um fantasma. Ele tem os olhos e a boca escuros e a roupa translúcida. O fundo é sépia. Fim da descrição.
Alberto da Veiga Guignard (Nova Friburgo, RJ, Brasil [Brazil], 1896 – Belo Horizonte, MG, Brasil, 1962) Evocação [Evocation], 1949 fotografia colorida sobre papel [full color photograph on paper], 32,5 x 22,5 cm
Doação [Donated by] Paulo Kuczynski, 2006.
Descrição da imagem: Offset em preto e branco (técnica de impressão) de uma colagem sobre jornal. No topo: Oito, abre parênteses, quatrocentos e noventa e seis, fecha parênteses. L’Osservatore Romano. Número quarenta e um – treze de octubre de dois mil. Abaixo: discurso - A los fieles participantes em la peregrinación nacional de Hungría, com motivo del jubileo, lunes nove de octubre. Abaixo, em letras grandes, o título: Defended la familia y la vida.
Abaixo do título, a colagem é composta por um anjo com longas asas abertas sobre uma escadaria. Ele usa uma túnica longa, segura uma espada na mão direita, está voltado para a parte inferior da escada e com o olhar direcionado apenas para a esquerda, onde há três mulheres e três crianças.
No alto da escadaria, uma das mulheres está ajoelhada com a mão no pescoço de uma criança caída; outra mulher segura a segunda criança no colo; a terceira mulher está com as mãos na cabeça e o rosto voltado para cima. A terceira criança está caída nos degraus. À direita, fora do campo de visão do anjo, uma mulher ajoelhada, com o tronco curvado e os braços sobre uma criança, com o olhar voltado para o anjo. Ao fundo, há uma construção de pedra com a entrada aberta e interior escurecido.
Abaixo da imagem em letras pretas: El extermínio de los primogénitos egipcios. Gustavo Doré, ilustración de la Biblia, mil ochocentos sesenta. Abaixo do texto, em manuscrito, há um X, uma linha diagonal, o símbolo do infinito e a assinatura: León Ferrari, dois mil e sete. A moldura é branca. Fim da descrição.
León Ferrari (Buenos Aires, Argentina, 1920 – 2013)
L’Osservatore Romano [O observador romano] [The Roman Observer], 2007
offset da colagem da imagem da obra “O extermínio dos primogênitos egípcios”
(Ex. 12, 29), de Gustave Doré, ilustração da Bíblia, 1860, sobre o jornal L’Osservatore
Romano, página 8, 13/10/2000 [offset print of collage made from the image of “The
Extermination of Egypt’s First-Born” (Ex. 12, 29), by Gustave Doré, Bible illustration, 1860,
on the newspaper L’Osservatore Romano, page 8, 10/13/2000], 48 x 35,6 cm
Doação artista por intermédio do [Donated by the artist through the]
Núcleo Contemporâneo MAM São Paulo, 2007.
Descrição da imagem: Offset (técnica de impressão) de uma colagem sobre jornal. No topo: Número onze. Dezesseis de marzo de dois mil e um. L’Osservatore Romano. Abre parênteses, cento e quarenta e cinco, fecha parênteses, cinco. Homilía. Durante la santa misa de beatificación celebrada en la plaza de San Pedro el domingo onze de marzo. Abaixo, em letras grandes, o título: Murieron por su fe en Cristo. Subtítulo: Estos mártires de la persecución religiosa en España son los primeros beatos del tercer milenio. 
Abaixo do subtítulo, a colagem é composta por um formato oval, com as bordas marrons. No centro superior, um anjo voa com um braço estendido à frente em um céu azul com nuvens brancas.
Abaixo dele, três homens estão montados em cavalos, lado a lado, virados para a direita, sobre uma faixa de terra em meio às águas. O primeiro homem usa uma roupa azul e segura uma balança da justiça. O segundo homem, usa uma roupa marrom, segura um arco e flecha, apontando para a frente. O terceiro homem, usa uma roupa bege e está com uma espada erguida. 
Abaixo dos homens, à esquerda, em outra faixa de terra à beira das águas, há um grande rosto de animal semelhante a um dragão, com a boca aberta e grandes presas à mostra. Da boca, saem chamas e um homem montado em um cavalo. O rosto tem aparência de caveira, e um tecido vermelho cobre parcialmente o corpo. O homem aponta uma lança de três pontas para a direita, onde há três pessoas. Duas estão com o tronco erguido e olhos fechados e a outra está caída. 
No canto inferior direito, há uma pequena escrita: Los cuatro jinetes del apocalipsis. Juan Gerson, iglesia de Tecamachalco, Puebla, México, siglo dezesseis. Abaixo em manuscrito, há um X, uma linha diagonal, o símbolo do infinito e a assinatura: León Ferrari, dois mil e sete. A moldura é branca. Fim da descrição.
León Ferrari (Buenos Aires, Argentina, 1920 – 2013) L’Osservatore Romano [O observador romano] [The Roman Observer], 2007 offset da colagem da imagem da obra “Os quatro cavaleiros do Apocalipse”, de Juan Gerson, igreja de Tecamachalco, Puebla, México, séc. XVI, sobre o jornal L’Osservatore Romano, página 5, 16/03/2001 [offset print of collage made from the image of “The Four Horsemen of the Apocalypse”, by Juan Gerson, Tecamachalco Church, Puebla, México, 16th
century, on the newspaper L’Osservatore Romano, page 5, 03/16/2001], 42,3 x 29,8 cm
Doação artista por intermédio do [Donated by the artist through the]
Núcleo Contemporâneo MAM São Paulo, 2007.
Descrição da imagem: A obra Tudo pode (Perder-se), de dois mil e três, de Tadeu Jungle, é uma impressão digital sobre papel. Mede cinquenta vírgula dois centímetros de altura e quarenta e nove centímetros de largura.
Impressão em uma grande página com as palavras tudo pode, em letras maiúsculas e pretas, repetidas vezes, em cinquenta e uma linhas e dezenove colunas. Na parte inferior, à direita, fora da página, há uma impressão com a palavra: perder-se. Em letras maiúsculas e pretas. Fim da descrição.
Tadeu Jungle (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1960) Tudo pode (Perder-se) [Everything Can (Be Lost)], 2003 impressão digital sobre papel [digital print on paper], 50,2 x 49 cm
Doação artista [Donated by the artist], 2003.
Descrição da imagem: impressão com a palavra: perder-se. Em letras maiúsculas e pretas. Fim da descrição.
Descrição da imagem: Caixa de madeira branca com tampo de vidro. No interior, um papel branco com tinta preta exibe duas linhas horizontais grossas, uma na parte superior e outra na inferior, rabiscos irregulares e manchas. No topo do papel: Os meus desenhos heterodoxos. Artur Barrio. Mil novecentos e setenta e nove. Dois mil e nove. Mil novecentos e oitenta e nove. Mil novecentos e setenta e três. Dois mil e oito. Dois mil e sete. Dois mil e nove.
Sobre a folha, ao centro, há uma pequena caixa de madeira clara, inclinada. No lado direito, a ponta de um anzol perfura a madeira. Na outra extremidade do anzol, fios de nylon estão emaranhados.
No interior dela, uma lâmpada redonda fixada a um soquete termoplástico com adaptador. À esquerda da lâmpada, há folhas de ouro. À frente da lâmpada, um acrílico transparente, com um círculo marrom claro. À esquerda, uma isca azul inclinada sobre a base da caixa branca, onde também estão espalhadas folhas de ouro. A moldura é preta. Fim da descrição.
