Recriação da performance Blank Placard Dance (1967) de Anna Halprin, pela coreógrafa francesa Anne Collod com colaboração artística de Cécile Proust. Realizada em diversos países como França, Espanha, Suíça, Alemanha e Canadá, a proposta convida os mais diversos interessados por uma experiência artística a compor uma marcha, ao som de uma banda, a ser realizada no Parque Ibirapuera nos dias 24 e 25 de novembro às 15h partindo do MAM. Você gostaria de ser um dos performers?

A cada país onde a performance é executada tanto o repertório musical da banda quanto os participantes retratam muito da realidade ali vivida. Portanto, nesta edição em São Paulo, a marcha contemplará a diversidade de corpos que existe no Brasil, convocando a representatividade das etnias, ancestralidades, identidades de gênero e corpos dissidentes.

Não é necessária experiência com dança e/ou performance. Aberto a todos os públicos e todos os corpos. Basta ter mais de 18 anos para se voluntariar e ter disponibilidade para ensaios noturnos das 19h30 às 21h30 nos dias 22 e 23/11, e/ou para as apresentações às 15h nos dias 24 e 25/11.

Realização Institut Français Paris, Institut Français du Brésil, Consulado Geral da França em São Paulo, e Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Sobre a performance
Em diálogo com Anna Halprin, Anne Collod recria a coreografia do American Blank Placard Dance, executada em 1967 em São Francisco em reação e resposta à guerra do Vietnã e à agitação social nos EUA, com os integrantes do San Francisco Dancers Workshop, grupo que Anna Halprin fundou.

Esta performance é realizada por voluntários (manifestantes-performers) carregando cartazes e marchando silenciosamente pelas ruas movimentadas da cidade. Quando as pessoas perguntam “Sobre o que você está protestando?”, os manifestantes respondem “O que você quer protestar?”. E assim coletam suas respostas. Sempre acompanhados por uma banda que dá ritmo à marcha coreografada com um repertório de música de protesto.

Esta performance é emblemática no ciclo de trabalho que Anna Halprin desenvolveu a partir de 1965. Ela explora a dimensão política da performance e sua inscrição no espaço urbano, na encruzilhada do acontecimento, teatro de rua e arte ativista. Ela procura testar restrições sociais e institucionais, para incomodar a fronteira entre artistas e público e encorajar a experiência direta como um compromisso tanto artístico quanto político.

Com a Blank Placard Dance, Replay, esta pequena utopia em andamento, interrompida pela polícia nos anos sessenta, continua a ativar o espírito de luta de Halprin, e questiona com força e delicadeza a arte da manifestação de hoje.

Anna Halprin, nascida em 1920, é uma figura importante da dança pós-moderna americana. Ela foi uma das principais experimentadoras na Califórnia entre os anos 1950 e 1960 e pioneira no uso da dança como técnica de cura e fonte de experiência ritual. Em 1955, ela fundou a Oficina dos Dançarinos, um grupo interdisciplinar de artistas e intérpretes. Seu uso de improvisação, interações entre artista e ambiente, vínculos entre arte e sociedade criaram uma nova área para artistas de vanguarda e influenciaram vários coreógrafos de Judson, incluindo Yvonne Rainer e Trisha Brown. Desde a década de 1970, quando foi diagnosticada com câncer, desenvolveu um “processo de visualização psicocinética” para abordar seu tratamento holisticamente. A partir disto ela ministrou oficinas para pessoas que vivem com câncer, AIDS e outras doenças potencialmente fatais. Nas últimas décadas, ela se concentrou em rituais com pessoas comuns sobre questões da vida real. Aos 97 anos, ela ainda dança, cria e ensina. Suas muitas honras incluem o Doris Duke Impact Award e Isadora Duncan Dance Award em 2014, bem como prêmios anteriores do National Endowment for the Arts, Fundação Guggenheim, American Dance Festival, Universidade de Wisconsin, e a Fundação San Francisco.

Anne Collod é dançarina e coreógrafa contemporânea francesa, formada em biologia e ciências ambientais. Dançou para vários coreógrafos e iniciou seu próprio trabalho focado nos tópicos de reinterpretação de grandes obras de dança do passado e nas utopias do coletivo. Em seus projetos, ela liga desempenho, pesquisa e ensino. Recebeu um Bessie Award em 2009 por sua reinterpretação do Halprin’s Parades & Changes (1965), e é a beneficiária do programa francês Villa Medicis Hors les Murs, e possui certificado na técnica de Feldenkrais.

