O 25º Panorama foi idealizado para ser um evento especial, marcando a véspera do aniversário de 50 anos da fundação do MAM São Paulo em 1948. Além de tradicionalmente ocupar todo o edifício do museu, esse Panorama também apresentou uma parte da exposição no Pavilhão da Bienal.
Com curadoria de Tadeu Chiarelli e assistência de Rejane Cintrão, o 25º Panorama contou com a participação de 36 artistas e cerca de 130 obras. Os textos curatoriais no catálogo elucidam que as obras selecionadas atestavam os dilemas vivenciados pelo sujeito contemporâneo.
Esse foi o Panorama que mais atribuiu prêmios-aquisição, contemplando Nazareth Pacheco, Edgard de Souza, Iran do Espírito Santo, Vera Chaves Barcellos, Paulo Lima Buenoz, Rosana Paulino, Mario Cravo Neto, Paulo Pasta, Tunga e Paulo Pereira.
Desde o 24º Panorama em 1995, o MAM estabelece parcerias com outras instituições para que a exposição realize itinerância após o seu encerramento em São Paulo. O Panorama de 95 viajou para o MAM do Rio de Janeiro, e a sua 25ª edição em 1997 realizou itinerância para o MAC Niterói e o MAM da Bahia.
Artistas: Rodrigo Andrade | Alex Cerveny | Paulo Climachauska | Rochelle Costi | José Damasceno | Carlos Fajardo | Rubens Mano | Jorge Margalho | Cildo Meireles | Beatriz Milhazes | Vik Muniz | Arthur Omar | Eliane Prolik | Mário Ramiro | Cristiano Rennó | José Resende | Miguel Rio Branco | Daniel Senise | Courtney Smith | Paula Trope | Carina Weidle | Paulo Whitaker | Rafael França | Marcelo Gabriel | Mauro Gruntini | Nizan Guanaes | Oficina de Vídeo | Roberto Jabor | Hique Montanari | Paulo Morelli | Eder Santos | Ruth Slinger | Eten Hirata | Jackson Araújo | Marcos Fernandes | Belizário França
O 28º Panorama propôs uma abordagem inédita: a curadoria e a seleção de artistas abrangeram o contexto internacional. Integrando diferetes nacionalidades, a curadoria foi encabeçada pelo cubano Gerardo Mosquera, com assistência da curadora panamenha Adrienne Samos. Após uma pesquisa extensa, além de viagens a 11 cidades brasileiras, foram selecionados 21 artistas nacionais e estrangeiros, quatro deles trabalhando em duplas, e apresentaram 66 obras na exposição. Em 2003, foi a primeira vez que o Panorama recebeu um subtítulo: “(desarrumado) 19 Desarranjos”. O número faz alusão à quantidade de participantes na exposição e, no texto que integra o catálogo, o curador Gerardo Mosquera anuncia que esse seria um Panorama “anti-panorama”. Não foi proposto um exame do estado da arte brasileira naquele período, mas, sim, uma exposição baseada no conceito de “desarranjos”, cujo sentido pode ser direcionado tanto a uma prática artística que desorganiza estruturas, quanto aos efeitos que um Panorama tão inovador poderia causar no contexto institucional. Após o encerramento no MAM, a exposição realizou uma itinerância internacional, sendo recebida pelo Museu de Arte Contemporânea de Vigo (MARCO), na Espanha, em 2005, com o título “20 Dessaranxos”, incluindo o artista galego Jorge Barbi.