Artur Barrio (Porto, Portugal, 1945) O farol [The Beacon], da série Desenhos heterodoxos
[from the series Unorthodox Drawings], 1973/2009 caixa de madeira, vidro, tinta sobre papel, lâmpada, plugue de tomada, folha de ouro, metal e arame [wooden box, glass, paint on paper, light bulb, power plug, gold leaf, metal, and wire], 45 x 43 x 12 cm
Doação [Donated by] Rose e [and] Alfredo Setubal, 2024.
Descrição da imagem: Escultura formada por quatro almofadas infladas em grande escala, empilhadas em formato de pirâmide. As de baixo são maiores que as de cima. Todas são feitas de folhas de jornal amareladas, com anúncios, reportagens e propagandas impressos em preto. Há dois ventiladores de chão pretos, um em cada uma das laterais da obra. Está sobre um chão cinza. Fim da descrição.
Franklin Cassaro (Rio de Janeiro, RJ, Brasil [Brazil], 1962) Templo [Temple], 2000 colagem de folha de jornal e ventiladores [newspaper collage and fans], 260 x 572 cm
Aquisição [Acquired by] Núcleo Contemporâneo MAM São Paulo, 2000.
Descrição da imagem: Escultura formada por quatro almofadas infladas em grande escala, empilhadas em formato de pirâmide. As de baixo são maiores que as de cima. Todas são feitas de folhas de jornal amareladas, com anúncios, reportagens e propagandas impressos em preto. Há dois ventiladores de chão pretos, um em cada uma das laterais da obra. Está sobre um chão cinza. Fim da descrição.
Descrição da imagem: Escultura formada por quatro almofadas infladas em grande escala, empilhadas em formato de pirâmide. As de baixo são maiores que as de cima. Todas são feitas de folhas de jornal amareladas, com anúncios, reportagens e propagandas impressos em preto. Há dois ventiladores de chão pretos, um em cada uma das laterais da obra. Está sobre um chão cinza. Fim da descrição.
Descrição da imagem: Três vistas de uma instalação interativa em madeira. Na primeira, a obra está fechada: um tecido rígido e preto cobre a frente, com barbantes presos nas extremidades e um pequeno retângulo de madeira na ponta, usado para abrir a instalação. Fim da descrição.
Antonio Manuel (Avelãs de Caminho, Portugal, 1947) Sem título [Untitled], 1968 tecido, corda e serigrafia sobre madeira [fabric, rope, and silkscreen print on wood], 122 x 84,3 cm
Doação [Donated by] Rolf Gustavo Baumgart, 2006.
Descrição da imagem: Mesma obra da fotografia anterior. O tecido se inclina para cima, e a estrutura fica parcialmente aberta, revelando parte do interior. Fim da descrição.
Descrição da imagem: Mesma obra da fotografia anterior. a obra está aberta: sobre a superfície de madeira pintada de vermelho, quatro quadrantes de serigrafias repetem as frases 'Polícia militar mata estudante' e 'A queima roupa', acompanhadas por figuras em preto de aglomerações de pessoas. Fim da descrição.
Descrição da imagem: Assemblage de formato vertical irregular, fixada em fichário. Obra criada a partir da combinação de objetos diversos. É composta por papéis, grampos trilho metalizados e papel carbono, sobrepostos e organizados em quatro camadas e tamanhos diferentes.
Na parte superior, fixado em uma moldura branca com fundo branco, o mecanismo metálico de um fichário prende uma base de papel azul, sobre a qual um grampo trilho fixa diversos papéis sobrepostos em bege e azul. Algumas dessas peças têm linhas impressas, padrões geométricos e pequenas inscrições. De cima para baixo, os papéis vão dos mais largos aos mais estreitos. Fim da descrição.
Rodrigo Matheus (São Paulo, SP, Brasil [Brazil], 1974) Blue life [Vida azul], 2004
suporte para papel, impressos, grampos, papel carbono, grampo trilho e fichário
[paper holder, prints, staples, carbon paper, rail clamp, and binder], 112 x 35 cm
Doação [Donated by] Rose e [and] Alfredo Setubal, 2024.
Descrição da imagem: Placa de aço inoxidável com impressão digital. A placa, em tom esverdeado, exibe diversas elevações de tamanhos variados, cobertas por uma malha de aço. Algumas elevações estão com as pontas laranja e amarela; em outras, é visto apenas o volume. Fim da descrição.
Cildo Meireles (Rio de Janeiro, RJ, Brasil [Brazil], 1948) Glovetroter, 2010 placa de aço inoxidável com impressão digital [stainless steel plate with digital print], 122 x 86 cm
Doação [Donated by] Rose e [and] Alfredo Setubal, 2024.
Descrição da imagem: Fotografia na vertical. gaze quadrada com mancha de sangue sobre a pele, fixada por duas fitas de esparadrapo em formato de X. Fim da descrição.
Antonio Dias (Campina Grande, PB, Brasil [Brazil], 1944 – Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2018) The Illustration of Art I [A ilustração da arte I], 1971 DVD (super 8 convertido para digital), 04’13’’, mudo e colorido [DVD (Super 8 converted to digital), 4min 13s, no sound and full color]
Doação [Donated by] Credit Suisse, 2010.
Descrição da imagem: a gaze está mais ensanguentada e o esparadrapo com as bordas escurecidas. Fim da descrição.
Descrição da imagem: na pele, há uma lesão arredondada, com bordas avermelhadas e um furo escuro no centro. Fim da descrição.
Descrição da imagem: com fundo azul-escuro três dedos seguram na diagonal um fósforo aceso, com a chama amarela erguida. Fim da descrição.
Antonio Dias (Campina Grande, PB, Brasil [Brazil], 1944 – Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2018)
The Illustration of Art II [A ilustração da arte II], 1971 DVD (super 8 convertido para digital), 02’06’’, mudo e colorido [DVD (Super 8 converted to digital), 2min 6s, no sound and full color]
Doação [Donated by] Credit Suisse, 2010.
Descrição da imagem: Continuação da fotografia anterior. a chama está menor, e a haste, metade queimada e levemente inclinada para cima. Fim da descrição.
Descrição da imagem: o fósforo está apagado, e a haste queimada, curvada para baixo. Fim da descrição.
Descrição da imagem: visor de um medidor analógico com fundo preto. Ele exibe números brancos quatro, cinco, dois, um, quatro, sendo os quatro primeiros com contorno azul-escuro, e o último, destacado com contorno vermelho. Abaixo, há um disco medidor prateado. Fim da descrição.
Antonio Dias (Campina Grande, PB, Brasil [Brazil], 1944 – Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2018)
The Illustration of Art III [A ilustração da arte III], 1971 DVD (super 8 convertido para digital), 03’30’’, mudo e colorido [DVD (Super 8 converted to digital), 3min 30s, no sound and full color]
Doação [Donated by] Credit Suisse, 2010.
Descrição da imagem: duas tomadas estão fixadas lado a lado em uma parede branca com rachaduras. Fios saem da parte inferior das tomadas. Fim da descrição.
Descrição da imagem: mãos seguram um alicate e um fio, perto de uma tomada no rodapé de uma parede branca. No chão de pequenos azulejos marrons, há uma pequena faca. Fim da descrição.

