Com formação acadêmica sólida na Bélgica e na França, destacou-se como um dos precursores do abstracionismo no Brasil. Iniciou sua carreira com pinturas figurativas de linguagem cubista, em que formas decompostas e campos de cor delimitados estruturam composições dramáticas, como nas séries sobre a Paixão de Cristo. Radicado em São Paulo a partir de 1948, transitou para a abstração geométrica, marcada por rigor construtivo, dinamismo de planos e tensões cromáticas, e, mais tarde, para a abstração lírica de formas orgânicas, em que cor, ritmo e gesto predominam. Em São Paulo, fundou em 1951 o Atelier-Abstração, espaço independente dedicado à pesquisa e ao ensino da arte abstrata geométrica, que formou uma geração de artistas. Teve longa relação com o MAM São Paulo, onde participou da mostra inaugural Do figurativismo ao Abstracionismo (1949) e de diversas coletivas e individuais, culminando na grande retrospectiva Samson Flexor: além do moderno (2022).