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Arte e Psicanálise: leituras de uma lembrança de infância de Leonardo da Vinci

Pintor e inventor, enigmático e genial: Leonardo da Vinci. Assim considerado, tanto em seu tempo como nos dias atuais, o artista italiano vem sendo homenageado mundialmente neste ano de 2019, em função do 5º centenário de sua morte.

Atravessado pelo enigma do artista, Sigmund Freud publicou o livro Uma lembrança de infância de Leonardo da Vinci, em 1910. Sobre ele, Freud refletiu: “É a única coisa bonita que escrevi”. Os desdobramentos desse texto movimentaram não só a psicanálise, mas também a arte e a interlocução entre elas.

Quarenta e cinco anos depois, o historiador e crítico de arte Meyer Schapiro proferiu uma palestra em Nova Iorque sobre o livro de Freud e, a partir dela, publicou o texto Leonardo and Freud: An Art-Historical Study, em 1956. Ainda que os argumentos de Schapiro tenham incidido sobre as posteriores leituras do trabalho do psicanalista, seu texto foi pouco lido e discutido no Brasil.

Como ler esses textos hoje? Eles suscitam questões? Quais? E há como articulá-los? Estariam eles obsoletos ou ainda são originais e fazem pensar? Em torno dessas perguntas, convidamos psicanalistas e historiadores da arte para uma conversa entre si e com o público interessado no tema Arte e Psicanálise: Leituras de Uma Lembrança de Infância de Leonardo da Vinci.

Organização: Felipe Martinez, Flavia Corpas e Gabriela Malvezzi do Amaral.
Data: 30/11/2019
Horário: das 10h às 15h (evento composto por duas mesas e intervalo)
Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo.

inscrições aqui
entrada gratuita
sujeito à lotação da sala

Mesa 1 : O Leonardo do Renascimento e a Psicanálise de Freud
Debatedores: Luciano Migliaccio, Luiz Fernando Carrijo da Cunha e Marcelo Ferretti
Mediação: Gabriela Malvezzi do Amaral
Horário: 10h às 12h
Intervalo: 12h às 13h

Mesa 2: Do universal ao singular: diálogos entre psicanálise e história da arte
Participantes: Felipe Martinez, Flavia Corpas e Juliana Ferrari Guide
Mediação: Patricia Badari
Horário: 13h às 15h

Felipe Martinez é doutorando em História da Arte pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Atua como professor nos principais museus de São Paulo, como o MAM e o MASP, onde também trabalhou como pesquisador. Participou de publicações acadêmicas sobre o período impressionista e pós-impressionista e colaborou com a revista seLecT. Realizou estágio pesquisa doutoral no Nederlands Instituut voor Kunstgeschiedenis (RKD), em Haia, e no Museu Van Gogh, em Amsterdã.

Flavia Corpas é psicanalista e curadora independente de artes visuais. Professora do curso Arte e Psicanálise no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Doutora em Psicologia Clínica pela PUC/RJ, onde defendeu tese sobre a vida e a obra de Arthur Bispo do Rosario. Desenvolveu pesquisa de pós-doutorado sobre o artista no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Literatura da UFRJ. Organizadora do livro “Arthur Bispo do Rosario: arte além da loucura”, do crítico de artes Frederico Morais e curadora das exposições “Walter Firmo: um olhar sobre Bispo de Rosario” e “Quase Aqui” do artista Daniel Senise.

Juliana Ferrari Guide é mestra em Estudos da Tradição Clássica, na linha de pesquisa em História da Arte pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com estágio de pesquisa na Itália através de Programa Santander de Bolsas de Mobilidade Internacional. Atualmente é professora de História da Arte na Escola do MASP, ministrando cursos sobre o Renascimento italiano. Seus estudos se concentram em iconografia de heroínas da Antiguidade, em pintura italiana do século 17 e em artistas mulheres que atuaram na Itália nesse período, com eventuais incursões pela tragédia clássica francesa e pela história dos debates a respeito do suicídio

Gabriela Malvezzi do Amaral é psicóloga, psicanalista, associada ao Centro Lacaniano de Investigação da Ansiedade (CLIN-a), integrante da Diretoria de Biblioteca da Escola Brasileira de Psicanálise – Seção São Paulo (EBP-SP) e integrante do Observatório de Gênero, Biopolítica e Transexualidade da Federação Americana de Psicanálise de Orientação Lacaniana (FAPOL).

Luciano Migliaccio é curador adjunto de arte europeia do Museu de Arte São Paulo e professor doutor de História da Arte junto ao Departamento de História da Arquitetura e Estética do Projeto da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). É formado em História da Crítica de Arte pela Scuola Normale Superioredi Pisa, Itália. Foi bolsista da Fondazione di Studi di Storiadel’Arte “Roberto Longhi” em Florença, Itália. Recebeu seu doutorado em História da Arte Medieval e Moderna pela Università degli Studi di Pisa em 1990.

Luiz Fernando Carrijo da Cunha é médico, psicanalista, AME (Analista Membro de Escola) da Escola Brasileira de Psicanálise (EBP) e da Associação Mundial de Psicanálise (AMP).

Marcelo Ferretti é psicanalista e professor de Filosofia e de Psicologia da Faculdade Getúlio Vargas (FGV).

Patricia Badari é psicanalista, membro da Escola Brasileira de Psicanálise (EBP) e da Associação Mundial de Psicanálise (AMP), Diretora de Biblioteca da EBP, mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP.