com Ana Hoffmann
Datas: 15, 22, 29 de janeiro e 5 de fevereiro de 2026
Quintas-feiras
Horário: das 19h às 21h
Duração: 4 encontros
Público: interessados em geral
Investimento: R$ 350,00 + taxas
Curso online
Ao vivo, via plataforma de videoconferência
Aulas gravadas disponibilizadas apenas por tempo determinado
Contempla certificado no final
O curso propõe uma reflexão crítica sobre a relação entre arte, monumentos e espaço público, a partir do conceito de patrimônio sensível. Serão discutidos os vínculos entre memória, identidade e representatividade no espaço urbano, bem como os processos de apagamento, disputa e ressignificação de monumentos em diferentes contextos históricos e sociais. A proposta é estimular leituras críticas sobre o espaço urbano, reconhecendo suas múltiplas camadas históricas, artísticas, políticas e simbólicas.
Nas aulas, serão contemplados marcos fundamentais da história da arte e da cidade, com ênfase na criação do MAM-SP e do Parque do Ibirapuera, compreendidos como símbolos da modernidade brasileira e espaços de formação cultural. Também serão explorados exemplos nacionais e internacionais que permitam pensar como a arte contemporânea, as intervenções urbanas e os movimentos sociais reconfiguram o sentido de monumento e patrimônio na atualidade.
Programação
Aula 1: Arte, cidade e memória coletiva
- Espaço público e patrimônio sensível: debates na atualidade;
- Monumento vs. Antimonumento: funções sociais e políticas da arte pública;
- Patrimônio, memória e disputa de narrativas no espaço urbano.
Aula 2: Modernismo, São Paulo e a criação do Parque Ibirapuera
- Contexto histórico de São Paulo nos anos 1950: industrialização, urbanismo moderno e políticas culturais;
- Projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer e o paisagismo de Burle Marx;
- Monumentos no Ibirapuera: Obelisco, Monumento às Bandeiras e o debate sobre suas representações.
Aula 3: O MAM-SP e a arte moderna no Brasil
- A fundação do Museu de Arte Moderna de São Paulo (1948);
- O papel das Bienais de Arte como difusoras da arte moderna e contemporânea;
- Relação entre o MAM e o Ibirapuera: arquitetura, exposições e público.
Aula 4: Arte contemporânea, monumentos e disputas no espaço público
- Intervenções artísticas no Ibirapuera e em São Paulo: do grafite às performances;
- O museu fora do museu: práticas contemporâneas que tensionam a ideia de monumento.
É professora no Departamento de História da Arte da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Unifesp, onde atua nas áreas de história da arte brasileira e história da crítica de arte e da curadoria. É membro do Programa de Pós-Graduação em História da Arte da mesma universidade. Tem mestrado pela Unicamp e doutorado pela USP. Atua também nas áreas de curadoria e gestão cultural. É autora, entre outros, do livro Aldemir Martins (Editora Folha de S. Paulo).
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Estudantes, professores e aposentados têm 10% de desconto
Dúvidas:
cursos@mam.org.br
WhatsApp: 11 99774 3987
Ao participar desta atividade/evento, você autoriza, de forma gratuita e definitiva, o Museu de Arte Moderna de São Paulo a utilizar sua imagem, voz, dados biográficos e sinais característicos, captados em vídeo, áudio, fotografia e prints para fins de registro, divulgação e promoção das atividades da instituição, em quaisquer meios, veículos, suportes, mídias, métodos e tecnologias, tangíveis ou intangíveis. Caso você não queira que sua imagem seja divulgada, por favor informar ao MAM pelo e-mail cursos@mam.org.br.
créditos
Foto: Ding Musa
com Fadul Moura
Datas: 23, 30 de outubro, 06 e 13 de novembro de 2025
Quintas-feiras
Horário: das 19h00 às 21h00
Duração: 04 encontros
Público: interessados em geral
Investimento: R$ 350,00 + taxas
Curso online
Ao vivo, via plataforma de videoconferência
Aulas gravadas disponibilizadas apenas por tempo determinado
Curso contempla certificado no final
Como a poesia contemporânea aborda o luto? Um afeto desestabilizador pode adquirir forma estética?
Este curso propõe uma introdução a autores brasileiros deste século, cujo interesse comum é a elaboração criativa do luto. Em quatro aulas, os inscritos conhecerão uma pequena história da poesia, passando por temas como gêneros e imagens tradicionais, as soluções estéticas escolhidas para falar sobre o esvair da vida, a transformação de espaços conhecidos, a morte de pessoas próximas e a presença de seus fantasmas.
Programação
Aula 01 | O corte radical de nossas vidas: emoções, impasses, elaborações
• Imagens fúnebres na literatura e na psicanálise
• Escrita e luto: às voltas com Roland Barthes
• Epitáfios e inscrições tumulares
Aula 02 | Enfrentar a morada vazia: uma imagem, algumas poetas
• O imaginário da casa: Júlia de Souza
• O espaço e o tempo: Simone Brantes, Mariana Godoy
• A temporalidade do luto: Leila Danziger
Aula 03 | Inumações, evocações: o domínio da subjetividade
• O poema elegíaco
• A lamentação na poesia moderna brasileira: Manuel Bandeira
• Reinvenções do presente: Astrid Cabral, Natália Agra
Aula 04 | Conviver com os nossos mortos: alguns fantasmas de nossa história
• Luto e história na cultura brasileira
• Políticas do luto no tempo atual
• Lutos coletivos em Carlito Azevedo, Aline Motta e Prisca Agustoni
Fadul Moura é doutor em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas. Ministrou aulas de Teoria Literária e Literaturas de Língua Portuguesa na Universidade Federal do Amazonas, e de Literatura Brasileira na Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente, realiza estágio de residência em pesquisa na UFMG, como bolsista de Pós-Doutorado Júnior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). No âmbito da crítica, é co-organizador de Espaços convergentes: literatura, memória cultural, arte (2019); no campo da criação literária, é autor de Travessia por (Laranja Original, 2022).
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foto: A dança do poder. Palácio do Planalto (1981/2003), de Orlando Brito. Coleção MAM São Paulo
com Filipe Barrocas
Datas: 13, 20, 27 de outubro e 03 de novembro de 2025
Segundas-feiras
Horário: das 19h às 21h
Duração: 04 encontros
Público: interessados em geral
Investimento: R$ 350,00 + taxas
Curso online
Ao vivo, via plataforma de videoconferência
Aulas gravadas disponibilizadas apenas por tempo determinado
Curso contempla certificado no final
Este curso propõe uma reflexão crítica sobre o lugar da fotografia na história da arte, desde sua invenção no século XIX até os dias atuais. Propõe uma breve introdução a essa história para, nos encontros seguintes, explorar linguagens como escultura, performance e literatura sob a perspectiva do uso da fotografia como instrumento, além de mostrar como, ao longo do tempo, a fotografia foi incorporada à produção de obras escultóricas, performativas e literárias, integrando o processo artístico — mesmo que nem sempre tenha sido reconhecida como “arte”.
Destinado a todos os interessados em fotografia, o curso busca promover o diálogo em torno de imagens da história da arte, trazendo leituras críticas que ampliem o repertório visual e conceitual dos participantes, valorizando diferentes olhares sobre a imagem no mundo contemporâneo.
Programação
Encontro 01 | A história da arte como história da fotografia
Breve panorama da história da fotografia, desde sua invenção no século XIX até os dias atuais, com foco no contexto brasileiro e nas obras de artistas como Hercules Florence, Militão Augusto de Azevedo, Cristiano Júnior, Claudia Andujar, Leticia Ramos, Mayara Ferrão, etc. Esta introdução parte do texto Pequena história da fotografia (1931), de Walter Benjamin, e discute a subjetividade na construção histórica.
Encontro 02 | Fotografia e Escultura: sujeito, objeto e sombra
Desde o século XIX, a fotografia faz parte dos processos artísticos escultóricos ao registrar modelos e obras finalizadas (como no caso de Brancusi) ou em processo (como em Rodin). Nesse sentido, como observamos hoje essas imagens? E se a escultura “documentada” já não existir? Imagens de Rodin e Brancusi serão colocadas em diálogo com artistas mais contemporâneos como Lygia Clark, Hélio Oiticica, Lygia Pape, Lucia Koch, Nuno Ramos e Cildo Meirelles.
Encontro 03 | Fotografia e Performance: presença, ausência e arquivo
Desde a década de 1960, com a arte conceitual, a fotografia passou a ser utilizada no registro de ações efêmeras, fossem estas de natureza mais escultórica ou mais performativa. Como se relacionam essas imagens com as do século anterior? O que podemos aprender aproximando as imagens de Antonio Manuel na abertura da exposição do XIX Salão de Arte Moderna no MAM, Rio de Janeiro, em 1970, com a de Auguste Neyt, fotografado por Gaudenzio Marconi em 1877?
Trabalhos de artistas como Lenora de Barros, Francesca Woodman, Andrea Fraser, Tino Sehgal e Eleonora Fabião serão apresentados nesta discussão sobre a distinção entre documento e obra, propondo novas formas de pensar a presença, a mediação e o registro no campo da arte contemporânea.
Encontro 04 | Fotografia e Literatura: imagem e palavra
Esse encontro discute a relação entre fotografia e palavra, explorando como a linguagem escrita pode complementar a imagem fotográfica e analisa casos em que a palavra vai além da legenda ou explicação tradicional, assumindo um papel plástico e conceitual dentro da fotografia, como nas obras de Duane Michals e Lenora de Barros. Também aborda a interdependência entre texto e imagem em obras artísticas e literárias, como nos casos de Clarice Lispector e W. G. Sebald.
Filipe dos Santos Barrocas (Lisboa, 1982) é artista e professor, e vive entre Lisboa e São Paulo desde 2010. O trabalho que tem vindo a desenvolver, partindo da fotografia, situa-se na intersecção entre as artes visuais e as artes performativas. Doutorado em Artes Visuais pela Universidade de São Paulo, com passagem pela Universidade Nova de Lisboa, investigou as imagens associadas ao mito fundador do Brasil. A sua pesquisa de mestrado – publicada na edição de autor O corpo neutro – explorou a relação entre literatura, escultura, performance e fotografia.