Cécile Proust é uma coreógrafa que questiona construções de gênero no trabalho e a partir disto criou inúmeras apresentações. Possui mestrado na Sciences Po Programa Experimental em Arte e Política, dirigido por Bruno Latour. Colabora regularmente com Anne Collod.

 

Inscrições: barbara_jimenez@mam.org.br e mais informações pelo telefone 11 5085 1315. 

 

Foto: Hervé Véronèse/Centre Pompidou

1º semetre de 2016

 

Georges Didi-Huberman: anacronismo e abertura das imagens

com João Gomes

“‘Não existe história da arte’ [Walter Benjamin]: aquele que fala assim não julga do exterior, ele exige o interior” (G. Didi-Huberman). Esta dupla citação pode ser tomada como um ponto de partida para a reflexão elaborada por GDH nos últimos anos em mais de 40 publicações. Uma nova maneira de reinserir o tempo na arte e de escavá-la, expô-la, abri-la. Quase obsessivamente, mas de modo exato e rigoroso, o autor persegue problemas insuspeitos para a História da Arte comumente praticada. Alguns desses problemas e dessas noções serão tratados pontualmente e de maneira articulada neste curso.

Programa de aulas (sujeito a alterações)

  1. Anacronismo
  2. Imagem-Aura
  3. Abrir: nudez (Giorgio Agamben)
  4. Imagem aberta (Georges Bataille)
  5. Povos

04, 11, 18, 25 de fevereiro e 03 de março de 2016

Quintas-feiras, 20h às 22h

Investimento: R$ 350,00

Público: Interessados em geral

João Gomes é bacharel (PUC-SP) e mestre em História Social (Unesp). Passou um longo período de pesquisas na França junto à Université de Paris-I La Sorbonne e da École Pratique des Hautes Études. Foi professor substituto na Unesp-Franca, professor especialista visitante na Unicamp e ministrou cursos na PUC-SP.

Giorgio Agamben: arqueologia histórica e sociologia política

com João Gomes

A obra de Agamben é sem dúvida uma das mais relevantes para a crítica rigorosa das técnicas de exercício do poder e da política, retomando e levando mais longe conceitos elaborados por Michel Foucault, Walter Benjamin, Martin Heidegger e Guy Debord.

Este curso tratará de cinco elementos que julgamos essenciais para a compreensão desta nova filosofia de linhagem italiana (representada também por Toni Negri, Roberto Esposito, Paolo Virno, Mauricio Lazzarato, Franco “Bifo” Berardi etc) e de suas potencialidades de leitura histórica e política. Entre eles, a noção de “stasis” ou guerra civil articulada em uma leitura original da presença da multidão no Leviatã de Hobbes (Homo sacer, II, 2: Stasis. La Guerra Civile Come Paradigma Politico), bem como a de “uso” a qual deverá ser acompanhada pela noção de “inoperosidade” que encerra a série Homo sacer publicado em setembro de 2014 (Homo sacer, IV, 2: L’Uso dei Corpi).

Programa de aulas (sujeito a alterações)

  1. Bases da pesquisa: arqueologia e/ou genealogia histórica?
  2. A vida nua
  3. Stasis
  4. Multidão
  5. Usus / Inoperosidade

01, 15, 22, 29 de fevereiro e 07 de março de 2016

Segundas-feiras, 20h às 22h

Investimento: R$ 350,00

Público: Interessados em geral

João Gomes é bacharel (PUC-SP) e mestre em História Social (Unesp). Passou um longo período de pesquisas na França junto à Université de Paris-I La Sorbonne e da École Pratique des Hautes Études. Foi professor substituto na Unesp-Franca, professor especialista visitante na Unicamp e ministrou cursos na PUC-SP.

Gravura em metal

com Christian von Almen

Ponta seca, buril, água-forte e água-tinta são apenas alguns dentre os vários métodos de trabalho da gravura em metal. A partir da prática, o curso visa à apresentação de modos convencionais e alternativos para a produção sobre a matriz de cobre, aço, alumínio, ferro ou latão.

