com Katya Hochleitner
Datas: 01, 08, 15, 22, 29 de outubro e 05 de novembro
Quartas-feiras
Horário: das 19h às 21h
Duração: 06 encontros
Público: interessados em geral
Investimento: R$ 520,00
Curso online
Ao vivo, via plataforma de videoconferência
Aulas gravadas disponibilizadas apenas por tempo determinado
Curso contempla certificado no final
Num momento em que o Brasil busca reconstruir sua imagem internacional após anos de instabilidade política, as artes visuais retomam um papel estratégico como vetor de diplomacia, devido à sua força simbólica, visualidade e capacidade de diálogo intercultural. Recentemente, tem crescido o interesse externo pela produção artística brasileira, especialmente aquela que traz narrativas contra-hegemônicas — afro-diaspóricas, indígenas, feministas e periféricas —, ou seja, propostas decoloniais que desafiam os cânones da arte ocidental e ampliam as noções de valor simbólico.
O objetivo geral do curso é analisar historicamente como as artes visuais têm contribuído para a construção da imagem internacional do Brasil, atuando como instrumento de soft power em processos econômicos, culturais e diplomáticos. O curso discute narrativas da história da arte brasileira, a imagem do Brasil no exterior, os usos diplomáticos da produção artística e as propostas decoloniais que questionam paradigmas hegemônicos de representação.
Programação
Aula 01 | Introdução: Poder, Cultura e Imagem no Cenário Internacional
Nesta aula inicial, são apresentados os conceitos de soft power e hard power, discutido o papel da cultura e da arte nas relações internacionais e introduzida a noção de imagem de país e seu uso estratégico. Aborda-se o conceito de diplomacia cultural, a formação da imagem de um país e a construção da imagem do Brasil no exterior, contextualizando o curso e seus objetivos.
Aula 02 | Economia Criativa e Geopolítica da Arte
Explora-se a inserção da arte na economia global e nos circuitos de poder, apresentando dados da economia criativa e do mercado de arte. Discute-se o sistema contemporâneo de arte, seus atores, e a geopolítica cultural com seus centros e periferias, além da posição do Brasil nesse sistema global.
Aula 03 – Representações do Brasil: da Colônia à Contemporaneidade
Aborda as narrativas visuais construídas sobre o Brasil desde o período colonial até os dias atuais. Analisa-se a permanência dos efeitos simbólicos das imagens coloniais, a internacionalização da arte brasileira e apresenta as críticas decoloniais que questionam narrativas eurocêntricas dominantes.
Aula 04 – Arte como Ferramenta Diplomática: o Caso Brasileiro
Apresenta experiências históricas de diplomacia cultural envolvendo o Brasil, desde o período colonial até o Império e a Era Vargas, com destaque para a Política da Boa Vizinhança de F.D. Roosevelt. Discute-se o uso da arte como instrumento político em contextos de guerra e propaganda, analisando os limites e possibilidades da arte como ação diplomática.
Aula 05 – Estudos de Caso: Bienal de São Paulo e SP-Arte na Imprensa Internacional
Analisa o impacto de grandes eventos culturais na imagem do Brasil no exterior, com base em pesquisa de imprensa entre 2012 e 2019. Discute-se a construção simbólica da brasilidade na mídia, os artistas mais citados, os discursos recorrentes e os públicos-alvo das matérias, avaliando o possível efeito dessas exposições na percepção internacional do país.
Aula 06 – Arte, Cultura, Imagem e Poder: Desafios
Reúne e revisa os principais temas do curso, debatendo os desafios contemporâneos para construir uma imagem plural e estratégica do Brasil. Aborda questões atuais como redes sociais, fake news, crises políticas e apagamentos culturais, estimulando a reflexão crítica e a formulação de propostas criativas para a reconfiguração da imagem internacional brasileira.
Katya Hochleitner
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foto: A dança do poder. Palácio do Planalto (1981/2003), de Orlando Brito. Coleção MAM São Paulo