Artistas: Umberto Costa Barros | Paulo Climachauska | José Damasceno | Wim Delvoye | Fernanda Gomes | José Guedes | Adriano e Fernando Guimarães | Kan Xuan | Jorge Macchi | Cildo Meireles | Marcone Moreira | Vik Muniz | Ernesto Neto | José Patrício | Lucas Levitan e Jailton Moreira | Sara Ramo | Rubens Mano | Adriana Varejão | Alex Villar
As fotografias costumam guardar memórias e carregam o poder de nos contar histórias através da imagem. Quantas outras narrativas são possíveis de criar a partir de recortes e colagens? Inspirada em artistas como Lenora de Barros, Vera Chave Barcellos, Anna Bella Geiger, Fabiano Rodrigues e Vik Muniz, que compõe a exposição Clube de colecionadores de fotografia do mam – 20 anos, esta oficina virtual propõe um espaço de partilha de olhares, assim como a construção de novas leituras para as fotografias através da técnica de colagem. Separe os materiais e venha participar com a gente.
inscrições aqui
atividade gratuita, vagas limitadas
encontro por videochamada no zoom (link enviado aos participantes no dia da atividade)
participação: livre, com inscrição prévia.
para intérprete de Libras, solicitar pelo e-mail educativo@mam.org.br com até 48 horas de antecedência
Lista de materiais:
– Fotografia revelada/impressa ou recortes de revistas
– Tesoura
– Cola
– Folha sulfite
Essa atividade faz parte do programa Domingo mam, com patrocínio Tozzini Freire Advogados.
O cineasta americano James Choi estará no Brasil em dezembro para lançar seu novo documentário, Engage Earth (Espetáculo da Terra©), baseado no trabalho de arte-educação desenvolvido pela artista plástica Denise Milan. O curta, que estará participando de vários festivais internacionais, será exibido no Museu de Arte Moderna de São Paulo em um evento especial que celebra os 10 anos do projeto Espetáculo da Terra©, criado pela artista e desenvolvido nas comunidades de São Paulo. Além da estreia do documentário de Choi, haverá também o lançamento do CD Vidas Preciosas de Heliópolis, com a participação das crianças envolvidas no projeto, junto com o grupo de Hip-Hop Avante – O Coletivo, a partir do libreto da Ópera das Pedras de Denise Milan.
Foram 10 anos de um trabalho intenso e criativo que já impactou mais de 15 mil crianças, sobretudo em Heliópolis, e envolveu uma equipe multidisciplinar para a formação de professores e o acompanhamento das atividades. Ao longo desse tempo, o projeto contou com a participação e o apoio de várias organizações, como o SESC, artistas como Badi Assad, Marina de La Riva e Júnior Almeida, além do belíssimo trabalho da UNAS na realização do projeto na comunidade e nos CCAs (Centro de Crianças e Adolescentes) de Heliópolis.
Para a artista, Denise Milan, o evento é o coroamento de uma experiência que vem inspirando crianças e jovens a se reconectarem com o planeta e valorizarem suas “vidas preciosas”.
“À medida que o mundo se torna cada vez mais fragmentado”, avalia James Choi, “devemos nos lembrar de nossas origens comuns aqui nessa magnífica pedra azul que chamamos de Terra e o trabalho de Denise Milan com as pedras serve como lembrete essencial desse movimento de reconexão. Trazer a história das pedras para os filhos de Heliópolis e de outras comunidades de São Paulo, através do Espetáculo da Terra©, foi um tremendo sucesso. A conexão das crianças com os seres do mundo mineral abriu sua imaginação para essas possibilidades compartilhadas e ampliou sua percepção de que os obstáculos fazem parte da vida e da Natureza, e que eles também podem superar. Este pequeno exemplo brilhante de esperança pode florescer se continuarmos a apoiar tais empreendimentos em comunidades como Heliópolis e em todo o mundo. Não há nada mais forte que a imaginação de uma criança. A arte tem uma maneira de inspirar poder dentro das crianças. As histórias das pedras fornecem uma plataforma singular para falar com elas sobre temas como meio-ambiente, amor e vida compartilhada. Podemos usar as lições das pedras para despertar as crianças, que são nosso futuro. E, claro, não apenas as crianças, mas adultos também são impactados pela força dessa mensagem. É hora de ouvir e agir. A hora é agora”.