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Ao participar desta atividade/evento, você autoriza, de forma gratuita e definitiva, o MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo, a utilizar sua imagem, voz, dados biográficos e sinais característicos, captados em vídeo, áudio, fotografia e prints, para fins de registro, divulgação e promoção das atividades do Museu, em quaisquer meios, veículos, suportes, mídias, métodos e tecnologias, tangíveis ou intangíveis. Caso você não queira que sua imagem seja divulgada, por favor informar o MAM (cursos@mam.org.br)
foto: A dança do poder. Palácio do Planalto (1981/2003), de Orlando Brito. Coleção MAM São Paulo
com Katya Hochleitner
Datas: 01, 08, 15, 22, 29 de outubro e 05 de novembro
Quartas-feiras
Horário: das 19h às 21h
Duração: 06 encontros
Público: interessados em geral
Investimento: R$ 520,00 + taxas
Curso online
Ao vivo, via plataforma de videoconferência
Aulas gravadas disponibilizadas apenas por tempo determinado
Curso contempla certificado no final
Num momento em que o Brasil busca reconstruir sua imagem internacional após anos de instabilidade política, as artes visuais retomam um papel estratégico como vetor de diplomacia, devido à sua força simbólica, visualidade e capacidade de diálogo intercultural. Recentemente, tem crescido o interesse externo pela produção artística brasileira, especialmente aquela que traz narrativas contra-hegemônicas — afro-diaspóricas, indígenas, feministas e periféricas —, ou seja, propostas decoloniais que desafiam os cânones da arte ocidental e ampliam as noções de valor simbólico.
O objetivo geral do curso é analisar historicamente como as artes visuais têm contribuído para a construção da imagem internacional do Brasil, atuando como instrumento de soft power em processos econômicos, culturais e diplomáticos. O curso discute narrativas da história da arte brasileira, a imagem do Brasil no exterior, os usos diplomáticos da produção artística e as propostas decoloniais que questionam paradigmas hegemônicos de representação.
Programação
Aula 01 | Introdução: Poder, Cultura e Imagem no Cenário Internacional
Nesta aula inicial, são apresentados os conceitos de soft power e hard power, discutido o papel da cultura e da arte nas relações internacionais e introduzida a noção de imagem de país e seu uso estratégico. Aborda-se o conceito de diplomacia cultural, a formação da imagem de um país e a construção da imagem do Brasil no exterior, contextualizando o curso e seus objetivos.
Aula 02 | Economia Criativa e Geopolítica da Arte
Explora-se a inserção da arte na economia global e nos circuitos de poder, apresentando dados da economia criativa e do mercado de arte. Discute-se o sistema contemporâneo de arte, seus atores, e a geopolítica cultural com seus centros e periferias, além da posição do Brasil nesse sistema global.
Aula 03 – Representações do Brasil: da Colônia à Contemporaneidade
Aborda as narrativas visuais construídas sobre o Brasil desde o período colonial até os dias atuais. Analisa-se a permanência dos efeitos simbólicos das imagens coloniais, a internacionalização da arte brasileira e apresenta as críticas decoloniais que questionam narrativas eurocêntricas dominantes.
Aula 04 – Arte como Ferramenta Diplomática: o Caso Brasileiro
Apresenta experiências históricas de diplomacia cultural envolvendo o Brasil, desde o período colonial até o Império e a Era Vargas, com destaque para a Política da Boa Vizinhança de F.D. Roosevelt. Discute-se o uso da arte como instrumento político em contextos de guerra e propaganda, analisando os limites e possibilidades da arte como ação diplomática.
Aula 05 – Estudos de Caso: Bienal de São Paulo e SP-Arte na Imprensa Internacional
Analisa o impacto de grandes eventos culturais na imagem do Brasil no exterior, com base em pesquisa de imprensa entre 2012 e 2019. Discute-se a construção simbólica da brasilidade na mídia, os artistas mais citados, os discursos recorrentes e os públicos-alvo das matérias, avaliando o possível efeito dessas exposições na percepção internacional do país.
Aula 06 – Arte, Cultura, Imagem e Poder: Desafios
Reúne e revisa os principais temas do curso, debatendo os desafios contemporâneos para construir uma imagem plural e estratégica do Brasil. Aborda questões atuais como redes sociais, fake news, crises políticas e apagamentos culturais, estimulando a reflexão crítica e a formulação de propostas criativas para a reconfiguração da imagem internacional brasileira.

Katya Hochleitner é graduada em Economia pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP (1985), com mestrado (2016) e doutorado (2022) em Estética e História da Arte pela mesma universidade. Possui ampla experiência profissional em Administração, com ênfase em Administração Geral, Planejamento Estratégico, Desenvolvimento de Negócios, Mercadologia, Branding e Comunicação. Atuou em empresas multinacionais e nacionais como Danone, Johnson & Johnson, Avon, Dentsu e Boticário, nas áreas de consumo (beleza, vestuário, moda, alimentos e bebidas), serviços de propaganda e produção de conteúdo websourced (Internet). Foi diretora em organizações sem fins lucrativos, incluindo Fundação Ezute, Instituto Baía dos Vermelhos e Instituto Flores. Atualmente, participa do grupo de estudos “Economia do Mercado da Arte” na Escola de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), onde também leciona a disciplina “Arte e Mercado no Brasil” na EESP-FGV. Desde 2023, coordena o Seminário de Economia do Mercado da Arte FGV EESP FGV INVEST. Atua como consultora de pesquisa e marketing, tendo seu último trabalho sido a parte qualitativa da 7ª Pesquisa Setorial do Mercado de Arte, realizada pela Associação Brasileira de Arte Contemporânea e ApexBrasil.
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Ao participar desta atividade/evento, você autoriza, de forma gratuita e definitiva, o MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo, a utilizar sua imagem, voz, dados biográficos e sinais característicos, captados em vídeo, áudio, fotografia e prints, para fins de registro, divulgação e promoção das atividades do Museu, em quaisquer meios, veículos, suportes, mídias, métodos e tecnologias, tangíveis ou intangíveis. Caso você não queira que sua imagem seja divulgada, por favor informar o MAM (cursos@mam.org.br)
foto: A dança do poder. Palácio do Planalto (1981/2003), de Orlando Brito. Coleção MAM São Paulo
com Flavia Corpas, Francielle Alves e Isabela Pinheiro
Datas: 09, 16, 23, 30 de setembro, 07, 14, 21 e 28 de outubro de 2025
Terças-feiras
Horário: das 19h às 21h
Duração: 08 encontros
Público: interessados em geral
Investimento: R$ 640,00 + taxas
Curso online
Ao vivo, via plataforma de videoconferência
Aulas gravadas disponibilizadas apenas por tempo determinado
Curso contempla certificado no final
Este curso é um território de resistência e criação. Explora a intersecção entre Psicanálise, Arte e Feminismo, orientado pelo trabalho do coletivo P_A_F (Psicanálise, Arte e Feminismo). Em formato que valoriza o diálogo crítico e a construção coletiva do saber, serão investigadas obras de arte e testemunhos de artistas mulheres que desafiam e subvertem discursos tradicionais, forjando novos caminhos de existência. Serão abordadas as formas pelas quais essas produções desafiam estereótipos e modelos normativos, revelando como essas artistas reivindicam e criam seus próprios espaços e linguagens para expressar experiências, traumas e desejos, não apenas como estratégia de sobrevivência, mas como afirmação plena da vida.
Os encontros percorrerão temas dentro do feminismo em suas diversas vertentes como feminismo negro, decolonial, queer, entre outros, e analisarão questões políticas, culturais e identitárias que atravessam as práticas artísticas, a partir de uma leitura psicanalítica.
Programação
Aula 01 – Introdução
Na aula introdutória, apresentaremos o curso, suas bases teóricas e metodologia, com foco na discussão da relação entre psicanálise, arte e feminismo. Abordaremos como esses três saberes se interseccionam, suas aproximações e tensões, e como, a partir destas, é possível desafiar e repensar narrativas convencionais sobre a subjetividade, a identidade, o corpo, a proporcionar a construção de novas lógicas. Faremos uma introdução ao feminismo, preparando o terreno para a compreensão deste no diálogo entre a psicanálise e a arte.
- Apresentação do curso e sua metodologia.
- Qual a relação entre a Psicanálise e a Arte? Por que o Feminismo?
Aula 02 – Repensando as Narrativas Oficiais
Nesta aula, analisaremos como as narrativas oficiais da história da arte frequentemente marginalizaram ou invisibilizaram as contribuições de artistas mulheres. Refletiremos sobre como a perspectiva feminista propõe uma crítica radical a esses saberes hegemônicos, introduzindo a ideia de uma visão situada, que valoriza as experiências e contextos de cada sujeito. Ao questionar as representações tradicionais, buscaremos ampliar nossa ótica sobre a diversidade de experiências e práticas artísticas, a partir do resgate da vida e obra de algumas artistas, e da análise da exposição “Contribuição da Mulher às Artes Plásticas no País” no MAM-SP (1960), a primeira exposição coletiva composta exclusivamente por mulheres a ocorrer no Brasil, em conjunto com aquilo que em psicanálise compreende-se como singularidade.
- As mulheres e as artistas na História da Arte
- Estudo do livro A História da Arte sem Homens da historiadora da arte Katy Hessel
- Saberes Localizados: A questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial de Donna Haraway
- Exposição “Contribuição da Mulher às Artes Plásticas no País” no MAM-SP (1960)
Aula 03 – Freud, Lacan e as Artistas
Nesta aula, exploraremos a complexa relação entre psicanálise e arte através de duas exposições recentes: “Lacan, a exposição”. Quando a arte encontra a psicanálise” (Centro Pompidou-Metz, 2024) e “Mulheres & Freud: Pacientes, Pioneiras e Artistas” (Freud Museum, Londres, 2024-2025). Analisaremos as contribuições e o legado de mulheres que desempenharam papéis fundamentais na criação e desenvolvimento da psicanálise, refletindo sobre suas influências e impactos. A análise incluirá artistas que dialogam com essas exposições, como Paula Rego e Louise Bourgeois, cujas produções exploram conceitos psicanalíticos para investigar subjetividade e desejo. Também discutiremos a intervenção performática de Deborah de Robertis em “A Origem do Mundo”, de Courbet.
- Exposição “Lacan, a Exposição” no Centro Pompidou – Mets (2024)
- Exposição “Mulheres & Freud: Pacientes, Pioneiras e Artistas”, no Freud Museum em Londres (2024-2025)
- Mulheres Pioneiras na Psicanálise
Aula 04 – Musas Insubmissas
Nesta aula, questionaremos o papel tradicional de “musa” no Surrealismo, movimento artístico que ocupa um lugar nodal na relação entre a psicanálise e arte. Exploraremos como artistas mulheres associadas a esse movimento desafiaram e subverteram esse estereótipo, reivindicando o lugar de artistas e contrariando a noção tradicional de feminino sustentada pelos surrealistas homens. Discutiremos o livro “Lá Embaixo”, obra testemunhal de Leonora Carrington, explorando como suas narrativas místicas e oníricas apresentam uma dimensão singular de resistência, sobrevivência e reinvenção.
