Especializada em Gestão Cultural pelo Centro de Pesquisa e Formação do SESC SP e em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes, trabalhou com o educativo, acessibilidade e cursos no Museu de Arte Moderna de São Paulo e no Museu Lasar Segall. Atuou como produtora na exposição Madeby…Feito por Brasileiros, no antigo Hospital Matarazzo e foi assistente de produção na Base 7, realizando diversas mostras, tais como: Alimentário – Arte e Construção do Patrimônio Alimentar Brasileiro e Beatriz Milhazes – Coleção de Motivos. Por quatro anos trabalhou na MOVA como produtora, atuando diretamente no Red Bull Station, onde realizou diversas exposições e eventos, além de outros projetos como o Valongo – Festival Internacional da Imagem, na cidade de Santos. Atualmente está na produção da exposição Frestas – Trienal de Artes do SESC, organizada pela Arte3.

Esta é uma mostra de arte contemporânea feita por artistas brasileiros. Mas, se a internacionalização da arte tem dissolvido as diferenças regionais, como distinguir a produção contemporânea brasileira daquela de outras partes do mundo?

Como se sabe, a noção de “brasilidade” não pode ser definida apenas a partir de uma essência homogênea ligada à geografia. O que aproxima certos artistas de uma tradição brasileira, além de um campo simbólico com o qual dialogam, são referências recorrentes a experiências compartilhadas, momentos históricos, normas sociais e transgressões. Ainda assim, os artistas frequentemente se confrontam e se envolvem com histórias da arte de diferentes regiões do globo. O título Passado/Futuro/Presente refere-se a relações entre o passado e o futuro, feitas por trabalhos de arte enraizados num presente caracterizado pela diversidade sem precedentes e pelo constante intercâmbio de ideias em escala internacional.

Incluindo pintura, escultura, instalação, fotografia, vídeo e performance, esta exposição apresenta um olhar sobre a prática de artistas reconhecidos como pioneiros da sua geração. A mostra traz trabalhos de artistas seminais, bem como várias âncoras históricas da década de 1970 que ilustram continuidades e rupturas conceituais entre passado e presente. Cinco núcleos estruturam a exposição com limites porosos, permitindo aos visitantes traçar seus próprios caminhos.

Fruto de uma colaboração entre o Phoenix Art Museum (Arizona, EUA) e o Museu de Arte Moderna de São Paulo, uma outra versão desta exposição foi exibida em Phoenix, em 2017. Foi a primeira exposição panorâmica de arte contemporânea brasileira no sudoeste americano, assim como a primeira mostra do acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo nos Estados Unidos. Por apresentar uma das mais importantes coleções de arte brasileira do mundo, esta exposição pretende contribuir para a continuidade do debate sobre o que é e pode ser a arte brasileira, a partir do acervo do MAM.

Vanessa K. Davidson
Cauê Alves

Curadores

Serviço

Exposição Passado/Futuro/Presente: Arte contemporânea brasileira no acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo

Data: de 22/01 a 28/07/2019
Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo
Endereço: Parque Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portões 1 e 3)
Horários: Terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até as 18h)
Tel. (11) 5085-1300
Entrada gratuita

Visite a exposição virtualmente aqui.

Para mais informações, clique aqui.

Detalhe da obra de Beatriz Milhazes, Love, 2007, que integra a mostra.

Phoenix Art Museum, nos EUA, apresenta a mostra Passado/Futuro/Presente: arte contemporânea brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo, a partir de 1º de setembro

Com curadoria de Cauê Alves e Vanessa Davidson, exposição explora temas relacionados à tradição, transformação e subversão, a partir de um recorte de obras da coleção do MAM produzidas entre 1990 e 2010

Trata-se da primeira mostra nos EUA dedicada a obras do acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, com 70 obras de 59 artistas, como Antonio Dias, Anna Bella Geiger, José Leonilson, Nelson Leirner, Cildo Meireles, Adriana Varejão, Tunga, Beatriz Milhazes, Waltercio Caldas e outros

No próximo dia 1 de setembro, o Phoenix Art Museum inaugura a mostra Past/Future/Present: Contemporary Brazilian Art from the Museum of Modern Art, São Paulo – Passado/Futuro/Presente: arte contemporânea brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo, um panorama da recente produção artística do país, que abarca as décadas de 1990 até 2010. Trata-se da primeira exposição de arte contemporânea brasileira realizada no sudoeste dos Estados Unidos e também a primeira realizada exclusivamente com obras do acervo do MAM naquele país. Past/Future/Present apresenta 70 obras de 59 artistas, em vários suportes, como pintura, escultura, instalação, fotografia, vídeo e performance. A mostra foi organizada pela norte-americana Vanessa Davidson, curadora Shawn and Lampe de arte latino-americana do Phoenix Art Museum, juntamente com Cauê Alves, que atuou por dez anos como curador do Clube de Colecionadores de Gravura do MAM. A exposição permanece em cartaz até 31 de dezembro, na Steele Gallery, espaço que integra o museu.