A celebração dos 10 anos do projeto Espetáculo da Terra©, realização da Denise Milan Produções Artísticas e do Museu de Arte Moderna de São Paulo, conta com a parceria de Avante – O Coletivo e UNAS – União de Núcleos, Associações dos Moradores de Heliópolis e Região e o apoio de Banco Fator – por meio do projeto Fator Talento –, Galeria Lume, Quantix e Sesc São Paulo.
Sobre os participantes
Denise Milan é artista plástica com uma trajetória de 40 anos de trabalho e reconhecimento internacional. A tônica de sua obra desenvolve-se em torno da ideia de usar as metamorfoses das pedras como metáfora para as transformações e para a evolução da consciência humana em direção às Vidas Preciosas. A artista, que participou da 33ª Bienal de São Paulo, com a instalação Ilha Brasilis, que levou um rio de cristais para povoar um dos principais salões da mostra, vem sendo cada vez mais reconhecida por seu trabalho afinado com os principais valores da contemporaneidade. Sua “linguagem das pedras” já foi apresentada, inclusive em diversos fóruns de discussão de temas relacionados ao meio ambiente, como a exposição Garden of Light, em 1988, no P.S.1, The Institute for Arts and Urban, Nova York; em 2012 com a exposição Into the Realm of Love and Forgiveness: The Language of Stones, Palazzo del Monte Frumentario, Assis, Itália; no Environmental Change and Security Program, em 2015 com o evento Mist of the Earth: Art and Sustainability, Wilson Center, Washington D.C.; em 2016, 22ª Conferência do Clima das Nações Unidas – COP 22, DO-Fest, Marraquesh; em 2018 no IX Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC) – Arte e Natureza, promovido pela Fundação Grupo Boticário e em 2019 com a exposição Banquete da Terra, Glasstress, exposição paralela à Bienal de Artes de Veneza, curadoria Vik Muniz e Koen Vanmechelen, Fundação Berengo, Murano.
James Choi é um cineasta premiado e experiente na indústria cinematográfica de Los Angeles. Além de ter trabalhado com produção e mídia digital, ele já tem um histórico de trabalhos como produtor independente de dois longas-metragens: “Made in China” que ganhou o prêmio Grand Juri de Melhor Diretor Feminino no festival South by Southwest e “Saint Frances”, também ganhador do Prêmio de Público e do Prêmio do Juri, Breakthorugh Voices. Choi se destaca na área de documentários e tem estado na vanguarda do movimento microindustrial de filmes na última década.
Avante o Coletivo é um trio de rap que flerta com diversos ritmos brasileiros formado por U-China (rapper e produtor), Jotab (rapper) e Xuvisco (rapper e produtor). Os artistas ministram oficinas de hip-hop nos CCA´s Centro para Crianças e Adolescentes de Heliópolis e região nos projetos da ONG (UNAS). Com base nos textos e narrativas de Denise Milan, Jotab iniciou o processo de escrita das letras das músicas deste trabalho, buscando a fidelidade ao tema e preservando o espírito de cada personagem.
Serviço
Espetáculo da Terra© no MAM São Paulo
quinta-feira, 5 de dezembro de 2019
das 20h às 21h30
Exibição do documentário Espetáculo da Terra©
Lançamento do CD Vidas Preciosas de Heliópolis
com o Hip Hop do Avante – O Coletivo; participação de Badi Assad, Marina de la Riva e Junior Almeida
O evento será transmitido ao vivo para a comunidade no auditório da biblioteca do CEU Heliópolis – Estrada das Lágrimas, 2385
inscrições antecipadas aqui
vagas limitadas!