- A musa e a artista: O caso do Surrealismo
- Estudo da obra Lá Embaixo, examinando as narrativas místicas e oníricas de Leonora Carrington como instrumentos de resistência e reinvenção do feminino no movimento Surrealista
Aula 05 – Corpo-Território, Crítica Decolonial e Povos Originários
Nessa aula, abordaremos o conceito político de Corpo-território, desenvolvido por Maria Mies, Veronika Bennholdt-Thomsen e Claudia von Werlhof (1988), que evidencia como a exploração dos territórios comuns, comunitários, e a violência aos corpos individuais e coletivos estão relacionados. Essa analogia e indissociabilidade entre corpo e território, e seus efeitos subjetivos é o mote que guiará nossas reflexões. Trabalharemos com artistas que fazem uso do corpo como campo de luta, resistências contra as imposições patriarcais, coloniais e neoliberais, e como o corpo-território possibilita o desacato, a confrontação e a invenção de outros modos de vida.
- Colonização e as construções de identidade
- “Objeto Semente” e Política dos Comuns, Estudo da Obra: “Linha” de Eleonora Fabião
- Artistas Latino Americanas: Estudo do projeto Banana Republic, a obra de Victoria Cabezas, e suas críticas à exotificação e à colonialidade; Territorio Mexicano de Lorena Wolffer; Silhuetas – Ana Mendieta, Marcela Cantuária
- Artistas Daiara Tukano e trabalho curatorial Sandra Benites
- A obra de Suzanne Césaire
Aula 06 – Olhares Negros: raça, classe, gênero e representação
Nesta aula, iremos discutir o surgimento do ativismo negro e de conceitos como negritude e interseccionalidade. Abordaremos como estes conceitos descentram o olhar e as interpretações do que se pensava como arte, provocando transformações em nossa subjetividade. Nessa chave, nota-se, nas obras retratadas, uma busca de recriar e reinventar um mundo possível, numa perspectiva estética, ética e política. Temos como inspiração de base o livro Olhares Negros raça e representação de Bell Hooks em interlocução com produções de teóricas e artistas brasileiras como Lélia Gonzales, Rosana Paulino e movimentos da América Latina e Central, como a criolagem e o afrosurrealismo.
- Afro Surrealismo, Afrofuturismo na literatura e artes visuais
- De Sarah Bartmann à Josephine Baker e Rosana Paulino
- Laura – Manet (Still Thinking about Olympia’s maid)
- Criolagem
- Amefricanidade
Aula 07 – Feminismo Queer e Artistas Feministas
Nesta aula, exploraremos o feminismo queer no campo das artes, um debate que tem ganhado força desde os anos 60, artistas e coletivos têm utilizado a perspectiva queer não apenas como uma crítica às normas de gênero, mas também como um dispositivo para questionar as fronteiras da própria prática artística. Longe de buscar uma definição fixa para “arte feminista”, examinaremos como o feminismo queer opera como uma estratégia de deslocamento, reconfigurando materialidades, discursos e imaginários. Por meio de obras selecionadas de artistas e coletivos que trabalham a partir dessa perspectiva, veremos de que maneiras essas práticas tensionam noções estabelecidas, questionando categorias tradicionais como feminino/masculino, público/privado e biológico/social.
- Feminismo Queer: Entre tema e experiência
- Lia D. Castro; Élle de Bernardini; Coletivo Serigrafistas Queer; Ofélia de Ana Mazzei e Regina Parra
Aula 08 – Memória, Testemunho e Transmissão
Nesta aula, trabalharemos mulheres artistas que produziram através da escrita, performance, arte visual e outros meios, potentes testemunhos que nos transmitem algo de um saber fazer com a vida. Discutiremos as obras selecionadas em articulação com conceitos da Psicanálise e com outros temas abordados pelo feminismo.
- Estudo da obra de Grada Kilomba a partir de seu livro Memórias de Plantação, examinando como as questões de raça, gênero e colonialidade e sua prática artística
- Em Busca dos Jardins de Nossas Mães de Alice Walker
- Artistas: Cecília Vicuña
Flavia Corpas é psicanalista, atuando em consultório particular, e curadora independente de artes visuais. Possui pós-doutorado em Ciência da Literatura pela UFRJ. Doutora em Psicologia Clínica pela PUC/RJ, foi docente do Curso de Especialização em Acessibilidade Cultural da UFRJ. É organizadora do catálogo raisonné de Arthur Bispo do Rosario e de outras publicações sobre o artista. Curadora das exposições “Walter Firmo: um olhar sobre Bispo de Rosario”, “Quase Aqui” de Daniel Senise e “Reflexivos”, de Iran do Espírito Santo e “Pilotis”de Katia Wille. Dirigiu os documentários “Cartografias da Criação”, “Arte, Cultura e Acessibilidade” e “Walter Firmo: um olhar sobre Bispo de Rosario”.
é psicanalista e atua em consultório particular, online e presencial, na cidade de Maceió. Pesquisadora, ensaísta e escritora, colaborou com projetos como Mandala Lunar®. Feminista, compõe o Movimento de Mulheres Camponesas. Criadora da IACI®: trabalho de pesquisa e produção independente tecido entre arte, feminino e mulheres. Co-fundadora do P_A_F: Grupo de Trabalho e Pesquisa em Psicanálise, Arte e Feminismo. Membra do GEPEF: Grupo de Estudos, Pesquisas e Escritas Feministas vinculado ao CNPq (dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/0576724885643159). Psicóloga (CRP 15-6693) pela Universidade Federal de Alagoas e Cientista Aeronáutica pela UNESA-PROUNI.

Isabela Pinheiro é psicanalista e atua em consultório particular. É pesquisadora, curadora de artes e docente. Possui mestrado em História da Arte e Cultura Visual pela Lindenwood University, nos Estados Unidos, e graduação em Psicologia pela PUC/SP. É Professora Adjunta no Departamento de História da Arte e Cultura Visual da Lindenwood University. É co-fundadora do Psicanálise, Arte e Feminismo (P_A_F) e associada da ALAF (Associação Latino-Americana de Futuros). Trabalhou como curadora no Historical Hawken House Museum, nos Estados Unidos, colaborando na reformulação da exposição permanente do museu, intitulada “Reconstruction and Industrialization: The Gilded Age in Saint Louis”, e foi curadora da exposição “Historic Hawken House: A Review of the Past, A Look Into the Future”, dedicada aos 50 anos da instituição. Suas investigações trabalham as relações entre psicanálise e arte a partir da sua prática clínica e as intersecções com a estética, a teoria crítica, o gênero e o feminismo.
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foto: Natali Tubenchlak, Dá-se assim desde menina, pendente ao encontro. Foto: Mario Grisolli
com Diana Junkes
Datas: 14, 21, 28 de agosto, 04, 11 e 18 de setembro de 2025
Quintas-feiras
Horário: das 19h às 21h
Duração: 06 encontros
Público: interessados em geral
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Curso contempla certificado no final
O objetivo deste curso é apresentar uma discussão sobre os atravessamentos dos corpos no entrecruzamento entre o silêncio e a linguagem, tomando ambos igualmente como corpos que, em sua manifestação, ora invadem, ora acolhem o corpo, provocando deslocamentos, recalcamentos, inscrições do desejo, da falta, do encontro intersubjetivo e da constituição da própria subjetividade.
Articulando obras de artistas visuais, cineastas e poetas, será desenvolvido um percurso de apreciação, análise e interpretação de produções artísticas e literárias como forma de circunscrever a experiência do corpo na experiência da palavra ou da não-palavra, da liberdade ou do silenciamento, do silêncio como forma de vida e dos afetos — sem a pretensão de esgotar formulações teóricas ou temas tão complexos, delicados e urgentes.
A partir de leituras e análises de poemas, obras de artes visuais e filmes, pretende-se construir, ao longo do curso, uma compreensão sobre os modos de estar no mundo contemporâneo, no “corpo e na linguagem, entre o silêncio e a palavra”.
Programação
Abertura
• Women Artists Together: Art in the Age of Women’s Liberation – Amy Tobin
• Arts Remake the Word – A Contemporary Art Manifesto – Vid Simonti
Aula 01 – O silêncio, a pedra, a pluma
• O mito de Eco e Narciso segundo Ovídio
• O silêncio não dorme: ressonância íntima – Magnólia dos Santos (Benguela/Lisboa)
• Entre o sensível e o inteligível, o entrelugar da dor: Uma pele e seu avesso ou “sob a cortina de segredos que oculta meu abismo astral”: Paulo Colina, Jeferson Tenório, Fela Kuti, Miles Davis e Aimé Césaire
• A palavra real nunca é suave: Orides Fontela e Maria Bonomi
• O roubo do silêncio – Marcos Siscar e Georgia O’Keeffe
• O silêncio do sol poente: Tenin, Tomie Ohtake; Dias Perfeitos – Wim Wenders
• O silêncio contém o tempo – Maria Rúbia Sant’Anna
• Meditação sobre a fúria – Maria Mercè Marçal (Catalunha)
• O grito de Pollock é uma forma de calar?
• Your silence will not protect you – Audre Lorde (EUA)
• O Livro de Cabeceira – Peter Greenaway
Aula 02 – Volúpia, Abismo, Gozo
• Maria Teresa Horta, Hilda Hilst, Mar Becker: desejo, logo existo
• Os shungas (pintura erótica japonesa), Picasso e alguns Pornópios (Diana Junkes): a celebração do instante quando Eros vence Tânatos
• Sejamos pornográficos: O amor natural – Carlos Drummond de Andrade
• Um corpo incendiado – Matheus Gumenin Barreto
• Amor Sáfico – Helena Zelic e Tatiana Pequeno
• Teresinha Soares e Gwladys Gambie: os corpos e o desejo pairam livres
• Zanele Muholi – Beleza Valente
Aula 03 – Lirismo, amor e experiência
• Viviane Mosé, Geni Núñez, Renato Noguera – Por que amamos?