Será necessário que o aluno traga sua própria matriz, a ser combinado com o professor após a primeira aula.

De 22 a 26 de fevereiro de 2016

Das 16h30 às 19h.

Investimento: R$ 350,00

Público: interessados em geral. Requisitos: noções de desenho

Christian von Almen trabalhou como repórter fotográfico para diversos veículos da imprensa, como a Folha de S.Paulo, Revista Joyce Pascowitch e Agência Fotosite, entre outras. Como consequência do hábito do desenho, passou a estudar e desenvolver, uma linguagem autoral própria em fotografia, desenho e gravura. Estudou com artistas como Dudi Maia Rosa, Marcelo Grassman, Paulo Pasta e Marcia Xavier, entre outros. Atualmente desenvolve pesquisas visuais próprias em gravura, em seu ateliê em Pinheiros.

Introdução à fotografia

com Marcello Vitorino

Cinco encontros com o fotógrafo Marcello Vitorino para desvendar o uso de recursos básicos para uma fotografia mais consciente. Nos cinco encontros, o participante terá contato com os princípios básicos da linguagem e técnica, a partir do manuseio de seu equipamento e da prática fotográfica.

Conteúdo:

  1. Funções básicas do equipamento
  2. Princípios de fotometria e interpretação da luz
  3. Linguagem: enquadramento, composição, ritmo, plano de câmera, etc
  4. Exercícios práticos coletivos

De 15 a 19 de fevereiro de 2016

das 20h às 22h

Investimento: R$ 350,00

Público: qualquer pessoa, a partir de 16 anos, interessada em aprender fotografia

Marcello Vitorino Integrou a equipe de repórteres fotográficos do Diário do Grande ABC (1997 a 1999), onde iniciou pesquisa sobre a obra do fotógrafo João Colovatti, que resultou na exposição “João Colovatti: Revelações de um Anti-Herói” (2004), realizada no Salão de Exposições do Paço Municipal de Santo André. Em 2008 apresentou monografia sobre João Colovatti no curso de pós-graduação em Fotografia no SENAC-SP. Fez parte do Núcleo de Fotografia da Casa do Olhar (1999 a 2007), tendo participado ativamente de diversas exposições e ações coletivas, como o projeto “Paranapiacaba: Outras Paragens” (2004), e o festival “Onde Está a Fotografia?” (2006). Seu trabalho pessoal perpassa o universo cotidiano, sagrado, mítico e citadino. Publicou e expôs ensaios como Concrecidade (2002), Ex-Fabris (2006), Encontro com o Divino (2010), Agô! (2011), Destinos Flutuantes (2013), Refúgio da Luz (2013) e Instituto Criança é Vida: Educando para a Saúde (2013). É professor de Fotografia no MAM, além de fundador e gestor do Espaço de Cultura Bela Vista.

Introdução à fotografia

Com Karina Bacci

Com saídas fotográficas noturnas no Parque Ibirapuera, o curso instrui sobre a linguagem e técnica fotográfica em seus diversos aspectos: composição, enquadramento, ângulos e luz. Os participantes aprenderão como usar recursos da câmera digital no modo programado (ISSO, WB, EV, flash, macro, entre outros). É necessário trazer uma câmera digital, compacta ou DSLR.

16, 18, 26 e 25 de fevereiro 2016

Terças-feiras e Quintas-feiras, das 14h às 16h

Investimento: R$ 350,00

Público: adultos interessados em geral

Karina Bacci é fotógrafa, bacharel em fotografia pelo SENAC/ SP e pós-graduada em Cinema, Vídeo e Fotografia pela faculdade de Belas Artes. Karina trabalha como fotógrafa freelancer e atua na área cultural com curadoria e como professora em oficinas e cursos de fotografia e vídeo em lugares como MAM-SP, CCSP, SESC, USP, e Casa Mario de Andrade tendo ganho prêmios nessa área. Suas fotos já foram publicadas nos principais meios de comunicação jornalísticos e em catálogos e revistas de arquitetura, arte e de educação.