Museu de Arte Moderna de São Paulo
Av. Pedro Alvares Cabral, s/nº – Parque Ibirapuera
T +55 11 5085-1300
atendimento@mam.org.br
www.mam.org.br
@mamoficial
Com curadoria de Cauê Alves e Vanessa Davidson, exposição explora temas relacionados à tradição, transformação e subversão, a partir de um recorte de obras da coleção do MAM produzidas entre 1990 e 2010
Trata-se da primeira mostra nos EUA dedicada a obras do acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, com 70 obras de 59 artistas, como Antonio Dias, Anna Bella Geiger, José Leonilson, Nelson Leirner, Cildo Meireles, Adriana Varejão, Tunga, Beatriz Milhazes, Waltercio Caldas e outros
No próximo dia 1 de setembro, o Phoenix Art Museum inaugura a mostra Past/Future/Present: Contemporary Brazilian Art from the Museum of Modern Art, São Paulo – Passado/Futuro/Presente: arte contemporânea brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo, um panorama da recente produção artística do país, que abarca as décadas de 1990 até 2010. Trata-se da primeira exposição de arte contemporânea brasileira realizada no sudoeste dos Estados Unidos e também a primeira realizada exclusivamente com obras do acervo do MAM naquele país. Past/Future/Present apresenta 70 obras de 59 artistas, em vários suportes, como pintura, escultura, instalação, fotografia, vídeo e performance. A mostra foi organizada pela norte-americana Vanessa Davidson, curadora Shawn and Lampe de arte latino-americana do Phoenix Art Museum, juntamente com Cauê Alves, que atuou por dez anos como curador do Clube de Colecionadores de Gravura do MAM. A exposição permanece em cartaz até 31 de dezembro, na Steele Gallery, espaço que integra o museu.
“Estamos encantados com a chegada da extraordinária coleção do MAM em Phoenix”, comenta Amada Cruz, Diretora Sybil Harrington e CEO do Phoenix Art Museum. “Past/Future/Present é um testemunho, não apenas do alto nível da coleção do MAM, mas também dos benefícios de se disponibilizar o acesso, tanto para as comunidades próximas como para as mais distantes, sempre que há uma bem sucedida colaboração entre instituições internacionais. “
A exposição é organizada em torno de cinco temas: O corpo/O corpo social; Identidades mutáveis; Paisagem reimaginada; Objetos impossíveis; e A reinvenção do monocromo. Os variados estilos, temáticas e suportes de cada núcleo ressaltam a impossibilidade de definição homogênea de estilos artísticos brasileiros. Esse corte transversal, ao contrário, revela que não existem traços formais universais entre artistas brasileiros contemporâneos, e que a tal brasilidade, “Brazilianness”, não pode ser definida como uma essência fixa vinculada à geografia física.
Para Cauê Alves, um dos objetivos da mostra é justamente romper com os estereótipos ainda existentes relacionados ao Brasil: “A ideia é mostrar um país com o qual os estrangeiros ainda não estejam familiarizados, revelar a diversidade existente através dos trabalhos dos artistas renomados até os menos conhecidos”.
As afinidades entre esses trabalhos giram em torno de alusões a histórias compartilhadas, mitologias indígenas, normas sociais (e transgressões). Como o título sugere, Past/Future/Present ilustra como os mais celebrados artistas contemporâneos brasileiros mantêm criativos diálogos com as tradições artísticas passadas enquanto olham para o futuro com uma perspectiva global e criatividade ilimitada.
Segundo Vanessa Davidson, a seleção de trabalhos do Museu de Arte Moderna de São Paulo revela a habilidade com a que os artistas brasileiros têm se adaptado à realidade da globalização: “Eles falam com fluência em linguagens artísticas com foco na cena global, ao mesmo tempo que sua arte, imbuída tanto de especificidade local quanto de ressonância universal, ela mesma tornou-se em um ponto de referência internacional. “
O catálogo bilíngue da mostra (inglês e português) estará disponível para compra no Museu. O livro traz prefácios de Amada Cruz, Diretora Sybil Harrington e CEO do Phoenix Art Museum, e de Milú Villela, Presidente do MAM, textos de Vanessa Davidson e Cauê Alves, bem como as imagens das obras apresentadas na mostra.