Créditos.

EXPOSIÇÃO [EXHIBITION]
realização [realization]
Centro Cultural Fiesp (CCF) /
SESI-SP
Museu de Arte Moderna de São Paulo

curadoria [curatorship]
Cauê Alves
Gabriela Gotoda

produção executiva
[executive production]
Luciana Nemes (coord.)
Ana Paula Pedroso Santana
Elenice dos Santos Lourenço
Paola da Silveira Araujo

(assistência [assistance]) (PJ)
projeto expográfico
[exhibition design]
Carmela Rocha
Sofia Gava

projeto gráfico e comunicação
visual [graphic design and visual
communication]
Paulo Vinícius G. Macedo
Rafael Soares Kamada

coordenação editorial
[editorial coordination]
Renato Schreiner Salem
comunicação [communication]
Ane Tavares (coord.)
Jamyle Rkain
Rachel Brito
Nicolas Oliveira
(estagiário
[intern])
assessoria de imprensa
[press office]
Ana Beatriz Garcia (PJ)
Evandro Pimentel (PJ
)
execução do projeto expográfico
[execution of exhibition design]
Cenotech Cenografia
conservação [conservation]
Patricia Pinto Lima (coord.)
Alessandro Costa (PJ)
Bárbara Blanco Bernardes de
Alencar
Camila Gordillo de Souza
Fabiana Oda (PJ)
Igor Ferreira Pires (arthandler)
Marina do Amaral Mesquita
Taline de Oliveira Bonazzi (PJ)

montagem [installation]
Manuseio Montagem e
Produção Cultural
Eduardo Tadeu da Silva (coord.)