Cinema e Paisagem – Uma breve filosofia cinematográfica da história do ocidente

com Dalila Camargo Martins

O curso, seguindo uma linha cronológica de movimentos e tendências do cinema, busca levantar questões acerca do que é a história, desde sua elaboração como narrativa hegemônica até diversos graus de crítica desse processo, a partir da análise da própria natureza da imagem cinematográfica. Procura-se contrastar a imanência da realidade registrada pela câmera (paisagem) com o engendramento arbitrário do olhar enquanto possibilidade de intervenção no presente (trabalho do cinema). Para tanto, assistiremos a determinados trechos de filmes de cada movimento ou tendência e utilizaremos trechos específicos de outros filmes para comentá-los e confrontá-los, de modo que os participantes do curso exercitem a capacidade de apreender e interpretar elementos audiovisuais diretamente.    

Programa de aulas:

  1. Primeiro Cinema As vistas panorâmicas de Louis Lumière – a estética do ponto de vista Operários Saindo da Fábrica (1995, Harun Farocki) – o lugar do trabalho como tabu um século depois da primeira exibição de cinema.
  2. Sinfonias das Cidades Berlim: Sinfonia de uma Metrópole (1927, Walter Ruttmann) e Um Homem com uma Câmera (1929, Dziga Vertov) – ritmo, jornada e a construção do novo homem A Ponte do Norte (1981, Jacques Rivette) – a cidade como tabuleiro de um jogo na contramão do progresso (labirinto).
  3. Western, “o cinema clássico por excelência” Os westerns de John Ford – o wilderness e a fronteira como formação do indivíduo e da nação Os filmes de James Benning – literalidade na reflexão sobre o imaginário americano.
  4. Neorrealismo, “na Itália aprende-se a ver” Paisà (1946, Roberto Rosselini) e Alemanha, Ano Zero (1948, Roberto Rosselini) – o humanismo revolucionário no pós-guerra Fortini/Cani (1976, Jean-Marie Straub e Danièle Huillet) – topografia, falta e a história como transitoriedade.
  5. Filme-ensaio Méditerranée (1963, Jean-Daniel Pollet) – mito como fluxo de imagens Filme Socialismo (2010, Jean-Luc Godard) – as ruínas da civilização e o espaço.

De 04, 11, 18 e 25 de fevereiro de 2016

Quintas-feiras, das 17h30 às 19h30

Investimento: R$ 350,00

Público: adultos interessados em geral

Dalila Martins, bacharel e mestre em Audiovisual pela ECA/USP. É membro do Grupo de Pesquisa História da Experimentação no Cinema e na Crítica e do Laboratório de Investigação e Crítica Audiovisual, ambos vinculados ao CNPq, além do Centro de Estudos Desmanche e Formação de Sistemas Simbólicos. É redatora da Revista Cinética e integrante do Coletivo Zagaia. Também já expôs alguns vídeos, dentre eles NU (2011) em coautoria com Carlos Fajardo.

Mini documentaristas

com José Sampaio

Em um mundo cada vez mais midiático, o documentário se revela uma linguagem das mais ricas e inovadoras da produção audiovisual atual.

As imagens em vídeo estão atualmente em todos os lugares: painéis, tablets, smartphones, etc. Mas qual a percepção das crianças nesse excesso de imagens? Sensibilizar o olhar das crianças dentro de um mundo saturado de imagens, é também trazer uma compreensão mais complexa e profunda sobre o mundo que habitam. Neste curso, as crianças passarão pelo processo de elaboração de um documentário, com captação de imagens, montagem e escolha de trilha.

De 26 a 29 de janeiro de 2016

das 15h às 18h

Investimento: R$ 350,00

Público: crianças de 10 a 14 anos

José Luiz Sampaio é documentarista e artista visual, especializado em montagem, motion graphics e ambientes de instalação audiovisual. Desde 2010 administra a produtora StudioIntro especializada em audiovisual para o mercado de arte e tecnologia. Ministra cursos e palestras na Escola São Paulo e FAAP e presta consultoria em instituições como o Itaú Cultural, Pinacoteca, MASP e Centro Cultural São Paulo. É diretor do documentário “No Reindo de Gilvan Samico” entre outros.

Cadernos de esboços fotográficos

com Marcelo Vitorino

Nesse laboratório o participante terá contato com as bases do ensaio fotográfico, pensando o discurso visual como meio para expressão pessoal, e o caderno de fotografias como o suporte para o que será pensado e produzido durante os cinco encontros.