Artistas participantes
Albano Afonso, Keila Alaver, Efrain Almeida, Rafael Assef, Dora Longo Bahia, Rodrigo Braga, Waltercio Caldas, Rogério Canella, Carlito Carvalhosa, Leda Catunda, Lia Chaia, Sandra Cinto, Felipe Cohen, Rochelle Costi, José Damasceno, Lenora de Barros, Antonio Dias, Iran do Espírito Santo, Marcius Galan, Anna Bella Geiger, Carmela Gross, Tadeu Jungle, Lucia Koch, Nelson Leirner, Jac Leirner, José Leonilson, Artur Lescher, Laura Lima, Antonio Manuel, Cinthia Marcelle, Marepe, Rodrigo Matheus, Cildo Meireles, Beatriz Milhazes, Odires Mlászho, Marcelo Moscheta, Pedro Motta, Vik Muniz, Ernesto Neto, Rivane Neuenschwander, Nazareth Pacheco, Rosana Paulino, Pazé, Penna Prearo, Florian Raiss, Caio Reisewitz, Rosângela Rennó, Eryk Rocha & Tunga, Thiago Rocha Pitta, Regina Silveira, Valeska Soares, Ana Maria Tavares, Tunga, Adriana Varejão, Cássio Vasconcellos, Laura Vinci, Carlos Zilio, Marcelo Zocchio.
Sobre os curadores
Vanessa Davidson é bacharel em Literatura Hispano-Americana pela Universidade Harvard, estudou arte Latino-Americana e Pré-Colombiana e poesia argentina na Universidade de Buenos Aires, e Língua Portuguesa na Universidade de São Paulo – USP. Trabalhou no Museum of Fine Arts, em Boston, com as coleções pré-colombianas e Espanhola-colonial, e também no Metropolitan Museum of Art com a exposição pioneira The Colonial Andes: Tapestries and Silverwork, 1530-1830.
Em 2009, por meio de uma bolsa de estudos da Fullbright-Hays, conduziu uma dissertação para pesquisa na Argentina e no Brasil. Em 2011, recebeu seu Ph.D em História da Arte Latino-Americana no século 20 no Institute of Fine Arts, da Universidade de Nova York, com uma dissertação intitulada “Paulo Bruscky e Edgardo Antonio Vigo: Pioneers in Alternative Communication Networks, Conceptualism, and Performance (1960s-1980s).”
Desde que iniciou o trabalho à frente do Phoenix Art Museum como curadora do Shawn and Joe Lampe de Arte Latino Americana, em 2011, organizou a maior parte de suas mostras, incluindo The Politics of Place: Latin American Photography, Past and Present, 2012; Order, Chaos, and the Space Between: Contemporary Latin American Art from the Diane and Bruce Halle Collection, 2013; Rufino Tamayo, Master Printmaker, 2013; Xul Solar and Jorge Luis Borges: The Art of Friendship, 2013; Paulo Bruscky: Art Is Our Last Hope, 2014; Focus Latin America: An International Exhibition of Contemporary Mail Art, 2014; Antonio Berni: Juanito and Ramona, 2014; Hidden Histories in Latin American Art, 2015; Masterworks of Spanish Colonial Art from Phoenix Art Museum’s Collection, 2015; e Horacio Zabala: Mapping the Monochrome, 2016.
Ela também colabora com o Santa Barbara Museum of Art, com uma mostra da artista brasileira Valeska Soares intitulada Any Moment Now. Este projeto constitui parte da iniciativa do Getty Foundation de 2017 Pacific Standard Time: Los Angeles/Latin America.
Cauê Alves
É mestre e doutor em filosofia pela FFLCH-USP – Universidade de São Paulo, e professor do curso Arte: história, crítica e curadoria da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP.
Desde 2016, é curador do Museu Brasileiro de Escultura – MuBE. Foi curador assistente do Pavilhão Brasileiro na 56ª Bienal de Veneza (2015), curador adjunto da 8ª Bienal do Mercosul (2011) e um dos curadores do 32º Panorama da Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo (2011), intitulado Itinerários e Itinerâncias. De 2006 a 2016, foi curador do Clube de Gravura do Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM.
