Segundas-feiras
Público: interessados em geral
Duração: 06 encontros
Investimento: R$ 480,00 em até 5 parcelas
As aulas acontecem ao vivo via plataforma Zoom
Aulas gravadas disponibilizadas apenas por tempo determinado
Curso contempla certificado no final
Esse curso propõe um olhar diferente sobre a arte moderna, pois a considera não pelo prisma do realismo e do impressionismo – que são inegavelmente fundamentais para as vanguardas artísticas – mas, sim, pela perspectiva dos simbolistas que, apesar de contemporâneos daqueles, diferem porque colocam no centro da arte o sonho e o mistério. Assim, os simbolistas são refratários ao cotidiano, ao atual e ao visível. Odilon Redon, um dos protagonistas do movimento, chama os impressionistas “verdadeiros parasitas do objeto”, por darem muita importância ao que se apresenta sob os olhos, mas não na imaginação. É sabido que o simbolismo surge antes nas letras francesas por volta de 1880, o manifesto é publicado em 1886, sendo a um tempo herdeiro do romantismo e oposto ao naturalismo. Das letras, o movimento atinge as artes pictóricas e gráficas finisseculares, tendo o mesmo interesse pelo enigma.
Estudaremos o movimento simbolismo não só como uma estética da sugestão, mas também como uma inflexão moderna no extenso arco da arte fantástica. Pois o simbolismo emancipa o maravilhoso das imprecações religiosas, como havia nos polípticos de Bosch, e também o dissocia em parte da sátira social, ainda presente nas gravuras de Goya, no que ele aponta para as artes ulteriores, sendo o surrealismo dos anos 1920 seu póstero mais conhecido.
Programação
Aula 01 (09.05) – Bosch e a mensagem moralizante nos grandes trípticos (O jardim das delícias, O carro de feno, O juízo final).
Aula 02 (16/05) – Goya e o monstruoso verossímil.
Aula 03 (23/05) – Simbolismo e sintetismo pictórico: Paul Gauguin e Émile Bernard.
Aula 04 (06/06) – O conceito de arte sugestiva em Odilon Redon.
Aula 05 (13/06) – Munch: o grito da natureza.
Aula 06 (20/06) – Aspectos do simbolismo no Brasil: Visconti, Goeldi, Grassmann.
Denis Bruza Molino, 49 anos, é doutor e mestre em Filosofia pela USP. Foi curador-assistente do MASP (2008 – 2014) e fez a curadoria do Acervo Artístico da Câmara Municipal de São Paulo (2016). Como professor de história da arte e de mitologia greco-latina, tem ministrado cursos em diversos museus desde de 2007. Atua também como palestrante em centros culturais, galerias e ateliês de arte.