• Mais uma noite a dois, e um dia a menos – Paulo Henriques Brito
• O amor não é dissidente – Matheus Gumenin Barreto, Ocean Vuong, Tatiana Pequeno, Helena Zelic, Wong Kar Wai
• Quando vieres ver um banzo cor de fogo – Nina Rizzi
• Longe, Aqui – Maria Esther Maciel; Alma Corsária – Claudia Roquette Pinto
• Funeral Blues: Auden, O’Neil, Neruda, Vinícius
• Paisagem com Dromedário – Carola Saavedra
• Representações do amor na arte contemporânea
• In the Mood for Love – Wong Kar Wai
Aula 04 – Ruínas e fissuras, rimas e texturas
• Profunda Colheita – Rosa Oyassy
• “Quero a rima no tremor” – Paulo Colina e Edimilson de Almeida Pereira
• Aspectos da obra de Adriana Varejão, Cildo Meireles e Sebastião Salgado
• Entre o que brilha e o que arde – Prisca Agustoni
• Poço das Marianas – Eliane Marques
• Beatriz, Carolina, Clementina e Conceição: quando a dor atravessa a palavra
• Desobediências poéticas – Grada Kilomba (teatro)
• Poetas indígenas e mapuches: silêncio e canto
• Cor e dor: Jaider Esbell
• Os corpos matáveis – os grandes centros urbanos
Aula 05 – Feridas: Artistas e poetas em estado de sítio – Brasil e América Latina
• Ditaduras na América Latina – os corpos escondidos
• Alex Polari e Cacaso
• Lara de Lemos, Cassandra Rios, Hilda Hilst
• Produção Poética do Araguaia
• Leon Ferrari e Ferreira Gullar
• Mulheres artistas na ditadura militar – os corpos no cavalete
Aula 06 – Fissuras: Artistas e poetas em estado de sítio – Gaza e outros conflitos
• Representações do corpo entre o trauma e o testemunho (Palestina, Bósnia, Ucrânia, entre outros)
• Incêndios – Denis Villeneuve
• A questão dos refugiados
• Racismo ambiental
• Artistas mulheres no mundo: Women Artists Together – Amy Tobin
• Artists Remake the World: A Contemporary Art Manifesto – Vid Simonti
• Discurso do ódio – Uma política do performativo – Judith Butler
• Poesia traduzida – o que nos trazem os poetas sobre o direito à literatura

Diana Junkes nasceu em São Paulo, em junho de 1971. É poeta, crítica literária e professora da Universidade Federal de São Carlos, na graduação e na pós-graduação. Nessa universidade também coordena o Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Poesia e Cultura/NEPPOC-CNPq. Foi pró-reitora adjunta de pesquisa de 2021-2025 e coordenou o Observatório Mulheres – UFSCar de 2022 a 2025. Atuou como professora e/ou pesquisadora visitante nas universidades de Yale, Illinois, Buenos Aires, Jaguelônica de Cracóvia e Lusíada de Angola. Atualmente é coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários. É autora de “As razões da máquina antropofágica: poesia e sincronia em Haroldo de Campos”, Editora da Unesp/2013 e possui mais de vários artigos publicados em periódicos com seletiva política editorial, além de capítulos de livros. Como poeta publica em revistas eletrônicas e blogs, desenvolve performances (https://www.youtube.com/watch?v=3042B84JxIA). É autora de “clowns cronópios silêncios”(2017), “sol quando agora”(2018), pela Editora Urutau, e “asas plumas macramê” (2019) e “asfalto” pela Editora Laranja Original e CAIS (Selo de Minas, no prelo). Possui poemas traduzidos para o francês (Anthologie Internationale de Poèsie Contemporaine – Brésil, le presses du réel) e em Attaque, para o inglês (Saccades), para o espanhol (Vera Cartonera (Argentina) e Poesía (Venezuela).
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Ao participar desta atividade/evento, você autoriza, de forma gratuita e definitiva, o MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo, a utilizar sua imagem, voz, dados biográficos e sinais característicos, captados em vídeo, áudio, fotografia e prints, para fins de registro, divulgação e promoção das atividades do Museu, em quaisquer meios, veículos, suportes, mídias, métodos e tecnologias, tangíveis ou intangíveis. Caso você não queira que sua imagem seja divulgada, por favor informar o MAM (cursos@mam.org.br)
créditos: Maria Bonomi, Liberdade condicional, 1965. Foto: Romulo Fialdini
com Katia Canton
Datas: 30 de julho, 06, 13 e 20 de agosto de 2025
Quartas-feiras
Horário: das 18h às 20h
Duração: 04 encontros
Público: interessados em geral
Investimento: R$ 320,00
Curso online
Ao vivo, via plataforma de videoconferência
Aulas gravadas disponibilizadas apenas por tempo determinado
Curso contempla certificado no final
Este curso, composto por quatro aulas, explora a potência dos contos como recursos para elaboração subjetiva e cura, desde os primórdios da humanidade. Ao longo dos encontros, abordaremos a origem histórica das narrativas, sua inserção no campo da arte e seu papel nos processos de elaboração psíquica.
Nas duas primeiras aulas, traçaremos um panorama sócio-histórico do surgimento das narrativas na constituição humana, analisando diferentes tipos de histórias, desde a tradição oral até autores literários como Perrault, os irmãos Grimm e Andersen. A terceira aula será dedicada à análise de casos em que as narrativas são utilizadas em contextos terapêuticos. Por fim, na última aula, refletiremos sobre o cenário contemporâneo: quais são suas particularidades e por que continuamos a contar histórias?
Programação
Aula 01 – Somos animais contadores de histórias — o surgimento das palavras como necessidade humana.
Aula 02 – Contos maravilhosos, fábulas, contos de fadas — formas de narrar e seus contextos.
Aula 03 – O desejo de contar é o desejo de curar — experiências estéticas e terapêuticas no uso das histórias. Estudos de caso sobre narrativas na psicanálise e na saúde mental.
Aula 04 – As narrativas enviesadas do mundo contemporâneo — por que continuamos a contar histórias?
Artista visual, escritora, psicanalista, professora e curadora. Estudou arquitetura, dança e formou-se jornalista pela ECA USP, em São Paulo. Também estudou literatura e civilização francesas no curso de estudos superiores dado pela Aliança Francesa juntamente com a Universidade de Nancy II. Em 1984 transferiu-se para Paris, com uma bolsa de estudos de dança moderna no estúdio Peter Goss.
Viveu em Nova York por oito anos, onde trabalhou como repórter para vários jornais e revistas e realizou mestrado e doutorado na New York University. Sua pesquisa acadêmica é interdisciplinar e relaciona as artes e os contos de fadas, de várias épocas e culturas do mundo. Trabalhou um ano e meio como bolsista no MoMA, de Nova York, criando projetos de arte e narrativa no departamento de educação. De volta ao Brasil, ingressou como docente na Universidade de São Paulo, sendo professora associada do Museu de Arte Contemporânea (onde foi vice-diretora) e do programa de pós-graduação Interunidades em Estética e História da Arte.
Seu trabalho artístico é multimídia, incluindo desenho, pintura, fotografia e objetos, e conceitualmente se liga a questões sobre sonho, desejos e narrativas. Tem realizado exposições em museus, galerias e instituições culturais no Brasil e no exterior, desde 2008.
Como autora, além de escrever livros sobre arte, criou mais de 50 livros ilustrados para o público infantil e juvenil, tendo recebido vários prêmios, no Brasil e no exterior. Entre eles, recebeu por três vezes o prêmio Jabuti, prêmios da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.
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créditos: Pedestres na praça do Patriarca, 1940. Hildegard Rosenthal. Fonte IMS
com Paula Jacob
Datas: 24 de junho, 01, 08, 15, 22 e 29 de julho
Terças-feiras
Horário: das 19h às 21h
Duração: 06 encontros
Público: interessados em geral
Investimento: R$ 480,00
Curso online
Ao vivo, via plataforma de videoconferência
Aulas gravadas disponibilizadas apenas por tempo determinado
Curso contempla certificado no final
Apesar da proporção de diretoras mulheres ainda ser baixa na disputa de grandes premiações e festivais mundo afora, essas cineastas existem e resistem com histórias das mais variadas. Estudá-las, portanto, também faz parte dessa persistência em ganhar mais espaço nas conversas sobre a sétima arte.
Neste curso, você irá mergulhar na trajetória e impacto de grandes e expoentes nomes, que desafiaram (e desafiam) padrões da indústria para propor novos jeitos de fazer cinema. As aulas, divididas por panoramas temáticos, partem, além dos filmes escolhidos, das teorias fílmica, semiótica e filosófica.
É destinado a qualquer pessoa que se interesse pelas diretoras elencadas ou queira conhecer um pouco mais sobre o cinema feito por mulheres. Não é preciso formação prévia para participar das aulas.
Programação
Aula 01 – Eu sou autora
- Introdução ao conceito de autoria cinematográfica
- História das que vieram antes (Alice Guy Blaché, Eloyce Gist, Kinuyo Tanaka, Safi Faye)
Aula 02 – Fronteiras da linguagem
- O encontro entre ficção e documentário com Agnès Varda – Varda por Agnès (Prime Video) e Cléo das 5 às 7 (Prime Video) e Chantal Akerman – Jeanne Dielman (Filmicca) e Eu, tu, ele, ela (Filmicca)
Aula 03 – Realismo fantástico
- A fábula como plataforma dramática com Mati Diop – Atlantics e Dahomey (Mubi) e Payal Kapadia – Tudo Que Imaginamos Como Luz.
Aula 04 – O tempo não para
A metáfora da memória com Celine Song – Vidas Passadas (Telecine), Charlotte Wells – Aftersun (Mubi e Netflix) e Marianna Brennand – Manas (nos cinemas).
Aula 05 – Radical do corpo
- Ser mulher pode ser um terror com Ana Lily Amirpour – Garota Sombria Caminha Pela Noite (Prime Video), Coralie Fargeat – A Substância (Mubi) e Julia Ducournau – Raw e Titane (Mubi).
Aula 06 – Poesia para ver
- Arte e literatura na imagem com Ramata Toulaye Sy – Banel & Adama (Prime Video), Sofia Coppola – As Virgens Suicidas, Céline Sciamma – Retrato de uma Jovem em Chamas (Prime Video) e Carolina Markowicz – Carvão (Globo Play ou Prime Video).
Paula Jacob é jornalista, professora e pesquisadora de cinema e literatura. É formada em Jornalismo pela ESPM-SP, com especialização em Semiótica Psicanalítica, e mestranda em Comunicação e Semiótica – com pesquisa sobre o female gaze no cinema apoiado pela bolsa CAPES –, ambos pela PUC-SP. Co-host do podcast “Palavra & Imagem”, ministra cursos livres sobre estética no cinema, escrita e literatura contemporânea desde 2019. Já trabalhou nas redações da Harper’s Bazaar, Casa Vogue, Glamour, Claudia e Vogue.
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créditos: Dora Longo Bahia, Clássico (Corinthians x Palmeiras) [detalhe], 2003. Coleção MAM São Paulo. Foto: Estúdio em obra
com Flavia Corpas
Datas: 08, 15, 22, 29 de abril, 06, 13, 20 e 27 de maio de 2025
Terças-feiras
Horário: das 19h às 21h
Duração: 8 encontros
Público: interessados em geral
Investimento: R$ 640,00
Curso online
Ao vivo, via plataforma de videoconferência
Aulas gravadas disponibilizadas apenas por tempo determinado
Contempla certificado no final
De Sófocles a Salvador Dalí e Marguerite Duras, passando por Leonardo da Vinci, Francesca Woodman e Cindy Sherman, este curso investiga a complexa relação entre Arte e Psicanálise, explorando textos e conceitos que marcaram ambos os campos até os dias de hoje.