Realizou, entre outras curadorias, a mostra Quase líquido, no Itaú Cultural (2008) e Mira Schendel: Avesso do avesso (2010) no Instituto de Arte Contemporânea – IAC.
Sobre o Phoenix Art Museum
Por mais de 50 anos, o Phoenix Art Museum, o maior no gênero do sudoeste dos Estados Unidos, vem proporcionando o acesso às artes visuais e a programas educativos no estado do Arizona.
Aclamado em nível nacional e internacional sua coleção permanente é composta por mais de 18 mil obras de arte moderna e contemporânea norte-americana, asiática, europeia, e também de design de moda.
O Museu promove também festivais, performances presenciais, uma abrangente programação audiovisual e programas educativos voltados para a informação, entretenimento e estímulo dos visitantes de todas as idades. O público também aprecia suas vibrantes exposições de fotografia realizadas através da emblemática parceria entre o Center for Creative Photography da Universidade do Arizona e o Museu.
Sobre o MAM
O Museu de Arte Moderna de São Paulo possui mais de 5 mil obras em sua coleção, produzidas pelos nomes mais representativos da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira.
A cada dois anos, o MAM realiza o Panorama da Arte Brasileira, exposição que resulta do mapeamento da produção contemporânea em todas as regiões do país. O crescimento do interesse pela arte brasileira no mundo consolidou o Panorama como uma mostra relevante no circuito artístico internacional.
O museu mantém ainda uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos, por meio de audioguias, videoguias e tradução para a língua brasileira de sinais.
A formação de público é o alvo principal das ações do Educativo. O atendimento escolar é gratuito e específico para cada faixa etária. Visitas às exposições, práticas artísticas, oficinas e cursos especiais são concebidos para atender às necessidades do público diverso.
O MAM possui também dois clubes de colecionadores, dedicados à difusão do colecionismo de gravura e fotografia.
Os clubes de colecionadores foram criados para fomentar o colecionismo e incentivar a produção artística brasileira. Para a edição de 2017 dos Clubes do Colecionadores do MAM foram convidados os seguintes artistas:
Clube de Gravura , edição 2017
curadoria Felipe Scovino – Rio de Janeiro / RJ
Artur Lescher – São Paulo / SP
Carlos Zilio – Rio de Janeiro/ RJ
Fernanda Gomes – Rio de Janeiro / RJ
Marina Rheingantz – São Paulo/ SP
Wanda Pimentel – Rio de Janeiro/ RJ
Clube de Fotografia, edição 2017
curadoria Eder Chiodetto – São Paulo / SP
Fabiano Rodrigues – São Paulo / SP
José Patricio – Belém / PA
Marina Abramovick – à confirmar
Vik Muniz – Rio de Janeiro/ RJ
Virginia de Medeiros – São Paulo/ SP
Anuidade
R$ 5.080,00 em até 10x sem juros, ou 5% de desconto à vista.
Associando-se a dois clubes o Sócio terá um desconto de 10% em uma das categorias.
Informação e adesão
clubedafotografia@mam.org.br
T +55 11 5085-1406
Associe-se já!
O Museu de Arte Moderna de São Paulo possui hoje uma coleção de aproximadamente 5.440 obras de arte de artistas brasileiros, que vêm sendo incorporadas à coleção desde 1967.
A coleção do MAM é composta por obras de diversas categorias, como pintura, escultura, desenho, gravura, fotografia, vídeo, instalação e performance, produzidas por mais de mil artistas. Entre eles figuram os nomes mais expressivos da produção moderna e contemporânea brasileira, como Lívio Abramo, Flávio de Carvalho, Paulo Bruscky, Hélio Oiticia, Lygia Clark, Nelson Leirner, Cildo Meireles, Regina Silveira, Carlos Fajardo, Beatriz Milhazes, Rafael França, Vik Muniz e Rivane Neuenschwander.