Conteúdo: 

  1. Estudos de caso
  2. Leitura de imagens
  3. Exercícios práticos individuais e coletivos
  4. Pesquisa de material
  5. Impressão e montagem de cadernos
  6. Circulação da produção.

De 02 a 05 de fevereiro de 2016

das 15h às 17h

Investimento: R$ 350,00

Público: adultos interessados em geral

Marcello Vitorino Integrou a equipe de repórteres fotográficos do Diário do Grande ABC (1997 a 1999), onde iniciou pesquisa sobre a obra do fotógrafo João Colovatti, que resultou na exposição “João Colovatti: Revelações de um Anti-Herói” (2004), realizada no Salão de Exposições do Paço Municipal de Santo André. Em 2008 apresentou monografia sobre João Colovatti no curso de pós-graduação em Fotografia no SENAC-SP. Fez parte do Núcleo de Fotografia da Casa do Olhar (1999 a 2007), tendo participado ativamente de diversas exposições e ações coletivas, como o projeto Paranapiacaba: Outras Paragens (2004), e o festival “Onde Está a Fotografia?” (2006). Seu trabalho pessoal perpassa o universo cotidiano, sagrado, mítico e citadino. Publicou e expôs ensaios como Concrecidade (2002), Ex-Fabris (2006), Encontro com o Divino (2010), Agô! (2011), Destinos Flutuantes (2013), Refúgio da Luz (2013) e Instituto Criança é Vida: Educando para a Saúde (2013). É professor de Fotografia no MAM, além de fundador e gestor do Espaço de Cultura Bela Vista.

Análise de contos: Clarice Lispector, Franz Kafka e Jorge Luis Borges

com Noemi Jaffe

O curso pretende discutir e interpretar os contos Tentação, de Clarice Lispector; A preocupação do pai de família, de Franz Kafka e O outro, de Jorge Luís Borges. A partir destas leituras, o curso explora noções acerca da escrita prática de contos e aborda semelhanças e diferenças entre os autores e sua produção. As aulas têm duração de três horas e dividem-se entre discussão teórica e atividades práticas baseadas nas leituras realizadas.

20 e 27 de fevereiro de 2016

Sábados, das 10h às 12h30

Investimento: R$ 180,00

Público: adultos interessados em geral

Escritora, professora e crítica literária. Doutora em Literatura Brasileira pela USP, trabalhou em escolas de Ensino Médio, como professora de literatura, por mais de vinte cinco anos e, atualmente, oferece cursos de escrita criativa em diversas instituições. Mantém o blog literário Quando Nada está Acontecendo e coordena um grupo particular de escritores há cerca de cinco anos, do qual organizou e publicou duas coletâneas de contos: 336 Horas (Casa da Palavra) e Bestiário (Terceiro Nome). Desde 2006, Noemi atua como crítica de literatura dos jornais Folha de S. Paulo e Valor Econômico e vem participando como jurada de concursos literários, como o Prêmio Oceanos, um dos mais importantes do país. Escreveu, entre outros, os livros A Verdadeira História do Alfabeto, vencedor do prêmio Brasília de Literatura de 2014, Írisz: as Orquídeas, ambos publicados pela Cia. das Letras, e O que os Cegos Estão Sonhando? (Ed. 34), que será editado também nos Estados Unidos, pela Deep Vellum, em 2016.

Narrativas visuais: perspectiva, temporalidade, representação

com Waldemar Zaidler e Pedro Zaidler

A oficina de desenho contempla experiências práticas propostas a partir da problematização dos conceitos de perspectiva, temporalidade e representação. Propõe a discussão sobre esses conceitos a partir da realização de desenhos de observação, de memória, abstratos, de modo que cada participante exercite suas potencialidades gerando narrativas visuais estruturadas de modo diferente das histórias em quadrinhos, storyboards etc.

Os desenhos são feitos ao longo de quatro encontros; cada encontro é iniciado com uma breve exposição teórica e indicações bibliográficas. A linguagem preferencial do workshop é o desenho sobre papel, e os materiais são de livre escolha. O ponto comum é o formato do suporte: propõe-se a utilização de longas tiras de papel dobradas em forma de sanfona. Embora simples, esse recurso auxilia na compreensão dos processos e procedimentos narrativos, criando um campo comum para discussão.

