Dois eventos próximos não só no tempo, como no tema: Sertão, tema do 36ª Panorama da Arte Brasileira, do MAM São Paulo, e Solidão, tema da IX Jornadas da Escola Brasileira de Psicanálise da seção São Paulo.
Enquanto a arte desbravava o sertão, a psicanálise percorria a solidão e com essa aproximação posta, propomos um encontro em uma mesa composta pela curadora Julia Rebouças e a psicanalista Patrícia Badari. Como a psicanálise pode se servir da condição sertão que a arte afirma? Há um ser-tão-só do artista? Essas são algumas das questões nas quais pretendemos avançar neste encontro para o qual os convidamos.
Apresentação:
Júlia Rebouças: curadora do 36ª Panorama da Arte Brasileira: Sertão, é pesquisadora e crítica de arte. Graduada em Comunicação Social e Jornalismo pela Universidade Federal de Pernambuco e doutora em Artes Visuais pela Universidade Federal de Minas Gerais, foi co-curadora da 32ª Bienal de São Paulo, integrou a curadoria do Instituto Inhotim, foi membro do comitê curatorial do 18º e 19º Festival Internacional de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil e foi curadora associada da 9ª Bienal do Mercosul.
Patricia Badari: psicanalista, membro da Escola Brasileira de Psicanálise e da Associação Mundial de Psicanálise, Diretora de Biblioteca da Escola Brasileira de Psicanálise e mestre em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Mediação:
Milena Vicari Crastelo: psicóloga, psicanalista, membro da Escola Brasileira de Psicanálise e da Associação Mundial de Psicanálise e Diretora de Biblioteca da Escola Brasileira de Psicanálise – Seção São Paulo.
25 out (sex) 20h às 21h30
Espaço expositivo do Museu de Arte Moderna de São Paulo
Av. Pedro Alvares Cabral – Parque Ibirapuera, portões 2 e 3
Inscrições antecipadas aqui
atividade aberta e gratuita, sujeita a lotação máxima de 50 pessoas
Como parte da programação do 36º Panorama da Arte Brasileira: Sertão, o Auditório Ibirapuera recebe em seu palco Oz Guarani, Rosa Luz e Z’África Brasil – artistas em convergência com a definição da mostra – para um show inédito. O título e o conceito proposto pela curadora Julia Rebouças entendem a própria arte como “sertão”, contestando o viés restritivamente geográfico associado a essa palavra e a apresentando como um modo de pensar e de agir, tendo a criação artística como um de seus importantes aspectos definidores.
Serviço:
36ª Panorama da Arte Brasileira: Sertão [com interpretação em Libras]
18 ago (dom) às 19h
duração aproximada: 90 minutos
classificação indicativa: 12 anos
abertura da casa: 90 minutos antes do espetáculo
Entrada gratuita. Distribuição de ingressos na bilheteria do Auditório, uma hora e meia antes da apresentação.
Limite de dois ingressos por pessoa. Sujeito à lotação da casa.
O 36º Panorama da Arte Brasileira: Sertão acontece entre entre 17/08 e 15/11 no MAM São Paulo. A curadoria de Júlia Rebouças selecionou 29 artistas e coletivos para a exposição, que celebra seus 50 anos nessa edição. Após um extenso processo de pesquisa e viagens por diversas regiões do Brasil, incluindo cidades como Cachoeira (BA), Recife (PE), Brasília (DF), Florianópolis (SC), São Paulo e a região do Cariri cearense, a curadora convidou artistas que se relacionam com o conceito, entendendo a própria arte como “sertão” – em sua instância de experimentação e resistência –, contestando, portanto, o viés restritivamente geográfico facilmente associado à palavra. Sertão é apresentado nesta exposição como um modo de pensar e de agir, que tem a criação artística como um de seus importantes aspectos definidores.