Partindo dos escritos de Freud, analisaremos como ele não se limitou a usar a arte como ilustração de suas descobertas clínicas, mas tomou os artistas e suas obras como interlocutores fundamentais — um ponto também destacado por Jacques Lacan.
Lacan, por sua vez, propõe que a interpretação na psicanálise deve funcionar como um ready-made de Marcel Duchamp, evitando reforçar o sintoma por meio do sentido e deslocando a interpretação para os limites da linguagem e da representação — aquilo que, na psicanálise, se chama de real, o impossível de simbolizar.
Nem Freud nem Lacan buscaram formular uma estética psicanalítica. O que os interessa é o saber próprio de cada artista — um saber que ele não necessariamente reconhece, mas que se manifesta na criação.
Programação
Aula 01 – Arte e Psicanálise: um campo de tensão
- Apresentação do curso e sua metodologia
- O que é a Psicanálise? O que é a Arte?
Aula 02 – Atas da Sociedade Psicanalítica de Viena
- Arte e Psicanálise: primeiras articulações
- Vida e obra de um artista
Aula 03 – Personagens Psicopáticos no Palco
- O nascimento da Psicanálise
- O método psicanalítico e a Arte
- O espectador e a obra
Aula 04 – Gradiva
- Arte e fantasia
- Psicanálise e literatura
- O saber do artista
Aula 05 – O poeta e o fantasiar
- A arte e o infantil
- Psicanálise e poesia
- A arte e o inconsciente
Aula 06 – Uma lembrança de infância de Leonardo da Vinci
- Sublimação
- Schapiro e Lacan
Aula 07 – Moisés de Michelangelo
- Psicanálise e História da Arte
- Ler uma obra
Aula 08 – Das Unheimliche
- Arte e Estética
- A obra de Francesca Woodman
Flavia Corpas é psicanalista, atuando em consultório particular, e curadora independente de artes visuais. Possui pós-doutorado em Ciência da Literatura pela UFRJ. Doutora em Psicologia Clínica pela PUC/RJ, foi docente do Curso de Especialização em Acessibilidade Cultural da UFRJ. É organizadora do catálogo raisonné de Arthur Bispo do Rosario e de outras publicações sobre o artista. Curadora das exposições “Walter Firmo: um olhar sobre Bispo de Rosario”, “Quase Aqui” de Daniel Senise e “Reflexivos”, de Iran do Espírito Santo e “Pilotis”de Katia Wille. Dirigiu os documentários “Cartografias da Criação”, “Arte, Cultura e Acessibilidade” e “Walter Firmo: um olhar sobre Bispo de Rosario”.
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com Eder Aleixo
Datas: 18, 20, 25 e 27 de fevereiro
Terças e quintas-feiras
Horário: das 19h âs 21h
Duração: 4 encontros
Público: interessados em geral
Investimento: R$ 320,00
Curso online
Ao vivo, via plataforma de videoconferência
Aulas gravadas disponibilizadas apenas por tempo determinado
Contempla certificado no final
Byung-Chul Han é conhecido por sua crítica incisiva à sociedade contemporânea, que é marcada pela obsessão com produtividade, autoexploração, individualismo e narcisismo. Mas como essas pressões impactam a criação artística?
Em suas obras, Han propõe que a arte pode servir como uma alternativa, oferecendo resistência e um meio de superação.
Este curso, ministrado por Eder Aleixo, explora a visão de Han sobre a arte e como ela precisa se libertar das amarras modernas e capitalistas para realizar seu verdadeiro potencial.
Serão discutidos temas como a oposição entre arte e informação, a relação da arte com rituais que dão sentido à vida, e as principais problemáticas da arte contemporânea em relação ao capitalismo e à sociedade da informação.
Além disso, serão abordados possíveis caminhos para revitalizar a arte diante das demandas sociais e tecnológicas que a ameaçam.
O objetivo principal é articular as ideias de Han com uma proposta que avance em direção à superação da crise que ele identifica na arte.
Programação
Aula 01 – Byung-Chul Han e a Arte: perspectivas iniciais
- Quem é Byung-Chul Han? Biografia e principais questões filosóficas
- Positividade e negatividade: o Outro na sociedade contemporânea e na arte
- As concepções de arte de Byung-Chul Han: o ponto de partida
Aula 02 – Momentos críticos ou construindo um cenário de crise
- As críticas de Han à arte e à estética da modernidade
- A passagem do sujeito moderno ao contemporâneo
- A arte e a criação contemporâneas no capitalismo
Aula 03 – Arte e informação: conflitos e desafios e impactos e… resistências
O que é informação?
- Arte vs. Informação: sociedade da informação e tempo
- O barulho e a atenção na sociedade da informação
- Idiotismo: resistindo a sociedade da transparência.
Aula 04 – O tempo na arte: rituais, narrativas e esperança
- Os tempos da arte
- O tempo do outro, um outro tempo: rituais e a arte
- É tempo de narrar o outro e o novo
- A arte como o espirito da esperança
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com Ana Lira
Datas: 15, 22, 29 de janeiro e 05 de fevereiro
Quartas-feiras
Horário: das 19h às 21h30
Duração: 4 encontros
Público: interessados em geral
Investimento: R$ 320,00
Curso online
Ao vivo, via plataforma de videoconferência
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Este curso propõe um diálogo sobre a criação de obras de arte que têm a escuta e/ou o som como elementos centrais e os desafios de sua inclusão em exposições de artes visuais.
Em um momento em que obras sonoras ganham destaque e a escuta se torna fundamental na interação entre artistas e o público em museus, centros culturais e outros espaços expositivos, a proposta é observar como essas obras são instaladas e como o público se relaciona com elas.
Serão apresentadas diferentes obras sonoras para discutir seus contextos de criação, estratégias de produção, formas de instalação nos espaços e como o público interage com elas. O curso também abordará as condições físicas e simbólicas que influenciam o processo criativo dessas obras.
Cada encontro incluirá uma atividade prática para explorar formas de melhorar a interação do público com as obras e suas condições de acesso.
O curso será online, em formato de grupo de estudo e trabalho, voltado para todos os interessados no tema, especialmente aqueles ligados a artes, tecnologias sonoras, tradução de Libras, práticas corporais e áreas relacionadas ao som.
Programação
Encontro 01
- Sonoridades em território de predominância da visualidade
- Principais referências de uma escuta-presença
- Quando a sociedade demanda escuta sem escuta?
- Os sabotadores da escuta: uma revisão crítica das tecnologias de aceleração
- Impactos nas construções das obras de arte
Encontro 02
- Estudo de caso I
- Grupo de trabalho I: possibilidades de construção
- Esmiuçando o caso I: primeira roda de escuta
- Formação como estratégia diplomática entre artistas / [instituição] e público
- Desejo-som manifestado em projetos: artista é solução e não problema
- Orçamentos como resultados políticos e conceituais na materialização dos projetos
Encontro 03
- Estudo de caso II
- Grupo de trabalho II: possibilidades de construção
- Esmiuçando o caso II: segunda roda de escuta
- Discussões artísticas sobre políticas e práticas de acesso
- Experiências de amadurecimento das relações entre obra e público
Encontro 04
- Estudo de caso III
- Grupo de trabalho III: possibilidades de construção
- Esmiuçando o caso III: terceira roda de escuta
- Sintetizando os protocolos de trabalho
É artista visual, curadora, rádio host, fotógrafa, escritora e editora baseada no Brasil. É especialista em comunicação social pela UFPE com ênfase em Teoria e Crítica de Cultura. Possui uma prática baseada em processos coletivos e parcerias há mais de duas décadas. Nestas iniciativas, dedica-se a fortalecer práticas colaborativas de criação, as escutas das coletividades em que está envolvida, as dinâmicas culturais relacionadas com as sensibilidades cotidianas e as entrelinhas das relações de poder que afetam nosso processo de comunicação e a forma como produzimos conhecimento no mundo.
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com Daniela Lima
Datas: 23, 30 de janeiro, 06 e 13 de fevereiro
Quintas-feiras
Horário: das 19h às 21h
Duração: 4 encontros
Público: interessados em geral
Investimento: R$ 350,00
Curso online
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Neste curso, partimos da conferência radiofônica “O Corpo Utópico” (1966), proferida por Michel Foucault, para refletir sobre a relação entre corpo, espaço e imagem. Através do conceito de corpo como lugar de aprisionamento e de utopia como o “lugar fora de todos os lugares”, exploramos o paradoxo identificado por Foucault: toda utopia surge a partir do corpo e parece se voltar contra ele. A fotografia será mobilizada como meio de capturar essa dualidade, ao simultaneamente fixar e transfigurar o corpo, produzindo uma tensão entre rigidez e fluidez em suas imagens.
O curso tem como objetivo examinar a concepção foucaultiana de “corpo utópico” em diálogo com as obras de Francesca Woodman, Alix Cléo Roubaud e Iole de Freitas, que utilizam a imagem para explorar as fronteiras e possibilidades do corpo no espaço. Destinado a estudantes e interessados em arte contemporânea, teorias dos corpos e filosofia, este ciclo de aulas busca proporcionar uma reflexão crítica e estética em torno do corpo enquanto “ator principal de todas as utopias”.
