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O MAM aderiu a ideia e produziu três aulas sobre o impressionismo, tema da exposição em cartaz no MAM de maio a agosto de 2017.

Assista aos MOOCs criados e apresentados pelo curador do museu e da exposição Felipe Chaimovich com participação do artista Luiz Sôlha. Boa aula!

 

Aula 1: Impressionismo na Europa

 

Aula 2: Impressionismo no Brasil

 

Aula 3: Técnica impressionista com Luiz Sôlha

MAM abre 2017 com exposição de Anita Malfatti

Com curadoria de Regina Teixeira de Barros, mostra celebra centenário da primeira mostra de arte moderna no Brasil. Cerca de 70 obras, entre desenhos e pinturas de retratos, nus e paisagens, ilustram três fases da carreira da artista, considerada um dos principais nomes da arte brasileira do século XX.

 

O Museu de Arte Moderna de São Paulo abre, no dia 7 de fevereiro (terça-feira), a exposição Anita Malfatti: 100 anos de arte moderna, apresentando cerca de 70 obras representativas da trajetória de um dos mais importantes nomes da arte brasileira do século XX. Para retratar a vasta produção da pintora, desenhista, gravadora e professora Anita Malfatti (São Paulo – SP, 1889 – 1964), a curadora Regina Teixeira de Barros concebeu a mostra como uma homenagem ao centenário da exposição inaugural do modernismo brasileiro, uma individual de Anita aberta em dezembro de 1917, e que recebeu severa crítica do conservador Monteiro Lobato na ocasião. A mostra do MAM exibe desenhos e pinturas que ilustram retratos, paisagens e nus de três fases distintas da trajetória artística, expostas ao lado de fotografias e documentos da época como cartas, convites e catálogos. A exposição fica em cartaz até 30 de abril.

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Cem anos se passaram desde que a Exposição de arte moderna Anita Malfatti alterou os rumos da história da arte no Brasil, por ser a primeira mostra reconhecidamente moderna realizada no país e considerada o estopim para a realização da Semana de Arte Moderna de 1922. Realizada no centro de São Paulo, entre 12 de dezembro de 1917 e 10 de janeiro de 1918, a individual da artista exibia 53 obras, sendo 28 pinturas de paisagem e retratos, 10 gravuras, cinco aquarelas, além de desenhos e caricaturas. O conjunto representava um consistente resumo de seis anos de produção da artista, compreendidos pelos anos de aprendizado na Alemanha (1910-1913) e nos Estados Unidos (1914-1916), além de trabalhos realizados no regresso a São Paulo.

Até então, a cidade de São Paulo só havia sediado mostras de arte de cunho acadêmico. Segundo a curadora, a mostra de Anita foi recebida com assombro e curiosidade, tendo visitação intensa e venda de oito quadros expostos, mas após a publicação da crítica de Monteiro Lobato intitulada “A propósito da exposição Malfatti”, no jornal O Estado de S. Paulo de 20 de dezembro de 1917, boa parte do público concordou com as ideias do renomado autor, fazendo com que cinco obras compradas fossem devolvidas. Regina explica que desde então, o nome de Anita ficou associado ao de Lobato. “Adepto fervoroso da arte naturalista, Lobato desdenhou dos ismos da arte moderna (como expressionismo e cubismo), mas não deixou de reconhecer a competência de Anita elogiando o talento fora do comum e as qualidades latentes da jovem artista”, explica a curadora.

Anita Malfatti: 100 anos de arte moderna

No MAM, a mostra Anita Malfatti: 100 anos de arte moderna conta com obras que abrangem diversos aspectos da produção, apresentando uma artista sensível às tendências e discussões em pauta ao longo da primeira metade do século XX. A exposição tem como finalidade apresentar um recorte da trajetória de Anita, dividindo em três momentos: os anos iniciais que a consagraram como o “estopim do modernismo brasileiro”; a época de estudos em Paris e a produção naturalista; e, por fim, as pinturas com temas populares.

A exposição inicia com um conjunto de trabalhos realizados na Alemanha, seguido de retratos e paisagens expressionistas exibidos em 1917, que causaram grande impacto no, até então, tradicional meio paulistano, entre as quais os óleos sobre tela O japonês (1915/16), Uma estudante (1915/16), O farol (1915) e Paisagem (amarela) Monhegan (1915). Desse período também consta um conjunto de desenhos a carvão, composto de nus masculinos e retratos.

Entre a primeira e a segunda parte da mostra, sobressai o interesse pela temática nacional, onde figuram trabalhos famosos como Tropical (c.1916), O homem de sete cores (1915/16) e Figura feminina (1921/22). Além desses, constam obras realizadas a partir do convívio com os modernistas como o pastel Retrato de Tarsila (1919/20), a pintura As margaridas de Mário (1922) e o célebre desenho O grupo dos cinco (1922), que retrata os modernistas Tarsila do Amaral, Mario de Andrade, Menotti del Picchia, Oswald de Andrade e a própria Anita Malfatti.