“Estamos encantados com a chegada da extraordinária coleção do MAM em Phoenix”, comenta Amada Cruz, Diretora Sybil Harrington e CEO do Phoenix Art Museum. “Past/Future/Present é um testemunho, não apenas do alto nível da coleção do MAM, mas também dos benefícios de se disponibilizar o acesso, tanto para as comunidades próximas como para as mais distantes, sempre que há uma bem sucedida colaboração entre instituições internacionais. “

A exposição é organizada em torno de cinco temas: O corpo/O corpo social; Identidades mutáveis; Paisagem reimaginada; Objetos impossíveis; e A reinvenção do monocromo. Os variados estilos, temáticas e suportes de cada núcleo ressaltam a impossibilidade de definição homogênea de estilos artísticos brasileiros. Esse corte transversal, ao contrário, revela que não existem traços formais universais entre artistas brasileiros contemporâneos, e que a tal brasilidade, “Brazilianness”, não pode ser definida como uma essência fixa vinculada à geografia física.

Para Cauê Alves, um dos objetivos da mostra é justamente romper com os estereótipos ainda existentes relacionados ao Brasil: “A ideia é mostrar um país com o qual os estrangeiros ainda não estejam familiarizados, revelar a diversidade existente através dos trabalhos dos artistas renomados até os menos conhecidos”.

As afinidades entre esses trabalhos giram em torno de alusões a histórias compartilhadas, mitologias indígenas, normas sociais (e transgressões). Como o título sugere, Past/Future/Present ilustra como os mais celebrados artistas contemporâneos brasileiros mantêm criativos diálogos com as tradições artísticas passadas enquanto olham para o futuro com uma perspectiva global e criatividade ilimitada.

Segundo Vanessa Davidson, a seleção de trabalhos do Museu de Arte Moderna de São Paulo revela a habilidade com a que os artistas brasileiros têm se adaptado à realidade da globalização: “Eles falam com fluência em linguagens artísticas com foco na cena global, ao mesmo tempo que sua arte, imbuída tanto de especificidade local quanto de ressonância universal, ela mesma tornou-se em um ponto de referência internacional. “

O catálogo bilíngue da mostra (inglês e português) estará disponível para compra no Museu. O livro traz prefácios de Amada Cruz, Diretora Sybil Harrington e CEO do Phoenix Art Museum, e de Milú Villela, Presidente do MAM, textos de Vanessa Davidson e Cauê Alves, bem como as imagens das obras apresentadas na mostra.

 

Artistas participantes

Albano Afonso, Keila Alaver, Efrain Almeida, Rafael Assef, Dora Longo Bahia, Rodrigo Braga, Waltercio Caldas, Rogério Canella, Carlito Carvalhosa, Leda Catunda, Lia Chaia, Sandra Cinto, Felipe Cohen, Rochelle Costi, José Damasceno, Lenora de Barros, Antonio Dias, Iran do Espírito Santo, Marcius Galan, Anna Bella Geiger, Carmela Gross, Tadeu Jungle, Lucia Koch, Nelson Leirner, Jac Leirner, José Leonilson, Artur Lescher, Laura Lima, Antonio Manuel, Cinthia Marcelle, Marepe, Rodrigo Matheus, Cildo Meireles, Beatriz Milhazes, Odires Mlászho, Marcelo Moscheta, Pedro Motta, Vik Muniz, Ernesto Neto, Rivane Neuenschwander, Nazareth Pacheco, Rosana Paulino, Pazé, Penna Prearo, Florian Raiss, Caio Reisewitz, Rosângela Rennó, Eryk Rocha & Tunga, Thiago Rocha Pitta, Regina Silveira, Valeska Soares, Ana Maria Tavares, Tunga, Adriana Varejão, Cássio Vasconcellos, Laura Vinci, Carlos Zilio, Marcelo Zocchio.