Programação
Aula 01 – Introdução: O Corpo Utópico de Foucault
Análise da conferência radiofônica “O Corpo Utópico” (1966)
O corpo como ator de todas as utopias: paradoxo entre aprisionamento e transfiguração
O corpo que se projeta para além de seus limites e habita espaços outros – reais e imaginários: implicações e apontamentos sobre a imagem fotográfica
Aula 2 – Francesca Woodman: O corpo fantasmagórico
Análise de imagens selecionadas de Francesca Woodman, em especial da série Spaces (segunda metade da década de 1970)
A relação entre corpo, espaço vazio e efemeridade na fotografia de Woodman
A dissolução e o desaparecimento do corpo nas fotografias e a tensão entre utopia corporal e fantasmagoria nos autorretratos de Woodman
Aula 3 – Alix Cléo Roudbaud: Corpo e temporalidade
Análise de obras selecionadas de Alix Roubaud, em especial da série 15 minutes: la nuit au rythme de la respiration (início da década de 1980)
A relação entre corpo, espaço e temporalidade na fotografia de Roubaud
A presença do corpo, os movimentos corporais e sua interferência no processo fotográfico
Aula 4 – Iole de Freitas: Corpo em Movimento e em Expansão
Análise de imagens selecionadas de Iole de Freitas, em especial da série Spectro (década de 1970)
A captura do movimento e a expansão do corpo no espaço
O impacto dos procedimentos de corpo-câmera e de gesto-presença na fotografia espectral de Iole de Freitas
É doutoranda em Filosofia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), em regime de co-tutela na Universidade de Lisboa (ULisboa). Realizou estágio de doutorado-sanduíche no Centro de Filosofia da ULisboa (CFUL), junto ao grupo Praxis (Practical Philosophy Research Group). Possui formação em Fotografia com ênfase em Artes Visuais pelo Ateliê da Imagem (RJ). Desenvolve pesquisas na área de filosofia francesa contemporânea, com ênfase no pensamento de Michel Foucault, sendo integrante do diretório de pesquisadores do Centre Michel Foucault (CMF-IMEC). Autora de, entre outros, “Corpo-vetor e Corpo-utópico” (In: Pandemia Crítica, Editora N-1, 2021) e “A relação entre a água e a loucura em Histoire de la Folie” (Revista Kriterion). Em Portugal, publicou o ensaio “A questão do estrangeiro: um duplo-convite ao espanto” (In: Volta Para Tua Terra – 50 anos da Revolução dos Cravos, Editora Urutau, 2024). Escreveu ensaios para diversos espaços, entre os quais o Instituto Moreira Salles (IMS-RJ).
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com Kátia Canton
Quartas-feiras
Duração: 4 encontros
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O postulado da arte como cura tem se destacado cada vez mais nas discussões contemporâneas, especialmente após a pandemia. Mas de que tipo de cura estamos falando, e a que arte estamos nos referindo?
Partindo destas perguntas, este curso teórico busca explorar narrativas diversas relacionadas a esse tema, percorrendo construções que articulam a ideia de cura ou transformação por meio da produção e apreciação de diversas expressões artísticas.
As quatro aulas propostas servirão como estruturas panorâmicas para estimular debates sobre as diferentes interpretações do termo “cura”, analisando a arte de uma maneira transdisciplinar.
Este curso está aberto a todos os interessados no assunto, não sendo necessário possuir conhecimentos prévios para participar das aulas.
Programação
Aula 01
- Arte-cura e o zeitgeist do agora
- Estética, cuidado de si, política e liberdade
- Narrativas enviesadas de um uso da arte em pesquisas recentes nas áreas de saúde e neurociência
- O surgimento da neuroestética e seus desdobramentos
- Reflexões pós-pandêmicas sobre os lugares da arte
Aula 02
- Uma pequena história da arte como história de cura e transcendência
- A Grécia Antiga e seus métodos de cura
Aula 03
- O pioneirismo de Osório César
- A revolução de Nise da Silveira
- O surgimento da arte-terapia e suas interfaces com a arte-educação: experiências, invenções e a arte como política de liberdade
Aula 04
- Apresentação de artistas, inventores-sobreviventes, protagonistas de uma arte curativa: olhando para a produção de Hilma von Klimt, Leonora Carrington, Jean Dubuffet, Arthur Bispo do Rosário, Aurora Cursino, Ann Halprin, Maria Fux, Marina Abramović, Lygia Clark, Tunga, Ernesto Neto, entre outros.
Artista visual, escritora, psicanalista, professora e curadora. Estudou arquitetura, dança e formou-se jornalista pela ECA USP, em São Paulo. Também estudou literatura e civilização francesas no curso de estudos superiores dado pela Aliança Francesa juntamente com a Universidade de Nancy II. Em 1984 transferiu-se para Paris, com uma bolsa de estudos de dança moderna no estúdio Peter Goss.
Viveu em Nova York por oito anos, onde trabalhou como repórter para vários jornais e revistas e realizou mestrado e doutorado na New York University. Sua pesquisa acadêmica é interdisciplinar e relaciona as artes e os contos de fadas, de várias épocas e culturas do mundo. Trabalhou um ano e meio como bolsista no MoMA, de Nova York, criando projetos de arte e narrativa no departamento de educação. De volta ao Brasil, ingressou como docente na Universidade de São Paulo, sendo professora associada do Museu de Arte Contemporânea (onde foi vice-diretora) e do programa de pós-graduação Interunidades em Estética e História da Arte.
Seu trabalho artístico é multimídia, incluindo desenho, pintura, fotografia e objetos, e conceitualmente se liga a questões sobre sonho, desejos e narrativas. Tem realizado exposições em museus, galerias e instituições culturais no Brasil e no exterior, desde 2008.
Como autora, além de escrever livros sobre arte, criou mais de 50 livros ilustrados para o público infantil e juvenil, tendo recebido vários prêmios, no Brasil e no exterior. Entre eles, recebeu por três vezes o prêmio Jabuti, prêmios da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.
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Ao participar desta atividade/evento, você autoriza, de forma gratuita e definitiva, o MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo, a utilizar sua imagem, voz, dados biográficos e sinais característicos, captados em vídeo, áudio, fotografia e prints, para fins de registro, divulgação e promoção das atividades do Museu, em quaisquer meios, veículos, suportes, mídias, métodos e tecnologias, tangíveis ou intangíveis. Caso você não queira que sua imagem seja divulgada, por favor informar o MAM (cursos@mam.org.br).
com Patrícia Valim
Datas: 14, 21, 28 de agosto, 04 e 11 de setembro
Quartas-feiras
Horário: das 19h às 21h
Duração: 5 encontros
Público: interessados em geral
Investimento: R$ 400,00
Curso online
Ao vivo, via plataforma de videoconferência
Aulas gravadas disponibilizadas apenas por tempo determinado
Contempla certificado no final
Manifestações artísticas têm denunciado o apagamento da epidemia de feminicídio em vários países, sobretudo no Brasil e em outros países da América Latina. Além de explicitar os mecanismos de reprodução de todo tipo de violência contra as mulheres, manifestações e intervenções artísticas feministas têm formado um contradiscurso que, simultaneamente, combate a cultura de violência contra as mulheres e constrói tecnologias sociais para uma sociedade com equidade de gênero e raça. O objetivo do curso é analisar relatos e intervenções artísticas de mulheres feministas, explicitando suas negações e construindo outras formas de viver em sociedade, criando, assim, novos futuros possíveis.
Programação
Aula 01: Mortas – artistas que denunciam formas de violências
- Ana Mendieta (Cuba)
- Elina Chauvet (México)
- Frida Kahlo (México)
Aula 02: Banho de sangue – artistas que denunciam formas de reprodução de violências
- Marcela Cantuária (Brasil)
- Panmela Castro (Brasil)
- Francesca Woodman (EUA)
Aula 03: Quando todos se calam – artistas que denunciam o pacto de silenciamento da sociedade em relação às múltiplas formas de violências contra as mulheres
- Berna Reale (Brasil)
- Eugênia França (Brasil)
- Regina Parra (Brasil)
Aula 04: Eu me levanto – artistas que propõem formas de combater as violências contra as mulheres
- Ana Maria Maiolino (Brasil)
- Lygia Pape (Brasil)
- Beth Moysés (Brasil)
Aula 05: A liberdade também é combate – artistas que desenvolvem tecnologias sociais para a construção de futuros
- Hariel Revignet (Brasil)
- Yasmin Formiga (Brasil)
- Cecilia Vicunã (Chile)
Patrícia Valim é mestre em História Social (2007) e doutora em História Econômica (2013), ambos pela Universidade de São Paulo. Desenvolveu dois estágios de pesquisa de pós-doutoramento em Programas de Pós-graduação em História: UFBA (2014) e UNIFESP (2019). Desde 2015, é Professora Adjunta de História do Brasil Colônia no Departamento de História e Pesquisadora Permanente do Programa de Pós-graduação em História da UFBA. Desde 2020, é pesquisadora permanente do Grupo de Pesquisa JIIAR: “Justiças e Impérios Ibéricos de Antigo Regime”; membra do grupo executivo da Rede Brasileira de Mulheres Cientistas (RBMC) e uma das embaixadoras no Nordeste do Parent in Science. Foi professora e pesquisadora em regime de cooperação técnica no Departamento de História e no Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal de Ouro Preto, durante o período de 2021-2022. Desde maio de 2023, idealizou, coordena e é uma das autoras da série histórica “Mátria Brasil”, publicada semanalmente na Folha de São Paulo. Tem experiência na área de História, com ênfase em História da Bahia, História do Brasil Colônia e Brasil Império, atuando principalmente nos seguintes temas: Conjuração Baiana de 1798; Lutas pela Independência Política na Bahia; História da Justiça e do Direito; Crimes e Castigos; História das Mulheres; Negacionismos e Usos da História.
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Créditos: Anna Maria Maiolino, Ecce homo, 1966. Coleção MAM São Paulo. Foto: Romulo Fialdini
com Lívia Aquino, Fábio Morais e Daniela Avelar
Datas: 25 de maio, 01, 08, 15, 22 e 29 de junho, 06 e 13 de julho
Sábados
Horário: das 10h às 12h
Duração: 08 encontros
Público: interessados em geral
Investimento: R$ 640,00
Curso presencial
Curso contempla certificado no final
Formada por Lívia Aquino, Fabio Morais e Daniela Avelar, Desabamento de Textos é uma autoficção que combina pesquisa e experimentação artística, focalizando nas especificidades, fricções e multiplicidades formais da linguagem verbal nas artes visuais.
Este curso explora diversos modos de escrita na arte, através de estudos de caso e análise de trabalhos, com ênfase em suas diferentes naturezas de construção textual: desde a expressão sonora e a performance até procedimentos variados, e a consideração das materialidades e espacialidades na arte.
Programação
Aula 01 – Modos de escrita na arte (Daniela Avelar, Fabio Morais e Lívia Aquino)
- Apresentação do curso
- Discussão coletiva a partir de perguntas disparadoras sobre diferentes modos de escrita nas artes visuais
Aula 02 – Escrita mínima (Fábio Morais)
Escritas mínimas são mais enunciativas que argumentativas, oscilando entre a lírica, a comunicação ou a presença semântico-literal das palavras. De leitura momentânea, têm maior apelo imagético que textos longos, atendendo à plasticidade de práticas expositivas. A aula aborda as formalizações materiais e as estratégias de apresentação de escritas mínimas, palavras-frases e enunciados curtos em obras de Hélio Oiticica, Rubens Gerchmam, Santiago Sierra, Carmela Gross, Lívia Aquino, Paulo Nazareth, Vânia Mignone, Daniela Avelar, Denilson Baniwa, Regina José Galindo.