No segundo nicho são apresentados os frutos dos anos de estudo em Paris, que representam uma fase mais naturalista em que são produzidas paisagens europeias como nas pinturas a óleo Porto de Mônaco (c. 1925) e Paisagem de Pirineus, Cauterets (1926), e nas aquarelas Veneza, Canal (c.1924), Vista do Fort Antoine em Mônaco (c. 1925), somados a desenhos de nus feitos com linhas finas e suaves na década de 1920. São desse período também pinturas singulares como Interior de Mônaco (c. 1925) e Chanson de Montmartre (1926).

Para finalizar, a terceira parte engloba trabalhos realizados nos anos 1930-40, época em que a artista se dedicou a retratar familiares, amigos e membros da elite, além de temas populares. Destacam-se as obras Liliana Maria (1935-1937) e Retrato de A.M.G. (c. 1933), em que figuram sua sobrinha e o amigo Antônio Marino Gouveia, ambas com tratamento naturalista. Na primeira, o fundo neutro é substituído por uma paisagem à maneira renascentista; na segunda registra uma de suas pinturas que pertencia à coleção do retratado. Nessa fase, apresentam-se ainda paisagens interioranas e temáticas populares como em Trenzinho (déc. 1940), O Samba (c. 1945), Na porta da venda (déc. 1940-50). A mostra se encerra com pinturas aparentemente naif e reveladores da habitual ousadia da artista, em que utiliza cores fortes para criar espaços mais achatados como em Composição (c.1955) e Vida na roça (c.1956).

 

Crédito da imagem: Obra de Anita Malfatti, O Farol, c. 1916. Óleo sobre tela. 46,3 x 61 cm. Foto: Romulo Fildini e Valentino Fialdini.

 

Regina Teixeira de Barros é curadora independente e historiadora da arte especializada em arte brasileira moderna. Possui Mestrado em Estética e História da Arte pela ECA-USP e é doutoranda do Programa de Pós-graduação Interunidades em Estética e História da Arte da USP.

 

Serviço

Anita Malfatti: 100 anos de arte moderna
Curadoria: Regina Teixeira de Barros
Abertura: 7 de fevereiro de 2017 (terça-feira), às 20h
Visitação: até 30 de abril de 2017
Entrada: R$ 6,00 – gratuita aos sábados
Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo – Grande Sala
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Parque Ibirapuera (Portões próximos: 2 e 3)
Horários: terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até as 18h)
T (11) 5085-1318
atendimento@mam.org.br
Site do MAM:  www.mam.org.br
www.instagram.com/MAMoficial
www.youtube.com/MAMoficial
Estacionamento dentro do parque com Zona Azul: R$ 5,00 por 2h
Acesso para deficientes / Ar condicionado
Restaurante / Café

 

Mais informações para a imprensa

Conteúdo Comunicação
Roberta Montanari
roberta.montanari@conteudonet.com
C (11) 99967-3292
T (11) 5056-9800

 

Você já parou pra pensar em quanto cuidado é necessário para montar uma exposição?

Para responder essa pergunta, acompanhamos a chegada das obras de Piero Manzoni durante a montagem da exposição, em cartaz até 21 de junho.

Grande parte das exposições do MAM recebe obras de fora de sua coleção e às vezes até de fora do país. As obras de arte são objetos únicos e especiais, por isso é necessário muito cuidado ao manuseá-las.

No período de montagem, as equipes do MAM, um courier (pessoa designada para acompanhar as obras em todo o percurso) e uma empresa  especializada em manuseio de obras trabalham em todas as etapas: desde a pintura de paredes, projeto expográfico, posicionamento de legendas até a própria instalação de cada obra. A montagem é um processo minucioso e delicado – que leva em média 10 dias para ser finalizado.

Além do transporte das obras, há o cuidado com a conservação. A obra não pode sofrer nenhum dano na sua estadia no museu, tampouco em seu transporte. Para tanto, caixas especiais são confeccionadas respeitando seu tamanho e peso.

 

Caixas para transporte de obras

 

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Caixa de transporte de obra de Piero Manzoni

 

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Caixa de transporte de obra de Piero Manzoni

 

Após a abertura das caixas, o courier e a equipe do MAM analisam cada detalhe, como o estado de conservação da obra e do suporte (moldura, base, etc). A partir desse material é desenvolvido um laudo técnico de cada uma das obras para nos certificarmos de que da mesma forma que ela chegou, irá embora ao término da exposição.

 

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Observação de detalhe da moldura da obra

 

 

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Detalhes sendo documentados para o laudo técnico

 

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Detalhe do posicionamento de obras

 

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Detalhe do laudo técnico

 

Agora que você já sabe um pouco dos bastidores, venha visitar a exposição que é grátis aos domingos!