O 28º Panorama propôs uma abordagem inédita: a curadoria e a seleção de artistas abrangeram o contexto internacional. Integrando diferetes nacionalidades, a curadoria foi encabeçada pelo cubano Gerardo Mosquera, com assistência da curadora panamenha Adrienne Samos. Após uma pesquisa extensa, além de viagens a 11 cidades brasileiras, foram selecionados 21 artistas nacionais e estrangeiros, quatro deles trabalhando em duplas, e apresentaram 66 obras na exposição. Em 2003, foi a primeira vez que o Panorama recebeu um subtítulo: “(desarrumado) 19 Desarranjos”. O número faz alusão à quantidade de participantes na exposição e, no texto que integra o catálogo, o curador Gerardo Mosquera anuncia que esse seria um Panorama “anti-panorama”. Não foi proposto um exame do estado da arte brasileira naquele período, mas, sim, uma exposição baseada no conceito de “desarranjos”, cujo sentido pode ser direcionado tanto a uma prática artística que desorganiza estruturas, quanto aos efeitos que um Panorama tão inovador poderia causar no contexto institucional. Após o encerramento no MAM, a exposição realizou uma itinerância internacional, sendo recebida pelo Museu de Arte Contemporânea de Vigo (MARCO), na Espanha, em 2005, com o título “20 Dessaranxos”, incluindo o artista galego Jorge Barbi.
Artistas: Umberto Costa Barros | Paulo Climachauska | José Damasceno | Wim Delvoye | Fernanda Gomes | José Guedes | Adriano e Fernando Guimarães | Kan Xuan | Jorge Macchi | Cildo Meireles | Marcone Moreira | Vik Muniz | Ernesto Neto | José Patrício | Lucas Levitan e Jailton Moreira | Sara Ramo | Rubens Mano | Adriana Varejão | Alex Villar