1- Ana Lira (Caruaru – PE, 1977. Vive no Recife)
2- Ana Pi (Belo Horizonte, 1986. Vive em Paris)
3- Ana Vaz (Brasília, 1986. Vive em Lisboa)
4- Antonio Obá (Ceilândia – DF, 1983. Vive em Brasília)
5- Coletivo Fulni-ô de Cinema (Águas Belas – PE)
6- Cristiano Lenhardt (Itaara – RS, 1974. Vive em São Lourenço da Mata – PE)
7- Dalton Paula (Brasília, 1982. Vive em Goiânia)
8- Daniel Albuquerque (Rio de Janeiro, 1983. Vive no Rio de Janeiro)
9- Desali (Contagem – MG, 1983. Vive em Belo Horizonte)
10- Gabi Bresola & Mariana Berta (Joaçaba – SC, 1992 / Peritiba- SC, 1990. Vivem em Florianópolis)
11- Gê Viana (Santa Luzia – MA, 1986. Vive em São Luís)
12- Gervane de Paula (Cuiabá, 1961. Vive em Cuiabá)
13- Lise Lobato (Belém, 1963. Vive em Belém)
14- Luciana Magno (Belém, 1987. Vive em São Paulo)
15- Mabe Bethônico (Belo Horizonte, 1966. Vive em Genebra e Belo Horizonte)
16- Mariana de Matos (Governador Valadares – MG, 1987. Vive no Recife)
17- Maxim Malhado (Ibicaraí – BA, 1967. Vive em Massarandupió – BA)
18- Maxwell Alexandre (Rio de Janeiro, 1990. Vive no Rio de Janeiro)
19- Michel Zózimo (Santa Maria – RS, 1977. Vive em Porto Alegre)
20- Paul Setúbal (Aparecida de Goiânia – GO, 1987. Vive em São Paulo)
21- Radio Yandê (Rio de Janeiro, 2013)
22- Randolpho Lamonier (Contagem – MG, 1988. Vive em Belo Horizonte)
23- Raphael Escobar (São Paulo, 1987. Vive em São Paulo)
24- Raquel Versieux (Belo Horizonte, 1984. Vive no Crato – CE)
25- Regina Parra (São Paulo, 1984. Vive em São Paulo)
26- Rosa Luz (Gama – DF, 1995. Vive em São Paulo)
27- Santídio Pereira (Curral Comprido – PI, 1996. Vive em São Paulo)
28- Vânia Medeiros (Salvador, 1984. Vive em São Paulo)
29- Vulcanica Pokaropa (Presidente Bernardes – SP, 1993. Vive em Florianópolis)
Acesse aqui as mini biografias.
Nessa página, veja mais informações sobre a exposição.
Serviço: 36º Panorama da Arte Brasileira: Sertão
Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo
Endereço: Parque Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portões 1 e 3)
Horários: Terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até as 18h)
Telefone: (11) 5085-1300
Ingresso: R$ 10,00. Gratuidade aos sábados. Meia-entrada para estudantes e professores, mediante identificação.
Gratuidade para menores de 10 e maiores de 60 anos, pessoas com deficiência, sócios e alunos do MAM, funcionários das empresas parceiras e museus, membros do ICOM, AICA e ABCA com identificação, agentes ambientais, da CET, GCM, PM, Metrô e funcionários da linha amarela do Metrô, CPTM, Polícia Civil, cobradores e motoristas de ônibus, motoristas de ônibus fretados, funcionários da SPTuris, vendedores ambulantes do Parque Ibirapuera, frentistas e taxistas com identificação e até 4 acompanhantes.
Agendamento gratuito de visitas em grupo pelo tel. 5085-1313 e e-mail
educativo@mam.org.br
atendimento@mam.org.br
No próximo dia 4/4, quinta-feira, 18h30, o MAM e a ARTE!Brasileiros promovem o debate “Sertão: experimentação e resistência”, ligado ao 36º Panorama da Arte Brasileira: sertão, com a participação de Júlia Rebouças, curadora da exposição, e Durval Muniz de Albuquerque Jr., professor da UFRN e UFPE, autor do livro “A invenção do Nordeste e outras artes”. Mediação de Patrícia Rousseaux. O evento acontece no auditório Lina Bo Bardi e a entrada é gratuita.
