Local: MAC USP
com Obirin Odara, e Ariana Nuala, mediação por Jéssica Cerqueira
Os ciclos de Arte e Tecnologia promoverão encontros para discutir como a intersecção entre arte e tecnologia pode produzir narrativas que conectem nosso passado em comum com a urgência de lidarmos com os desafios de um futuro que já é hoje. A filósofa africana Sobonfu Somé nos dá algumas pistas: “É preciso acender o fogo das comunidades”. Podemos entender esse fogo como a junção entre manifestações artísticas, espiritualidade e tecnologia, ingredientes que geram vida primordial. Magia que funda coletividades e dispositivos de preservação da vida em comunidade. Nessa fogueira, uma fusão de saberes: cosmologia, história, educação, filosofia, arte experimental, territorialidade, gamificação, ciberespaço. Um chamado para jovens artistas, estudantes, pesquisadores, entusiastas de novas tecnologias e o público em geral para uma conversa aquecida pela comunhão que gera transmutação.
Obirin Odara é doutoranda em filosofia (UFRJ), mestra em políticas sociais e assistente social de formação (UnB). Idealizadora da plataforma “Não me colonize”, na qual possui projetos de letramento decolonial e racial desde 2020, onde destacam-se os cursos “Colonialidade e branquitude”, “descolonizando o conhecimento” e o projeto de “ORÍentação afetiva”. Possui experiência como liderança no terceiro setor, no setor público e no setor privado. Pesquisadora sobre os temas de colonialidade, decolonialidade, branquitude, tempo e tecnologias. Educadora e comunicadora, vê na palavra a ferramenta tecnológica indispensável para o processo de cura do banzo negro na diáspora.
Ariana Nuala nasceu em Recife (PE), onde vive e trabalha. É educadora, pesquisadora e curadora que se envolve com coletivos artísticos para discutir dinâmicas de poder, impermanência e diáspora. Ela combina estratégias que surgem do corpo para seu exercício na escrita, moldando sua prática curatorial de forma poética. Tem formação em Lic. em Artes Visuais pela UFPE e atualmente é mestranda em História da Arte na UFPB, com experiências acadêmicas na UNAM e CLACSO. Ocupa o cargo de Gerente de Educação e Pesquisa na Oficina Francisco Brennand, instituição onde já foi curadora, e também já foi Coordenadora de Educação no Museu Murillo La Greca (2018-2020). Foi curadora da exposição Invenção dos Reinos em conjunto com Marcelo Campos na Oficina Francisco Brennand. Colaborou com galerias como Marco Zero (PE) nas exposições As Janelas de Bajado. de Bajado, e Festa para o Caçador, de Gilvan Samico; com a Verve na exposição Vira-casaca, de Fefa Lins (SP); com a Almeida e Dale (SP) na exposição coletiva Arqueia mas não quebra, em colaboração com Germano Dushá e Rafael RG; com a Cavalo na exposição Labirintos Vivos, de Ana Clara Tito (RJ); com a Nara Roesler (SP) na exposição Infinito outros, de José Patrício, entre outras colaborações, como na curadoria da exposição Além. Aquém. Aqui. de Abiniel João Nascimento no Centre d’Art Contemporain Paradise (França) e na curadoria da exposição coletiva Estratégias para o contorno que circulou em várias unidades do SESC PE. Foi também orientadora da residência PEMBA no projeto DOS BRASIS e colabora em júris artísticos e na criação de residências para agentes das artes.
Jéssica Cerqueira é produtora cultural e de eventos, gestora de projetos, pesquisadora e educadora popular. Pós-graduanda em Mídia, Informação e Cultura (CELACC/ECA-USP), é formada em Turismo pelo Instituto Federal de São Paulo, com especializações em gestão de projetos sociais pela ETEC CEPAM e em Inovação Social pelo Instituto Amani. Experiência em iniciativas que conectam cultura, tecnologia e inclusão, com destaque para o desenvolvimento do workshop #Ondeéorole, que explora o direito à cidade e o acesso livre à informação a partir das periferias. Atua como consultora em diversidade e práticas culturais e integra projetos como o Quebradamaps, Labhacker e o Gato Mídia, onde é coordenadora executiva.
Atividade presencial e gratuita, para famílias com crianças de todas as idades, acompanhadas de suas (eus) responsáveis. Vagas limitadas. Inscrições com 30 minutos de antecedência com o MAM Educativo na recepção do MAC USP. Para intérprete de Libras ou audiodescrição, solicitar pelo e-mail educativo@mam.org.br com até 48h de antecedência.
Essa atividade faz parte do programa Contatos com a arte