japonismo na arte moderna

12, 19, 26 de novembro, 03 de dezembro de 2025
19h às 21h

com Eder Aleixo

Datas: 12, 19, 26 de novembro e 03 de dezembro
Quartas-feiras
Horário: das 19h às 21h
Duração: 04 encontros
Público: interessados em geral
Investimento: R$ 350,00 + taxas

Curso online
Ao vivo, via plataforma de videoconferência
Aulas gravadas disponibilizadas apenas por tempo determinado
Curso contempla certificado no final

A arte moderna representa um marco sem precedentes na transformação dos discursos e crenças sobre a arte e a criação artística. Tradicionalmente, as narrativas que abordam essas mudanças estão cercadas por mitos de excelência e de grandiosidade, muitas vezes centrados na genialidade de indivíduos. Tais narrativas tendem a hierarquizar a produção europeia, elevando-a como modelo a ser seguido de “pureza” a ser seguido, em detrimento de outras expressões artísticas. Contudo, há muito se reconhece que essa visão não corresponde à realidade. O que confere à arte moderna europeia sua dimensão estética é justamente sua pluralidade, fruto de um período de experimentações e de grandiosas pesquisas, impulsionadas pela busca do novo e pela chegada e acomodação de diversas fontes de inspiração em um mundo cada vez mais conectado.

Entre as novas influências, destacam-se aquelas vindas do Japão, que, por sua presença marcante, produziram um movimento com nome próprio: o Japonismo, fenômeno estético que surgiu da fascinação pela arte japonesa — a qual, em muitos aspectos, desafiava os referenciais tradicionais europeus anteriores ao século XIX. Diferente de um movimento artístico homogêneo, o Japonismo foi um acontecimento cultural amplo, que atravessou gerações e influenciou artistas e correntes heterogêneas (como o impressionista Claude Monet, Vincent van Gogh, e os Glasgow Boys). Sua contribuição está entre as mais fundamentais na definição da arte moderna, introduzindo ideais de simplificação formal, inovações cromáticas e novas abordagens temáticas. Por sua relevância na reconfiguração do paradigma da arte europeia, o estudo do japonismo é um tema imprescindível para uma compreensão e uma apreciação mais ricas da arte moderna, revelando seu caráter dinâmico e multicultural.

Programação

Aula 1: A chegada da arte japonesa na Europa

  • A abertura forçada do Japão
  • Um pouco sobre a arte japonesa: Ukiyo-e e sua estética
  • Impacto transnacional e histórico: uma Europa inundada

Aula 2: A recepção, a assimilação e a acomodação

  • A escola de Barbizon
  • Os impressionistas: Claude Monet e Edgar Degas
  • Outros nomes do japonismo: The Glasgow Boy e James McNeill Whistler

Aula 3: O olhar japonês de Vincent van Gogh

  • Van Gogh, um colecionador e um devoto
  • A busca de um ideal: uma experiência de Japão no Sul da França
  • Mudanças nas estruturas formais e pictóricas: usar cores puras

Aula 4: Do japonismo ao Japão como referência para artistas contemporâneos

  • Atravessamentos contemporâneo: design, arquitetura e a estética Kawaii
Eder Aleixo
Descrição de imagem: Uma foto em preto e branco (sépia) de um homem branco de perfil. Ele está em pé dentro de uma galeria ou sala de exposição. A imagem é enquadrada por um portal ou abertura escura no primeiro plano. O homem tem cabelo liso na altura dos olhos e barba cheia, veste uma camisa de manga curta escura aberta sobre uma camiseta preta e um colar fino. Ele está olhando para a direita e tem as mãos nas costas. Ao fundo, nas paredes da galeria, há várias obras de arte emolduradas penduradas. Fim da descrição.

É doutorando em Filosofia pela Universidade Federal do ABC (UFABC), com pesquisa financiada pela FAPESP, instituição onde também concluiu o mestrado, dedicando-se seus estudos a filosofia de Byung-Chul Han. Graduado em Artes Visuais (bacharelado e licenciatura) pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), ele desenvolve uma trajetória que articula arte e filosofia. Em 2017, realizou uma pesquisa sobre a influência da arte japonesa na obra de Vincent van Gogh, igualmente apoiada pela FAPESP – projeto que mantém em andamento, paralelamente à sua formação acadêmica. Além da atuação como pesquisador, Eder também possui produção artística em pintura e desenho, e tem experiência em curadoria. Seu percurso acadêmico – da iniciação cientifica ao doutorado – foi integralmente realizado com bolsas de estudo, atestando a excelência das pesquisas desenvolvidas. Sua trajetória reflete um trabalho consistente na interseção entre filosofia e artes.

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créditos

Imagem: Le Japon Artistique – Documents d’Art e d’Industrie.