 

Sobre os curadores

Vanessa Davidson é bacharel em Literatura Hispano-Americana pela Universidade Harvard, estudou arte Latino-Americana e Pré-Colombiana e poesia argentina na Universidade de Buenos Aires, e Língua Portuguesa na Universidade de São Paulo – USP. Trabalhou no Museum of Fine Arts, em Boston, com as coleções pré-colombianas e Espanhola-colonial, e também no Metropolitan Museum of Art com a exposição pioneira The Colonial Andes: Tapestries and Silverwork, 1530-1830.

Em 2009, por meio de uma bolsa de estudos da Fullbright-Hays, conduziu uma dissertação para pesquisa na Argentina e no Brasil. Em 2011, recebeu seu Ph.D em História da Arte Latino-Americana no século 20 no Institute of Fine Arts, da Universidade de Nova York, com uma dissertação intitulada “Paulo Bruscky e Edgardo Antonio Vigo: Pioneers in Alternative Communication Networks, Conceptualism, and Performance (1960s-1980s).”

Desde que iniciou o trabalho à frente do Phoenix Art Museum como curadora do Shawn and Joe Lampe de Arte Latino Americana, em 2011, organizou a maior parte de suas mostras, incluindo The Politics of Place: Latin American Photography, Past and Present, 2012; Order, Chaos, and the Space Between: Contemporary Latin American Art from the Diane and Bruce Halle Collection, 2013; Rufino Tamayo, Master Printmaker, 2013; Xul Solar and Jorge Luis Borges: The Art of Friendship, 2013; Paulo Bruscky: Art Is Our Last Hope, 2014; Focus Latin America: An International Exhibition of Contemporary Mail Art, 2014; Antonio Berni: Juanito and Ramona, 2014; Hidden Histories in Latin American Art, 2015; Masterworks of Spanish Colonial Art from Phoenix Art Museum’s Collection, 2015; e Horacio Zabala: Mapping the Monochrome, 2016.

Ela também colabora com o Santa Barbara Museum of Art, com uma mostra da artista brasileira Valeska Soares intitulada Any Moment Now. Este projeto constitui parte da iniciativa do Getty Foundation de 2017 Pacific Standard Time: Los Angeles/Latin America.

 

Cauê Alves

É mestre e doutor em filosofia pela FFLCH-USP – Universidade de São Paulo, e professor do curso Arte: história, crítica e curadoria da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP.

Desde 2016, é curador do Museu Brasileiro de Escultura – MuBE. Foi curador assistente do Pavilhão Brasileiro na 56ª Bienal de Veneza (2015), curador adjunto da 8ª Bienal do Mercosul (2011) e um dos curadores do 32º Panorama da Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo (2011), intitulado Itinerários e Itinerâncias. De 2006 a 2016, foi curador do Clube de Gravura do Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM.

Realizou, entre outras curadorias, a mostra Quase líquido, no Itaú Cultural (2008) e Mira Schendel: Avesso do avesso (2010) no Instituto de Arte Contemporânea – IAC.

 

Sobre o Phoenix Art Museum

Por mais de 50 anos, o Phoenix Art Museum, o maior no gênero do sudoeste dos Estados Unidos, vem proporcionando o acesso às artes visuais e a programas educativos no estado do Arizona.

Aclamado em nível nacional e internacional sua coleção permanente é composta por mais de 18 mil obras de arte moderna e contemporânea norte-americana, asiática, europeia, e também de design de moda.

O Museu promove também festivais, performances presenciais, uma abrangente programação audiovisual e programas educativos voltados para a informação, entretenimento e estímulo dos visitantes de todas as idades. O público também aprecia suas vibrantes exposições de fotografia realizadas através da emblemática parceria entre o Center for Creative Photography da Universidade do Arizona e o Museu.

 

Sobre o MAM

O Museu de Arte Moderna de São Paulo possui mais de 5 mil obras em sua coleção, produzidas pelos nomes mais representativos da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira.

A cada dois anos, o MAM realiza o Panorama da Arte Brasileira, exposição que resulta do mapeamento da produção contemporânea em todas as regiões do país. O crescimento do interesse pela arte brasileira no mundo consolidou o Panorama como uma mostra relevante no circuito artístico internacional.

O museu mantém ainda uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos, por meio de audioguias, videoguias e tradução para a língua brasileira de sinais.

