A musicista Renata Mattar e as cantoras refugiadas Mahmooni (Irã), Mariama Camara, (Guiné Conacri) e Oula Al Saghir (Palestina/Síria) farão um passeio através dos cantos de trabalho (além de outras tradições) em diversos países. O repertório traz cantigas africanas dos trabalhos da terra, cantos de tradição persa de tecelagem para fazer os tapetes, cantos de trabalho das mulheres palestinas, cantigas de casamento da Síria, cantigas de ninar, de brincar, de rituais de passagem das almas, além dos cantos de trabalho brasileiros com cantigas do milho, do feijão, do arroz, etc. Um encontro lúdico e encantador, aproximando as tradições de países com culturas tão diferentes, entre si.
atividade gratuita, vagas limitadas
encontro virtual no Zoom, livre
com inscrição prévia
para intérprete de Libras, solicitar pelo e-mail educativo@mam.org.br com até 48hs de antecedência
Renata Mattar atuou como cantora no espetáculo A Vida É Sonho, de Gabriel Villela (1992), diretora musical de Auto da Paixão (1993), de Romero de Andrade Lima, e diretora musical dos espetáculos Romeu e Julieta e Auto do Rico Avarento, do grupo Romançal de teatro, formado por Ariano Suassuna. É fundadora do grupo Comadre Florzinha e fundou em 2001 o grupo Beija-Fulô na Casa de Cultura da Penha, ganhando o prêmio VAI, da Prefeitura Municipal de São Paulo em 2003. Desde 2002 atua como cantora e acordeonista do grupo Palavra Cantada. Participou do projeto do Ministério do Desenvolvimento Agrário, intitulado Sons e Imagens da Terra – um mapeamento dos cantos de trabalho ligados à agricultura em todo o país. Vocalista e acordeonista da banda As Orquídeas do Brasil, de Itamar Assumpção. Fundou a Cia Cabelo de Maria e com o grupo realizou os CDs Cantos de Trabalho, São João do Carneirinho e Baianá – Parece Cinema, além dos espetáculos Imbalança Eu Caio e POIN – Pequena Orquestra Interativa, contemplado com edital do proac 2014, e Cantos de Trabalho volume II com lançamento em agosto de 2018.
Mah Mooni nasceu em Teerã, capital do Irã. Desde criança, as suas grandes paixões eram as artes e o canto. Formou-se em Filosofia e, depois, fez um curso de cinema e introdução de música clássica. Além disso, fez parte de um coral e também da banda Ariana em Teerã – no país, devido a leis religiosas rígidas, as mulheres são proibidas de cantar sozinhas. Mudou-se para o Brasil em 2012 em busca de liberdade e com o desejo de fazer as suas próprias escolhas na vida. Em 2017, juntou-se à Orquestra Mundana Refugi, fundada por Carlinhos Antunes. Teve apresentações com sua banda “Um Sonho “ e entre outras bandas como cantora: banda Kereshme, formada por Gabriel Levy; Banda de mulheres Al Tananir, fundada por Renata Mattar; e banda Brisa do oriente, formada por Daniel Szafran.
Mariama Camara é da Guiné (Conacri) e vive no Brasil há 11 anos. Ela atua como dançarina, percussionista, cantora, coreógrafa e professora. Sua carreira artística é consolidada internacionalmente desde 1999. Integrou o Les Ballets Africains (1999-2007), e dançou com artistas renomados como Youssou N’dour (Senegal), Youssouf Koumbassa (Conacri, Guiné), e Salif Keita (Mali). De 2007 para cá ela tem sido convidada por grupos e produtores culturais que desenvolvem seminários, acampamentos internacionais, cursos e oficinas de dança, percussão e canto por diversos países da Europa, Oriente Médio, Ásia e Américas. Mariama traz um vasto repertório que vivenciou na sua aldeia, onde ainda hoje se canta para preparar a terra no momento de plantar, para pilar o milho, durante a pesca, nas festas de casamentos, nascimento e morte, nas oferendas em rios, no mar. A música acompanha todos os rituais da vida da comunidade, se tornando fundamental na consagração desses eventos.
Oula é uma cantora árabe, palestina-síria, que passou a amar a música e a arte desde a infância através de seu pai. Iniciou sua carreira artística profissionalmente assim que chegou ao Brasil, onde já realizou apresentações como cantora, atriz, contadora de história e palestrante, sempre cantando canções clássicas e revolucionárias. Além de integrante da Orquestra Mundana Refugi, criou também sua própria banda de música árabe chamada Nahawand. Oula tem um sonho de ainda formar um centro cultural Árabe no Brasil, para ensinar música e arte, incluindo teatro, cinema e língua árabe para adultos e crianças.
Essa atividade faz parte do programa Domingo mam, com patrocínio Tozzini Freire Advogados.
Foto: Tarita de Souza