projeto de iluminação
[lighting design]
Anna Turra Lighting Design

equipamento de iluminação
[lighting equipment]
Santa Luz
impressão e instalação da
comunicação visual [printing and
installation of visual communication]
SECALL Comunicação Visual
LTDA

consultoria de acessibilidade
[accessibility consultancy]
Silvia Arruda
recursos de acessibilidade
[accessibility resources]
roteiro videoguia e audiodescrição

Gregório Sanches
Leonardo Sassaki

revisão do texto da audiodescrição
[revision of the audio description text]
Rafael Braz
intérpretes e videoguia em Libras
[interpreters and video guide in
Brazilian sign language]
Ponte Acessibilidade
equipamento de áudio e vídeo

NB3 Locações e Eventos
transporte [shipping]
ATM Janus e Logística
tradução para o inglês
[English translation]
Paul Webb
revisão e preparação de texto
[copy editing and proofreading]
Maurício Ayer
Dominique Makins Bennett

CATÁLOGO [CATALOG]
realização [realization]
Centro Cultural FIESP (CCF) – SESI-SP
Museu de Arte Moderna de São Paulo

curadoria [curatorship]
Cauê Alves
Gabriela Gotoda

textos [texts]
Cauê Alves
Elizabeth Machado
Gabriela Gotoda

MAM Educativo [Education]
Amanda Alves Vilas Boas Oliveira
Amanda Harumi Falcão
Amanda Silva dos Santos
Barbara Góes
Caroline Machado
Leonardo Sassaki
Luna Aurora Souto Ferreira
Maria Ferreira Maria Iracy Costa
Mirela Estelles
Pedro Queiroz
Sansorai Oliveira

identidade visual e projeto gráfico
[visual identity and graphic design]
Paulo Vinícius G. Macedo
Rafael Soares Kamada

coordenação [coordination]
Ane Tavares
produção gráfica
[graphic production]
Leandro da Costa
coordenação editorial
[editorial coordination]
Renato Schreiner Salem
tradução para o inglês
[English translation]
Paul Webb
revisão e preparação de texto
[copy editing and proofreading]
Maurício Ayer
Dominique Makins Bennett
fotos [photos]
Ding Musa
exceto [except]:
Renato Parada (p. 56–7)
tratamento de imagem e impressão
[photo retouching and printing]
Ipsis Gráfica
AGRADECIMENTOS
[ACKNOWLEDGEMENTS]
Agradecimento especial ao Centro
Cultural Fiesp (CCF) e às suas equipes
pela parceria institucional com o MAM
São Paulo e a colaboração inestimável
com a exposição.

[Special thanks to the Fiesp Cultural Center
(CCF) and their staff for the institutional
partnership with MAM São Paulo and their
invaluable collaboration to the exhibition].
O MAM São Paulo agradece aos artistas,
autores e detentores de direitos autorais
que generosamente autorizaram a
reprodução das obras neste catálogo.

[MAM São Paulo is thankful to the artists,
authors, and copyright holders who
generously licensed the reproduction of the
works in this catalog.]

SESI – SERVIÇO SOCIAL DA
INDÚSTRIA
DEPARTAMENTO
REGIONAL DE SÃO PAULO

[SESI – INDUSTRIAL SOCIAL
SERVICE – regional department of
São Paulo]
presidente [president]
Josué Christiano Gomes da Silva
conselheiros [board members]
André Luiz Pompéia Sturm
Dan Ioschpe
Elias Miguel Haddad
Luiz Carlos Gomes de Moraes
Antero José Pereira
Narciso Moreira Preto
Sylvio Alves de Barros Filho
Vandermir Francesconi Júnior
Massimo Andrea Giavina-Bianchi
Irineu Govêa
Marco Antonio Melchior
Alice Grant Marzano
Marco Antonio Scarasati Vinholi
Sérgio Gusmão Suchodolski
Daniel Bispo Calazans

superintendente do SESI-SP
[superintendent of SESI-SP]
Alexandre Ribeiro Meyer Pflug
gerente executiva de cultura
[executive manager of culture]
Débora Viana
gerente técnico de cultura
[technical manager of culture]
Alvaro Alves Filho
equipe de artes visuais e
audiovisual [audiovisual and visual arts team]
analistas de atividades culturais
[cultural activities analysts]
Elder Baungartner
Eliana Garcia
Larissa Lanza

estagiária [intern]
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núcleo de contratações culturais
[cultural contracting nucleus]
supervisor de gestão de projetos
culturais [cultural projects
management supervisor]
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analistas de serviços administrativos [administrative services analysts]
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Douglas Miranda Ferreira
Eduardo Viegas Cerigatto
Ione Augusta Barros Gomes
Isabela Martos Paes Capatti
Jonatã Ezequiel de Menezes da Silva
Júlio César de Araújo
Kielcimara de Almeida Nascimento
Michele Araújo da Silveira
Solange Silva Santos Primo