O setor do Acervo do Museu é responsável pela gestão da coleção abrangendo sua documentação e conservação. Visando sempre ao cumprimento da missão do Museu de colecionar, estudar, incentivar e difundir a arte moderna e contemporânea brasileira, com frequência são realizados estudos para identificar obras de arte que necessitam de restauro.
Em 2015 se criou o projeto “Mira Schendel, Goeldi, Gilvan Samico e Maria Bonomi – Conservação e restauro de obras do MAM” destinado à preservação e difusão de parte do acervo do MAM São Paulo, com o objetivo de preservar a integridade de um conjunto de obras e assegurar cuidados preventivos que garantam sua sobrevida, e com isto ampliar as possibilidades de acessibilidade à coleção.
Contemplado pelo Edital nº 19/2015 do Programa de Ação Cultural promovido pela Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo, o projeto selecionou 39 obras de arte em suporte de papel do acervo museológico do MAM São Paulo que apresentavam oxidação intensa, degradação do suporte de papel e montagem em molduras inadequadas. Através de uma rigorosa ação executada pela equipe especializada em conservação e restauro de obras de arte do Ateliê De Vera Artes foram restauradas 28 obras da artista Mira Schendel, 4 obras do artista Oswaldo Goeldi, 3 obras do artista Gilvan Samico e 4 obras da artista Maria Bonomi.
Como atividades do projeto as obras foram fotografadas em alta resolução pelo fotógrafo Romulo Fialdini, e em 15 de outubro de 2016 foi promovida uma palestra aberta ao público com a equipe do Ateliê De Vera Artes apresentando o processo de recuperação feito nas obras de arte e, também, oferecendo noções elementares de conservação para pequenos acervos em papel.
A oportunidade de realizar as ações de preservação do Acervo do MAM por intermédio da premiação do Edital Proac 2015, com a recuperação estrutural e estética deste conjunto de obras de artistas relevantes para o panorama artístico nacional permitiu que o MAM ampliasse suas ações para que as obras de sua Coleção estejam sempre em bom estado de conservação, acessíveis e disponíveis para pesquisas e exposições, cumprindo assim seu papel de preservar tão importante patrimônio.
MAM retrata corpos indomáveis e histéricos na exposição O útero do mundo
A curadora Veronica Stigger selecionou cerca de 280 obras de 120 artistas contemporâneos em que o corpo aparece como lugar de expressão de um impulso desvairado e que se apresenta transformado, fragmentado, deformado, sem contorno ou definição. São pinturas, desenhos, fotografias, esculturas, gravuras, vídeos e performances do acervo do museu de nomes como Lívio Abramo, Farnese de Andrade, Claudia Andujar, Flávio de Carvalho, Sandra Cinto, Antonio Dias, Hudinilson Jr., Almir Mavignier, Cildo Meireles, Vik Muniz,Mira Schendel, Tunga e Adriana Varejão
A partir de 5 de setembro, o Museu de Arte Moderna de São Paulo apresenta a exposição O útero do mundo, que reúne cerca de 280 obras pertencentes ao acervo do MAM que mostram a indomabilidade e as metamorfoses do corpo. Com curadoria da escritora e crítica de arte Veronica Stigger, as produções selecionadas – num universo de mais de cinco mil trabalhos da coleção do museu – são de variados suportes como fotografia, pintura, vídeo, gravura, desenho, escultura e performance de mais de 120 artistas que revelam um corpo que não respeita a anatomia e liberto de amarras biológicas e sociais. Baseada na proposição dos surrealistas de compreender a histeria como uma forma de expressão artística, a apurada seleção da curadora faz um elogio à loucura, ilustrando esse “corpo indomável” que, embora reprimido pela humanidade, manifesta-se no descontrole, na histeria e na impulsividade.