De 16 a 19 de fevereiro de 2016

das 17h30 às 19h30

Investimento: R$ 350,00

Público: adultos interessados em geral

Pré-requisitos: ter alguma experiência com desenho de qualquer natureza

Waldemar Zaidler (São Paulo SP 1958). Pintor, cenógrafo, ilustrador e grafiteiro. Cursou arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – FAU/USP entre 1978 e 1982. Em 1979, juntamente com Alex Vallauri e Carlos Matuck, iniciou em São Paulo um movimento de graffiti. Durante a década de 1980, trabalhou como ilustrador para a Revista Veja e para a Editora Brasiliense e realizou vários grafites com Carlos Matuck: El Trio Los Panteras e Las Tres Panteretas, na fachada externa do MAM/SP, Paisagem, no hall do Teatro da FAU/USP; Paisagem com Comboio dos Insensatos, no Teatro Lira Paulistana; Fiesta, na Estação Sé do Metro de São Paulo e o out-door para o evento Arte na Rua, 75 – organizado pelo MAC/USP. Em 1989, fundou o escritório Planeta Terra Criação e Produção, que se dedica a criar identidades visuais para empresas e corporações. Participou das exposições Arte na Rua, no MAC/USP, São Paulo, 1983; Bienal Internacional de São Paulo, 1983 e 1985; Como Vai Você, Geração 80?, na EAV/Parque Lage, Rio de Janeiro, 1984 e 1ª Mostra Paulista de Grafitti, no MIS/SP, 1992.

Poéticas da luz na arte contemporânea

Com Magnólia Costa

Quatro artistas, quatro concepções de luz, elemento essencial às artes visuais. Cada aula é dedicada à discussão de um artista.

Conteúdo programático:

1. Wolfgang Tillmans

2. Lucia Koch

3. James Turrell

4. Olafur Eliasson

De 02 de fevereiro a 01 de março de 2016

Terças-feiras, das 18h às 20h

Investimento: R$ 350,00

Público: adultos interessados em geral

Magnólia Costa é bacharel, mestre e doutora em Filosofia pela Universidade de São Paulo, especializada em Estética. Realizou parte de suas pesquisas na Université de Paris I (Panthéon-Sorbonne) e na Université de Paris IV (Paris-Sorbonne). É tradutora, crítica de arte e curadora independente. Leciona história da arte no MAM desde 2001, onde também coordena as Relações Institucionais.

Imagem e identidade

Com Magnólia Costa

Neste curso discute-se o papel da imagem na compreensão da realidade e na definição da identidade do indivíduo. Conceitos da filosofia e da sociologia são utilizados para investigar como a cultura das aparências se fortalece à medida que as imagens se tornam mais abundantes, conformando uma certa percepção da realidade em que a identidade não se coloca como algo dado, e sim construído.

Conteúdo programático:

1. O poder das imagens

2. Imagem, imaginação e imaginário

3. As imagens são confiáveis?

4. Como ler imagens

De 04 a 25 de fevereiro de 2016

Quintas-feiras, das 15h às 17h

Investimento: R$ 350,00

Público: adultos interessados em geral

Magnólia Costa é bacharel, mestre e doutora em Filosofia pela Universidade de São Paulo, especializada em Estética. Realizou parte de suas pesquisas na Université de Paris I (Panthéon-Sorbonne) e na Université de Paris IV (Paris-Sorbonne). É tradutora, crítica de arte e curadora independente. Leciona história da arte no MAM desde 2001, onde também coordena as Relações Institucionais.

Oficina de HQ experimental

Com Tiago Judas

Se trata de uma oficina livre de história em quadrinhos, sem estilo predeterminado e tem como objetivo colocar o participante em contato com a arte de contar história.

Faremos exercícios experimentais para despertar a imaginação na criação de personagem e roteiro. Estudaremos também, partindo de referências de grandes autores, os códigos clássicos dessa linguagem, como o balão da fala e a diagramação das páginas. Além destas práticas, teremos conversas ilustradas a respeito da História em Quadrinhos e de como ela pode ser usada como recurso em diversos meios para comunicar, e também de que modo essa linguagem esteve presente na história da humanidade, nas possíveis origens até os dias atuais.

