Zona da Mata, pt. IV

Zona da Mata, pt. IV

26 out 21 – 06 mar 22 visite
passadas
passadas
sobre

parte I mam
sala de vidro
19 de junho a 17 outubro 2021

parte II e III MAC USP
19 de junho 2021 a 1 de maio 2022

parte IV mam
sala de vidro
26 outubro 2021 a 6 março 2022

Zona da Mata corresponde geograficamente à faixa litorânea da região nordeste do Brasil, paralela ao Oceano Atlântico, que se estende do Rio Grande do Norte até a Bahia. Trecho da Mata Atlântica original, hoje quase extinta na região, foi solo fértil explorado de modo predatório. Porta de entrada para a colonização, é historicamente um território de conflito, instaurado no modo de invasão e ocupação, matriz de destituição dos povos originários e da diáspora afro no país.

Essa exposição adota o termo Zona da Mata como metáfora simbólica, não apenas no sentido da geografia física, no enfrentamento necessário do desafio de tratarmos da violenta constituição de nosso território. Frente à exploração predatória de pessoas e lugares, como restituir dignidade ao que precisamos reconhecer como nossa morada? É incontornável repactuar nossa condição humana na indissociável relação entre cultura e natureza.

Diante do Brasil em febril convulsão, violentamente retrógrado, Zona da Mata é hoje todo o País. Alinhados ao desafio mundial, precisamos mais do que nunca nos reposicionarmos frente ao nosso pacto de país e sociedade, a começar por reconhecer saberes ancestrais que não soubemos acalentar, sem aprisioná-los em um passado histórico, mas como parte fundamental de nosso desejável presente.

A exposição se organiza em quatro partes em diferentes espaços e com distintas temporalidades. Por isso, nunca estamos diante da totalidade da mostra, mas apenas de fragmentos. Ocorre no MAC USP (5o. andar ala B e térreo) durante toda a extensão de tempo e no MAM (na sala de vidro em dois tempos). Usufrui da condição de necessário atravessamento, mais ágil no percurso feito a pé do que motorizado, para articular os dois pontos avizinhados, desconectados a posteriori do projeto de transformação do Ibirapuera em 1954, onde originalmente se encontrava uma mata alagadiça – “mata que já foi mata” em Tupi Guarani. Intenta um ir-e-vir aderente ao chão da cidade, endereçada ao presente e ao porvir, no pacto indissociável de uma paisagem compartilhada e simultaneamente desviada, a partir da singularidade vibrante de cada obra convidada e do acervo de ambas as instituições que integram essa mostra-paisagem.

Ana Magalhães
Cauê Alves
Marta Bogéa
Curadores

Faça aqui o download do folder da exposição:

Em português.

Em inglês.

Legenda: Rodrigo Bueno (Campinas, SP, 1967). Origem e Destino, 2021. Foto: Karina Bacci.

serviço

Zona da Mata

Curadoria:
Período expositivo:
Local:
Endereço:
Horários:
Telefone:

Ingresso: Entrada gratuita, com contribuição sugerida. Agendamento prévio necessário.