Samson Flexor: além do moderno

Samson Flexor: além do moderno

22 jan 22 – 26 jun 22
passadas
passadas
sobre

O Museu de Arte Moderna de São Paulo recebe a exposição Samson Flexor: além do moderno, a partir do dia 22 de janeiro de 2022. Conhecido como um dos pioneiros da abstração no Brasil, Flexor participou ativamente deste importante movimento de renovação das artes visuais no país na década de 1950. Sua contribuição para a abstração geométrica, tanto em sua atuação como artista quanto como mestre de uma nova geração em seu Ateliê Abstração nos anos 1950, é amplamente reconhecida pela crítica. No entanto, seus desenvolvimentos posteriores, caracterizados pela abstração lírica ou informal e pelo retorno à figuração nos seus últimos cinco anos de vida, permanecem pouco conhecidos pelo público.

Segundo a curadora Kiki Mazzucchelli, “é a primeira exposição que tem como foco o desenvolvimento da obra de Flexor a partir de 1957, quando passa a rejeitar as formas estáticas em pinturas onde gradualmente predominam o gesto, a opacidade e a transparência.” A exposição tem como objetivo trazer à luz a obra tardia de Samson Flexor, que marca sua transição do moderno para o contemporâneo ao confrontar questões éticas e estéticas de seu tempo.

É composta por quase uma centena de obras datadas entre os anos 1922 e 1970. São incluídas pinturas conhecidas na trajetória do artista como Abstração Barroca n.2 (1949), que combina a geometrização da figura e a temática brasileira; Aos pés da cruz (1948), pintura originalmente exposta no MAM São Paulo, em 1950, e que se aproxima de uma abstração total; e Vai e vem diagonal em três quadrados (1954), pintura da fase da abstração pura na qual explora as diagonais cruzadas e cria um movimento acentuado pelos contrastes cromáticos.

Kiki Mazzucchelli
curador





artista
Samson Flexor
(Soroca, Moldávia, 1907 – São Paulo, SP, Brasil, 1971)
A imagem é um close-up em preto e branco de um homem de meia-idade ou idoso, de pele clara, olhando diretamente para a câmera com uma expressão neutra ou ligeiramente séria. Ele tem cabelo escuro e ralo, penteado para trás. Usa óculos de armação escura e arredondada. Há rugas visíveis na testa e ao redor dos olhos. O homem veste um suéter de gola rolê escuro. O fundo é uma parede clara e lisa, com uma parte escura visível no canto superior direito. A iluminação é suave, com a luz vindo da esquerda, criando um leve contraste de luz e sombra no rosto.

Com formação acadêmica sólida na Bélgica e na França, destacou-se como um dos precursores do abstracionismo no Brasil. Iniciou sua carreira com pinturas figurativas de linguagem cubista, em que formas decompostas e campos de cor delimitados estruturam composições dramáticas, como nas séries sobre a Paixão de Cristo. Radicado em São Paulo a partir de 1948, transitou para a abstração geométrica, marcada por rigor construtivo, dinamismo de planos e tensões cromáticas, e, mais tarde, para a abstração lírica de formas orgânicas, em que cor, ritmo e gesto predominam. Em São Paulo, fundou em 1951 o Atelier-Abstração, espaço independente dedicado à pesquisa e ao ensino da arte abstrata geométrica, que formou uma geração de artistas. Teve longa relação com o MAM São Paulo, onde participou da mostra inaugural Do figurativismo ao Abstracionismo (1949) e de diversas coletivas e individuais, culminando na grande retrospectiva Samson Flexor: além do moderno (2022).

imagens
mídias assistivas
01 - Descrição do Espaço Expositivo
01:44
02 - Samson Flexor, além do moderno
04:10
03 - Torso - 1966
01:41
04 - Sem título - Série Bípede Branco – 1969
01:30
05 - Sem Título – 1958
01:04
06 - Obra humanista
03:58
07 - Homenagem ao Marquês de Sade – 1968
01:39
08 - Geométrico - 1953
01:37
09 - Flexor Moderno
05:48
10 - Bípede – 1970
01:23
11 - Autorretrato aos 15 anos - 1922
01:11
12 - Agrupamentos desiguais – 1960
01:20
13 - Abstração Lírica
04:17
14 - A coroa de espinhos – 1950
01:45
15 - Vai e vem diagonal em três quadrados – 1954
01:13
serviço

Samson Flexor: além do moderno

Curadoria:
Período expositivo:
Local:
Endereço:
Horários:
Telefone:
Ingresso:

Meia-entrada para estudantes, com identificação; jovens de baixa renda e idosos (+60). Gratuidade para crianças menores de 10 anos; pessoas com deficiência e acompanhante; professores e diretores da rede pública estadual e municipal de SP, com identificação; sócios e alunos do MAM; funcionários das empresas parceiras e museus; membros do ICOM, AICA e ABCA, com identificação; funcionários da SPTuris e funcionários da Secretaria Municipal de Cultura.