A formação de público é o alvo principal das ações do Educativo. O atendimento escolar é gratuito e específico para cada faixa etária. Visitas às exposições, práticas artísticas, oficinas e cursos especiais são concebidos para atender às necessidades do público diverso.

O MAM possui também dois clubes de colecionadores, dedicados à difusão do colecionismo de gravura e fotografia.

 

Baixe o release aqui.

O Museu de Arte Moderna de São Paulo possui hoje uma coleção de aproximadamente 5.440 obras de arte de artistas brasileiros, que vêm sendo incorporadas à coleção desde 1967.

A coleção do MAM é composta por obras de diversas categorias, como pintura, escultura, desenho, gravura, fotografia, vídeo, instalação e performance, produzidas por mais de mil artistas. Entre eles figuram os nomes mais expressivos da produção moderna e contemporânea brasileira, como Lívio Abramo, Flávio de Carvalho, Paulo Bruscky, Hélio Oiticia, Lygia Clark, Nelson Leirner, Cildo Meireles, Regina Silveira, Carlos Fajardo, Beatriz Milhazes, Rafael França, Vik Muniz e Rivane Neuenschwander.

O setor do Acervo do Museu é responsável pela gestão da coleção abrangendo sua documentação e conservação. Visando sempre ao cumprimento da missão do Museu de colecionar, estudar, incentivar e difundir a arte moderna e contemporânea brasileira, com frequência são realizados estudos para identificar obras de arte que necessitam de restauro.

Em 2015 se criou o projeto “Mira Schendel, Goeldi, Gilvan Samico e Maria Bonomi –  Conservação e restauro de obras do MAM” destinado à preservação e difusão de parte do acervo do MAM São Paulo, com o objetivo de preservar a integridade de um conjunto de obras e assegurar cuidados preventivos que garantam sua sobrevida, e com isto ampliar as possibilidades de acessibilidade à coleção.

 

Entenda um pouco do processo ocorrido

 

Contemplado pelo Edital nº 19/2015 do Programa de Ação Cultural promovido pela Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo, o projeto selecionou 39 obras de arte em suporte de papel do acervo museológico do MAM São Paulo que apresentavam oxidação intensa, degradação do suporte de papel e montagem em molduras inadequadas. Através de uma rigorosa ação executada pela equipe especializada em conservação e restauro de obras de arte do Ateliê De Vera Artes foram restauradas 28 obras da artista Mira Schendel, 4 obras do artista Oswaldo Goeldi, 3 obras do artista Gilvan Samico e 4 obras da artista Maria Bonomi.

 

Obras restauradas

colecao

 

Como atividades do projeto as obras foram fotografadas em alta resolução pelo fotógrafo Romulo Fialdini, e em 15 de outubro de 2016 foi promovida uma palestra aberta ao público com a equipe do Ateliê De Vera Artes apresentando o processo de recuperação feito nas obras de arte e, também, oferecendo noções elementares de conservação para pequenos acervos em papel.

 

Assista a palestra

 

A oportunidade de realizar as ações de preservação do Acervo do MAM por intermédio da premiação do Edital Proac 2015, com a recuperação estrutural e estética deste conjunto de obras de artistas relevantes para o panorama artístico nacional permitiu que o MAM ampliasse suas ações para que as obras de sua Coleção estejam sempre em bom estado de conservação, acessíveis e disponíveis para pesquisas e exposições, cumprindo assim seu papel de preservar tão importante patrimônio.

museu de arte moderna de são paulo
ter a dom, 10h às 18h
Av. Pedro Alvares Cabral, s/nº – Parque Ibirapuera
01 mar 24 25 ago 24
em cartaz
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Sala Milú Villela
em cartaz
02 abr 24 25 ago 24
em cartaz
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Sala Paulo Figueiredo
em cartaz
02 abr 24 25 ago 24
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Sala de Vidro
em cartaz
01 mar 24 25 ago 24
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Projeto Parede
em cartaz
01 mar 24 25 ago 24
em cartaz
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Biblioteca
em cartaz
13 jun 24 22 set 24
em cartaz
13 jun 24 22 set 24
Exposição externa
em cartaz
clube de colecionadores
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jardim de esculturas
O Jardim de Esculturas foi projetado por Roberto Burle Marx para receber obras da coleção do MAM. Inaugurado em 1993, ele abriga 30 esculturas numa área de 6 mil metros quadrados, sendo um dos principais acervos brasileiros expostos a céu aberto. Visitas educativas acontecem regularmente.
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