Aula 03 – Espaços literários dentro de espaços expositivos (Fabio Morais)
Textos com maior duração de leitura/escuta possibilitam práticas pouco comuns na arte, como a narrativa e a ficção. De fruição lenta e circunspecta, alteram a temporalidade e a relação com o espaço expositivo. A aula analisa procedimentos formais de textos que, embora pudessem ter lugar cativo em páginas e telas, instauram-se no espaço tridimensional. São abordadas obras de Randolpho Lamonier, Dora García, Rafael RG, David Wojnarowicz, Aníbal López, Adrian Piper, Jota Mombaça, Rosângela Rennó, Zoe Leonard, Marta Neves, Giselle Beiguelman, Esther Ferrer.
Aula 04 – Instruções para imaginar (Daniela Avelar)
A partir da ideia de instruções, em artistas como Yoko Ono, Fluxus, George Brecht, Lawrence Weiner, Luis Camnitzer e Paulo Bruscky, a aula aborda a dimensão não realizável desses textos. Ao não efetivar essas instruções, os textos adquirem características poético-literárias, ativando imagens no campo cognitivo e mental.
Aula 05 – Instruções para agir (Daniela Avelar)
Abordando outra dimensão das instruções, a aula propõe a discussão de trabalhos nos quais os textos são, no processo do artista, disparadores da efetivação material de obras em ações e performances, que irão se constituir conforme a contingência de cada realização. Serão abordadas obras de Sophie Calle, Eleonora Fabião, Esther Ferrer e Dora García, entre outras.
Aula 06 – Leitura e performance (Lívia Aquino)
Em “El arte de la performance teoría y práctica”, a artista Esther Ferrer investiga a leitura como ação, explorando diferentes usos e sentidos no campo da arte. Essa aula parte dessa performance como eixo para observar outras proposições artísticas que ativam processos de leitura em diversos modos como a leitura partilhada em voz alta, em silêncio, nos espaços destinados para tal, em outros criados por grupos apontando assim para o texto que acontece como espaço sonoro com artista como Ana Gallardo, Rubiane Maia, Dora García, Ana Teixeira, Kevin Simón Mancera, Vera Chaves Barcelos, Adelaide Ivánova, Anibal López, Grupo Contrafilé e Grada Kilomba.
Aula 07 – Escrita, palavra-cenário e espaço público (Lívia Aquino)
Explorar a escrita como síntese e como ela opera nos distintos espaços e suportes onde acontece, desde Jenny Holzer com os truísmos espalhados na cidade que sugerem um tipo de esgotamento da linguagem até artistas mais recentes colados à sua realidade política, como Regina José Galindo, Alfredo Jaar, Juan Carlos Romero, Santiago Sierra, Doris Salcedo, Carmela Gross, Barbara Kruger e Guerrilla Girls.
Aula 08 – Encerramento (Daniela Avelar, Fabio Morais e Lívia Aquino)
Levantamento de questões sobre os temas trabalhados ao longo do curso e proposição de exercício prático de escrita.
Daniela Avelar (São Paulo, 1988) é artista, escritora e educadora. Doutora e mestra em artes visuais, investiga instrumentos literários como apropriação, uso e recontextualização a partir de restrições autoimpostas em instalações, publicações, vídeos e ações. Participou da Bienal Internacional de Arte Contemporânea SACO (2023), Chile e de residências em Haukijärvi, Finlândia (“Enter Text” – Arteles Creative Center, 2019), Flip – Festa Literária Internacional de Paraty (Casa do Papel, 2017) e Courants du Monde, Paris (Ministério da Cultura e Comunicação da França, 2013). Ministra cursos sobre escrita e realiza curadoria educativa de exposições como Lamento das imagens – Alfredo Jaar (2021) e Arte-veículo (2018), Sesc Pompeia, São Paulo e, atualmente é curadora educativa da 22a Bienal Sesc_Videobrasil.
Fabio Morais (São Paulo, 1975) é artista plástico. Atua nos espaços expositivo e editorial fundindo visualidade e escrita ao experimentar a plasticidade e a espacialidade da linguagem verbal na ficção, na história, nas estórias, na narrativa. É doutor em Artes Visuais pela UDESC, com pesquisa sobre a escrita como obra, no campo da arte. Participou de coletivas em instituições como Bienais de São Paulo e do Mercosul, MAM-SP, Instituto Tomie Ohtake, CCSP, MASP, MUBE, Sesc, Museu da Língua Portuguesa, MACBA, MAC Lyon, CGAC, Astrup Fearnley Musset, Bonniers Konsthall.
Lívia Aquino (Fortaleza, 1971) é pesquisadora do campo da cultura e das artes visuais, é professora e artista. Sua prática opera conexões entre a imagem, a escrita e a leitura, explorando seus significados e os sentidos que produzem no espaço e com o outro, como participador. Graduada em Psicologia, atua também como psicoterapeuta. Doutora em Artes Visuais e Mestre em Multimeios pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). É professora na pós-graduação em Práticas Artísticas Contemporâneas e na graduação de Artes Visuais e de Produção Cultural da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), em São Paulo. Autora do livro Picture Ahead: a Kodak e a construção do turista-fotógrafo, Prêmio Funarte Marc Ferrez 2015. Participou de exposições coletivas no Parque Lage, no Centro Cultural da Diversidade, na Galeria Reocupa Ocupação 9 de julho, na Fundação Joaquim Nabuco, na Oficina Cultural Oswald de Andrade, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, no Sesc Belenzinho, na Pinacoteca de São Paulo, no Museu do Estado do Pará, na HibertRaum Gallery Berlin, no Instituto Adelina, no Museu de Arte de Ribeirão Preto, no Sesc São Carlos, no Museu de Arte Brasileira e no Centro Cultural São Paulo.
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créditos
Eu sou Dolores (1999), de Carmela Gross | Coleção MAM São Paulo
com Reynaldo Damazio
Datas: 10, 17, 24 de maio, 07 e 14 de junho
Sextas-feiras
Horário: das 18h às 20h
Duração: 05 encontros
Público: interessados em geral
Investimento: R$ 400,00
Curso online
Ao vivo, via plataforma de videoconferência
Aulas gravadas disponibilizadas apenas por tempo determinado
Curso contempla certificado no final
O curso tem como objetivo oferecer uma análise do surrealismo no seu centenário, através de cinco encontros virtuais, explorando seus aspectos literários e plásticos. Destaca-se o papel da experiência estética vanguardista em relação ao inconsciente, conceito definido por Freud e apropriado por Breton, e suas influências na literatura e na arte do século XX e início do XXI. No quinto encontro, será abordado o catálogo da exposição sobre Murilo Mendes no MAM.
Programação
Aula 1 – No limiar do século XX
- Vanguardas literárias: movimentos literários do início do século XX, modernismo, ultraísmo etc.
- Conceito de inconsciente na psicanálise: publicação do ensaio de Freud e sua influência na literatura
- Convulsões sociais primeira guerra, revolução russa, crise de 1929
Aula 2 – A Revolução Surrealista
- Manifestos, movimentos: agitação surrealista, primeiro manifesto, Lautréamont, Rimbaud, Apollinaire & Cia.
- Literatura e psicanálise: relação entre pressupostos surrealistas e conceito de inconsciente de Freud
- Escrita automática: método de criação proposto pelos surrealistas
Aula 3 – Gabinete do sonho
- Imagens do inconsciente: abertura do processo de criação artística para o inconsciente, o sonho como fundamento do real
- Artes plásticas e cinema: Dali, Miró, Ernst, Magrite, Buñuel, entre outros.
- Cubismo, Dadá e Surrealismo: como os movimentos dialogam, atritam e fazem uma crítica devastadora da razão e do mundo burguês
Aula 4 – Rastros da vertigem
- Realismo mágico: influência do surrealismo no boom da literatura e na arte latino-americana
- Contracultura: a imaginação no poder nos movimentos da década de 1960
- Tropicália: traços do surrealismo em Torquato Neto e nos tropicalistas
Aula 5 – Surrealismo no Brasil
- Pós-modernistas: Murilo Mendes, Ismael Nery, Maria Martins
- O caso Campos de Carvalho: autor emblemático influenciado pelo surrealismo
- O boom do conto nos anos 70: influência do surrealismo na produção de contos no período de resistência à ditadura militar
Editor, crítico literário, escritor e coordenador do Centro de Apoio a Escritores do museu Casa das Rosas. Formado em Ciências Sociais pela USP, com especialização em Propaganda e Marketing e Gestão Cultural. Foi co-editor do jornal “Caderno de Leitura”, da EdUSP, e colaborador do Guia de Livros da “Folha de S. Paulo” e das revistas “Cult”, “Arte Brasileiros”, “Entrelivros”, “Mente e Cérebro”, “Nossa América” e “Literatura: Conhecimento Prático”. Autor de Poesia, linguagem (Memorial da América Latina); Nu entre nuvens (Ciência do Acidente); Horas perplexas (Editora 34); Com os dentes na esquina e trilhas; notas & outras tramas (ambos pela Dobradura Editorial), Crítica de trincheira: resenhas (Giostri Editora) e do recente Movimentos portáteis (Kotter Editorial), entre outros. Traduziu Calvina (SM Editora), de Carlo Frabetti.
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Dúvidas:
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Curso online ao vivo via plataforma de videoconferência. Aulas gravadas disponibilizadas somente aos inscritos e por tempo determinado.
Ao participar desta atividade/evento, você autoriza, de forma gratuita e definitiva, o MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo, a utilizar sua imagem, voz, dados biográficos e sinais característicos, captados em vídeo, áudio, fotografia e prints, para fins de registro, divulgação e promoção das atividades do Museu, em quaisquer meios, veículos, suportes, mídias, métodos e tecnologias, tangíveis ou intangíveis. Caso você não queira que sua imagem seja divulgada, por favor informar o MAM (cursos@mam.org.br). Em alguns cursos as aulas que acontecem na plataforma Zoom poderão são gravadas e disponibilizadas somente aos participantes dessas respectivas aulas com prazo de expiração. O conteúdo da gravação é protegido por direitos autorais e o acesso é permitido unicamente para fins de estudo e de uso exclusivo do participante impossibilitando a sua divulgação ou compartilhamento com terceiros.
créditos
Oedipus Rex (1922), Max Ernst Fonte: WikiArt
com Flávia Corpas
Datas: 16, 23, 30 de abril, 07, 14, 21 e 28 de maio, 4 de junho
Terças-feiras
Horário: das 19h às 21h
Duração: 8 encontros
Público: interessados em geral
Investimento: R$ 640,00
Curso presencial
Curso contempla certificado no final
Desde a sua fundação por Freud, no despontar do século XX, a psicanálise se viu intimamente marcada pela arte. Os desdobramentos desta articulação, que reverberam até nossos dias, produziram importantes efeitos sobre ambos os campos.
