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temáticas indígenas nas escolas: questões sobre interculturalidade, direitos humanos e socioambientais, com Daiara Tukano, Cristine Takuá, Luana Minari e mediação de Paula Berbert
24 de novembro, 2020
16h

 

Encontro sobre experiências práticas de ensino-aprendizagem das temáticas indígenas em ambientes educacionais formais e não-formais, com apresentação de conhecimentos introdutórios sobre as múltiplas realidades dos povos indígenas no Brasil.

A interculturalidade constitui um enorme desafio para os sistemas educacionais do Brasil, um país pluriétnico, em que vivem mais de 250 povos indígenas, falantes de aproximadamente 180 línguas diferentes. O apagamento da presença e da contemporaneidade dos povos indígenas ainda é marcante nos currículos escolares mesmo que diversos instrumentos legais, como a própria Constituição de 1988 e, especialmente, a lei 11.645/2008, instituam a obrigatoriedade do ensino de histórias e culturas indígenas na educação básica.

Para a mudança desse quadro é fundamental que se estimule a formação de educadores, criando condições para a ampliação dos saberes sobre os povos originários, a diversidade de suas cosmovisões e suas formas de bem-viver junto à natureza. Nesse sentido se faz necessário ainda problematizar nossas práticas de ensino-aprendizagem a partir dos valores dos direitos humanos e socioambientais.

inscrições aqui 
atividade gratuita, vagas limitadas
encontro por videochamada no zoom (link enviado aos participantes no dia da atividade)
participação: livre

Daiara Tukano é artista, ativista dos direitos indígenas e comunicadora do povo Yepá Mahsã, mais conhecido como Tukano. Estudou Artes Visuais na Universidade de Brasília, onde também se titulou mestre em Direitos Humanos. Suas práticas articulam as linguagens artísticas às práticas educativas e à comunicação em prol dos direitos indígenas. Nesse sentido destaca-se sua atuação como professora de Artes na rede pública do Distrito Federal (2014 e 2017), e desde 2015 como coordenadora da Rádio Yandê, primeira web-rádio indígena do Brasil.

Cristine Takuá é professora e artista indígena do povo Maxakali. Formada em Filosofia pela Universidade Estadual Paulista, ministra aulas de Filosofia, Sociologia, História e Geografia na Escola Estadual Indígena Txeru Ba’e Kua-I, (Terra Indígena Ribeirão Silveira, Bertioga – SP). É fundadora e diretora do Instituto Maracá e foi representante por São Paulo na Comissão Guarani Yvyrupa (2016-2019).

Luana Minari é professora e artista. Formada em Artes Visuais atua entre a educação e a arte desde 2004, quando começou a trabalhar como educadora em espaços de ensino não formal. Desde 2012 ministra aulas de artes visuais no ensino formal para os segmentos fundamental 1, 2 e ensino médio. No campo da educação possui experiência com formação de professores, coordenação pedagógica em projeto cultural e assessoria didático pedagógica para material didático. Integra o coletivo ocupeacidade: plataforma de produção e experimentação gráfica em processos autorais e colaborativos (oficinas e mutirões de cartazes); habita o Parquinho Gráfico (Casa do Povo/SP).

Paula Berbert é antropóloga e programadora cultural. É doutoranda no Programa de Pós-graduação em Antropologia da Universidade de São Paulo, onde realiza pesquisa sobre arte indígena contemporânea. Atua nos campos da curadoria e mediação intercultural, articulando iniciativas de artistas e cineastas indígenas a equipamentos culturais e instituições ocidentais de arte. Tem experiência em comunidades pedagógicas formais e não-formais, especialmente nos temas da arte-educação, dos direitos humanos e socioambientais, das questões indígenas e feministas. É mestre em Antropologia (2017, UFMG) e especialista em Estudos e Práticas Curatoriais (2019, FAAP).

 

O evento faz parte do programa Contatos com a arte, com patrocínio Ultra, e Arte e Ecologia, com patrocínio Sabesp.

 

Ao participar desta atividade/evento, você autoriza, de forma gratuita e definitiva, o MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo, a utilizar sua imagem, voz, dados biográficos e sinais característicos, captados em vídeo, áudio, fotografia e prints, para fins de registro, divulgação e promoção das atividades do Museu, em quaisquer meios, veículos, suportes, mídias, métodos e tecnologias, tangíveis ou intangíveis. Caso você não queira que sua imagem seja divulgada, por favor informar o MAM (educativo@mam.org.br).