assistente de apoio administrativo
[administrative support assistant]
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CENTRO CULTURAL FIESP
[FIESP CULTURAL CENTER]
supervisor técnico
[technical supervisor]
Marcio Madi
analistas de atividades culturais
[cultural activities analysts]
André Luiz Porto Salvador
João Edson Martins

mediadores culturais [cultural mediators]
Alessandra Rossi
Maria Fernanda Guerra

orientadores de público
[audience guidance]
Aline Gonçalves de Barros
Meireles
Bianca Santos Silva
Éderly Cármen C. Ribeiro Rocha
Henrique Blankenburg Cipriano
Martins da Silva
Herbert de Souza Laurentino

monitores de arte educação
[art education monitors]
Brigite Ery Shiroma
Bruno Vital Alcantara dos
Santos
Catarina Aretha Abreu
Diana Proença Modena
Elis Ramos Genro
Leo do Nascimento Rezende
Maria Júlia Fonseca Nascimento
Pamela da Silva Nascimento
Vinicius Araujo Buava

encarregado maquinista
[head machinist]
Nilson dos Santos
maquinistas [machinists]
Alessandro dos Santos Peixoto
Menes Santos Machado

iluminadores [lighting technicians]
Ronie de Araújo Ferreira
Rubens Marcel G. Torres Masson

sonoplastas [sound technicians]
Charles Alves dos Santos
Roberto Aparecido Coelho
Roselino Henrique Silva

contrarregras [stagehands]
Carlos Leandro de Carvalho Braga
Evandro Pedro da Silva
Júlio Silva Neto
estagiários [interns]
Luna Cunha Roque
Ulysses Gomes da Silva

memória cultural SESI-SP
[SESI-SP cultural memory]
analistas de atividades culturais
[cultural activities analysts]
Josilma Gonçalves Amato
Thais dos Anjos Bernardo

estagiários [interns]
Felipe Alencar Machado
Giovanna Brito de Oliveira

equipe de comunicação
[communication team]
diretora executiva de marketing
e comunicação corporativa
[executive director of marketing and
corporate communication]
Ana Claudia Fonseca Baruch
gerente de marketing e
comunicação corporativa
[marketing and corporate
communication manager]
Leticia Martins Acquati
gerente de planejamento digital
[digital planning manager]
Rafael Queirós
gerente de imprensa [press manager]
Rose Matuck
coordenadora de comunicação
e marketing [communication and
marketing coordinator]
Mariana Soares
analistas [analysts]
Alexandre Muner
Cleiton Prado
Juliana Cezario
Karina Costa
Larissa Oliveira dos Santos
Matheus Araújo
Vinícius Fróes

redatora publicitária
[advertising copywriter]
Mirella Luiggi
revisor [proofreader]
Felipe Ferreira De Melo
editor de vídeo
Rodolfo Pereira Da Silva
estagiários [interns]
Giovanna Júlia Oliveira
Klelvien Arcenio
Laura Maluf
Melissa Castro
Milena Mucheironi

MUSEU DE ARTE
MODERNA DE SÃO PAULO

presidente de honra
[honorary president]
Milú Villela
diretoria [management board]
presidente [president]
Elizabeth Machado
vice-presidente [vice president]
Daniela Montingelli Villela
diretora jurídica [legal director]
Tatiana Amorim de Brito Machado
diretor financeiro [financial director]
José Luiz Sá de Castro Lima
diretores [directors]
Camila Granado Pedroso Horta
Marina Terepins

Raphael Vandystadt
conselho deliberativo
[advisory board]
presidente [president]
Geraldo José Carbone
vice-presidente [vice president]
Henrique Luz
conselheiros [board members]
Adolpho Leirner
Alfredo Egydio Setubal
Andrea Paula Barros Carvalho
Israel da Veiga Pereira
Antonio Hermann Dias de Azevedo
Caio Luiz de Cibella de Carvalho
Eduardo Brandão
Eduardo Mazzilli de Vassimon
Eduardo Saron Nunes
Eduardo Sirotsky Melzer
Erica Jannini Macedo
Fábio de Albuquerque
Fábio Luiz Pereira de Magalhães
Francisco Pedroso Horta
Helio Seibel
Jean-Marc Etlin
Jorge Frederico M. Landmann
Lucia Hauptman
Luís Terepins
Luiz Deoclécio Massaro Galina
Maria Regina Pinho de Almeida
Mariana Guarini Berenguer
Mário Henrique Costa Mazzilli
Martin Grossmann
Neide Helena de Moraes
Paulo Setubal Neto
Peter Cohn
Renata Mei Hsu Guimarães
Roberto B. Pereira de Almeida
Rodolfo Henrique Fischer
Rolf Gustavo R. Baumgart
Salo Davi Seibel
Sérgio Ribeiro da Costa Werlang
Sergio Silva Gordilho
Susana Leirner Steinbruch

comitê cultural e de comunicação
[cultural and communications
committee]
coordenação [coordination]
Fábio Luiz Pereira de Magalhães
membros [members]
Andrea Paula Barros Carvalho
Israel da Veiga Pereira
Camila Granado Pedroso Horta
Eduardo Saron Nunes
Elizabeth Machado
Fábio de Albuquerque
Jorge Frederico M. Landmann
Maria Regina Pinho de Almeida
Martin Grossmann
Neide Helena de Moraes
Raphael Vandystadt