Inscrições antecipadas aqui
Sobre os participantes:
Júlia Rebouças (Aracaju, SE, 1984)
Curadora, pesquisadora e crítica de arte, foi co-curadora da 32ª Bienal de São Paulo e da 9ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre. Entre 2007 e 2015, trabalhou na curadoria do Instituto Inhotim. É curadora do 36º Panorama da Arte Brasileira: Sertão, do Museu de Arte Moderna de São Paulo, com abertura prevista para agosto de 2019.
Profº Dr. Durval Muniz De Albuquerque Júnior (Campina Grande, PB, 1961)
Mestre e doutor em História Social pela Unicamp e professor titular da UFRN, é professor dos programas de pós-graduação em História da UFRN e da UFPE. Autor dos livros A invenção do Nordeste e outras Artes (Cortez, 1999), História, a arte de inventar o passado (Edusc. 2007) e Preconceito contra a origem geográfica e de lugar: as fronteiras da discórdia (Cortez, 2007), entre outros.
Patrícia Rousseaux
Diretora editorial da ARTE!Brasileiros.
O 36º Panorama da Arte Brasileira: sertão será realizado entre 17 de agosto e 15 de novembro de 2019
O Museu de Arte Moderna de São Paulo disponibiliza em seu site a publicação digital do Seminário Internacional: Revisitando Pop / Flipping Pop, que buscou debater os paralelos entre a pop art americana e a tropicália brasileira e deflagrar outras formulações do pop por meio de novos diálogos Brasil-Estados Unidos, reunindo pesquisadores brasileiros e convidados internacionais.
A iniciativa, realizada em parceria com o Instituto MESA, tornará acessível ao público o conteúdo do seminário ocorrido em 2017 no MAM, que propôs explorar as sinergias entre duas importantes exposições de 1967, revisitadas por ocasião de seu 50º aniversário: a contribuição americana para a IX Bienal de São Paulo, conhecida como a “Bienal do Pop Art” e a exposição/manifesto “Nova Objetividade”, sintetizando a proposta das novas vanguardas brasileiras, organizada por um grupo de artistas e críticos no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-Rio).
O projeto, em colaboração com o curador e crítico Luiz Camillo Osorio e com o apoio da Terra American Art Foundation, foi realizado nos dias 8 e 9 de dezembro de 2017 no âmbito do 35º Panorama da Arte Brasileira Contemporânea – Brasil por multiplicação, ressaltando o legado destas convergências históricas para o contemporâneo na retomada do texto “Esquema Geral da Nova Objetividade” escrito por Hélio Oiticica e usado como ponto de partida conceitual para a curadoria da “35º Panorama”.
A publicação digital do seminário reúne nove contribuições dos palestrantes nacionais e internacionais com inclusão especial do artigo “Like Andy Warhol” [Assim Como Andy Warhol] do conferencista Jonathan Flatley (professor associado de literatura inglesa na Wayne State University EUA). Oferecendo uma nova leitura da obra de Andy Warhol, Flatley apresenta a tese explorada no seu livro Like Andy Warhol (Duke University Press, 2017) a partir da famosa frase do artista “Pop é gostar das coisas”, tratando “o gostar de Warhol como uma práxis, um trabalho afetivo desinstrumentalizado que — num contexto em que, segundo Warhol, ‘seria muito mais fácil não se importar’ — visava engajar e transformar o mundo”. Distingue, também, um esforço pedagógico no gostar promíscuo de Warhol, uma tentativa ambiciosa para iniciar os outros em seus prazeres. No seu artigo para o Flipping Pop, Flatley também situa sua abordagem no contexto sócio-cultural do Brasil-EUA da época, da IX Bienal de São Paulo e alguns paralelos entre Warhol e o trabalho de Oiticica e Tropicália.
