Foto: divulgação

Claudio Tozzi é doutor em arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP). Em suas primeiras obras o artista se apropria de objetos, imagens de jornais, histórias em quadrinhos e fotografias associadas a conotações simbólicas de conteúdo social. O uso de imagens retiradas dos meios de comunicação de massa revela a influência da arte pop em suas obras. Trabalha com temáticas políticas e urbanas utilizando com frequência novas técnicas em seus trabalhos.

Em 1967, seu painel “Guevara Vivo ou Morto”, exposto no Salão Nacional de Arte Contemporânea, é destruído a machadadas por um grupo radical de extrema direita, sendo posteriormente restaurado pelo artista. Tozzi viaja a estudos para a Europa em 1969. A partir dessa data, seus trabalhos revelam uma maior preocupação com a elaboração formal e perdem o caráter panfletário que os caracterizava. Na década de 1970 começa a desenvolver pesquisas cromáticas, cria em sua pintura uma sintaxe através da construção de uma trama de retículas e granulações cromáticas que resultam em estruturas e espaços de intensos significados simbólicos. Nos anos 80, sua produção abre-se às novas temáticas figurativas, como é possível observar nas séries “Papagália” e “Paisagem”. Apresenta também a tendência à geometrização das formas.

Participou de várias exposições coletivas e bienais: Jovem Arte Contemporânea no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo; Panorama da Arte Brasileira no Museu de Arte Moderna de São Paulo; Brasil 500 anos – Arte Contemporânea; O artista brasileiro e a iconografia de massa-ESDI/Rio; Cultural de Belém; Nave dos Insensatos-MACUSP; Marginália 70: O Experimentalismo no Super 8 Brasileiro; Trinta anos de 68 e Brasil Brasileiro no CCBC; Entreatos 1964/68-MACUSP; Arte Agora-MAM/Rio; O Preço da Sedução, Arte e Sociedade e Subversão dos Meios no Centro Cultural Itaú; The World Goes Pop na Tate Modern (Londres); International Pop no Walker Art Center, Dallas Museum of Art e Philadelphia Museum of Art e das Bienais de São Paulo, Veneza, Paris, Medelin (Colômbia), Havana e Makurazaki (Japão) e do Mercosul.

Realizou diversas exposições individuais no Museu da Casa Brasileira em São Paulo, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, “Territórios” na Universidade de Campinas-UNICAMP, “Emblemas da cultura brasileira: Retrospectiva da obra gráfica de Claudio Tozzi” na Caixa Cultural São Paulo, no Museo D’Arte Contemporanea Villa Croce, na Cecilia Brunson Projects, no Gary Nader Art Centre. Fez exposição-tese de doutorado no Museu Brasileiro de Escultura pela FAUUSP, dentre outras.

Recebeu o Prêmio de viagem ao Exterior, no Salão Nacional; o Press Prize Awards 2016 – Artes Plásticas Miami, Fort Landerdale; o Prêmio Trajetória 2016, Associação Brasileira de Críticos de Arte.  Venceu o concurso para realizar um painel de 600m2 em um edifício na Av. Angélica, e painel para a capela no Campus da FIEO.

Realizou painéis em espaços públicos como “Zebra” na Praça da República, nas estações Sé e Barra Funda do Metrô, no Edifício 2222 na Avenida Dr. Arnaldo, no TRT Barra Funda, na Faculdade de Direito da USP-Ribeirão Preto, no Campus da USP-Zona Leste, no Centro de Convenções da USP, na sede do PNUD (UNESCO) em Brasília e em uma grande área das Avenidas 23 de Maio e Bandeirantes na cidade de São Paulo.

 

Claudio Tozzi