comitê de governança
[governance committee]
coordenação [coordination]
Mário Henrique Costa Mazzilli
membros [members]
Daniela Montingelli Villela
Elizabeth Machado de Oliveira
Erica Jannini Macedo
Geraldo José Carbone
Henrique Luz
Mariana Guarini Berenguer
Renata Mei Hsu Guimarães
Sérgio Ribeiro da Costa Werlang
Tatiana Amorim de Brito Machado

comitê financeiro e de captação
[financial and fundraising committee]
coordenação [coordination]
Francisco Pedroso Horta
membros [members]
Daniela Montingelli Villela
Eduardo Mazzilli de Vassimon
Elizabeth Machado
Jean-Marc Etlin
José Luiz Sá de Castro Lima
Lucia Hauptman
Luís Terepins

comitê de nomeação
[nomination committee]
Alfredo Egydio Setubal
Elizabeth Machado
Geraldo José Carbone
Henrique Luz

conselho fiscal [fiscal board]
titulares [standing members]
Demétrio de Souza
Reginaldo Ferreira Alexandre
Susana Hanna Stiphan Jabra

(presidente [president])
suplentes [alternates]
Magali Rogéria de Moura Leite
Rogério Costa Rokembach
Walter Luís Bernardes Albertoni

comissão de arte [art commission]
Alexia Tala
Claudinei Roberto da Silva
Cristiana Tejo
Daniela Labra
Rosana Paulino

comissão de ética e conduta
[ethics commission]
Daniela Montingelli Villela
Elizabeth Machado
Erica Jannini Macedo
Renata Mei Hsu Guimarães
Sérgio Miyazaki
Tatiana Amorim de Brito Machado

associados patronos
[associate patrons]
Adolpho Leirner
Alfredo Egydio Setubal
Antonio Hermann Dias de Azevedo
Daniela Montingelli Villela
Eduardo Brandão
Eduardo Saron Nunes
Fernando Moreira Salles
Francisco Pedroso Horta
Geraldo José Carbone
Helio Seibel
Henrique Luz
Jean-Marc Etlin
Mariana Guarini Berenguer
Mário Henrique Costa Mazzilli
Neide Helena de Moraes
Paulo Setubal Neto
Peter Cohn
Roberto B. Pereira de Almeida
Rodolfo Henrique Fischer
Rolf Gustavo R. Baumgart
Salo Davi Seibel
Sérgio Ribeiro da Costa Werlang

núcleo panorama
[panorama art hub]
coordenação [coordination]
Camila Granado Pedroso Horta
membros [members]
Alberto Srur
Anita Kuczynski
Antonia Bergamin, Conrado
Mesquita e [and] Tomás Toledo
Antonio Almeida e [and] Michele
Uchoas de Paula
Cleusa De Campos Garfinkel
Carlos Dale Junior e [and]
Roberta Dale
Débora Assalve Greve
Diego Fernandes e [and] Dani
Romani Fernandes
Eduardo e [and] Ariely Farah
Eduardo Suassuna
e [and] Marcelle Farias
Fátima e [and] Marco Antonio
Lima
Felipe Dmab, Matthew Wood
e [and] Pedro Mendes
Guilherme Martins Duarte
e [and] Victoria Steinbruch
Jessica Cinel
Luciana Caravello
Luiz Alberto Danielian
e [and] Ludwig Danielian
Malvina Sammarone
Maria Luísa Barros
Marília Chede Razuk
Milton Goldfarb
Odine e [and] Marcos Ribeiro
Simon
Olavo Egydio Setubal Junior
Paula Azevedo
Pedro Henrique Carvalho de
Assis Martins
Renata Queiroz de Moraes
Ricardo Garin Ribeiro Simon
Rodrigo Mitre
Teodoro Bava e [and] Eduardo
Baptistella Jr
Teresa Cristina R. Ralston
Botelho Bracher
Thiago Gomide e [and] Fabio
Frayha
Tomás Mousinho Gomes
Carvalho Silva
Vanessa e [and] Bruno Amaral
Vilma Eid
William Maluf