Para organizar a mostra, a curadora recorreu a três conceitos extraídos da obra da escritora Clarice Lispector que servem como fios condutores que separam os trabalhos nos núcleos Grito ancestral, Montagem humana e Vida primária. Segundo Veronica, a autora naturalizada brasileira retomou com brilho o elogio ao impulso histérico. “Clarice organizou um pensamento simultâneo da forma artística e do corpo humano como lugares de êxtase e de saída das ideias convencionais, tanto da arte quanto da própria humanidade”, afirma. São exibidas, conjuntamente, obras de artistas celebrados como Lívio Abramo, Farnese de Andrade, Claudia Andujar, Flávio de Carvalho, Sandra Cinto, Antonio Dias, Hudinilson Jr., Almir Mavignier, Cildo Meireles, Vik Muniz, Mira Schendel, Tunga, Adriana Varejão e muitos outros, além de duas performances de autoria de Laura Lima.
Grito Ancestral
Abrindo a mostra, Grito ancestral contém obras que representam uma série de gritos. “É como se esse som, anterior à fala e à linguagem articulada, atravessasse os tempos e rompesse com as próprias imagens”, explica a curadora. “O grito se contrapõe à ponderação e pode ser visto como indício de loucura. Gritar é, em certa medida, libertar-se das frágeis barreiras que delimitam aquilo a que convencionamos chamar de ‘cultura’ em oposição à ‘natureza’ e ao que há de selvagem e indomável em nós”, afirma. Nessa área estão expostos três autorretratos da série Demônios, espelhos e máscaras celestiais, de Arthur Omar, artista com trabalhos que demonstram estados alterados de percepção e de exaltação. Também fazem parte a fotografia O último grito, de Klaus Mitteldorf; a colagem Medusa marinara, de Vik Muniz; fotos de performances de Rodrigo Braga; a gravura Mulher, de Lívio Abramo; além de imagens em preto e branco de Otto Stupakoff. Com a série Aaaa…, a artista Mira Schendel apresenta uma escrita que não constitui palavras ou frases e em que se percebe a desarticulação da linguagem e uma volta ao estado mais bruto e inaugural.
Montagem humana
Neste nicho são apresentados corpos fragmentados, transformados, deformados e indefinidos, o que prova a indomabilidade do mesmo. Na exposição é percebido como o traço se convulsiona nas obras intituladas Mulheres, de Flávio de Carvalho, nos desenhos de Ivald Granato e nas produções de Tunga, Samson Flexor e Giselda Leirner. Nas fotografias, é a falta de foco que borra o contorno da figura nas imagens de Eduardo Ruegg, Edouard Fraipont e Edgard de Souza. Com o uso da radiologia, é possível verificar o interior do corpo humano nas obras de Almir Mavignier e Daniel Senise. Destacam-se ainda as fotografias feitas por Márcia Xavier, um desenho de Cildo Meireles e as produções que misturam imagens, couro e madeira de Keila Alaver que representam, literalmente, corpos transformados e fragmentados.
Vida Primária
Este nicho dá vez às formas de vida mais elementares, como fungos, flores e folhagens. “Este tipo de vida desestabiliza a percepção que temos da própria vida porque, de certa maneira, deteriora as coisas do mundo ‘civilizado’”, explana Veronica. Isso é ilustrado na série Imagens infectas, de Dora Longo Bahia, em que um álbum de família é alterado pela ação de fungos. Em Vivos e isolados, Mônica Rubinho usa papéis propositalmente fungados em placas de vidro para promover a geração desta espécie. No vídeo Danäe nos jardins de Górgona ou Saudades da Pangeia, Thiago Rocha Pitta propõe uma leitura mitológica da vida primária. Ainda são exibidas partes do corpo como o coração feito de bronze, de autoria de José Leonilson, e a foto Umbigo da minha mãe, de Vilma Slomp. A vagina, porta de entrada e de saída do útero, é mostrada em diversos trabalhos como nas gravuras de Rosana Monnerat e de Alex Flemming, nas fotografias da série vulvas, de Paula Trope e no desenho Miss Brasil 1965, de Farnese de Andrade.
A sede do MAM está temporariamente fechada em virtude da reforma da marquise do Parque Ibirapuera.
Acompanhe nossa agenda e confira as próximas atividades do Educativo, de Cursos, e as próximas exposições.
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