Além do artigo de Flatley, a publicação Flipping / Revisitando Pop inclui ensaios de três mesas redondas do seminário com foco nas re-leituras históricas e contemporâneas do pop, nas exposições de 1967, o camp e as diversas relações entre as práticas artísticas e o espaço social na década de 1960. Tendo, é claro, como pano de fundo, a exposição apresentada no 35º Panorama. Foi incluída, ainda, por sugestão do curador/pesquisador Max Hinderer Cruz (também participante no seminário), a tradução – inédita em português – da entrevista com Hélio Oiticica e Mario Montez feita em 1971.
Outros participantes no seminário e autores que colaboraram com a publicação: Ana Maria Maia (pesquisadora/curadora); Denilson Lopes (professor associado da Escola de Comunicação da UFRJ); Izabela Pucu (pesquisadora/curadora e coordenadora da educação no Museu de Arte do Rio); Luiz Fernando Ramos (professor associado do Departamento de Artes Cênicas da USP) Sérgio B. Martins (crítico e professor de história da PUC-Rio), Sônia Salzstein (professora de História da Arte no Departamento de Artes Plásticas da ECA/USP), Jessica Gogan (ex-diretora de educação e curadora de projetos especiais do Museu Andy Warhol) e Kenneth Allan (professor associado de história da arte da Universidade de Seattle).
Para conferir o conteúdo, acesse: mam.org.br/publicacoes
Participe, nos dias 8 e 9 de dezembro, do Seminário Internacional Revisitando Pop – Flipping Pop, como parte da programação da exposição 35º Panorama da Arte Brasileira – Brasil por multiplicação.
O seminário será composto por duas conferências e três mesas redondas com participação de pesquisadores brasileiros, artistas, estudantes e convidados internacionais com foco nas releituras históricas e contemporâneas do pop, nas exposições IX Bienal de São Paulo, conhecida como a “Bienal do Pop Art”, e a exposição “Nova Objetividade”, de 1967, realizada no MAM-Rio.
O evento é coordenado pelo Instituto MESA, organização cultural sem fins lucrativos do Rio de Janeiro, em colaboração com Luiz Camillo Osorio, curador desta edição do Panorama, e apoio da Terra Foundation for American Art.
Programação completa:
>> Sexta-feira, 8/12
14h Conferência: Flora Süssekind
16h Mesa redonda: Releituras do Pop e das vanguardas dos anos 60:
– Jessica Gogan
– Sônia Salzstein
– Sérgio B. Martins (mediação)
>> Sábado, dia 9/12
10h Mesa redonda: (Tropi) Camp:
– Denilson Lopes
– Luiz Fernando Ramos
– Max Hinderer Cruz (mediação)
14h Conferência: Jonathan Flatley
16h Mesa redonda: Do museu para a rua/da rua para o museu:
– Izabela Pucu
– Kenneth Allan
– Ana Maria Maia (mediação)
SERVIÇO:
Seminário Internacional Revisitando Pop – Flipping Pop
Dias 8, às 14h, e 9 de dezembro, às 10h
Entrada Gratuita, 200 lugares
Endereço: Parque do Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portão 3)
Tel.: (11) 5085-1300
Incentivamos o uso de transporte coletivo
Beto Shwafaty, IPO (unidade estética, distribuição econômica), 2017
A plataforma digital Atraves, parceiro do MAM, documentou todo processo criativo do 35º Panorama da Arte Brasileira – Brasil por multiplicação. No vídeo, o curador da exposição, Luiz Camillo Osorio, conta um pouco sobre a mostra, que reúme mais de 18 artistas/grupos e apresenta o atual estado da arte no país. Esta edição do Panorama é inspirada em texto seminal de Hélio Oiticica, “Esquema geral da nova objetividade” (1967). Play!
A sede do MAM está temporariamente fechada em virtude da reforma da marquise do Parque Ibirapuera.
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