núcleo contemporâneo
[contemporary art hub]
coordenação [coordination]
Camila Granado Pedroso Horta
membros [members]
Adriana de C. Leal Andreoli
Ana Carmen Longobardi
Ana Eliza Setubal
Ana Lopes
Ana Lucia Siciliano
Ana Paula Cestari
Ana Paula Vilela Vianna
Ana Serra
Ana Teresa Sampaio
Andrea Gonzaga
Antonio de Figueiredo Murta Filho
Antonio Marcos Moraes Barros
Beatriz Freitas Fernandes
Távora Filgueiras
Beatriz Yunes Guarita
Bruna Riscali
Camila Barroso de Siqueira
Camila Tassinari
Carolina Costa e Silva Martins
Cintia Rocha
Cleristton Cruz Rodolfo Martins
Cleusa de Campos Garfinkel
Cristiana Rebelo Wiener
Cristiane Quercia Tinoco Cabral
Cristina Baumgart
Cristina Canepa
Cristina Tolovi
Daniela Bartoli Tonetti
Daniela M. Villela
Daniela Steinberg Berger
Eduardo de Vicq
Eduardo Mazilli de Vassimon
Elen Leirner
Esther Cuten Schattan
Fabrício Guimarães
Felipe Akagawa | Angela
Akagawa
Fernanda Mil-Homens Costa
Fernando Augusto Paixão
Machado
Flávia Regina de Souza Oliveira
Florence Curimbaba
Gustavo Clauss
Gustavo Herz
Helena Gualandi Verri
Hena Lee
Isabel Ralston Fonseca de Faria
Janice Mascarenhas Marques
José Eduardo Nascimento
José Augusto Abujamra Kappaz
Judith Kovesi
Juliana de Souza Peixoto Modé
Karla Meneghel
Leila Rodrigues Jacy da Silva
Luciana Lehfeld Daher
Luisa Malzoni Strina
Márcio Alaor Barros
Maria Cláudia Curimbaba
Maria das Graças Santana
Bueno
Maria do Socorro Farias de
Andrade Lima
Maria Julia Freitas Forbes
Maria Teresa Igel
Mariana de Souza Sales
Mariana Schmidt de Oliveira
Iacomo
Marina Lisbona
Mônica Mangini
Monica Vassimon
Nadja Cecilia Silva Mello Isnard
Natalia Jereissati
Patricia Magano
Paula Almeida Schmeil Jabra
Paulo Setubal Neto
Raquel Steinberg
Regina de Magalhaes Bariani
Renata Nogueira Studart do Vale
Renata Paes Mendonça
Rosa Amélia de Oliveira Penna
Marques Moreira
Rosana Aparecida Soares de
Queiróz Visconde
Rosana Wagner Carneiro
Mokdissi
Sabina Lowenthal
Sérgio Ribeiro da Costa Werlang
Silvio Steinberg
Sonia Regina Grosso
Sonia Regina Opice
Tais Dias Cabral
Tatyane Frasson Henriques
Telma Andrade Nogueira
Titiza Nogueira
Vera Lucia Freitas Havir
Wilson Pinheiro Jabur

colaboradores [staff]
curador-chefe [chief curator]
Cauê Alves
superintendente executivo
[chief operating officer]
Sérgio Miyazaki
acervo [collection]
coordenação [coordination]
Patrícia Pinto Lima
analista [analyst]
Marina do Amaral Mesquita
assistentes [assistants]
conservação [conservation]
Bárbara Blanco Bernardes de Alencar
documentação [documentation]
Camila Gordillo de Souza
Taline de Oliveira Bonazzi (PJ)
assistência à presidência,
curadoria e superintendência
[management board, curatorship,
and superintendence assistance]
Daniela Reis
analista de controladoria
[controllership analyst]
Janaina Chaves da Silva Ferreira
biblioteca [library]
supervisor em museologia
[museology supervisor]
Pedro Nery
bibliotecário documentalista
[documentation librarian]
Victor de Almeida Serpa
comunicação [communication]
coordenação [coordination]
Ane Tavares
analistas [analysts]
Jamyle Hassan Rkain
Rachel de Brito Barbosa

designers
Paulo Vinícius G. Macedo
Rafael Soares Kamada

videomaker
Marina Paixão/Planes
estagiário [intern]
Nicolas Oliveira Souza
assessoria de imprensa
[press office]
Ana Beatriz Garcia (PJ)
Evandro Pimentel (PJ)

curadoria [curatorship]
especialista em acessibilidade e
ações afirmativas
[specialist in accessibility and
affirmative action]
Gregório Ferreira Contreras
Sanches

analista de curadoria [curatorial analyst]
Gabriela Gotoda
estagiária [intern]
Laura Almeida Nobre de Sousa
educativo [education]
coordenação [coordination]
Mirela Agostinho Estelles
analista [analyst]
Maria Iracy Ferreira Costa
educadores [educators]
Amanda Alves Vilas Boas Oliveira (PJ)
Amanda Harumi Falcão
Amanda Silva dos Santos
Caroline Machado
Leonardo Sassaki Pires
Luna Souto Ferreira
Maria da Conceição Ferreira da Silva Meskelis
estagiários [interns]
Bárbara Barbosa de Araújo Góes
Pedro Henrique Queiroz Silva

administrativo financeiro
[financial administration]
coordenação [coordination]
Gustavo da Silva Emilio
comprador [buyer]
Fernando Ribeiro Morosini
analistas [analysts]
Anderson Ferraz Viana
Renata Noé Peçanha da Silva
Roberto Takao Honda Stancati

assistente [assistant]
Lucas Corcini e Silva
estagiário [intern]
Paulo Henrique da Silva Magalhães
jurídico [legal]
advogada [lawyer]
Renata Cristiane Rodrigues
Ferreira (BS&A Borges Sales &
Alem Advogados)

relacionamentos e negócios
[institutional relations and business]
coordenação [coordination]
Larissa Piccolotto Ferreira
analista [analyst]
Marcio da Silva Lourenço
relacionamentos
[institutional relations]
analistas [analysts]
Lara Mazeto Guarreschi
(Clube de Colecionadores
[Collectors’ Club])
Mariana Saraceni Brazolin
(Programas Institucionais
[Institutional Programs])
negócios [business] supervisor de negócios
[business supervisor]
Fernando Araujo Pinto dos Santos
analistas [analysts]
Giselle Moreira Porto
(Cursos [Courses])
Tainã Aparecida Costa Borges
(Loja [Shop])
assistentes [assistants]
Camila Barbosa Bandeira
Oliveira (Loja [Shop])
Guilherme Passos (Loja [Shop])
estagiária [intern]
Thayná Aparecida da Silva