É Lacan, por exemplo, quem nos diz que a interpretação, na experiência analítica, deve sempre ser o ready-made de Marcel Duchamp, o que evitaria alimentar o sintoma com sentido (Lacan, 1974), sustentando sua crítica à ideia da interpretação como hermenêutica, indicando que a interpretação deve apontar para os limites da representação ou da linguagem, ou seja, para o real, o impossível de representar.
Tanto Freud quanto Lacan se deslocaram em direção aos artistas e suas obras, se deixando interrogar. Certo é também que nenhum dos dois tinha o objetivo de criar uma estética psicanalítica. Interessa a estes psicanalistas, o saber que cada artista porta, e que testemunham em suas obras, saber que não sabem que possuem e que, à revelia disso, usam para criar.
Trata-se aqui de, junto com estes psicanalistas, abordar aquilo que a arte ensina à psicanálise, rompendo com a ideia de uma psicanálise aplicada à arte e fazendo valer a proposição de Freud e Lacan quanto ao fato de que o artista sempre precede o analista.
Contudo, a psicanálise também pode dar suas contribuições ao campo da arte. Ao menos é o que reflete o filósofo da arte francês Hubert Damisch:
Lacan foi o primeiro a nos dar uma definição de “tableau” [quadro], que é ao mesmo tempo coerente e produtiva, ao afirmar que o “tableau” é uma função na qual o sujeito teria que encontrar suas marcas, para encontrá-las enquanto tal (enquanto sujeito). Não é estranho que tivemos de esperar até o século XX para obter uma definição correta para responder a pergunta “o que é um ‘tableau’?”. E não é estranho que tivemos de esperar a psicanálise para nos dar uma definição correta para este termo?” (Damisch, 2005).
No campo da arte, além de Damisch, o filósofo, historiador e crítico da arte francês Didi-Huberman se apresentam como nomes importantes na interlocução com a psicanálise.
Será a partir da leitura de algumas das obras dos referidos autores, e também daquelas de Freud e Lacan, que se dará o trabalho no Ateliê de Arte e Psicanálise. Por meio delas, nos aproximaremos também dos conceitos da psicanálise utilizados pelos teóricos, concedendo-nos, assim, algumas chaves de leitura possíveis para tais reflexões.
O método de trabalho se inspira no modo de funcionamento de um dispositivo muito específico proposto por Lacan, o cartel. Distinto do grupo de estudos, um cartel propõe, dentre outras coisas que estariam mais referidas a sua função e lugar dentro do campo da psicanálise e da formação do analista, uma relação outra com o saber, que implica o desejo de cada participante e uma questão específica que irá nortear sua participação no ateliê. É importante, portanto, que cada um possa circunscrever uma questão, antes ou durante seu percurso no ateliê. É desejado ainda que esta questão sofra algum desdobramento ao longo do trabalho de leitura, que pode ser a produção de um texto, uma nova pergunta, um vídeo, uma fotografia, enfim, algo que ajude o participante a localizar um ponto de entrada, um percurso e uma chegada possível.
Programação
Aula 1 – Arte e Psicanálise: um campo de tensão:
- Apresentação do curso e sua metodologia
- O que é a Psicanálise? O que é a Arte?
- Arte e Psicanálise: contexto histórico e os dias atuais
Aula 2 – As leituras de Freud:
- Freud e os artistas
- Freud e a Gradiva de Jensen: aprender com a arte
- Circunscrevendo um objeto: prática de pesquisa e desenvolvimento de projeto
Aula 3 – As leituras de Lacan:
- Lacan e os artistas
- Lacan e Marguerite Duras: a artista que antecede o psicanalista
- Circunscrevendo um objeto: prática de pesquisa e desenvolvimento de projeto
Aula 4 – Didi-Huberman e a Psicanálise:
- Didi-Huberman e a Psicanálise: a invenção da histeria na arte
- Circunscrevendo um objeto: prática de pesquisa e desenvolvimento de projeto
Aula 5 – Hubert Damisch e a Psicanálise:
- Hubert Damisch e a Psicanálise: o real e o feminino na arte
- Circunscrevendo um objeto: prática de pesquisa e desenvolvimento de projeto
Aula 6 – Arte, Psicanálise e Feminismos
- “Útero do mundo”: surrealismo e feminismos
- Circunscrevendo um objeto: prática de pesquisa e desenvolvimento de projeto
Aula 7 – Arte, Psicanálise e Loucura
- Obravida: uma leitura sobre Bispo do Rosario
- Circunscrevendo um objeto: prática de pesquisa e desenvolvimento de projeto
Aula 8 – Apresentação de trabalhos
- Apresentação e discussão dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos
Flavia Corpas é psicanalista, atuando em consultório particular, e curadora independente de artes visuais. Possui pós-doutorado em Ciência da Literatura pela UFRJ. Doutora em Psicologia Clínica pela PUC/RJ, foi docente do Curso de Especialização em Acessibilidade Cultural da UFRJ. É organizadora do catálogo raisonné de Arthur Bispo do Rosario e de outras publicações sobre o artista. Curadora das exposições “Walter Firmo: um olhar sobre Bispo de Rosario”, “Quase Aqui” de Daniel Senise e “Reflexivos”, de Iran do Espírito Santo e “Pilotis”de Katia Wille. Dirigiu os documentários “Cartografias da Criação”, “Arte, Cultura e Acessibilidade” e “Walter Firmo: um olhar sobre Bispo de Rosario”.
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créditos
Sem título (1975), de Mira Schendel. | Coleção MAM São Paulo
Datas: 13, 20 e 27 de janeiro e 03 de fevereiro
Sábados
Horário: das 10h às 12h
Duração: 4 encontros
Público: interessados em geral
Investimento: R$ 320,00
Curso presencial
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Num abrangente panorama temporal que se estende do século XIX até os dias contemporâneos, este curso explora como grupos específicos de artistas e escritores conceberam suas obras como respostas subjetivas aos modelos urbanos impostos em suas épocas. Um denominador comum entre eles é a intensa utilização da experiência física como estratégia criativa: caminhadas, derivas, mapeamentos, relatos e imersões na multidão.
Ao atravessar os séculos, desde Baudelaire e João do Rio no século XIX, passando por Virginia Woolf, Flávio de Carvalho e os surrealistas franceses na década de 1920, até Hélio Oiticica, Robert Smithson, Denise Scott Brown e o situacionismo de combate na efervescente Paris de 1968, o curso culmina na investigação dos artistas contemporâneos e de seus novos modos de experiência urbana, à medida que buscam compreender e dialogar com a complexidade da cidade no século XXI.
Público-alvo: estudantes e interessados em arte e urbanismo.
Programação
Aula 1 – Flanâncias
- Multidão e anonimato
- Derrubado dos velhos centros e o novo cenário moderno – o flâneur
- Charles Baudelaire (Paris)
- João do Rio (Rio de Janeiro)
Aula 2 – Deambulações
- Estranhamento e fugacidade
- Virginia Woolf (Londres)
- Flávio de Carvalho (São Paulo)
- Grupo Surrealista (Paris)
Aula 3 – Derivas
- Participação e jogo
- Hélio Oiticica / Lygia Clark (Rio de Janeiro)
- Roberto Piva (São Paulo)
- Robert Smithson (Nova Jersey)
- Denise Scott Brown (Las Vegas)
- Guy Debord, situacionismo e os movimentos de 1968 (Paris)
Aula 4 – Saltando entre ilhas
- A qual cidade responder?
- Sophie Calle (Paris)
- Jonathas de Andrade (Recife)
- Regina Parra (São Paulo)
- Francis Alÿs (Cidade do México)
Arquiteto e museólogo, desenvolve projetos relacionados à gestão e documentação de acervos híbridos, pesquisa curatorial e edição de conteúdo relacionado à arte contemporânea. Após 10 anos trabalhando com exposições, escritórios e galerias de arte, atualmente faz parte do Núcleo de Memória e Pesquisa do Itaú Cultural e, paralelamente, presta consultorias referentes à conservação de instalações, performances e outras obras de arte multimídia.
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créditos
Regina Silviera, Destrutura urbana 8, 1976. | Coleção MAM São Paulo. Doação Patrocínio Petrobrás, 2001. Foto: Marcelo Arruda.
Datas: 16, 23, 30 de janeiro e 06 de fevereiro
Terças-feiras
Horário: das 19h às 21h
Duração: 4 encontros
Público: interessados em geral
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Curso online
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Byung-Chul Han é atualmente um dos filósofos mais discutidos, em razão de sua crítica perspicaz e incisiva à nossa sociedade contemporânea. Autor do renomado livro Sociedade do cansaço, no qual aborda a lógica da produtividade ilimitada e da autoexploração, motivadas pelo imperativo do desempenho, Han considera a arte como um dos principais meios para compreender e propor soluções para os impasses sociais. Para Byung-Chul Han, a arte oferece a possibilidade de estabelecer diferentes relações com o mundo e com o outro, ou até mesmo de suprimir essas relações completamente.
Neste curso, ministrado por Lucas Nascimento Machado, será feita uma breve introdução ao tema da arte e do entretenimento, explorando sua conexão com a crítica ao capitalismo de Byung-Chul Han. Observaremos como, em sua análise da arte clássica e contemporânea, Han não apenas denuncia um paradigma estético que alimenta a lógica egocêntrica do capitalismo, mas também aponta para formas de arte e entretenimento capazes de resgatar nossa relação com o mundo e com o outro.
Programação
Aula 1: Uma sociedade do desempenho e da exaustão: uma introdução à filosofia de Byung-Chul Han
- A crítica do capitalismo em Byung-Chul Han
- As diferentes fases do pensamento de Han
- Panorama do tratamento da arte e da estética na filosofia de Han
Aula 2: Arte x entretenimento em Byung-Chul Han
- A crítica à paixão ocidental e à busca por transcendência
- A confluência entre arte e entretenimento no puro deleite
- O entretenimento como abertura ao mundo
Aula 3: A salvação do belo e a crítica da estética do liso
- A estética autoerótica kantiana
- A estética do liso e a supressão da alteridade
- A estética da dor e da ferida
Aula 4: Filosofia como modo de vida
- A arte do descentramento
- Romantismo e natureza
- A contemplação do belo
Doutor em Filosofia pela USP; foi professor de História da Filosofia pela UFRJ e é atual diretor da Associação Latino-Americana de Filosofia Intercultural (ALAFI). Além disso, é um dos tradutores da obra de Byung-Chul Han para o português brasileiro, tendo traduzido obras como Bom Entretenimento, Filosofia do Zen Budismo, Louvor à Terra e, mais recentemente, Vita Contemplativa.
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créditos
Caminhante sobre o mar de névoa (1818), de Caspar David Friedrich. Kunsthalle Hamburg, Hamburg, Germany. | Fonte: WikiArt