Exibição do documentário Precisamos falar do assédio, que apresenta depoimentos de mulheres entre 14 e 85 anos, das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, que sofreram algum tipo de assédio. Após a exibição, conversa com a diretora do filme, Paula Sacchetta, sobre a concepção e o desenvolvimento do projeto que partiu de movimentos como #meuprimeiroassédio, #meuamigosecreto e #agoraéquesãoelas. Com participação de Ariel Nobre, da Revolta da Lâmpada (RDL), coletivo que luta pelo corpo livre desde novembro de 2014.
08 dez (qui), às 20h
Auditório Lina Bobardi, MAM São Paulo
Entrada gratuita!
Classificação indicativa 14 anos
Sinopse:
Na semana da mulher, uma van-estúdio parou em nove locais em São Paulo e no Rio de Janeiro. O objetivo era coletar depoimentos de mulheres vítimas de qualquer tipo de assédio. Ao todo, 140 decidiram falar. São relatos de mulheres de 14 a 85 anos, de zonas nobres ou periferias das duas cidades, com diferenças e semelhanças na violência que acontece todos os dias e pode se dar dentro de casa, em um beco escuro ou no meio da rua, à luz do dia. No filme, temos uma amostra significativa, 26 deles. Nos depoimentos puros, sem qualquer tipo de interlocução ou entrevista, acompanhamos um desabafo, um momento íntimo ou a oportunidade de falarem daquilo pela primeira vez.
Sobre:
Paula Sacchetta é jornalista e documentarista. Ganhou o prêmio Vladimir Herzog de anistia e direitos humanos na
categoria Reportagem. Cobriu as primeiras eleições presidenciais egípcias, no Cairo, para TV Folha. Dirigiu o documentário “Verdade 12.528”, sobre a Comissão Nacional da Verdade e lançou em 2014 “Quanto mais presos, maior o lucro”, curta documental sobre a chegada das penitenciárias privadas ao Brasil, premiada no 31º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo. Seu documentário “Verdade 12.528” foi lançado na 37ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e participou dos festivais: 4º Festival Pachamama de Cinema de Fronteira (Rio Branco, Acre), CineMube Vitrine Independente (MIS-Mube, São Paulo, tendo ganhado melhor filme pelo júri e melhor filme pelo público), Festival Internacional de Cine Político (Buenos Aires, Argentina), Cinema Verité (Irã), Cine Cipó (Serra do Cipó, MG), além de ter sido exibido em congressos e atividades no Haiti e em New Orleans, dentre muitos outros.
Ariel Nobre é homem trans, escreve na coluna #transvivo para o site Os Entendidos da Revista Fórum. Além disso, é consultor em comunicação com enfoque em Meio Ambiente e Diversidade. Samba na cara da sociedade e luta pelo corpo livre com o coletivo A Revolta da Lâmpada desde 2015.
A Revolta da Lâmpada é uma plataforma de diferentes minorias que luta pelo corpo livre desde novembro de 2014. O “fervo também é luta”, palavra de ordem defendida pelo grupo, propõe a união da luta – ação política pragmática, com pauta focada em populações marginalizadas – com o fervo e a celebração. Criamos espaços de livre expressão artística, onde se busca o direito ao corpo ao mesmo tempo em que se vive e celebra ele.