parcerias e projetos incentivados
[partnerships and cultural incentive
law projects]
coordenação [coordination]
Kenia Maciel Tomac
parcerias [partnerships]
analistas [analysts]
Beatriz Buendia Gomes
Isabela Marinara Dias
estagiária [intern]
Renata Rocha

projetos incentivados [cultural
incentive law projects]
analistas [analysts]
Deborah Balthazar Leite
assistente [assistant]
Isadora Martins da Silva
Marisa Tinelli, Simone Meirelles
e [and] Sirlene Ciampi (Odara
Assessoria Empresarial em
Projetos Culturais LTDA)

patrimônio
[premises and maintenance]
coordenação [coordination]
Estevan Garcia Neto
analista [analyst]
Vitor Gomes Carolino
manutenção predial
[building maintenance]
Alekiçom Lacerda
André Luiz (Tejofran)
Deivid Cicero da Silva (Avtron Engenharia)
Venicio Souza (Formata Engenharia)

motofretista [motorcycle courier]
Agenor Arruda
(Dimensão Express)
limpeza [cleaning]
Tejofran monitoramento e orientadores de público [monitoring and audience guidance]
Power Systems
produção de exposições
[exhibition production]
coordenação [coordination]
Luciana Nemes
produtoras [producers]
Ana Paula Pedroso Santana
Bianca Yokoyama da Silva
Elenice dos Santos Lourenço
Erika Hoffgen (PJ)
assistente [assistant]
Paola da Silveira Araujo (PJ)

recursos humanos
[human resources]
coordenação [coordination]
Karine Lucien Decloedt
analista [analyst]
Débora Cristina da Silva Bastos

tecnologia da informação
[information technology]
coordenação [coordination]
Nilvan Garcia de Almeida
suporte técnico [technical support]
Felipe Ferezin (INIT NET)
Gabriella Shibata (INIT NET)
estagiário [intern]
Luis Henrique Santana da Silva

mantenedores [sponsors] platina [platinum]
3M do Brasil
BV
Grupo Ultra
Suzano
ouro [gold]
Ageo Termais
Alupar
Ambev
Bloomberg
BMA
Dexco
Goldman Sachs
Grupo Comolatti
Grupo Comporte
Iochpe Maxion
Leo Madeiras e Leo Social
Lockton
Pinheiro Neto
TozziniFreire Advogados
Unipar
Vicunha Aços
Vivo

prata [silver]
Marsh & McLennan
PWC
parcerias institucionais
[institutional partnerships]
ABGC
Africa
BMA
Canopy
Centro Universitário Belas Artes
Cinema Belas Artes
Casa Líquida
Chandon
Deutsche Bank
FAAP
FIAP
Gomide & Co
Gusmão & Labrunie Propriedade
Intelectual
Hand Talk
Hugo Boss ICIB – Instituto Cultural Ítalo-
Brasileiro Inner Light
Interlight Iluminação
James Lisboa Leiloeiro Oficial
Kaspersky
Lefosse Advogados
Neovia
Mercure Hotels
Picolin
Saint Paul – Escola de Negócios
Senac
Seven
YBYTU

parcerias de mídia
[media partnerships]
Arte Que Acontece
BeFree Mag
Eletromidia
Estadão
Inner Editora
JCDecaux
Piauí
Quatro Cinco Um
player oficial [official player]
Spotify

programas educativos
[educational programs]
contatos com a arte
[contacts with art]
Grupo Ultra
domingo mam [mam sunday]
MAM São Paulo
igual diferente [different equal]
3M do Brasil
programa de visitação [visitation
program]
MAM São Paulo
arte e ecologia [art and ecology]
Unipar
família mam [mam family]
MAM São Paulo

MUSEU DE ARTE MODERNA DE SÃO PAULO
MAM São Paulo : encontros entre o moderno e o contemporâneo
/ organização Museu de Arte Moderna de São Paulo ; coordenação editorial
Renato Schreiner Salem ; curadoria de Cauê Alves e Gabriela Gotoda ;
tradução Paul Webb
São Paulo: Museu de Arte Moderna de São Paulo, 2025
176 p. il. : color.
Edição bilingue: português/inglês.
ISBN 978-65-84721-19-7

  1. Museu de Arte Moderna de São Paulo. 2. Arte contemporânea
  2. Arte moderna I. Título. II. Alves, Cauê. III. Gotoda, Gabriela. IV Salem,
    Renato Schreiner. V. Webb, Paul
    CDU: 7.09
    CDD: 709

O Museu de Arte Moderna de São Paulo está à disposição das pessoas que
eventualmente queiram se manifestar a respeito de licença de uso de imagens
neste material, tendo em vista que determinados autores e/ou representantes
legais não responderam às solicitações ou não foram identificados ou
localizados.

Publicação Acessível:
Organização
Leonardo Sassaki
Roteiro de descrição de imagem
Dylan Garbini
Consultoria
Marelija Zanforlin

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