Em diálogo direto com o curso Design como espetáculo, no qual é oferecida uma visão ampla dos fenômenos que compõem a cultura de design a partir da historiografia internacional da disciplina entre a segunda metade do século XX à contemporaneidade, o curso Design brasileiro: a virtude da necessidade tem como objetivo situar a nossa produção deste mesmo período dentro de uma matriz cultural mais ampla, por meio da análise argumentativa e histórica do desenvolvimento, institucionalização e mapeamento das possíveis perspectivas atuais para o campo no Brasil.
Plano de Ensino:
Módulo I – Recepção das vanguardas artísticas e as respostas do design à afirmação do modelo desenvolvimentista brasileiro.
Aula 01 – A recepção das vanguardas artísticas, seus desdobramentos no campo do design e o desenvolvimentismo industrial.
Aula 02 – A institucionalização do campo e o projeto de um país moderno.
Módulo II – Um país, duas faces.
Aula 03 – O outro lado da ditadura: milagre econômico, a formação da classe média e a adoção do modelo norte-americano.
Aula 04 – Tropicalismo e proposições marginais ao projeto oficial de desenvolvimento.
Módulo III – Por um novo projeto
Aula 05 – Crise e estagnação – o design para além da produção – a afirmação de sistemas simbólicos e culturais como meios de
Aula 06 – A virtude da necessidade – seria nossa melhor contribuição?
De 25 de setembro a 30 de outubro
Sextas-feiras, das 16h30 às 18h30
Investimento: 2 parcelas de R$ 315
Público: interessados em geral.
Milene Cara é arquiteta, escritora e professora do programa de pós-graduação do Istituto Europeo di Design, em São Paulo (IED SP). Graduada na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), foi também na FAU que se especializou, por meio de seu mestrado e de seu doutorado, em teoria e história do design. Em 2004, teve a obra “Móvel Contemporâneo Brasileiro: Aspectos do Design Experimental na Obra dos Irmãos Campana, 1990-2000.” selecionada para participar da exposição do 18º Prêmio Museu da Casa Brasileira, o que novamente ocorreu na 22ª edição desse mesmo prêmio, em 2008, agora apresentando o estudo que compôs seu mestrado: “Do desenho industrial ao design – uma bibliografia crítica para a disciplina”. Participou recentemente do Seminário Internacional “Modernidade Latina – os italianos e os centros do modernismo latino-americano”, realizado no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, em 2013, apresentando os resultados de sua pesquisa de doutorado: “Difusão e construção do design no Brasil: o papel do MASP”, dedicada à investigação da contribuição do Museu de Arte de São Paulo (MASP) para o desenvolvimento e consolidação do design no Brasil. Este mesmo trabalho foi objeto de menção honrosa no 27º Prêmio Museu da Casa Brasileira, também em 2013. Colabora periodicamente com revistas de estilo e é convidada por editoras e comissões de pesquisa para a elaboração de pareceres técnicos e resenhas críticas na área de design. É também autora de vários textos, entre eles, o livro “Do Desenho Industrial ao Design no Brasil – uma bibliografia crítica para a disciplina”, publicado pela editora Blucher, em 2010.
Mina Warchavchik Hugerth é arquiteta formada pela Associação Escola da Cidade em 2009, com trabalho final intitulado “Mobiliário: projeto, indústria e comércio”, e mestra pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) em 2015 com a pesquisa “Mobilinea – Design de um Estilo de Vida (1959-1975)”. Ainda na graduação, atuou como assistente de produção de Maurício Pereira na montagem de exposições em galerias de arte e outros espaços expositivos. Recém formada, tornou-se assistente de cenografia de Duda Arruk para a peça “Quem tem medo de Curupira?”, indicada na categoria Melhor Espetáculo pelo Prêmio Femsa de Teatro Infantil e Jovem, em 2010. Entre 2010 e 2013, trabalhou como arquiteta e desenhista de móveis na Marcenaria Baraúna, onde projetou a mesa W, finalista no Prêmio Design MCB 2012. Escreveu capítulos nos livros “Histórias do Design no Brasil II” publicado pela editora Annablume em 2014 e “Mobiliário Moderno: das pequenas fábricas ao projeto da UnB” publicado pela Editora Universidade de Brasília neste mesmo ano, além de outros trabalhos ainda no prelo. Retorna agora à Marcenaria Baraúna para realizar uma pesquisa sobre a empresa em comemoração aos seus 30 anos em 2016.
Para inscrições e informações escreva para cursos@mam.org.br ou ligue 11 5085-1314