Esta obra reveste o corredor do mam com paredes de pau a pique. A técnica de construção usa uma trama quadriculada de galhos e bambus entrelaçados de forma regular, gerando uma estrutura oca posteriormente preenchida com barro. Esse procedimento tem sido empregado no Brasil, desde o período colonial. Sua ampla presença em edificações para diferentes classes sociais, ao longo da história evidencia uma continuidade material entre os prédios ostentosos, como a igreja barroca, e as moradias populares, como a casa da roça. Parte dos galhos aqui utilizados veio do parque do Ibirapuera; somados à terra aparente, trazem um cheiro orgânico ao corredor. Ao construir com elementos vivos do entorno, o artista aproxima museu e natureza por meio de um saber que nos une a um Brasil profundo.
*Este título vem do poema e do livro “Roça barroca” da poeta e tradutora Josely Vianna Baptista.
Thiago Honório, “Estudos para roçabarroca“, 2018/2020, Lápis de cor e grafite sobre papel, 42 x 60 cm. Foto: Edouard Fraipont
Local: | saguão de entrada do MAM e a Sala Milú Villela |
Abertura: | 13 de outubro de 2020 |
Visitação: | até 24 de março de 2021 |
Endereço: | Parque Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - Portões 1 e 3) |
Horários: | terça a domingo, das 12h às 18h |
Telefone: | (11) 5085-1300 |