Como resultado desenvolveremos algumas HQs curtas para exercitar os assuntos tratados, e também o participante poderá trazer para aula uma história mais longa (com mais páginas) que trabalhará em casa para ter um acompanhamento durante o período da oficina. Todo esse material poderá ser usado na publicação de um fanzine que tem a função de apresentar a produção do grupo durante o período da oficina.

De 25 a 29 de janeiro de 2016

Quintas-feiras, das 19h às 21h

Investimento: R$ 350,00

Público: desenhistas

Tiago Judas (São Paulo, SP, Brasil, 1978) é bacharel em Artes Plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP (São Paulo, SP, Brasil, 2001) e possui licenciatura plena em Arte pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo (São Paulo, SP, Brasil, 2009). Sua produção artística inclui desenhos, objetos e vídeos, além de histórias em quadrinhos.
Desde 2000, Judas tem exposto em importantes instituições culturais brasileiras e também expôs trabalhos em países como Alemanha, Áustria, Espanha, EUA e Peru. Em 2007, Judas foi contemplado com o Prêmio Aquisição do 14º Salão da Bahia (Salvador, BA, Brasil).

Em seus trabalhos, Tiago Judas busca conciliar as artes plásticas e as histórias em quadrinhos, fazendo com que uma influencie a outra. Vale ressaltar ainda que, ao longo dos últimos anos, Judas também tem trabalhado como ilustrador autônomo para jornais, revistas e editoras de livros e atua também como educador, desde 2001 orientou oficinas de arte em centros culturais como no Sesc, Museu da Imagem e do Som, Paço das artes, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Fábricas de Cultura, além de outros projetos.

Oficina de queda

com Felipe Bittencourt

Esta vivência procura proporcionar novos meios de estabelecer relações espaciais se baseando em novas formas possíveis de colocar o corpo em situações de risco estabelecendo diferentes formas de proteção. Neste contexto, são propostos exercícios estimulando a reavaliação dos reflexos instintivos do corpo, os reinventando, indo no caminho contrário de sua natureza para estabelecer novas respostas e estímulos utilizando o chão como suporte de contato e experimentação.

1 de fevereiro de 2016

Segunda-feira, das 14h às 17h

Investimento: R$ 60,00

Público: interessados

Felipe Bitencourt é artista visual, pesquisa o limite físico e a autoagressão como possibilidades poéticas em performances de longa duração. Bacharel em Artes Visuais pela Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, 2007. Participou da Residência Artística do Red Bull Station (São Paulo, 2011) e da FUNDAJ (Recife, 2014). Expôs em instituições como Galeria Vermelho, Instituto Cervantes, SESC Ipiranga / Campinas / Sorocaba / Pompéia, A Gentil Carioca, Paço das Artes, Videobrasil e MUBE

Oficina de processos artesanais de fotografia

com Luisa Malzoni

 Os participantes terão a oportunidade de experimentar na pratica técnicas como o cianótipo e o marrom vandick, processos artesanais do séc XIX, que permitem criar imagens em diferentes superfícies. Os alunos poderão testar suas fotos e fotogramas em suportes como diferentes papéis e tecidos.

Terão uma introdução teórica sobre as invenções fotográficas da época, a partir de fotos de artistas, tanto de séc XIX como contemporâneos.

– material necessário: O participante deve trazer para a aula suportes para fotografia como papel, tecidos, folhas, e objetos para fazer fotogramas. E uma imagem digitalizada para fazer tratamento fotolito.

De 1 a 4 de fevereiro de 2016

das 19h às 22h

Investimento: R$ 350,00

Público: interessados

Número de máximo de participantes: 12

 

Luisa Malzoni é formada em Fotografia pelo Senac-SP, em 2001, desenvolve há dez anos seu trabalho autoral utilizando processos artesanais. Integrou o Coletivo Oficina da Luz e realizou sua primeira exposição individual em 2013, no Atelier Bricoleur. Além de fotógrafa e professora, trabalhou nove anos na Cinemateca de São Paulo, pesquisando e restaurando filmes realizados com as primeiras técnicas coloridas da história do cinema. Atualmente trabalha com restauração de filmes na Cinemateca Portuguesa de Lisboa, em algumas temporadas do ano.

Para mais informações e inscrições escreva para cursos@mam.org.br ou ligue (11) 5085-1314.

Ensaio aberto performance: 8 Léguas para Fibo

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