Oito décadas de abstração informal

Oito décadas de abstração informal

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O advento da fotografia propiciou agilidade e precisão à documentação de lugares, eventos e pessoas; consequência direta foi a conquista de maior autonomia dos artistas no aprofundamento de questões plásticas. Um desdobramento desse processo foi o afastamento do mundo natural como referência e um mergulho nas cores, pinceladas, formas e aspectos essenciais das estruturas dos objetos.

No Brasil do final dos anos 1940, surgem os primeiros trabalhos de arte abstrata. A eles se opuseram, em prol da arte figurativa, pintores e críticos estabelecidos que, além de desapreço estético, denunciavam-lhes falta de brasilidade e afastamento da geografia e da sociedade locais.

Os artistas abstratos no Brasil estiveram, inicialmente, aliados contra o figurativismo, mas, após minimamente estabelecidos, subdividiram-se em duas linhas: a abstração informal e a abstração geométrica.

A abstração informal caracteriza-se pela expressão de gestos do artista, seja com os materiais da pintura ou da escultura; como resultado, o estilo de cada artista torna-se muito singular. A abstração geométrica, por outro lado, parte de princípios universais da matemática e da geometria, criando o que seria percebido como uma identidade mais coletiva.

Os artistas que praticaram a abstração informal no Brasil não constituíram grupos permanentes, pois a singularidade do estilo de cada qual se impunha sobre princípios gerais. Assim, não há uma escola da abstração informal, ao contrário da geométrica, que levou à formação de grupos como o Ruptura, o Frente e o Neoconcreto. Da mesma forma, nas décadas de 1950 e 1960, foram muito poucos os críticos de arte que, como Sérgio Milliet e Antônio Bento, representassem os artistas informais, embora houvesse aqueles que defendessem a abstração geométrica e acusassem a abstração informal de excessivo subjetivismo.

Entretanto, a abstração informal semeou no Brasil um extenso campo de arte gestual e da exploração da matéria da obra de arte. Ao reunirmos duas das coleções mais importantes do Brasil, a do Museu de Arte Moderna de São Paulo e a do Instituto Casa Roberto Marinho, exibimos a permanência e a potência da abstração informal ao longo das últimas oito décadas. Os trabalhos expostos testemunham a coerência dos artistas e de seus estilos singulares, a radicalidade na exploração da matéria artística e o lirismo visual de suas composições.

Esta exposição marca o início da parceria entre o MAM e o Instituto Casa Roberto Marinho, do Rio de Janeiro, que estará aberto ao público a partir de março de 2018. Convidamos você a se reencontrar com oito décadas de nossa abstração informal.

Felipe Chaimovich e Lauro Cavalcanti


mídias assistivas
01 - Apresentação da Exposição
03:47
02 - Descrição Geral da Grande Sala
01:56
03 - Le festin de l_araignée - Vieira da Silva
01:11
04 - Signo - Manabu Mabe
00:57
05 - A Grande Cidade - Antonio Bandeira
01:19
06 - Sem Título - Tomie Ohtake
01:14
07 - Homem, carretéis e pássaro - Iberê Camargo
01:21
08 - Salvo Conduto - Maria Bonomi
01:10
09 - Sem título - Roberto Burle Marx
01:31
10 - Couros - Leda Catunda
01:31
11 - Sem Título - Shirley Paes Leme
00:46
12 - Sem título - Márcia Pastore
00:57
13 - Danâe nos Jardins de Górgona ou Saudades da Pangeia
01:05

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