Descrição de imagem: A foto apresenta uma instalação artística. Os objetos presentes na imagem são de madeira, com exceção de um objeto oval branco. A obra mostra três objetos dentro de um espaço branco e estreito, entre eles: uma cadeira de escritório de imigração, simbolizando a transição e a espera. Além disso, um cadeiral de igreja católica do século 19, que evoca o papel da religião na exploração colonial. Também está presente a escultura "Cradle" ["Berço"] de Kiswanson, que aponta para o que está ausente. Esses elementos, flutuando fora de alcance, representam os limiares institucionais (igreja, escritório de imigração) que estruturam e tentam nomear vidas em transição como imigrações, exílios e colonizações. A obra desenvolve uma linguagem escultórica que se conecta à experiência do desterro do artista e à realidade global de diásporas e conflitos. Fim da descrição.

Tarik Kiswanson: Limiar

03 set 25 – 25 jan 26 visite
em cartaz
em cartaz
mídias assistivas
Tarik Kiswanson

Tarik Kiswanson: Limiar (Libras – Texto Curatorial)
imagens
curadoria
Cauê Alves

É mestre e doutor em Filosofia pela FFLCH-USP. Professor do Departamento de Artes da FAFICLA-PUC-SP, é curador-chefe do Museu de Arte Moderna de São Paulo e coordenador do grupo de pesquisa em História da Arte, Crítica e Curadoria (CNPq). Publicou diversos textos sobre arte, entre eles no catálogo Mira Schendel (Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Pinacoteca de São Paulo e Tate Modern, 2013). Foi curador-chefe do Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia (MuBE, 2016-2020), curador assistente do Pavilhão Brasileiro na 56ª Bienal de Veneza (2015) e curador adjunto da 8ª Bienal do Mercosul (2011).

Paulo Miyada

Curador e pesquisador de arte contemporânea, dedica-se a projetos que contribuam tanto com visadas mais amplas e precisas da história da arte quanto com a reflexão crítica e desejante do tempo presente. Comprometido com o diálogo com artistas, preza igualmente pelo amadurecimento das instituições como instâncias de relevância pública e social, assim como pelo acolhimento dos públicos como sujeitos sensíveis e pensantes com interesses que transbordam o juízo de valor. Com graduação e mestrado pela FAU-USP, atua hoje como diretor artístico do Instituto Tomie Ohtake e curador adjunto do Centre Pompidou. Foi curador adjunto da 34ª Bienal de São Paulo (2020-21) e assistente de curadoria da 29ª Bienal de São Paulo (2010), além de ter organizado o livro “Bienal de São Paulo desde 1951” (2022). Entre suas curadorias, destacam-se “AI-5 50 anos – Ainda não terminou de acabar” (2018); “Anna Maria Maiolino – PSSSIIIUUU…” (2022); “Ensaios para o Museu das Origens” (2023); “Mira Schendel – Esperar que a palavra se forme” (2024) e “Sonia Gomes – Barroco, mesmo” (2025). Suas publicações foram indicadas diversas vezes para o prêmio Jabuti, incluindo a premiação na categoria Livro de Arte em 2020. Atualmente organiza a mostra “A TERRA O FOGO A ÁGUA E OS VENTOS – Por um Museu da Errância com Édouard Glissant”.

artista
Tarik Kiswanson
(Halmstad, Suécia, 1986 – vive e trabalha em Paris, França)

Por mais de uma década, Tarik Kiswanson tem explorado noções de desenraizamento, metamorfose e memória por meio de sua prática artística interdisciplinar. Um legado de deslocamento e transformação permeia suas obras e é indispensável tanto para sua forma quanto para os modos de percepção que produzem. Embora preserve uma dimensão íntima e pessoal, seu trabalho dialoga com questões universais e com histórias sociais e coletivas de ruptura, perda e regeneração. O conjunto de sua obra pode ser compreendido como uma cosmologia de famílias conceituais interligadas, cada uma explorando variações de temas como refração, multiplicação, desintegração, levitação e polifonia por meio de uma linguagem própria.

Tarik Kiswanson descende de uma família palestina exilada de Jerusalém, primeiro para Trípoli e depois para Amã, antes de finalmente se estabelecer em Halmstad, Suécia, onde ele nasceu em 1986. Kiswanson passou dez anos em Londres, onde estudou arte, antes de se mudar para Paris, cidade onde vive e trabalha desde 2010. É mestre pela École Nationale Supérieure des Beaux-Arts de Paris (2014) e bacharel pela Central Saint Martins – University of the Arts London (2010).

Tarik Kiswanson recebeu o Prêmio Marcel Duchamp em 2023, no Centre Pompidou. Sua obra tem sido tema de diversas exposições individuais em instituições, mais recentemente no Museu de Arte Moderna de São Paulo (2025), Fundação Iberê Camargo (2025), Kunsthalle Portikus (2024), Oakville Galleries (2024), Bonniers Konsthall (2023), Salzburger Kunstverein (2023), Museo Tamayo (2023), M HKA – Museum of Contemporary Art Antwerp (2022) e Carré d’Art – Musée d’art contemporain (2021). Ele participou também de exposições coletivas e bienais em instituições como Centre Pompidou, Kunsthalle Münster, Bienal de Arte Contemporânea de Gotemburgo, Bienal de Lyon, Performa Biennial e Mudam.

serviço
Exposição:
Local:
Curadoria:
Período expositivo:
Endereço: